Curti: Astros recuperam-se com 3-2 e podem ser campeões em casa
Que World Series, hein? O Houston Astros viu o Washington Nationals abrir 2-0 em seu território com duas atuações "bem humanas" de seus co-aces, Justin Verlander e Gerrit Cole. Menos de uma semana depois, o ataque apareceu, arremessadores menos laureados fizeram seu trabalho e os Astros voltam para Houston com a série 3-2, podendo ser campeão em casa nesta semana.
Houston venceu os três jogos em Washington – na MLB, a final tem mando de campo 2-3-2 – e tornou-se apenas o terceiro time a vencer três jogos fora de casa numa World Series se contarmos as últimas 30 temporadas. Nas duas últimas vezes que isso aconteceu, o time que conseguiu o feito sagrou-se campeão – Yankees de 1996 e os Cubs de 2016. De toda forma, os Nationals ainda podem fazê-lo também e aí a gente teria uma coisa bem maluca: os mandantes teriam perdido todos os jogos da série e isso nunca aconteceu em mais de um século.
O que aconteceu? Bem, o ataque de Houston apareceu, como eu disse, mas o de Washington pifou completamente. O desempenho com homens em posição de anotar corrida foi horroroso. Nesses jogos em casa, os Nats tiveram saldo de -16 corridas – quarta pior marca numa World Series. No lado dos Astros, o grande destaque vai para George Springer e Carlos Correa. Springer agora tem 7 home runs em jogos de World Series, recorde da franquia. Mas não dá para falar apenas do ataque de Houston.
Cole apareceu também. Depois de uma atuação um tanto quanto "humana" em seu primeiro jogo nesta série mundial, o potencial Cy Young da Liga Americana teve atuação de gala como fizera tantas vezes na temporada regular. Foram 9 strikeouts e isso contribuiu para o apagão completo que os Nationals tiveram. A pequena exceção nessa parcela de jogos em Washington talvez vá para Juan Soto, que teve seu segundo HR nesta série.
Jogo 6 acaba a série?
Difícil dizer. Primeiro porque deve haver uma "regressão à média" por parte do ataque dos Nationals – é difícil que se mantenham tão apagados assim durante uma semana inteira, há talento demais para tanto. Ainda, porque Stephen Strasburg estará no montinho e ele vive um momento abençoado como lhe é de costume em pós-temporada. Strasburg cedeu duas corridas merecidas no jogo 2, fazendo com que seu ERA saísse de absurdos 1.10 para 1.34 em pós-temporada. Ainda é um número surreal e apenas Sandy Koufax, lendário arremessador abridor do Los Angeles Dodgers, tem número menor – 0,95 – entre abridores.
Do outro lado Justin Verlander, a peça que faltava no quebra-cabeça do título de 2017. Os Astros estavam num momento conturbado na temporada em um ano que tudo prometia dar certo e que as escolhas de Draft e etc finalmente seriam capitalizadas num título. Aí, a diretoria apertou o acelerador e trocou por Verlander – com o título, muito ajudado por ele, a troca provou-se acertada. Agora, Justin tem a oportunidade de buscar um segundo anel e estando no montinho para isso. Em suas passagens por Detroit Tigers e Astros, Verlander nunca foi creditado/ficou com uma vitória em um jogo de World Series: são seis jogos, um no-decision e cinco derrotas. Nenhum arremessador teve tantos jogos sem vitória em uma World Series.
Ante o que aconteceu com aquele Tigers do início da década, com um jogo não tão bom no início dessa série e seu simbolismo para a construção desse Houston Astros, somado ao fato do beisebol ter essas histórias românticas, me parece que de terça não passa. Cenas dos próximos capítulos.
O Jogo 6 entre Houston Astros e Washington Nationals será na terça, 21h, na ESPN e Watch ESPN. A série está 3-2 para os Astros, então uma vitória de Houston encerra a série e dá o título da MLB para a equipe do Texas. Caso Washington vença, o jogo 7 também será em Houston, na quarta-feira, também 21h na ESPN e Watch ESPN.
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