Curti: Os 5 melhores running backs do Draft 2020
A classe de 2020 do Draft da NFL não apresenta uma unanimidade "top 10" na posição de running back como acontece com cornerback, EDGE e até mesmo linebacker. Não há um Todd Gurley ou um Ezekiel Elliott neste ano – tampouco um Christian McCaffrey. Há uma primeira prateleira com três jogadores que têm seus pontos fortes e pontos fracos. Nenhum deles será draftado no início do Draft – corremos até mesmo o risco de que haja apenas running backs na segunda rodada, como já aconteceu em anos anteriores. Vamos falar deles então?
Observação importante: Sempre quando falamos em prospecto no Draft, é uma projeção – o recrutamento é ciência exata e o sucesso do jogador no nível profissional (NFL) depende de inúmeras variáveis, como sua lapidação pela comissão técnica, elenco de apoio e tantas outras coisas mais.
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1- Jonathan Taylor, Wisconsin
O que gosto nele: Grande habilidade atlética e porte adequado para a NFL. Tem bons cortes em mudanças de direção. Pode ser bem-sucedido em sistemas que usam bloqueios em zona, dado que sabe ler bem os espaços para explodir. Embora não seja um bloqueador de elite, é esforçado e pode ficar em campo nas três descidas.
O que não gosto dele: O problema foi mitigado na reta final da carreira, mas sem sombra de dúvidas os fumbles foram problemas. Não tem volume o suficiente para apostarmos nele no jogo aéreo.
Taylor (foto abaixo), foi a materialização do ataque de Wisconsin na temporada passada – para variar, mais um ano com corridas e poucos passes. Até por conta disso ele não teve um volume alto em rotas corridas – tal como outros running backs oriundos dos Badgers, como Melvin Gordon. É o melhor running back da classe porque é o mais equilibrado entre eles – produz big plays, consegue bloquear e sabe ler o que a linha ofensiva lhe dá.
2- D'Andre Swift, Georgia
O que gosto nele: O melhor da classe correndo rotas, foi bem usado no jogo aéreo e pode contribuir na NFL desde o primeiro dia nesse sentido. Assim como Taylor, tem boa leitura de bloqueios no segundo nível.
O que não gosto nele: Menos eficaz do que o ideal como corredor e isso não deve mudar na NFL, dado que não tem tanta massa muscular. Pode acabar sofrendo com lesões justamente por conta disso. Não tem velocidade final que chama atenção para compensar o corpo mais magro.
Como brinquei no Twitter na semana passada, temos um Draft "Taylor Swift" neste ano. Se Taylor é um cara mais "clássico", Swift é seu complemento – aquele running back mais usado no jogo aéreo como Georgia produziu com Sony Michel recentemente. De toda forma, minha comparação a ele é de Duke Johnson, até por ser um cara mais voltado para os passes do que entrar numa goal line.
3- J.K. Dobbins, Ohio State
O que gosto nele: Ao contrário de Taylor, o produto de Ohio State não teve problemas com fumbles em sua carreira. Tal como ele, tem boa capacidade de mover pilhas e de ser um corredor físico – além de ter conseguido muitas big plays para os Buckeyes, foram 31 para mais de 15 jardas na temporada passada.
O que não gosto dele: Seu teto como corredor é menor do que o de Taylor e, principalmente, não tem bom trabalho nos bloqueios caso precise ajudar numa descida óbvia de passe. Não tem árvore de rotas extensa para o jogo aéreo, é screen e olhe lá.
Uma das peças mais importantes do ataque de Ohio State no ano passado, Dobbins foi responsável por dar a ignição no ataque do time em vários momentos da temporada 2019. Contudo, suas carências – jogo aéreo recebendo e bloqueando – fazem com que ele tenha menos valor no Draft numa NFL que só pensa em passar a bola. O time que lhe escolher no Dia 2 pode ter uma tremenda barganha.
4- Cam Akers, Florida State
O que gosto nele: Produziu mesmo com o time em cacos, sobretudo com uma linha ofensiva porosa que em vários momentos mais lhe atrapalhou do que ajudou. Por isso, teve que se virar em vários momentos e produziu bem com cortes para evitar defensores infiltrando no backfield ou em momentos de campo aberto. Consegue contribuir bem no jogo aéreo. Bom quebrando tackles.
O que não gosto nele: Se por um lado os cortes ajudaram, por outro parecia que ele estava mais querendo fazer firula do que produzir. Precisa ser mais objetivo na NFL. Não é problema como foi para Taylor, mas olho em fumbles.
Akers foi um dos poucos raios de sol na zona imensa que virou o programa de futebol americano de Florida State depois da saída de Jimbo Fisher. Justamente por conta disso, pode ser uma barganha neste Draft – é um cara que não vai sair na primeira rodada, que não apareceu em jogos importantes mas que produziu bem no ano passado, passando das 1000 jardas num time que, como disse, foi a materialização da bagunça. É um jogador agressivo, mas precisa corrigir as firulas e ser mais norte-sul ao atacar as defesas.
5- Clyde Edwards-Helaire, LSU
O que gosto nele: No ataque mais prolífico de 2019, Edwards-Helaire foi bem como running back em vários momentos. Running back que pode ficar as três descidas em campo, chegou até a alinhar como wide receiver. Contudo, não chega a impressionar MESMO em nenhuma habilidade – seja correndo pelo meio, por fora, recebendo ou bloqueando.
O que não gosto nele: Além de fazer muitas coisas mas nada em nível de elite, Edwards-Helaire tem um mega problema quanto ao tamanho: é pequeno demais para a NFL, seja em altura ou massa magra. O histórico de jogadores assim necessita de velocidade e cortes de elite para dar certo na NFL, como Darren Sproles.
"Jack of all trades, master of none" (algo como "síndrome do pato", nada, anda e voa mas nada bem), Edwards-Helaire tem tudo para até ter seus momentos no jogo profissional, mas como um membro de comitê de running backs – e não como o principal nome da posição de um time.
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