Curti: Os 5 melhores Wide Receivers do Draft 2020
Observação importante: Sempre quando falamos em prospecto no Draft, é uma projeção – o recrutamento NÃO é ciência exata e o sucesso do jogador no nível profissional (NFL) depende de inúmeras variáveis, como sua lapidação pela comissão técnica, elenco de apoio e tantas outras coisas mais.
Não há classe tão profunda em termos de talento como a de wide receiver deste ano. A classe de quarterbacks é pra lá de interessante neste ano, com três nomes que têm potencial de serem franchise quarterback. A classe de offensive tackles é bem interessante também, como vários nomes de primeira rodada. Contudo, há muito tempo não temos tanta profundidade de talento na classe de wide receivers: há vários com talento de primeira rodada que, pelo fluxo do Draft, acabarão caindo no colo de um time esperto no topo da segunda.
Dito isso, falemos aqui dos cinco principais. É difícil estabelecer um ranking – a primeira posição é quase empate técnico, por exemplo – neste ano, mas vamos lá.
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1- CeeDee Lamb, Oklahoma
O que gosto nele: Poucos drops, mãos firmes; Excelente poder de improviso quando necessário; Fisicalidade buscando o ponto de ataque quando a bola chega; Vai bem em recepções contestadas.
O que não gosto nele: Precisa ganhar massa muscular para a NFL; Não tem volume de snaps contra marcação diretamente na linha (press coverage) e deve ter dificuldades contra isso na NFL; Não tem velocidade de elite, embora boa aceleração.
Com exceção à massa magra, a análise acima poderia ser de DeAndre Hopkins quando ele chegou na NFL – é por isso que comparo Lamb a ele, embora uma versão mais magra. Dos recebedores desta classe, é o mais lapidado – não faz nada de maneira ruim e é excelente em jardas após a recepção. Suas mãos firmes e poder em bolas contestadas fazem dele um wide receiver capaz de jogar como WR1/Split End na NFL, ao contrário do que projeto para Jeudy.
2- Jerry Jeudy, Alabama
O que gosto nele: Melhor árvore de rotas da classe. Bastante agilidade na execução das rotas. Embora Lamb seja melhor em jardas após a recepção, Jeudy também é excelente no quesito. Suas quebras nas rotas (e depois delas) são magistrais.
O que não gosto nele: Alguns drops por falta de concentração. Precisa ganhar mais massa magra. Precisa usar as mãos melhor vs press.
Num primeiro momento, deve ser usado como flanker/z/WR2 tal como aconteceu com o também ex-Alabama, Calvin Ridley – uma boa comparação para Jeudy, aliás. Tal como a maioria dos wide receivers da classe, precisa ser lapidado para jogar melhor contra press coverage. Se cair no sistema certo, que usa e abusa de movimentações e jardas após a recepção (exemplos da NFL atual: Rams, 49ers) tem tudo para brilhar já no primeiro ano.
3- Jalen Reagor, TCU
O que gosto nele: Tal como o próximo da lista, a velocidade. Suas quebras de rotas são precisas, sobretudo próximo às sidelines. Double moves excelentes. É um playmaker e se bem utilizado pode render na NFL.
O que não gosto nele: A altura é problema para a NFL, talvez tenha que jogar como slot por conta disso. Tal como Jeudy, houve drops por conta de concentração ou porque está pensando nas jardas após a recepção antes de segurar a bola de fato. Tem problemas contra press.
Atlético, Reagor pode ser a "alternativa" para o time que não tiver Ruggs. De toda forma, vejo ele com piso maior e, embora os números do Combine não tenham indicado isso, é um jogador veloz. Não tem problemas de lesão e pode ser um excelente flanker/z/WR2 para times que queiram velocidade na posição.
4- Henry Ruggs, Alabama
O que gosto nele: A velocidade, obviamente. É a melhora arma vertical da classe, tendo o melhor tempo no tiro de 40 jardas – 4.27. Para times que precisem esticar o campo, não haverá arma melhor. Não é polido nos cortes em jardas após a recepção como os primeiros nomes desta lista, mas com velocidade e bons ângulos também é capaz de produzir no quesito.
O que não gosto nele: Volume baixo de recepções – por ser ameaça vertical – e o fato de que teve uma árvore de rotas bem pobre por ser mais um velocista de campo fundo. Pode sofrer com press coverage ou cornerbacks rápidos na NFL, porque a separação é basicamente vinda da velocidade.
Algum time pode até acabar subindo por ele, é uma das "coqueluches" do Draft deste ano. Ruggs, porém, precisa de evolução em vários setores. Ele não vai enfrentar defesas como as do college, nas quais sentava e rolava com base na velocidade. Vai ter que ler as marcações em zona, vai ter que evoluir em separação contra marcação individual. Por isso, precisará ser bem lapidado. O talento físico, porém, certamente está presente.
5- Justin Jefferson, LSU
O que gosto nele: Bom corredor de rotas, com quebras ajustadas ao tráfego no meio do campo – seu trabalho no meio, aliás, é sua principal virtude, sabendo se posicionar bem. Sua rota slant é fatal e foi uma das bolas de segurança de Joe Burrow no ano passado.
O que não gosto nele: Jogou mais na parte de dentro e isso limita seu valor para o Draft, estando projetado mais como slot receiver para o nível profissional. Há algumas dúvidas quanto à produção: ele teve números excelentes por conta de Joe Burrow e pelo fato do ataque de LSU ter sido ótimo ou por si?
Jefferson levanta comparações com Doug Baldwin, ex-recebedor do Seattle Seahawks. Como "slot receiver puro", é o melhor nome da classe. Caso um time já tenha opções no lado de fora e queira uma opção por dentro – alô Philadelphia Eagles, estou falando com você – pode ser uma boa pedida.
Menções Honrosas:
* Brandon Aiyuk, Arizona State
* Denzel Mims, Baylor
* Tee Higgins, Clemson
* Laviska Shenault, Colorado
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