#LetRussCook: É cada vez mais claro que o passe virou lei nos Seahawks
46% de corridas.
Segundo o Football Outsiders, essa era a marca do Seattle Seahawks em jogadas ofensivas desde 2015. Isso significava que de 2015 a 2019 um time que tinha Russell Wilson como quarterback era o segundo que mais corria com a bola. Em outros termos, seria como você ter uma Ferrari na garagem e em vez de poder acelerar com o carro num autódromo ficasse dirigindo ela em engarrafamentos de São Paulo e tão somente isso. Um tremendo desperdício e um potencial no lixo.
O ápice disso foi no Wild Card Round da Conferência Nacional em janeiro de 2019, referente à temporada 2018. Jogando contra o Dallas Cowboys fora de casa, Brian Schottenheimer chamou um jogo extremamente conservador e com volume terrestre que não fazia jus ao fato de ter Wilson como quarterback ou estar 10 pontos atrás no placar no segundo tempo. Seguindo na mesma toada após 2019, na última intertemporada houve um movimento forte nas redes sociais para que Russell Wilson fosse mais acionado pela comissão técnica em passes: #LetRussCook – em tradução livre, "Deixa o Wilson Trabalhar".
Agora franco-favorito ao prêmio de MVP, Russell Wilson está tendo essa permissão. O olho nu já mostrava isso e as estatísticas básicas também. Wilson lidera a NFL em touchdowns passados, com 19 – bem como em passer rating, com 129,8. Então, fui atrás de estatísticas avançadas com a ajuda do departamento de pesquisa da ESPN americana para corroborar que finalmente há uma tendência maior em passes no Seattle Seahawks de Schottenheimer e Pete Carroll.
1ª Descida
Um termômetro interessante sobre a tendência do playcalling de um time reside na questão da primeira descida. Como é a primeira – literalmente – e são 10 jardas, um time com tendências terrestres costuma optar por correr com a bola para gerar segunda e terceira mais contornável. Um time com tendências aéreas passa mais a bola em primeira descida. De 2012 a 2019 (ou seja, desde que Wilson virou titular) o time passou menos do que correu em primeira descida: 49% – 25º que menos passou na liga. Neste ano, esse número subiu para 61%.
Quando o time tem a liderança
Outro termômetro interessante da tendência passe-corrida é quando a liderança está com o time em questão. Passar a bola pode gerar interceptações ou passes incompletos – o primeiro é mais danoso mas o segundo também o é, dado que para o cronômetro, coisa que você não quer quando está liderando uma partida.
Seattle passa a bola em 65% dos snaps quando tem uma liderança por pelo menos 10 jogadas – o que deixa o time em primeiro lugar entre os 31 elegíveis (é, o New York Jets não é elegível para a estatística porque ainda não liderou uma partida, parabéns Adam Gase). De 2012 a 2019 (oito primeiros anos de Wilson como titular) o time teve 51% de passes quando liderava (24º da liga). É outro salto significativo na tendência de passar mais a bola.
Ou seja: Schottenheimer e Carroll estão deixando Wilson trabalhar. Como resultado, o time está invicto e conseguindo superar uma defesa que cede 375 jardas aéreas por jogo do outro lado da bola. Esperamos que seja uma tendência permanente no CenturyLink Field, porque poucas coisas faziam menos sentido na NFL do que pagar 35 milhões de dólares para um quarterback e correr mais do que passar. Nossos olhos agradecem ao poder ver Wilson brilhando assim.
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