Curti: Como 2020 pode acabar sendo o ano mais maluco da MLB
Uma temporada de 60 jogos – com 16 times nos playoffs – pode nos proporcionar um campeão que ninguém imaginaria em março deste ano. A marca de 2020 é a imprevisibilidade e ser um ano como nenhum outro. No beisebol, um esporte que tem como marca justamente essa imprevisibilidade, a tendência pode ser justamente essa.
Cenários malucos não são nada improváveis nesta temporada. É plenamente possível, aliás. Algo coisa que podemos vislumbrar: começos avassaladores que podem colocar um time na pós-temporada sendo que em condições normais isso não aconteceria. Lembra-se dos Mets começando 10-1 há dois anos e depois não indo para a pós-temporada? Então.
Se quiser, podemos pensar até no ano passado. Em abril do ano passado, o Seattle Mariners tinha início de 13-2. Ao mesmo tempo, a chegada de Bryce Harper – que historicamente começa bem as temporadas – deu um gás para o Philadelphia Phillies, que então liderava a NL East. Nenhum dos dois times jogou em outubro.
Pensando nisso, quais perspectivas temos para esses 60 jogos? Em primeiro lugar, ninguém sabe. O Washington Nationals, atual campeão, perdeu Juan Soto no início da temporada por conta da COVID-19. O Atlanta Braves não terá seus dois catchers titulares, tendo que subir William Contreras da Triple A, para a primeira série contra os Mets – pelo mesmo motivo. Não temos como prever essas coisas.
No panorama das divisões, a NL East e Central podem apresentar várias possibilidades. Nationals, Mets e Braves apresentam-se numa potencial primeira prateleira – se os Phillies resolverem a questão de seus arremessadores, podem aparecer. A NL Central é completamente aberta e pode muito bem ter um Cincinnati Reds aparecendo forte, dado que seu ataque é competente e a rotação pode evoluir.
A AL West, com os Astros meio que de ressaca após o escândalo, podem ter um Oakland A’s finalmente roubando o título – o ataque tem Matt Chapman e Marcus Semien, dois nomes subestimados. O Los Angeles Angels pode finalmente dar mais competitividade para além de Mike Trout, sobretudo por conta da chegada de Anthony Rendon (ex-Nationals) e do técnico Joe Maddon (ex-Cubs).
A AL Central parece encaminhada para os Twins, sobretudo se conseguirem manter o ritmo forte de home runs – uma boa sequência em temporada de tiro curto parece possível. Os Indians, naquele que pode ser o último ano de Francisco Lindor no time, não apresentam mais tanto poder de fogo como outrora, mas não podem ser descartados. Yankees e Dodgers devem dominar a AL East e NL West – embora um time classificado a mais dessas divisões não seja de se espantar.
Como você leu acima, muita coisa pode acontecer.
Ninguém imaginaria que o Washington Nationals iria tão longe depois de começar tão mal a temporada. Ora, sequer se apontava Washington como candidato ao título quando jogaram o Wild Card no início de outubro. Neste ano, com tudo isso que está acontecendo, coisas ainda mais malucas podem acontecer. Quer um exemplo?
No ano passado, mesmo com campanha de 106 vitórias, o Los Angeles Dodgers ruiu nos playoffs e sequer chegou à final da Liga Nacional – que havia conquistado nos dois anos anteriores. Imagine neste ano, com o time em alto aproveitamento, Mookie Betts e Cody Bellinger voando. Aí, como cabeça-de-chave número 1 da Liga Nacional, enfrentam o New York Mets, oitavos. Numa série de três jogos, o primeiro jogo tem Clayton Kershaw com apagão, Jacob DeGrom desfilando no montinho e Pete Alonso tem dois home runs e 5 corridas impulsionadas.
De repente, a série está aberta. Então não duvide: surpresas podem (e até devem) acontecer em 2020. É o slogan deste ano.
Siga-me no twitter em @CurtiAntony, no Telegram em meu canal gratuito e no Instagram em @AntonyCurti
Curti: Como 2020 pode acabar sendo o ano mais maluco da MLB
COMENTÁRIOS
Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.