Nem Wilson salva: a defesa aérea do Seattle Seahawks é uma bomba
400 jardas, três touchdowns e um baile. O Buffalo Bills teve 11 tentativas terrestres com seus dois principais running backs. Praticamente nem se deram ao trabalho de correr. Precisava? Não, como vimos. O Seattle Seahawks de 2020 está cedendo quase 370 jardas aéreas por jogo. É absurdamente muita coisa.
Em praticamente toda live que faço, nas redes sociais, o torcedor de Seattle me pergunta quão longe o time pode ir nesta temporada. Boa pergunta, porque por um lado o time tem um potencial MVP em Russell Wilson, o atual líder de touchdowns passados da NFL. Por outro, tem uma bomba de secundária. Então, se equilibram? Não, esse é o problema.
Um belo dia em janeiro, Wilson pode ter um jogo com duas interceptações e a casa cai, porque a defesa não carrega o piano – aliás é ele que vem carregando. Para responder essa pergunta então, fui à história da liga. Desde 2006, qual a pior secundária que ao menos chegou ao Super Bowl? 2011 Patriots, que cedia 293 jardas por jogo pelo ar. Isso são 80 a menos que a secundária de Seattle – e aquele New England Patriots perdeu o jogo decisivo. A segunda colocada? Atlanta Falcons de 2016. Não é um bom parâmetro considerando o que aconteceu no Super Bowl LI.
Então, perguntei ao nosso departamento de pesquisa, o ESPN Stats and Info: quão grave é essa situação considerando a história recente da liga? Sinto dizer, mas bastante. A combinação "defesa ruim mesmo tendo o MVP" não costuma dar certo. Em 2000, os Rams tinham o melhor jogador e MVP da liga em Marshawn Faulk. Mas cediam 29.4 pontos por jogo. Caíram na primeira rodada dos playoffs. Seattle? Cede 30 pontos por jogo. Em 2011, os Packers tinham a pior defesa da NFL em jardas cedidas por partida, sendo o único time a chegar na pós-temporada com esse ranking. Mas tinham o MVP, Aaron Rodgers. Resultado? Caíram na primeira rodada dos playoffs.
Se a defesa não melhorar, o bicho vai pegar. Basicamente, é isso. Nem Russell Wilson em campanha de MVP está conseguindo carregar o time nas costas em toda partida, porque como você viu acima, realmente não dá para fazer isso. Dá para o MVP carregar uma defesa horrorosa para os playoffs, mas em jogo de eliminação simples como acontece na NFL – e não melhor de 5 ou 7 jogos como nas outras ligas americanas – a casa costuma cair. Esse é o problema.
Ainda há tempo de melhora. Muito dessa culpa reside nas chamadas ruins de Ken Norton Jr, coordenador defensivo de Seattle. Blitzes aleatórias, tomando 3a descida em screen, linebackers marcando wide receivers. De contrato recém-renovado, Pete Carroll precisa colocar ordem na casa, dado que tem um histórico como técnico defensivo. É o jeito. Se não acontecer, o torcedor de Seattle (e Russell Wilson) vão passar por altas emoções até o final de janeiro.
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