Lewandowski, o melhor 9 do mundo, tem menos repercussão do que merece

André Donke
André Donke

O mundo mudou, mas Robert Lewandowski, não.

São cinco temporadas seguidas fazendo pelo menos 40 gols. Algo que alcançou em 2019-20 ao abrir o placar na vitória do Bayern de Munique sobre o Union Berlin neste domingo, pela Bundesliga.

Entre os jogadores das cinco principais ligas da Europa, ele tem 206 gols em todas as competições de clubes a partir da temporada 2015-16. Neste período, Lionel Messi marcou 215 vezes. Cristiano Ronaldo, 190.

O polonês tem 228 gols na Bundesliga, sendo o terceiro maior artilheiro da história da competição, que existe desde 1963-64. Possivelmente, tomará o segundo lugar de Klaus Fischer (268 gols). Dificilmente alcançará os 365 gols de Gerd Müller.

Robert Lewandowski comemora após marcar pelo Bayern de Munique
Robert Lewandowski comemora após marcar pelo Bayern de Munique Getty Images

Na Champions League, são 64 gols, sendo o quarto maior artilheiro de todos os tempos, ao lado de Karim Benzema. Difícil imaginar que não passe os 71 gols de Raúl e fique atrás apenas de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi.

Foram sete títulos da Bundesliga da carreira, sendo seis com papel de destaque.

 Uma final de Champions League - na qual terminou como vice-artilheiro - pelo Borussia Dortmund. O ponto (mais) alto foram os quatro gols na ida da semifinal (!) contra o Real Madrid (!!).

Muitas vezes números podem ser só números e um argumento para deturpar uma realidade. Mas aqui se passa muito longe disso. Os números refletem o tamanho do jogador que é.

Não vejo nenhum centroavante à frente dele  - e há alguns anos já. Mas às vezes dá a impressão que este não é exatamente o cenário, uma vez  que seu nome é menos badalado do que deveria ser. Lewandowski é maior que jogadores como Zlatan Ibrahimovic, por exemplo.

Talvez seja o preço de ter atuado sempre na Alemanha, uma liga sem a mesma repercussão de Inglaterra e Espanha, que sempre emplacam os melhores do mundo.

O camisa 9 do Bayern é uma estrela maior do que aparenta. E ainda tem 31 anos. 

Assista aos gols de Union Berlin 0 x 2 Bayern de Munique

Fonte: André Donke

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Barcelona foi desrespeitoso e deu mais um motivo para a escolha de Messi em ir ao Inter Miami

André Donke
André Donke

O sonho do torcedor do Barcelona em contar novamente com Lionel Messi chegou ao fim nesta quarta-feira, quando o argentino foi confirmado como novo jogador do Inter Miami. Apesar de o clube catalão não ter nada a ver com a ida de um atleta que sai da França e vai aos Estados Unidos, decidiu se manifestar a respeito, e de forma completamente infeliz.

"O presidente Laporta entendeu e respeitou a decisão tomada por Messi de querer competir em um campeonato com menos exigências e mais longe de foco e da pressão a que esteve submetido nos últimos anos", diz parte da nota publicada pelos blaugranas.

Em primeiro lugar, Messi tem, de fato, o direito de querer sair do foco do futebol mundial após quase duas décadas da exigência do mais alto nível do futebol. Quanto a isso, nada de mais. O problema é que, mesmo que as palavras do Barça possam ser bem verdadeiras em seu conteúdo, o clube não precisava e nem deveria dizê-las. Não cabia a ele se posicionar sobre um jogador que não chega, nem sei de seu elenco. Quando faz isso, fica nítido que quer passar algum recado.

Inter Miami, da MLS, anuncia a contratação de Lionel Messi para a temporada; veja o vídeo



Além disso, abre a possibilidade de interpretação para o torcedor enxergar Messi como 'culpado' por não voltar a Catalunha. E é bom lembrar que a saída do camisa 10 lá em 2021 se deu por conta de má administração econômica do clube.

"Na segunda-feira passada, Jorge Messi, pai e representante do jogador, passou ao presidente do clube, Joan Laporta, a decisão do atleta de fechar pelo Inter Miami apesar de ter uma proposta apresentada pelo Barcelona diante da vontade expressada tanto pelo Barça quanto por Messi de ele voltar a vestir a camisa azul-grená", afirma outro trecho da nota.

Uma escolha que priorize o lado financeiro ou uma vontade de sair dos holofotes do futebol é um direito de qualquer jogador, ainda mais para um que precisou sair do clube no qual é o maior ídolo da história por questões econômicas.

O Barcelona não tinha nada que se pronunciar sobre a escolha de Messi, a menos que quisesse simplesmente desejar sorte a ele. Este posicionamento inadequado dá mais um motivo para o argentino pensar que tenha feito a escolha certa.

Lionel Messi durante compromisso pela seleção argentina
Lionel Messi durante compromisso pela seleção argentina Ander Gillenea/Getty Images

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Por que o Real Madrid deveria ir atrás de Harry Kane para o lugar de Benzema

André Donke
André Donke

Com o anúncio da saída de Karim Benzema, o Real Madrid precisará de um novo camisa 9 e deveria voltar suas atenções para Harry Kane. O negócio, desejado por Carlo Ancelotti, faria sentido para todas as partes, caso o atacante de 29 anos tope em deixar a Premier League.

Kane pode entregar ao time merengue um centroavante para sair da área e gerar jogo para quem está ao seu redor, uma característica muito presente no jogo de Benzema. Além dos impressionantes 30 gols que marcou no último Campeonato Inglês, marca que o faria ter sido artilheiro em 25 das 30 edições anteriores da competição, o capitão do Tottenham criou 57 chances, sendo o 18º melhor da competição no quesito e ficando atrás no seu time apenas de Son Heung-min (60). Kane também foi o líder em assistências do Tottenham na liga passada, com nove assistências.

A combinação com um jogador de velocidade que ele tem com Son pode ser repetida com um Vinicius Jr., que acaba de vir sua temporada mais artilheira, com 23 bolas nas redes. Kane entregaria gols e espaço na defesa adversária para o brasileiro seguir brilhando, da mesma forma como se acostumou com o facilitador Benzema. O mesmo vale para Rodrygo, que é um jogador extremamente associativo.

Harry Kane em ação pelo Tottenham
Harry Kane em ação pelo Tottenham Clive Rose/Getty Images

Com 29 anos, o inglês ainda seria uma reposição para umas boas temporadas para o Real Madrid. Aliás, esse é um ponto que torna a transferência muito interessante para Kane em termos esportivos. Isso porque chegaria no melhor momento da carreira ao maior clube do mundo, com enormes possibilidades de taças, único ponto frustrante em sua trajetória como atleta até aqui.

Kane é o maior artilheiro da história do Tottenham, da seleção inglesa, o segundo maior da Premier League, jogou final de Champions League, final de Eurocopa, semifinal de Copa do Mundo,  mas nunca levantou um troféu.

Para os Spurs, pode ser uma saída para não correr o risco de perder o seu grande astro sem custos - uma vez que o contrato dele vai até o meio de 2024 e já poderia assinar um pré-contrato na virada do ano -, assim como não o perderia para um rival. Inclusive, esse seria outro ponto favorável aos merengues, já que poderiam se aproveitar do fim próximo do vínculo, assim como um eventual interesse de rivais, para conseguir uma negociação mais em conta por um dos melhores jogadores da atualidade.

O Tottenham teria um grande obstáculo para suprir a saída de Kane e em qualquer circunstância, mas não o teria que fazer contra um Manchester United, por exemplo, ainda mais fortalecido em uma eventual ida do seu capitão a Old Trafford.

Lógico que há a vontade do jogador, tanto em termos financeiros e pessoais de Kane, então não dá para falar em escolha certa ou errada. Porém, uma ida dele ao Real Madrid faria muito sentido para todo mundo.

É de arrepiar! Após fazer o último gol pelo Real Madrid, Benzema é substituído em despedida do clube e recebe os aplausos da torcida

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Time com mesmo técnico há 16 anos faz o que Borussia Dortmund não conseguiu e sobe de forma inédita à Bundesliga

André Donke
André Donke

Sair perdendo por 2 a 0 em um jogo que você precisa vencer para atingir o objetivo de um campeonato inteiro. O adversário? Alguém que já não tem mais pretensões.

O cenário vivido pelo Borussia Dortmund neste sábado foi reeditado pelo Heidenheim neste domingo, mas a diferença foi o final feliz para o protagonista da história.

Jogando contra o Jahn Regenburg, que estava virtualmente rebaixado (precisaria tirar a diferença de três pontos e 15 gols de saldo para evitar a queda direta), o Heidenheim dependia apenas de si para conseguir um acesso inédito à Bundesliga. Caso não fizesse sua parte, seria ultrapassado pelo Hamburgo, que acabou vencendo o Sandhausen por 1 a 0, e seria obrigado a jogar um playoff contra o Stuttgart por um lugar na elite.

Assim como o Dortmund, o Heidenheim viu o adversário abrir 2 a 0 no placar, com gols de Prince-Osei Owusu aos seis e aos 11 minutos do segundo tempo. A história começou a mudar com gol contra de Benedikt Saller dois minutos depois. A virada sairia com enorme drama: Jan-Niklas Beste empatou nos acréscimos, aos 48; Tim Kleindienst seria o herói da vitória seis minutos depois.

Com resultado, o Hamburgo, que já tinha torcedores em campo comemorando o acesso, acabou ultrapassado. Aliás, o Heidenheim ficou até com o título da segunda divisão ao superar no saldo de gols o Darmstadt, que já tinha o acesso garantido e foi derrotado pelo Greuther Fürth por 4 a 0.

Fundado como um clube em 1848, exatos 17 anos antes do início do futebol, o Heidenheim atual existe desde 2007, mesmo momento em que chegou o técnico atual, Franck Schmidt, antigo jogador da equipe. 

Com ele no comando, o Heidenheim subiu do quarto ao terceiro escalão em 2008-09; saltou à segunda divisão após cinco anos; e agora consegue o último acesso após nove anos na 2. Bundesliga, sendo que tinha perdido os playoffs para o Werder Bremen em 2019-20. Schmidt ainda chegará à elite do Campeonato Alemão como o treinador mais longevo da competição, superando Christian Streich (desde o começo de 2012 à frente do Freiburg).

Jogadores do Heidenheim comemoram o acesso à Bundesliga
Jogadores do Heidenheim comemoram o acesso à Bundesliga Alexander Hassenstein/Getty Images

Dortmund também protagoniza o inacreditável na 3ª divisão

Além da perda do título do Borussia Dortmund e do acesso dramático do Heidenheim, o fim de semana no futebol alemão também teve uma história emocionante na terceira divisão, envolvendo o próprio BVB. A segunda equipe do clube aurinegro vencia o Osnabrück por 1 a 0 até os ascréscimos da segunda etapa, mas levou a virada com gols aos 49 e 51 minutos.

Com o triunfo épico no sábado, o Osnabrück conseguiu o acesso e retorna à segunda divisão após ter sido rebaixado em 2021. O Borussia Dortmund II só cumpria tabela e não tinha mais pretensões no campeonato, mas não deixou de estar envolvido em um jogo com contornos históricos, assim como o elenco principal faria horas mais tarde no mesmo dia.

Após título emocionante da Bundesliga, jogadores do Bayern de Munique fazem a festa no gramado; VEJA




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Não é só dinheiro: como Newcastle voltou à Champions League após 20 anos

André Donke
André Donke

Quando o Newcastle foi vendido a um fundo de investimento da Arábia Saudita em outubro de 2021, a expectativa era de que o clube pudesse brigar pelas primeiras posições da Premier League e contratar grandes estrelas do futebol em pouco tempo.

O sucesso esportivo veio, talvez até mais rápido do que o imaginado, e sem investir em nomes badalados. 

Em sua primeira temporada completa desde a mudança de comando, o clube do nordeste da Inglaterra confirmou a classificação à Uefa Champions League, competição que não disputa desde 2002-03. A vaga foi assegurada matematicamente nesta segunda-feira com o empate sem gols com o Leicester City, pela penúltima rodada.

Será a quarta vez na história que o Newcastle estará na Champions, a terceira em que alcança a fase de grupos. A melhor campanha se deu justamente na última vez que participou, caindo na extinta segunda fase de grupos, etapa que equivale às oitavas de final no formato atual.

NA CHAMPIONS LEAGUE! Newcastle consegue vaga, e jogadores fazem a festa; VEJA



Considerando qualquer competição continental, será a primeira aparição dos Magpies desde a Europa League 2012-13, quando foram eliminados pelo Benfica nas quartas de final. Desde então, nunca foram além de um décimo lugar (2013-14 e 2017-18), chegando a serem rebaixados em 2015-16 e retornando imediatamente à Premier League na temporada seguinte.

Coadjuvante na última década, o novo bilionário do futebol parecia fadado ao rebaixamento no começo da temporada passada: era lanterna no começo de dezembro com sete derrotas e sete empates nos 14 primeiros jogos. Porém, a chegada de Eddie Howe ao banco de reservas mudou a situação por completo. E rapidamente.

No intervalo entre a chegada do treinador e o fim do campeonato, o time registrou a sexta melhor campanha, fazendo com que fosse de um provável rebaixado a um 11º lugar, sete pontos atrás da zona de classificação a competições europeias.

É bem verdade que a janela de janeiro de 2022, a primeira desde que passou a contar com o dinheiro do novo proprietário, teve grande impacto, com o Newcastle gastando na casa dos 100 milhões de euros com Bruno Guimarães, Chris Wood, Dan Burn e Kieran Trippier. Porém, não veio um 'pacotão' de reforços ou nomes já consagrados no futebol europeu. Já nesta temporada, os gastos foram ainda mais altos, com quase 200 milhões de euros investidos em Alexander Isak, Anthony Gordon, Sven Botman, Matt Target, e Nick Pope.

Dos contratados, Pope, Botman, Trippier, Burn e Isak viraram titulares, mas a evolução foi bem além de quem veio nas janelas de transferências. Joelinton foi de um atacante criticado a um ótimo meio-campista, com e sem a bola; Miguel Almirón enfim deslanchou no clube que defende há quatros e meio, anotando 11 gols nesta Premier League (tinha nove gols nas três edições e meia que disputou anteriormente); Callum Wilson superou as lesões da temporada passada e é hoje o quinto principal artilheiro da liga com 18 gols; e Fabian Schär foi um dos melhores zagueiros desta edição da liga.

A continuidade da equipe titular em um clube que não teve de mesclar as competições nacionais com internacionais é também uma combinação a se destacar. Até o início desta rodada, Howe tinha mudado apenas 48 vezes entre suas escalações nesta Premier League, a segunda menor quantidade, atrás apenas das 36 do Arsenal.

Bruno Guimarães e jogadores do Newcastle comemoram gol sobre o Brighton
Bruno Guimarães e jogadores do Newcastle comemoram gol sobre o Brighton Stu Forster/Getty Images

O Newcastle investiu bastante, mas também viu o crescimento de muita gente que já estava no St. James Park. Coletivamente, mostrou enorme solidez defensiva, tendo sofrido 32 gols, mais apenas que os 31 do campeão Manchester City. O terceiro colocado no quesito é o Manchester United, com 41.  O recorde dos Magpies na competição são os 37 gols sofridos em 1995-96.

Desde que retornou à Premier League em 2017, o Newcastle nunca teve uma média melhor do que 1,24 gol sofrido/jogo. Na atual edição, o número é de 0,86. A campanha passada, a média foi de 1,63, quase o dobro da atual. 

Também houve crescimento considrável no ataque, indo de 1,21 gol/jogo em 2020-21 (melhor desempenho nas cinco temporadas anteriores) para o atual 1,81. Ao todo, a equipe soma 67 gols marcados, tendo o quinto melhor ataque da competição e alcançando sua melhor marca desde os 74 gols anotados em 2001-02. Vale destacar a contribuição da bola aérea para esse número, uma vez que o Newcastle é o líder em cruzamentos certos (209), em finalizações de cabeça (123) e o quinto melhor em gols de cabeça (11). Estes registros têm enorme influência de Kieran Trippier, que criou 109 chances no campeonato, atrás somente de Bruno Fernandes (112).

Com um treinador que já levou o Bournemouth da quarta à primeira divisão, o Newcastle investiu bastante, mas o fez de forma certeira (ou quase sempre certeira), potencializou atletas que já estavam no elenco e construiu um time sólido e regular (perdeu apenas um jogo para equipes fora do Big 6) para fazer sua melhor campanha em 20 anos, mesmo período em que foi rebaixado duas vezes.

Os novos tempos só estão começando para os Magpies. 

Newcastle empata com o Leicester e garante vaga na Champions League; VEJA os melhores momentos

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Não foi só o Wrexham! Clube mais antigo do mundo vence em Wembley de forma épica e volta ao futebol profissional

André Donke
André Donke

Fundado em 1862, o Notts County, conhecido como clube de futebol profissional mais velho do mundo, readquiriu essa denominação neste sábado. Isso porque o time conseguiu o acesso à League Two, quarta divisão nacional, ao vencer nos pênaltis de forma dramática o Chesterfield.

Um dos fundadores da Football League em 1888, o time ficou nas últimas três temporadas como 'non league', denominação para as equipes que estão de fora das 92 que fazem parte dos quatro primeiros níveis do futebol nacional.

Rebaixado da League Two em 2018-19, o time quase conseguiu o acesso em 2019-20, 2020-21 e 2021-22, indo aos playoffs após terminar em terceiro, quinto e quinto, respectivamente, mas acabou eliminado em todas eles.

Já na atual campanha, o Notts County disputou ponto a ponto com o Wrexham o título da National League, a quinta divisão nacional, e acabou superado mesmo fazendo impressionantes 107 pontos em 46 rodadas - o rival somou 111. Só o campeão sobe diretamente, enquanto os times entre segundo e sétimo disputam o playoff que dá acesso apenas a mais um clube.

O Notts County finalizou a campanha com 23 pontos a mais do que o terceiro colocado, que foi justamente o Chesterfield, teve o melhor ataque (117 gols marcados), a segunda melhor defesa (42 gols sofridos) e o artilheiro Macaulay Langstaff (42 gols). independentemente disso, não encontrou qualquer facilidade para alcançar a promoção.

Tendo entrado já na semifinal dos playoffs pelo fato de ter sido vice-campeão, o time de Nottingham quase foi eliminado pelo Boreham Wood (sexto colocado, com 72 pontos), uma vez que estava sendo derrotado por 2 a 1 até buscar o empate aos 52 minutos do segundo tempo com Aden Baldwin. Jodi Jones definiu a vitória de virada aos 15 minutos do segundo tempo da prorrogação.

Na decisão em Wembley neste sábado, o Notts County ia sendo eliminado até buscar o empate por 1 a 1 com John Bostock aos 43 minutos da etapa final. Logo com três minutos de prorrogação, a equipe voltou a ficar atrás no marcado, mas Ruben Rodrigues empataria em 2 a 2 na segunda etapa, e a classificação épica viria nas penalidades.

Assim, o Wrexham de Ryan Reynolds e Rob McElhenney não foi o único time a conseguir entregar uma história de cinema na quinta divisão inglesa nesta temporada.

Observação: O Notts County é o mais velho do mundo entre os times profissionais. O Sheffield FC é o clube mais antigo do mundo, tendo sido fundado em 1857,  e continua em atividade, mas não integra o futebol profissional. 

Time do Notts County celebra acesso nos play-offs da quinta divisão
Time do Notts County celebra acesso nos play-offs da quinta divisão Eddie Keogh/Getty Images

Longe da elite há mais de 30 anos

O Notts County está fora da primeira divisão desde 1991-92, a última edição antes do início da Premier League, ao ser o penúltimo colocado. A equipe ainda seria campeã da quarta divisão em 2009-10 e ficou no terceiro escalão até 2014-15.

Historicamente, o clube já venceu uma Copa da Inglaterra (1894) e a segunda divisão nacional em três oportunidades (1897, 1914 e 1923) e até já teve grande influência para o uniforme de um dos maiores clubes do mundo: a Juventus. Em 1903, a Velha Senhora usava o rosa, mas isso mudaria quando John Savage contatou um amigo de Nottingham para providenciar camisas à Juve, e estas vieram em preto e branco, como as do Notts County. O impacto do time inglês na história da equipe de Turim, inclusive, fez com que fosse convidado para fazer o amistoso de inauguração do novo estádio do time italiano em 2011.

Direto do campo, goleiro do Wrexham grava 90 minutos de partida que dá título à equipe; veja


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City consegue resultado muito melhor que a atuação em 1 a 1 com o Real no Bernabéu

André Donke
André Donke

Vindo de 20 jogos sem perder e praticando o melhor futebol do mundo, o Manchester City foi ao Santiago Bernabéu com motivos para estar confiante, apesar de encarar o Real Madrid, seu algoz na temporada passada e o maior campeão da história da Uefa Champions League.

O City tinha vencido 15 dos últimos 16 jogos que disputou, sendo que o único que não vencera tinha sido o empate com o Bayern em Munique, resultado que confirmou a vaga na semifinal. Em meio a esta sequência, assumiu a liderança da Premier League e chegou à final da Copa da Inglaterra. Além disso, conta com os 51 gols de Erling Haaland, centroavante que faltou nos duelos contra o Real Madrid na campanha anterior.

No entanto, do outro lado estava o maior time do mundo, rei da Europa e que conseguiu em 2021-22 a trajetória mais épica de um campeão. Os merengues iam avançando mesmo vendo seu adversário ser melhor que ele em boa parte dos confrontos.

O City é melhor time que o Real hoje e era esperado que impusesse seu jogo, ainda que o confronto ocorresse no Santiago Bernabéu. A maior dúvida é se seria suficiente para uma equipe com o estigma de não conseguir o tão sonhado título na Champions. E praticamente aconteceu tudo ao contrário no duelo desta terça-feira, que acabou empatado por 1 a 1 pela ida da semifinal da Champions.

De Bruyne e Rudiger em disputa de bola durante Real Madrid x Manchester City
De Bruyne e Rudiger em disputa de bola durante Real Madrid x Manchester City Getty Images

A equipe visitante teve ótimos 20 minutos iniciais de partida, concluindo quatro vezes no alvo no período e exigindo duas grandes intervenções de Thibaut Courtois. Na sequência, não conseguiu impor seu controle territorial e só voltaria a finalizar na segunda etapa. Ainda que o Real tenha marcado logo em sua primeira finalização no jogo, graças a um golaço de Vinicius Jr., que mais uma vez fez grande atuação em jogo gigante, os merengues já tinham melhorado consideravelmente àquela altura.

O começo do segundo tempo foi de domínio de um Real que tirou os espaços de um City sem inspiração coletiva e individual. Erling Haaland não esteve bem quando participou do jogo, mas ficou de fora dele em grande parte, seja com o City controlando a posse ou tentando ligações diretas. Foram três finalizações do norueguês, duas facilmente defendidas por Courtois e uma brilhantemente travada por David Alaba.

Nenhum homem de frente do City conseguiu se sobressair em Madri, o que faz chamar ainda mais atenção o fato de Pep Guardiola ter terminado a partida sem qualquer substituição. De Bruyne foi pouco além do golaço, enquanto Bernardo Silva e Jack Grealish estiveram abaixo de seus padrões na temporada. No outro lado, Ederson precisou fazer duas grandes intervenções na etapa final para evitar a derrota.

Os ingleses não conseguiram impor seu jogo novamente até mesmo quando o City conseguiu o empate com um chutaço de Kevin de Bruyne de fora, momento em que o Real era dominante e passava a ficar nervoso e reclamando frequentemente com a arbitragem.

Se o City gera desconfiança pelos seus resultados na Europa e não pelo nível de suas atuações, nesta terça-feira aconteceu o contrário. O time que sonha com sua segunda final de Champions e um título inédito ainda tem um caminho imenso para superar o gigantesco Real Madrid, e é discutível se ele sequer tem alguma vantagem para a volta, mas ao menos mostrou resiliência lutando diante de seus ‘fantasmas’. 

Ex-Flamengo, Léo Moura comparece à semifinal da Champions League, fala sobre Vini Jr. e revela torcida para duelo entre Real Madrid e City

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3 pontos determinantes para o 3º título italiano do Napoli após 33 anos

André Donke
André Donke

A terceira conquista do Napoli no Campeonato Italiano, enfim, saiu. A espera de 33 anos chegou ao fim nesta quinta-feira, quando a equipe empatou com a Udinese por 1 a 1, fora de casa, e confirmou a taça com cinco rodadas de antecedência.

Aproveitando toda a mística do número ‘3’, o blog listou a mesma quantidade de motivos para explicar a o título da equipe na Serie A – sem qualquer ordem de importância.

Torcedores do Napoli
Torcedores do Napoli FILIPPO MONTEFORTE/AFP via Getty Images

Mercado impecável

Depois de ter perdido um dos melhores zagueiros do mundo Kalidou Koulibaly (vendido ao Chelsea), assim como um pilar no meio de campo (Fabián Ruiz foi ao Paris Saint-Germain), o Napoli não fez loucuras, acertou a mão nas reposições, inclusive com nomes que já estavam no elenco, e ainda fortaleceu o elenco.

Min-jae Kim nunca tinha jogado na Europa até o meio de 2021, quando foi ao Fenerbahce, se destacou e acabou contratado como substituto de Koulibaly por um valor na casa dos 18 milhões de euros. Foi o melhor zagueiro da Serie A e um dos melhores do mundo na atual campanha.

Além disso, a defesa ganhou um bom lateral-esquerdo com Mathías Olivera, que se revezou com Mário Rui, ajudando o elenco a ficar mais profundo para a disputa também na Uefa Champions League.

No meio de campo, Stanislav Lobotka já estava no grupo e vira titular absoluto após a saída de Ruíz, se estabelecendo como um primeiro volante extremamente confiável ao lado de Piotr Zielinski e André-Frank Zambo Anguissa. Entre os reforços, Tanguy Ndombélé, que chegou por empréstimo, virou um reserva importante e, ainda que longe do protagonismo que um dia o fez ser o reforço mais caro da história do Tottenham, foi um acréscimo importante para o grupo.

Já o ataque talvez tenha sido o setor mais impactado, após as saídas das lendas Dries Mertens e Lorenzo Insigne. Porém, Khvicha Kvaratskhelia preencheu esse espaço de forma impressionante. A disputa por um lugar no trio formado por ele e Osimhen acabou mais concorrida para Hrving Lozano e Matteo Politano com a contratação de Giacomo Raspadori. Além disso, Giovanni Simeone chegou para ser um bom reserva a Victor Osimhen, que chegou a perder alguns jogos por lesão.

Ganhando 80,45 milhões de euros em vendas e gastando 'apenas’ 76,05 milhões de euros, o Napoli foi impecável no mercado, fortalecendo o time titular e o elenco, sem qualquer loucura.

Os valores mencionados são do site Transfermarkt

É campeão! Após apito final, torcida do Napoli invade o gramado para comemorar o título italiano com os jogadores


Regularidade

Se na campanha passada o técnico Luciano Spalletti viu seu time sofrer com lesões importantes, ser bem desfalcado durante a disputa da Copa Africana de Nações e ter uma queda de desempenho, desta vez a temporada foi bem mais regular. Os Partenopei ocuparam a primeira colocação o Campeonato Italiano inteiro, têm a segunda defesa menos vazada entre as cinco grandes ligas da Europa (23 gols sofridos em 33 jogos) e o melhor ataque da Itália (69 gols). 

Até houve uma queda de desempenho ao longo de abril para frente, tanto que somou apenas duas vitórias, dois empates e uma derrota nos últimos cinco jogos da liga, sendo eliminado na Champions para o Milan no período, mas a gordura construída por uma temporada fortíssima foi o suficiente para confirmar o título com folga.

O Napoli manteve o alto nível praticamente a temporada inteira, mesmo quando Osimhen perdeu quatro rodadas seguidas, por exemplo. Além disso, mais do que a regularidade em si, esse time conseguiu proporcionar um jogo esteticamente muito agradável, tendo diversidade para atacar seus adversários e controla-los com uma posse de bola média de 62,3%, a maior da Itáilia e a quarta maior entre as cinco grandes ligas do continente.

Não à toa, Spalletti é um dos principais nomes da conquista. Dentro de campo, também houve a presença de alguns protagonistas...

Individualidades

Ainda que se fale de time e elenco equilibrados e sólidos, não dá para negar que dois nomes se sobressaíram nesta conquista.

Melhor jogador jovem da última edição da Serie A, Osimhen foi além dos 14 gols e duas assistências que registrou em 2021-22. O nigeriano anotou 22 gols e deu quatro assistências, mas, mais do que números, se mostrou mortal dentro da área e muito voluntarioso fora dela, gerando muito jogo caindo pelos lados. Sua temporada é digna de um dos dez melhores do mundo na temporada, já que também se destacou com cinco gols na Champions, torneio em que o Napoli conseguiu sua melhor campanha na história ao avançar até as quartas de final.

Ao lado dele, Khvicha Kvaratskhelia mostrou-se a maior revelação da temporada, com 14 gols e 14 assistências em 38 jogos na temporada. São 12 gols e 12 assistências em sua temporada de estreia na Série A – ele é o principal garçom da competição no momento, além de ser o terceiro colocado em dribles certos, com 60.

O georgiano de 22 anos se destacou na Rússia pelo Rubin Kazan e retornou ao seu país Natal antes de chegar à Itália como um desconhecido para o público geral. Apesar de uma queda no desempenho no último mês, isso não muda a enorme campanha feita por ele, que em questão de meses se tornou em um dos jovens mais badalados do futebol mundial. 

Gol do título do Napoli! Kvaratskhelia finaliza, o goleiro dá rebote, e Osimhen completa para o fundo da rede






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Mais do que 49 gols, Haaland deu uma nova possibilidade ao Manchester City

André Donke
André Donke

Erling Haaland chegou para ser o artilheiro do Manchester City e dar uma presença de área que o time não contava. A missão vem sendo cumprida com louvor: são 49 gols em 43 jogos oficiais, sendo 33 na Premier League, a um de igualar o recorde de maior artilheiro de uma edição do campeonato.

Porém, mais do que a quantidade absurda de bolas nas redes, o atacante norueguês deu ao seu time a possibilidade de jogar de uma forma diferente quando necessário. Dono da maior posse de bola entre as cinco maiores ligas da Europa, o City mostrou que, com o seu camisa 9, sabe causar danos ao seu adversário também em um jogo mais vertical, de transição rápida.

Foi assim no primeiro gol na vitória sobre o Arsenal por 4 a 1 nesta quarta-feira. Em 12 segundos, a bola saiu de Ederson para virar gol: lançamento primoroso de John Stones, domínio com qualidade e passe rápido de Haaland para Kevin de Bruyne avançar e fazer um belo gol de fora da área, dando uma importante vantagem com pouco mais de seis minutos de bola rolando.

Golaço do Manchester City! De Bruyne recebe de Haaland, bate de fora e anota pintura contra o Arsenal

Recentemente, no duelo de volta das quartas de final da Uefa Champions League, o norueguês marcou diante do Bayern em Munique em uma jogada rapidamente construída. Por falar no duelo com os alemães, o City teve menor posse de bola em ambos os confrontos e, ainda que o confronto tenha fugido do que gosta de propor, terminou com uma vitória por 4 a 1 no placar agregado.

Haaland se sente confortável em um time que joga com linhas baixas, tendo espaço para se projetar em velocidade, ao mesmo tempo que tem sido brilhante na maioria do tempo em que o City atuou da forma como mais gosta com Guardiola.

Se o atacante teve de se adaptar ao estilo de seu novo time, o contrário também aconteceu, ainda que em menor proporção.

É preciso enfatizar que a equipe de Pep Guardiola está muito longe de ter renunciado ao seu estilo de jogo de controle de posse de bola, mas mostrou que tem um ótimo trunfo para quando precisar/tiver que jogar de forma mais direta, seja com a arrancada de Haaland ou com a capacidade de ele reter a bola e gerar jogo rapidamente após lançamentos longos.

O City venceu o Arsenal no Emirates Stadium por 3 a 1 com 37% de posse de bola e voltou a superar o rival por 3 a 0 em casa, abrindo o placar com um gol rapidamente construído de uma área até a outra.

É dessa forma que o atual bicampeão da Premier League engatou seu 17º jogo oficial de invencibilidade (14 triunfos e três empates) e ficou a dois pontos do líder Arsenal, com dois jogos a menos. O City joga o melhor futebol do mundo justamente no momento decisivo da temporada.

Erling Haaland finaliza durante partida entre Manchester City e Arsenal
Erling Haaland finaliza durante partida entre Manchester City e Arsenal Robbie Jay Barratt - AMA/Getty Images

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Mais do que 49 gols, Haaland deu uma nova possibilidade ao Manchester City

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Campanha de G-4 na Bundesliga e semifinal europeia após 21 anos: os incríveis 6 meses de Xabi Alonso no Leverkusen

André Donke
André Donke

Quando Xabi Alonso assumiu o comando do Bayer Leverkusen no começo de outubro, o time estava apenas na vice-lanterna da Bundesliga com nove pontos somados em oito jogos. Além disso, tinha sido eliminado logo na primeira fase da Copa da Alemanha para o Elversberg, da terceira divisão.

Pouco mais de seis meses após a chegada do técnico espanhol, o clube figura na sexta colocação do Campeonato Alemão e está nas semifinais da Uefa Europa League – os Werkself não iam tão longe em uma competição europeia desde o vice da Champions League 2001-02. A classificação veio nesta quinta-feira com uma vitória sobre o Union Saint-Gilloise por 4 a 1, fora de casa.

Union St. Gilloise 1 x 4 Bayer Leverkusen: veja os melhores momentos do jogo da Europa League

Desde que o ex-meio-campista de 41 anos assumiu o comando, o Leverkusen tem a quarta melhor campanha na liga nacional, tendo somado 39 pontos em 20 jogos, ficando atrás apenas dos 44 do Bayern de Munique, dos 42 do Borussia Dortmund e dos 40 do RB Leipzig.

A média de gols marcados por jogo é de 2,1 com o novo treinador na Bundesliga, representado um aumento significativo ao 1,1 que tinha antes da chegada dele. Já a média de gols sofridos por partida caiu de 2 para 1,3. 

Um ponto importante no sucesso de Xabi Alonso foi o retorno de Florian Wirtz, que sofreu lesão séria no joelho em março de 2022, ficando de fora da Copa do Mundo e só voltando aos gramados em janeiro. Em 18 jogos, o meia-atacante de 19 anos soma quatro gols e oito assistências, sendo o garçom do time no recorte com o técnico espanhol. Ele ainda lidera o grupo no período em chances criadas, com 43, uma a mais do que o ala-direito Jeremie Frimpong, que é uma das sensações da temporada, com sete assistências e sete gols sob o comando do ex-meio-campista de Real Madrid, Bayern de Munique e seleção espanhola. As marcas o deixam como vice-garçom e vice-artilheiro do time nos últimos seis meses.

Outro nome que merece muito destaque na temporada do Leverkusen é o de Moussa Diaby, que soma 14 gols e oito assistências na temporada inteira, sendo 13 gols e seis assistências no período com Xabi Alonso. Com apenas 23 anos, o ponta francês é mais um exemplo de um elenco de qualidade e jovem – o Leverkusen tem um plantel com média de idade de 25 anos, a terceira mais baixa da Bundesliga.

Aliás, o técnico espanhol também é um exemplo da juventude deste grupo, sendo o quinto mais novo no momento na Bundesliga. Além disso, no caso dele, pode se falar também da pouca experiência, uma vez que esta é apenas a segunda passagem de Xabi Alonso como treinador principal. Antes dessa, o ex-volante comandou o time B da Real Sociedad por três temporadas entre 2019 e 2022, conseguindo o acesso da terceira para a segunda divisão em 2020-21, competição que a equipe não disputava havia 59 anos. Porém, acabaria rebaixada imediatamente como antepenúltima em 2021-22.

O trabalho não passou despercebido pelo Bayer Leverkusen, que agora vive uma temporada completamente diferente de seis meses atrás. O time não apenas se colocou em uma disputa por competições europeias via Bundesliga, como também está a três jogos de conquistar seu terceiro grande título na história, depois de ter faturado a Copa da Uefa 1987-88 e a Copa da Alemanha 1992-93.

Xabi Alonso, técnico do Bayern Leverkusen, observa partida contra o Union pela Europa League
Xabi Alonso, técnico do Bayern Leverkusen, observa partida contra o Union pela Europa League ANP via Getty Images

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Com só 27% de posse e 17 finalizações a menos, Milan neutraliza Napoli e vai à semi da Champions merecidamente

André Donke
André Donke

O Napoli foi uma das grandes sensações do futebol europeu ao longo da maior parte desta temporada, mas vive em abril o seu pior momento da campanha, o que ficou evidente na eliminação para o Milan nas quartas de final da Uefa Champions League nesta terça-feira, após empate por 1 a 1 no Estádio Diego Armando Maradona.

Tal queda não diminui o brilho de uma temporada que deverá registrar seu terceiro título da Série A na história (o primeiro em 33 anos) e seu melhor desempenho na Champions na história, ainda que fique um gosto amargo de saber que tinha condições de ir mais longe na Europa. Porém, não conseguiu isso apenas por sua queda de desempenho, e sim também pelo mérito de um Milan que se mostrou extremamente competitivo. Mais uma vez.

Os rossoneri não eram o melhor time da Itália em 2021-22 e, mesmo assim, foram campeões. Eles não estão entre os quatro melhores times na Europa e, ainda assim, vão à semifinal da Champions. Depois de atropelarem o Napoli por 4 a 0 pelo Italiano, fora de casa, em 2 de abril, o Milan voltou a vencer no San Siro na semana passada por 1 a 0 e confirmou a classificação com o empate nesta terça, que só não foi uma terceira vitória seguida porque Victor Osimhen marcou de cabeça já nos minutos derradeiros na base do abafa.

Jogadores do Milan comemoram classificação às semifinais da Uefa Champions League
Jogadores do Milan comemoram classificação às semifinais da Uefa Champions League Giuseppe Cottini / Getty Images

O Napoli terminou a partida no Diego Armando Maradona com 73% de posse de bola e 23 finalizações, quase o quádruplo das seis conclusões do adversário. Tais números podem sugerir que os mandantes mereciam uma sorte melhor, mas não foi bem assim. Stefano Pioli foi cirúrgico mais uma vez no embate com o Napoli, sabendo neutralizar um time que gosta de ter a posse. Os rossoneri fizeram 4 a 0 no mesmo estádio há duas semanas em uma partida em que teve 39,5% de posse de bola.

Seguro defensivamente, o Milan concedeu apenas quatro finalizações no alvo ao seu adversário nesta terça, sendo uma delas o gol de Osimhen e outra o pênalti de Khvicha Kvaratskhelia defendido por Mike Maignan. Das 23 conclusões do Napoli, nove delas acabaram bloqueadas pela defesa rival.

David Calabria fez atuações monumentais em ambos os duelos das quartas de final, vencendo de forma categórica o embate individual com Kvara, que constantemente contava com marcação dobrada. Vale ressaltar também que o atacante georgiano, uma das maiores revelações desta temporada no futebol europeu, faz um mês de abril bem abaixo do que vinha mostrando.

Além de tirar os lances de individualidade do adversário, o time visitante também fechou os espaços para uma equipe que roda a bola com qualidade, e a deixou quase que totalmente refém de levantamentos na área e a chute de fora da área, que está longe de ser uma especialidade do Napoli. Assim, mesmo com a volta do lesionado Osimhen, o Milan foi extremamente organizado defensivamente e mostrou a qualidade que tem para ser vertical, sobretudo com Rafael Leão, que fez uma jogada espetacular no gol de Olivier Giroud. O time rossonero acertou seis finalizações no alvo nos 180 minutos e marcou dois gols, enquanto o Napoli, ainda que tenha acertado a meta em dez oportunidades, só conseguiu balançar a rede a dois minutos do fim do jogo de volta.

O Napoli teve mais a bola e concluiu bem mais, mas muito por uma tentativa de abafa e um festival de bolas levantadas na área. Stefano Pioli foi superior a Luciano Spalletti na estratégia, e o Milan, sem encantar e sem estar entre os melhores times da Europa, vai merecidamente à semifinal da Champions, algo que não acontecia havia 16 anos.

Giroud bate mal pênalti e vê goleiro do Napoli brilhar na Champions League

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Com só 27% de posse e 17 finalizações a menos, Milan neutraliza Napoli e vai à semi da Champions merecidamente

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Manchester City domina Bayern e consegue sua vitória mais expressiva na história da Champions League

André Donke
André Donke

No duelo mais aguardado das quartas de final da Uefa Champions League, o Manchester City se impôs e venceu o Bayern de Munique por 3 a 0 de forma inquestionável. Um atropelo.

Para um time que só chegou uma vez na decisão da competição, que é o seu grande desejo no período milionário, esta foi a sua vitória mais expressiva na história do torneio continental, considerando a combinação entre a dificuldade do adversário, o nível da atuação e a fase pela qual valia o jogo.

O City chegou à decisão em 2020-21 vencendo duas vezes o bilionário PSG na semifinal, mas não sobrou no desempenho como ocorreu nesta terça-feira. Além disso, já fez 7 a 0 em Schalke 04 e RB Leipzig em oitavas de final, mas não se tratava de um time do nível do Bayern.

Um dos clubes mais regulares da Europa, os bávaros dificilmente têm eliminações decepcionantes na Champions, como excepcionalmente ocorreu diante do Villarreal na temporada passada. No Etihad Stadium, ficaram atordoados no segundo tempo, correndo o risco de sofrer uma goleada.

Rodri comemora após marcar pelo Manchester City diante do Bayern de Munique
Rodri comemora após marcar pelo Manchester City diante do Bayern de Munique Tim Goode / PA Images via Getty Images

Após um primeiro tempo de altíssimo nível e muita intensidade de ambos os lados, o City abriu o placar com um golaço de Rodri, mas o jogo era equilibrado, e os alemães tiveram alguns bons lances de perigo, em especial com Leroy Sané. Até por isso, ainda que o City tenha sido dominante, sua linha defensiva teve muito trabalho e respondeu de forma perfeita, com destaque para Rubén Dias, que deu um show de bom posicionamento e foi absoluto dentro da área. Um exemplo são os três chutes que bloqueou – ninguém mais chegou a dois na partida.

No começo da segunda etapa, o Bayern viveu seu melhor momento no jogo nos primeiros minutos, mas o City logo equilibrou e o gol de Bernardo Silva aos 25 minutos, após assistência de Haaland, mudou de vez o rumo do jogo. Vale mencionar a enorme falha de Dayot Upamecano e da marcação-pressão de Jack Grealish, que forçou o erro do zagueiro.

Aliás, Grealish merece um parágrafo à parte neste texto. Completamente adaptado ao time de Pep Guardiola em sua segunda temporada, o ponta deu uma resposta categórica aos seus críticos no pós-Copa do Mundo e se estabeleceu com justiça como titular ao empilhar boas atuações nas últimas semana.

Em um duelo entre dois times que fazem questão de ter a bola, o City terminou com 44,2% de posse - foi apenas a terceira vez em 46 jogos na temporada que teve menor posse do que seu adversário. Porém, isso não significa que não tenha controlado o adversário. Inclusive, acertou nove vezes o alvo de Yann Sommer, contra apenas quatro conclusões na meta de Ederson.

A equipe inglesa fez uma atuação consistente e intensa ao longo dos 90 minutos, deixando o rival atordoado em boa parte do segundo tempo. Esse rival era simplesmente o Bayern de Munique que, ainda que tenha trocado de técnico recentemente, é um dos times mais constantes e com mais qualidade no mundo. Foi um duelo de quartas de final de Champions, para um clube que só passou dessa fase três vezes em sua história.

Por todos esses fatores, o triunfo desta terça foi o mais expressivo do City na história do torneio. Os comandados de Pep Guardiola parecem prontos para, enfim, levantar a taça, o que não é qualquer garantia de que isso venha a acontecer.

Rodri acerta chutaço de esquerda e anota golaço para o Manchester City diante do Bayern de Munique

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Manchester City domina Bayern e consegue sua vitória mais expressiva na história da Champions League

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Brasil surpreende e faz da Finalíssima um excelente teste para a Copa do Mundo

André Donke
André Donke

Uma derrota que machuca, mas que deixa um sorriso no rosto. Ninguém é feliz quando perde, ainda mais quando vale taça, mas a Finalíssima não era sobre isso. A três meses da Copa do Mundo, o duelo da seleção brasileira com a Inglaterra era mais uma preparação do que a necessidade de um resultado. E o teste foi bem aproveitado no revés nas penalidades após empate por 1 a 1 em Wembley.

A atuação e o resultado surpreendem. A expectativa era de uma vitória mais confortável para a Inglaterra, que nem venceu (com a bola rolando) e nem encantou. É verdade que as atuais campeãs europeias, a melhor seleção do mundo, não estiveram no melhor de seus dias, sobretudo no segundo tempo, quando tiveram uma queda significativa de desempenho.

No entanto, isso não tira o mérito de um Brasil, que mostrou muita organização para se defender, seja com a linha de cinco do primeiro tempo, ou na segunda etapa com uma formação mais ofensiva e mais agressiva. Assim, o duelo foi uma grande oportunidade para a seleção se testar no mais alto nível jogando de formas diferentes.

Ainda há grandes dúvidas em relação ao meio de campo que irá jogar. Não à toa, Luana, que foi titular nesta quinta-feira, sequer estava na convocação inicial para essa Data Fifa e era chamada desde a Copa América. Já o ataque tem boas alternativas para um jogo mais cadenciado ou mais veloz, ainda que a lesão de Ludmila enfraqueça essa segunda possibilidade.

Andressa Alves comemora após marcar para o Brasil sobre a Inglaterra na Finalíssima
Andressa Alves comemora após marcar para o Brasil sobre a Inglaterra na Finalíssima Michael Regan/UEFA via Getty Images

Individualmente falando sobre o duelo em Londres, Antonia fez uma atuação muito boa, com muita aplicação tática e correria, principalmente quando pôde ficar mais próxima de Lauren Hemp – ou Lauren James, quando as pontas se inverteram – por conta da linha de cinco do Brasil. Lauren também aproveitou a oportunidade, ainda que tenha sido a escolhida para sair no intervalo para Pia Sundhage mudar a formação do time.

Já à frente, Geyse foi a melhor jogadora do Brasil em campo. Mesmo em um primeiro tempo em que o Brasil mais resistiu do que jogou, ela foi a válvula de escape para saídas em velocidade. Com mais jogo ofensivo na etapa final, a atacante do Barcelona mostrou habilidade e causou muitos problemas à defesa adversária. Não dá para imaginar uma seleção brasileira sem a Geyse como titular.

De quem saiu do banco, Andressa Alves merece muito destaque, não apenas pelo grande posicionamento e oportunismo para empatar o jogo nos minutos derradeiros, mas ela contribuiu demais para o jogo fluir mais no segundo tempo para a seleção canarinho.

Sem ser chamada desde outubro de 2021, Andressa vem de duas grandes temporadas com a Roma e merecia ter sido testada antes neste ciclo para a Copa do Mundo – e vale lembrar que ela só foi convocada após o corte de Nycole. A chance veia tarde, mas ela aproveitou muito bem e certamente se coloca com uma opção real para ir à Austrália e à Nova Zelândia.

A derrota nos pênaltis não deixa de ser frustrante, ainda mais considerando que muitas vezes uma classificação se define dessa forma – que o diga o Canadá campeão olímpico. Porém, o fato de que o Brasil consegue ser competitivo com qualquer seleção do mundo foi a grande mensagem deixada pelas comandadas de Pia em Wembley.

O Brasil terminou a partida com nove finalizações contra 11 das inglesas e foi superior à melhor seleção do mundo nos 45 minutos finais do jogo, e em pleno Wembley. Isso não pode ser ignorado, ainda mais a semanas de uma Copa do Mundo.

Brasil busca empate emocionante nos acréscimos, mas perde para Inglaterra nos pênaltis na Finalíssima


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Brasil surpreende e faz da Finalíssima um excelente teste para a Copa do Mundo

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Por que vitória do Freiburg sobre o Bayern de Munique pode ser considerada épica

André Donke
André Donke

Pela primeira vez na história, o Freiburg foi a Munique e venceu o Bayern. Os 2 a 1 aplicados na Allianz Arena pela quartas de final da Copa da Alemanha foram a primeira vitória do clube na história jogando na Bavária contra o rival. Em 23 jogos até então, eram 20 derrotas e três empates. No geral, o Freiburg não vencia o rival desde 2015, vivendo um jejum de 13 partidas (dez reveses e três igualdades).

O triunfo inédito ainda é um dos maiores para um clube que vive o maior momento de sua história. Tendo inaugurado um estádio moderno e sustentável em 2021, o Freiburg conseguiu na temporada passada uma final inédita de Copa d Alemanha, só não conseguindo a taça por perder a disputa de pênaltis com o RB Leipzig.

A equipe treinada por Christian Streich ainda fechou a Bundesliga 21-22 na sexta colocação, a três pontos da zona de classificação à Uefa Champions League, algo que tenta de forma inédita na atual temporada. Hoje, após 26 das 34 rodadas disputadas, o Freiburg figura na quarta colocação e estaria garantido na próxima edição.

Bayern leva virada no último minuto e é eliminado pelo Freiburg na Copa da Alemanha; melhores momentos


Com 119 anos de história, o clube chegou ao topo da Bundesliga pela primeira vez em 1993-94, somando apenas 23 participações na competição.  Desde então, sofreu quatro quedas à segunda divisão e retornou pela última vez em 2015-16. O melhor desempenho na elite se deu logo na sua segunda aparição, com um terceiro lugar, em 1994-95 – destaque também para o quinto lugar em 2012-13.

No continente, o Freiburg disputou um torneio apenas cinco vezes, tendo assegurado seu melhor desempenho nesta temporada: oitavas de final na Europa League, caindo para a Juventus.

Ou seja, a equipe vive seus melhores dias na história da Copa da Alemanha, no futebol continental e ainda sonha em repetir a sua melhor campanha na história da Bundesliga – atualmente, está quatro pontos atrás do terceiro colocado Union Berlin. Sem falar na sua casa nova.

Assim, o épico triunfo na Allianz Arena é a coroação de algo muito maior que está acontecendo na história de um clube centenário do futebol alemão. Um sucesso que foi construído com um time sem badalação e sem tanto investimento, apostando na continuidade de Christian Streich, que está ininterruptamente no clube desde 1995. Ele é o técnico desde o fim de 2011, só não sendo mais longevo do que Diego Simeone (por questão de dias) entre os times das cinco maiores ligas da Europa.

Com 434 jogos à frente da equipe, o técnico de 57 anos viveu um dos mais especiais nesta terça-feira, quando seu time executou de forma impecável sua estratégia.

Após sair atrás no placar com apenas 19 minutos, o Freiburg foi buscar um empate com um golaço de Nicolas Höfler. Na etapa final, as duas linhas compactas de quatro jogadores tiraram o espaço de um Bayern, que controlou a posse de bola (67%), se manteve todo no campo de ataque, mas não teve tantas chances claras como de costume, tanto que ambas as equipes terminaram a partida com quatro finalizações no alvo cada.

O Freiburg fez um jogo limitado ofensivamente, mas de uma entrega absurda e de muita organização defensiva. Quando uma situação fortuita de ganhar o jogo apareceu, Lucas Höler converteu o pênalti nos acréscimos e fez a vista dos visitantes.

Vitória inédita em Munique para um clube que mudou de patamar em sua própria história na última década. E olha que a temporada nem acabou. 

Höler comemora gol pelo Freiburg contra o Bayern de Munique
Höler comemora gol pelo Freiburg contra o Bayern de Munique Getty Images

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Hegemonia à parte, Bayern fará ‘3ª final de Bundesliga’ em 5 anos contra o Borussia Dortmund

André Donke
André Donke

Dez títulos consecutivos e a maior hegemonia da história de qualquer time na história do Campeonato Alemão. O domínio do Bayern de Munique na última década sugere que a Bundesliga ficou sem emoção, mas não é exatamente isso.

Ainda que os bávaros tenham sempre saído vitoriosos, veremos neste fim de semana o terceiro clássico com o Borussia Dortmund nas últimas cinco temporadas que será decisivo para o desenrolar da competição.

Na edição 2018-19, o Borussia Dortmund foi até a Allianz Arena para o jogo da 28ª rodada na condição de líder, com 63 pontos somados, dois a mais do que o Bayern. Os bávaros, no entanto, aplicaram um acachapante 5 a 0 para tomar o topo da classificação e ir em direção ao sétimo título consecutivo. O duelo ainda teve requintes de crueldade, com Robert Lewandowski (duas vezes) e Mats Hummels aplicando a ‘lei do ex’.

Aquela foi uma das temporadas mais dolorosas para os aurinegros, uma vez que chegaram a abrir sete pontos de vantagem na liderança após a 20ª rodada.

Já na campanha seguinte, em 2019-20, os rivais voltaram a se enfrentar na 28ª rodada, com um cenário um pouco diferente. O jogo foi no Signal Iduna Park, e o campeonato tinha o Bayern com quatro pontos de vantagem no topo. Os bávaros encaminharam o troféu ao vencerem por 1 a 0, com gol de Joshua Kimmich.

Agora, na atual temporada, um novo duelo decisivo. O Dortmund lidera com 53 pontos, um a mais do que o Bayern, e visita o rival às 13h30 (de Brasília) deste sábado, pela 26ª rodada. E há motivos para acreditar em um equilíbrio, ainda que os bávaros não percam dos aurinegros há oito jogos – são sete vitórias e um empate, ocorrido justamente no duelo do primeiro turno, com o BVB arrancando o 2 a 2 nos segundos derradeiros.

Niklas Süle e Sadio Mané disputam a bola durante Borussia Dortmund x Bayern de Munique
Niklas Süle e Sadio Mané disputam a bola durante Borussia Dortmund x Bayern de Munique Alex Gottschalk/DeFodi Images via Getty

Na sequência do decacampeonato do Bayern, a pior média de pontos por jogo foi de 2,3. A equipe de Munique tem 2,1 na atual edição, um desempenho que culminou na queda de Julian Nagelsmann, ainda que o treinador tenha vencido os oito jogos de Champions League (enfrentando Barcelona, Inter de Milão e PSG) e tenha colocado os seus comandados nas quartas de final da Copa da Alemanha.

Der Klassiker marcará a estreia de Thomas Tuchel, que foi o sucessor de Jürgen Klopp e fez um grande trabalho nas duas temporadas em que comandou os aurinegros. Na primeira campanha, em 2015-16, foi vice-campeão com 78 pontos, a melhor pontuação desde o bicampeonato em 2011-12. Aliás, a marca foi até superior que os 75 pontos somados na campanha do título de 2010-11. Já na segunda e última temporada à frente do Dortmund, Tuchel conquistou a Copa da Alemanha 2016-17.

O treinador reencontrará sua ex-equipe em ótima forma. Os aurinegros não perdem há dez rodadas na Bundesliga, sendo nove vitórias e um empate. Neste intervalo, a equipe engatou oito triunfos seguidos e igualou o seu recorde na competição, que tinha sido estabelecido em 2011-12, quando ficou com a salva de prata. O último revés foi para o Borussia Mönghengladbach em 11 de novembro, o último jogo do clube no campeonato antes da pausa para a Copa do Mundo.

Definiu o título na temporada passada

Bayern x Dortmund também teve um episódio marcante na Bundesliga 21-22, mesmo que não tenha sido uma “final” como os três exemplos acima citados. Isso porque o Bayern confirmou matematicamente o título ao vencer o rival por 3 a 1, em casa, na 31ª rodada e abrir 12 pontos de vantagem a três jornadas do fim.

Vini Jr. bailando pelo Real, chute de Depay no ângulo e mais: os melhores gols de março da LaLiga



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Rival do Brasil, goleira alemã venceu câncer duas vezes e foi heroína em classificação épica à semi da Champions

André Donke
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A temporada 2022-23 ainda não acabou, mas é certamente uma das mais marcantes na vida de Ann-Katrin Berger.

Antes mesmo de a campanha começar, a goleira do Chelsea viveu a emoção de integrar o elenco que foi vice-campeão da Eurocopa com a Alemanha. Ao mesmo tempo, lidava com a notícia de uma reincidência de um câncer na tireoide.

Em meio ao torneio que fez a seleção alemã se reerguer, apresentar um futebol vistoso e retornar a uma decisão da Euro, após uma decepcionante queda nas quartas de final em 2017, Berger lidou com exames e a preocupação do resultado que viria – e que não seria positivo.

"Estar na Euro quando ninguém sabia, a emoção da Euro me tirou a parte negativa do meu cérebro", disse à BBC em entrevista publicada em fevereiro deste ano. "Foi um bom ano. Eu não deixar minha doença vir e dizer: 'hey, você não deveria ter um bom ano porque eu estou aqui de novo.'"

Em novembro de 2017, Berger tinha sido diagnosticada pela primeira vez e perdeu alguns meses da temporada, mas retornou e foi titular em 14 dos 18 jogos do Birmingham da edição 2017-18 da Women’s Super League.

Contratada pelo Chelsea na temporada seguinte, a alemã se firmou como titular e colecionou taças: tricampeonato da WSL, além de duas da FA Cup e mais duas da Copa da Liga. Além disso, passou a integrar a seleção alemã em 2020, participando de seu primeiro grande torneio no vice da Euro passada, na condição de reserva de Merle Frohms.

A reincidência do câncer tornou Berger ainda mais forte, como ela própria disse. E tal força se apresentou dentro das quatro linhas, com a atleta de 32 anos voltando a jogar já em setembro e atuando regularmente desde então. Enquanto o Chelsea segue firme na briga pelo título em uma edição disputadíssima da liga nacional, a equipe acaba de conseguir uma classificação histórica à semifinal da Champions League.

Ainda que o grande desempenho não seja novidade - será a quarta vez que o time londrino chega tão longe no torneio, sendo vice-campeão em 2020-21 -, ele merece ser ressaltado por dois aspectos. Primeiramente, os Blues foram eliminados na fase de grupos da edição passada; em segundo lugar, a classificação veio de forma dramática diante do Lyon, atual campeão da competição.

As francesas ganharam a taça na edição passada batendo o poderoso Barcelona por 3 a 1 na decisão, com um primeiro tempo avassalador.  Foi a oitava taça do time francês, o dobro do que qualquer outro.

Nesta edição, o Lyon parecia caminhar para mais uma semifinal, após ter devolvido o placar de 1 a 0 que tinha sofrido em casa no jogo de ida e ter feito o segundo gol já no segundo tempo da prorrogação. Porém, um pênalti convertido por Maren Mjelde com oito minutos de acréscimo levou à decisão às penalidades.

Berger brilhou e pegou as cobranças de Wendie Renard e Lindsey Horan e acabou sendo decisiva para que o Chelsea avançasse e agora defina com o Barcelona um classificado à decisão da competição continental.

Porém, antes dos duelos das semis, ela se apresentará à seleção alemã que fará amistosos contra Holanda e Brasil em 7 e 11 de abril, respectivamente. É a reta final de preparação para a Copa do Mundo para as germânicas, que inclusive podem ser as rivais das brasileiras em uma eventual oitavas de final.

Muita coisa boa espera por Ann-Katrin Beger, uma vencedora dentro e fora das quatro linhas.

Ann-Katrin Berger comemora após Chelsea eliminar o Lyon na Champions League
Ann-Katrin Berger comemora após Chelsea eliminar o Lyon na Champions League Harriet Lander - Chelsea FC/Chelsea FC v

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Jogadores, adversários e histórico recente: o que espera Sylvinho à frente da Albânia

André Donke
André Donke

Ex-técnico do Corinthians, Sylvinho começa sua trajetória com a seleção albanesa em visita à Polônia, nesta segunda-feira, pelo grupo E das eliminatórias para a Eurocopa-2024. O confronto é direto para a equipe dirigida pelo brasileiro, uma vez que os poloneses são, ao lado da Tchéquia, os favoritos a ficarem com as duas vagas em disputa. Os albaneses correm por fora, enquanto Ilhas Faroe e Moldávia devem apenas brigar para não ser lanterna.

A primeira rodada do grupo ocorreu na sexta-feira, mas os comandados de Sylvinho não atuaram, já que há cinco times em disputa e sempre um folgará na rodada. Na abertura, os poloneses perderam por 3 a 1 para os tchecos fora de casa, enquanto Moldávia e Ilhas Faroe ficaram no 1 a 1.

A Albânia sonha com sua segunda participação em uma grande competição, tendo jogado a Euro de 2016, ocasião em que fez bonito, ao quase arrancar um empate da França e vencer a Romênia por 1 a 0. Porém, não conseguiu passar da fase de grupos.

Sylvinho faz sua estreia como técnico da Albânia nesta segunda-feira
Sylvinho faz sua estreia como técnico da Albânia nesta segunda-feira Olsi Shehu/Anadolu Agency via Getty Imag

Nas últimas eliminatórias que disputou - a da Copa do Mundo de 2022 -, a seleção albanesa também fez bonito, ficando na terceira colocação da chave com Inglaterra, Polônia, Hungria, Andorra e San Marino, com destaque para as duas vitórias diante dos húngaros. Os 18 pontos somados os deixaram a dois dos poloneses, que terminaram na segunda colocação, avançaram aos  playoffs e acabaram se classificando ao torneio no Catar.

Mais recentemente, a equipe que era treinada por Edoardo Reja fez campanha discreta na liga B da Nations League, ficando em último na chave com Israel e Islândia, perdendo os dois jogos para os israelenses e empatando os dois com os islandeses. O rebaixamento ficou com a Rússia, que acabou desclassificada da competição por conta da invasão à Ucrânia.

Para o duelo com a Polônia, Sylvinho não poderá contar com um dos principais destaques da seleção, o atacante Armando Broja, que rompeu ligamento do joelho no fim de 2022. O atacante do Chelsea marcou um total de quatro gols em Nations League e eliminatórias da  Euro, sendo o artilheiro da Albânia neste recorte.

Na ausência de Broja, a esperança de gols recai sobre Myrto Uzuni, que marcou três gols nas duas últimas competições oficiais pela seleção e que, com a camisa do Granada, é o artilheiro da segunda divisão espanhola com 20 gols marcados, sete a mais do que qualquer outro jogador.

Mais um nome para se ficar de olho é o meio-campista Kristjan Asllani, de 21 anos, que se transferiu à Inter de Milão nesta temporada, tendo atuado em 20 dos 38 jogos do time em 2022-23 (quatro deles como titular).

Na defesa, há dois atletas mais conhecidos. O lateral Elseid Hysaj defende a Lazio atualmente e já passou dos 250 jogos na Série A (jogou também por Empoli e Napoli), e o zagueiro Marash Kumbulla é reserva da Roma de José Mourinho, tendo sido campeão da Conference League na campanha passada.

Dessa forma, Sylvinho pega uma seleção que não tem grandes estrelas, está na 66ª colocação do ranking da Fifa e que não é favorita na disputa por uma vaga contra Polônia (22ª) e Tchéquia (38ª), mas mostrou nas últimas eliminatórias para a Copa do Mundo que pode ser competitiva e que certamente será mais observada pelos brasileiros a partir de agora.

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De possíveis surpresas a decepção na Nations: 5 histórias alternativas para se acompanhar nestas eliminatórias da Euro

André Donke
André Donke

As eliminatórias para a Eurocopa-2024 começam nesta quinta-feira com promessas de boas histórias. Espanha e Portugal iniciam uma nova trajetória após a troca no comando; como a Itália responderá após ter ficado de fora de mais uma Copa? França e Inglaterra manterão o alto nível do Mundial? Mas os atrativos não são exclusividade das principais seleções do continente, há também times periféricos para se ficar de olho, seja pelo momento positivo ou negativo. O blog listou alguns casos.

 GEÓRGIA

A Geórgia foi um dos destaques da Nations League 2022-23 ao ter conseguido o acesso à liga B, após ter somado cinco vitórias e um empate em um grupo com a mais tradicional Bulgária, Macedônia do Norte (que jogou a Euro passada e tirou a Itália da Copa do Mundo) e Gibraltar. A equipe teve o segundo melhor ataque entre todas as divisões, com 16 gols, e ainda sofreu apenas três.

Khvicha Kvaratskhelia foi um dos destaques ao ser o artilheiro do time com cinco gols (ninguém passou de dois), além de ter terminado também como o garçom com duas assistências.

Até ter sofrido uma derrota em amistoso para Marrocos em novembro, a seleção engatou uma sequência de 11 jogos sem perder, com nove vitórias e dois empates. Destaques para os triunfos sobre a Suécia pelas eliminatórias para a Copa do Mundo e o 5 a 2 que fez fora de casa diante da Bulgária.

Em alta e contando com Kvaratskhelia, um dos jovens mais badalados do futebol mundial na atualidade, a seleção corre por fora em uma disputa por vaga com a Escócia e a Noruega de Erling Haaland – se classificam dois times por chave, e a Espanha é a franca favorita, enquanto o Chipre deve ser o lanterna.

Infelizmente, não haverá o duelo entre os atacantes do Napoli e do Manchester City na terça-feira, quando a Geórgia recebe a Noruega, uma vez que o goleador da Premier League acabou cortado por problema físico.

Kvaratskhelia finaliza bola contra a Bulgária, durante jogo da Nations League
Kvaratskhelia finaliza bola contra a Bulgária, durante jogo da Nations League Levan Verdzeuli/Getty Images

 ISRAEL

Assim como a Geórgia, a seleção israelense nunca disputou uma Euro, e agora tem uma boa chance para isso, uma vez que caiu ao lado de Suíça, Romênia, Kosovo, Belarus e Andorra. A equipe acaba de se promovida à liga A da Nations, após ter liderado a chave com Islândia e Albânia – a Rússia foi excluída da disputa.

Quando a competição estreou em 2018-19, os israelenses estavam apenas na liga C. Ou seja, já emplacaram dois acessos em apenas três edições.

A seleção treinada por Alon Hazan tem nomes interessantes no ataque, como o jovem Liel Abada, que vem de boas temporadas pelo Celtic, assim como Monor Solomon, que hoje atua no Fulham após passagem de destaque pelo Shakhtar Donetsk.

 CAZAQUISTÃO

Se Israel tem chances razoáveis de classificação e a Geórgia tem possibilidades pequenas, a probabilidade do Cazaquistão é ainda menor, mas não deixa de ser um caso para se ficar de olho. Isso porque o time cazaque conseguiu a promoção à liga B da Nations - a mesma que a Inglaterra disputará na próxima edição -, emplacando dois acessos após ter iniciado a competição na liga D.

Para alcançar o segundo escalão da Nations, a equipe treinada por Magomed Adiev foi líder do grupo com Eslováquia, Azerbaijão e Belarus. Os eslovacos, que disputaram a última Euro, foram superados nos dois confrontos para os cazaques, que, na ocasião, figuravam 80 posições atrás dos rivais no Ranking da Fifa (45º lugar contra o 125º).

A surpreendente campanha foi estabelecia com muita eficiência e objetividade, uma vez que a seleção teve uma média de 36,8% de posse de bola, a quinta pior entre as 54 seleções participantes de todas as divisões da Nations, além de ter sido a quinta que menos finalizou (39 vezes), fazendo oito gols e tendo 20,5% de conversão das suas conclusões, a segunda maior proporção de todo o torneio.

 SUÉCIA

Os suecos são fortes candidatos a uma das duas vagas em um grupo com Bélgica, Áustria, Estônia e Azerbaijão e tentarão a sétima participação consecutiva na Euro, não tendo ficado de fora de uma sequer desde 2000.

Para isso, terá de superar não só o fato de ter ficado de fora da última Copa do Mundo, perdendo para a Polônia nos playoffs, mas também da campanha desastrosa na Nations, caindo para a liga C após ter somado apenas dois pontos na chave com Sérvia, Noruega e Eslovênia.

Outro atrativo envolvendo os suecos é a presença de Zlatan Ibrahimovic, que foi convocado para os primeiros duelos contra Bélgica e Azerbaijão. O centroavante chega após ter quebrado o recorde de jogador mais velho na história a marcar um gol em uma partida do Campeonato Italiano, tendo balançado a rede na derrota para a Udinese por 3 a 1, no último sábado.

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 HUNGRIA

Principal sensação da Nations 2022-23, a Hungria quase foi campeã do 'grupo da morte', mas perdeu para a Itália na última rodada e ficou um ponto atrás. De qualquer forma, foi uma campanha notável para uma seleção que era a grande candidata a lanterna e rebaixada, mas acabou à frente da Alemanha e da Inglaterra, seleção que superou por 4 a 0 em pleno Wembley, em junho.

Antes disso, os húngaros deixaram uma boa impressão dentro de campo na Euro passada. Embora tenham terminado na lanterna, fizeram jogos duros com Portugal, França e Alemanha, arrancando pontos das últimas duas, mesmo sem contar com o lesionado Dominik Szoboszlai, melhor jogador do país na atualidade.

A competitividade da Hungria foi provada e comprovada nos últimos anos, e agora a seleção treinada por Marco Rossi é favorita a uma das vagas do grupo com Sérvia, Montenegro, Bulgária e Lituânia. Os húngaros buscam a terceira participação seguida na Euro, após terem disputado a competição apenas em 1964 e 1972.

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Osimhen e Kvaratskhelia, a melhor dupla ofensiva da temporada

André Donke
André Donke

Kevin de Bruyne e Erling Haaland; Vinicius Jr. e Karim Benzema; Harry Kane e Heung Min Son; Robert Lewandowski e Ousmane Dembélé...

Todas essas duplas de ataque são mais consagradas e com carreiras bem mais estabelecidas que Victor Osimhen e Khvicha Kvaratskhelia, mas nenhuma parceria tem tido maior destaque do que a do Napoli, se o recorte for apenas desta temporada.

O Napoli está muito perto de seu terceiro título italiano, o primeiro em 33 anos, e ainda com chances reais de estabelecer uma das melhores campanhas da história da Série A. Nesta quarta-feira, a equipe chegou de forma inédita às quartas de final da Uefa Champions League ao vencer o Eintracht Frankfurt por 3 a 0, fechando o confronto com um placar de 5 a 0 no agregado.

Osimhen e Kvaratskhelia comemoram gol do Napoli sobre o Eintracht Frankfurt
Osimhen e Kvaratskhelia comemoram gol do Napoli sobre o Eintracht Frankfurt EFE/EPA/CIRO FUSCO

O desempenho histórico do clube só potencializa ainda mais o que Osimhen e Kvara têm feito individualmente. O nigeriano é o artilheiro do Italiano com 19 gols, cinco a mais do que qualquer outro, além de registrar quatro gols na Champions (três deles nos embates com o Frankfurt). Aliás, ele poderia ter números melhores na competição europeia, caso não tivesse perdido dois jogos da fase de grupos por lesão e tivesse sido poupado em outro.

Já o georgiano tem 13 gols e 13 assistências em 29 partidas oficiais na temporada, sendo o garçom do Campeonato Italiano com nove assistências. Ele, inclusive, foi eleito o melhor jogador de fevereiro na liga, sendo o único atleta com mais de um prêmio do mês nesta edição.

Indo além dos números, os dois têm praticado também um futebol vistoso. Osimhen é um exímio goleador que brilha saindo da área, arrancando, construindo e ajudando também  pelo lado. Kvara, por sua vez, é muito habilidoso e proporciona lances plásticos - são 58 dribles certos por parte dele na temporada, a mesma quantidade de Neymar, que também disputou 29 partidas em todas as competições em 2022-23.

Em um Napoli que já atropelou Liverpool, Juventus e demonstra uma regularidade absurda (venceu sete dos oito jogos da Champions e lidera o Italiano com 18 pontos de vantagem), Osimhen e Kvaratskhelia apresentam um altíssimo nível constante na temporada, ainda que o nigeriano tenha perdido uma sequência de seis jogos por lesão entre setembro e outubro.

Kvara tem 22 anos e joga em uma das cinco grandes ligas pela primeira temporada na carreira; Osimhen tem 24 anos e viu sua evolução ser meteórica nos últimos três anos; ainda não são jogadores consolidados no topo do futebol, sobretudo o georgiano, mas em 2022-23 não “baixam a cabeça” para ninguém. 

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Noite épica de Haaland na Champions vai além dos 5 gols e do recorde

André Donke
André Donke

Erling Haaland é um absurdo, artilheiro nato e aniquilador de recordes. Nesta terça-feira, igualou Luiz Adriano e Lionel Messi como únicos jogadores a marcarem cinco vezes em uma mesma partida de Uefa Champions League, ao ser o protagonista do Manchester City na vitória por 7 a 0 sobre o RB Leipzig, pela volta das oitavas de final.

Com 33 gols em 25 jogos na história da Champions, o camisa 9 doassumiu a liderança da artilharia nesta edição, com dez gols – ele já levou o prêmio em 2020-21, quando marcou exatamente uma dezena de vezes.

Se os números impressionantes e recordes não são mais notícias quando se fala de Haaland, há um aspecto do jogo no Etihad Stadium que também merece ser ressaltado, e que pode deixar o torcedor do Manchester City ainda mais animado: o entendimento do centroavante com o time.

A temporada do norueguês, com 39 gols em 36 jogos oficiais, é inegavelmente brilhante, mas atuações que têm ficado aquém do esperado. Há jogos bem discretos na trajetória de Haaland pelo City, como as três partidas em que ele teve menos de dez toques na bola (foram seis contra Southampton e Aston Villa e oito diante do Bournemouth).

Jamie Carragher, lenda do Liverpool e hoje comentarista da Sky Sports, chegou a mencionar certa vez que o centroavante pode ter escolhido o clube errado. O sucesso de Haaland no Borussia Dortmund se deu em um time com estilo bem diferente do que consagrou o City de Pep Guardiola.

É este contexto que fortalece o desempenho de Haaland diante do Leipzig. Isso porque, além dos cinco gols, foi o jogo em que ele mais tocou na bola na proporção considerando o tempo em que ele ficou em campo – foi substituído aos 17 minutos do segundo tempo.

O norueguês ainda teve seus melhores números, em absoluto, em finalizações (oito) e finalizações no alvo (também oito) entre todos os 36 jogos que disputou pelo clube.

Haaland leva a bola de partida histórica para casa
Haaland leva a bola de partida histórica para casa Getty Images

Desde que a bola começou a rolar, ficou nítido como os companheiros buscaram o camisa 9 com lançamentos longos – foi assim que nasce o segundo gol, depois de uma bola esticada por Akanji desde a defesa, com Haaland aproveitndo o rebote após chute de De Bruyne na trave – e também com cruzamentos. O belga caiu com frequência pela direita, fazendo cruzamentos para acionar o norueguês pelo alto no primeiro tempo. Além disso, o camisa 9 também saiu da área para ajudar a construir, contribuindo dessa forma no gol marcado por Ilkay Gündogan no segundo tempo.

Os números impressionantes podem fazer esquecer que Haaland, aos 22 anos, está em sua primeira temporada no City, um time ao qual exige um tempo para se alcançar um total entendimento das ideias e da dinâmica, ainda mais para alguém que vem de um Borussia Dortmund com perfil bem distinto.  Ele ainda está se adaptando ao time, e o jogo desta terça-feira foi também muito interessante neste sentido, embora o foco fique, mais uma vez, na sua capacidade surreal de fazer gols.

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Bayern de Munique é um dos clubes mais competentes do mundo

André Donke
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A classificação do Bayern de Munique às quartas de final da Uefa Champions League ao vencer por 2 a 0 e aplicar um triunfo por 3 a 0 no agregado diante do Paris Saint-Germain, nesta quarta-feira, é só mais uma de tantas provas do colossal mérito do clube alemão, um dos mais competentes do mundo.

Em um campeonato que jamais havia conhecido além de um tricampeão, o Bayern atual é deca, algo que nem mesmo sua geração gloriosa da década de 70 - que foi tricampeã europeia - conseguiu. No clube que consagrou Franz Beckenbauer, Gerd Müller, Karl-Heinz-Rummenige, etc., é uma tremenda injustiça desmerecer a atual hegemonia dos bávaros, alegando uma suposta fragilidade do Campeonato Alemão ou a sua característica de ‘predador’ no futebol nacional, algo que o Borussia Dortmund também pratica, ainda que em menor escala.

Dos 25 jogadores que entraram em campo na conquista da tríplice coroa em 2012-13, que marcou o início da sequência atual no Campeonato Alemão, os únicos que seguem são Manuel Neuer e Thomas Müller.

Muitos se aposentaram, alguns foram para outros gigantes da Europa, como David Alaba e Toni Kroos – futuramente, Robert Lewandowski faria o mesmo -, mas o Bayern nunca deixou de ser dominante no cenário nacional e um dos times a serem temidos na Europa.

Contanto a edição atual da Champions, o Bayern esteve em 11 das últimas 12 quartas de final, caindo nas oitavas em 2018-19 para o Liverpool, que seria campeão. Sua única campanha realmente decepcionante foi a passada, quando acabou eliminado para o Villarreal nas quartas. São sete idas às semis, incluindo dois títulos e um vice.

Tal cenário pode não parecer tão impactante quando falamos de um gigante do futebol mundial, mas merece ser ressaltado por ser o time de um país que não compete financeiramente no mesmo nível que a Premier League, que Barcelona e Real Madrid ou que o PSG, o qual eliminou de forma incontestável nesta quarta. A Bundesliga não permite sócios majoritários no futebol, então não há qualquer perspectiva de mecenas, empresas ou países comprando um clube alemão e injetando caminhões de dinheiro.

De acordo com levantamento do site Transfermarkt, o Bayern gastou mais de 50 milhões de euros em apenas dois atletas em toda sua história: Lucas Hernández (80 milhões) e Matthijs de Ligt (67 milhões).

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Mesmo sem o investimento de outras potências do futebol, isso não impediu de o clube ser absurdamente competitivo em âmbito continental, e o demonstrou mais uma vez nesta edição da Champions. Ainda que o PSG tenha feito um bom primeiro tempo em Munique, o Bayern foi superior no segundo e significativamente melhor na soma dos dois duelos. Sem esquecer que os comandados de Julian Nagelsmann fizeram uma campanha perfeita em um grupo com Inter de Milão e Barcelona.

Sem o badalo dos parisienses, o time alemão mostrou a força e o equilíbrio do seu elenco, com o simbólico segundo gol saindo dos pés de Serge Gnabry e jogada de João Cancelo, dois nomes que saíram do banco.

O primeiro de foi de Eric Maxim Choupo-Moting, que recentemente renovou seu contrato até o meio de 2024 em meio à melhor temporada de sua vida. O camaronês se estabeleceu como substituto de Lewandowski e acabou de anotar seu 17º gol em 26 jogos na temporada, se confirmando como uma solução temporária e muito eficaz para a grande carência dos bávaros para 2022-23.

Sem o melhor jogador do mundo de 2021, enfrentando o melhor de 2022 e sem o glamour dos seus principais concorrentes no continente, o Bayern despacha um time cheio de badalo e é, mais uma vez, um dos principais candidatos ao título da Champions.

Choupo-Moting comemora gol do Bayern sobre o PSG
Choupo-Moting comemora gol do Bayern sobre o PSG Roland Krivec/DeFodi Images via Getty Im

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