Curti: Jamal Adams tem pouca barganha para pedir troca – então, ele vai causar
Jamal Adams está no mercado. A afirmação, em realidade, é a conclusão de uma longa novela que há algum tempo se arrasta nas entrelinhas e nas especulações. Em meio a um time com muitos buracos e algumas decepções, Adams conseguiu ir ao Pro Bowl e, no ano passado, foi eleito para a seleção All-Pro, dos melhores jogadores da liga.
Mas, para ele, ainda é pouco. Normal, Adams é um jogador talentoso e pode ser um dos melhores safeties de sua geração. A seu ver, ao que tudo indica, isso não deve acontecer no New York Jets. O time teve uma temporada complicada em 2019, primeiro ano de Adam Gase no comando do time.
É aí que mora a situação: Gase x Adams. Não é de hoje que sabemos que Adam Gase é um técnico que não tolera personalidades fortes. Em sua passagem anterior, em Miami, Gase despachou vários jogadores com base na filosofia de “mudança de cultura” no vestiário. Um exemplo foi Jarvis Landry, que vinha de liderar a NFL em recepções.
Em outubro do ano passado, listei no ESPN League como Adams poderia acabar sendo trocado mesmo que fosse o melhor jogador do time. Com o quarterback Sam Darnold perdendo jogos, a temporada foi pro vinagre – então uma troca para capitalizar no futuro seria plausível. Então, não rolou. Agora, parece que Adams não quer mais esperar. Ele sabe de seu valor como um dos melhores safeties da liga e sabe que com ajuda de melhores companheiros defensivos, pode muito mais – além de na chegada a um novo time carente na posição, ter a barganha de pedir um mega contrato.
Os Jets, porém, têm a barganha de “não precisar fazer nada”. Não é como se, com o elenco atual e a AFC East do jeito que está – Bills em ascensão, Patriots ainda com boa defesa e Dolphins arrumando a casa – o time estivesse a um Jamal Adams de vencer o Super Bowl ou mesmo de ter mais de 10 vitórias na temporada. Ademais, os Jets acionaram a opção de quinto ano de Adams – então ele ainda teria dois anos no contrato.
Então, Adams precisa causar e, como Ian Rapoport falou no Twitter, usar a imprensa como meio de pressionar o time. Foi o que ele fez o que está fazendo. Inclusive, chegou a listar times pelos quais ele jogaria. Tampa Bay, Baltimore, Dallas, Houston, Kansas City, Philadelphia, San Francisco e Seattle. Em comum, todos times que brigam por playoffs – e vários com carência na posição de safety.
Agora é a vez de Adam Gase. O que ele fará sobre? A troca vem ou o que virá é o silêncio como resposta? A forma pela qual Gase e a diretoria do time vão lidar com isso tudo podem dar a tônica do vestiário dos Jets em 2020. Joe Douglas, oficialmente o general manager – que por óbvio vai ouvir seu treinador – parece ser um cara ponderado que não segue a imprensa ou a torcida em suas decisões. Seja como for, cenas dos próximos capítulos.
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