Curti: Njoku retira pedido de troca e ataque dos Browns deve usar muito seus tight ends
Kevin Stefanski chegou para arrumar a bagunça que Freddie Kitchens deixou no Cleveland Browns no ano passado. Em resumo, Kitchens jogou fora o que deu certo no final da reta final de 2018 com Baker Mayfield e montou um ataque vertical na base do EMPOLGOU por conta da chegada de Odell Beckham Jr e no fato de Mayfield ter terminado a temporada brigando pelo prêmio de Calouro Ofensivo do Ano.
É, mas ele só esqueceu de um pequeno detalhe: não tinha bons jogadores nas pontas da linha ofensiva. Como consequência, Baker foi uma máquina de turnovers no ano passado e as fortes chances de playoffs que todos apontavam para o time acabaram virando combinações matemáticas quase impossíveis em dezembro.
Cleveland decidiu arrumar a bagunça com algo mais conservador. Foi atrás de Kevin Stefanski justamente por isso. Em Minnesota, Kevin fora coordenador ofensivo na temporada passada e transformou Kirk Cousins num dos mais eficientes quarterbacks da NFL. As peças (e problemas) de Minnesota eram até parecidos com o que Cleveland tem hoje: bons wide receivers mas um quarterback que atravessava momentos de desconfiança.
Para além da chegada de Stefanski, o time fez contratações interessantes na free agency e uma boa escolha na primeira rodada do Draft 2020. O excelente right tackle Jack Conklin e a promessa Jedrick Wills como left tackle devem solucionar o problema da linha. Mas outra contratação – e, agora, uma manutenção – são a parte interessante disso.
Os Browns pagaram uma bela grana a Austin Hooper, ex-Falcons. 4 anos, 44 milhões – sendo 23 deles garantidos para o tight end. Num primeiro momento, isso estranhou os olhos de muitos. Afinal, o time não tinha recém-investido uma escolha de primeira rodada no bom David Njoku, da mesma posição? O próprio Njoku parece não ter gostado disso, dado que pediu para ser trocado. “Estou all in em Cleveland, hora de trabalhar”, twitou. Ian Rapoport, insider da NFL Media, reportou que não há mais pedido de troca.
Na verdade, o estranhamento por parte de Njoku e de todos não tinha muito fundamento tático, por assim dizer. Mesmo com a chegada de um tight end a peso de ouro, não é como se ele fosse perder tanto tempo de jogo assim. Isso porque Stefanski é um notório fã de pacotes 12, com dois tight ends e dois wide receivers. No ano passado em Minnesota, segundo o Football Outsiders, Stefanski usou dois tight ends em campo em 57% das jogadas ofensivas do time. Isso foi a segunda maior marca da NFL.
Ou seja: a tendência é justamente essa. Pacotes com dois tight ends – até para reforçar a proteção a Baker, nula em vários momentos no ano passado – e Odell Beckham Jr e Jarvis Landry como wide receivers. É uma saída pra lá de interessante para aproveitar o que Cleveland tem de melhor no elenco. Njoku pode ter ficado pistola num primeiro momento. Mas a verdade é que foi sem motivo. Agora ele parece ter percebido isso.
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