O grande desafio do novo presidente do Vitória
Ricardo David será o quarto presidente do Vitória nos últimos dois anos e meio. Vivendo instabilidade política que parece não ter fim, o rubro-negro terá mais uma chance de fincar os pés no chão e se reestruturar para as próximas temporadas. Essa é a grande missão de novo mandatário.
David tem a experiência de já ter trabalhado no Vitória. Foi diretor de marketing na gestões de Carlos Falcão e Raimundo Viana, entre 2014 e 2015. Na última eleição, perdeu por poucos votos para Ivã de Almeida, que renunciou ao cargo durante o Campeonato Brasileiro deste ano. Se diz preparado para mudar a mentalidade do clube e colocar o Leão na rota do progresso.
Pesa a favor de Ricardo David ser o primeiro presidente eleito pelos sócios do Vitória. Com a mudança do estatuto rubro-negro, os conselheiros passaram a dividir a responsabilidade com a maioria da torcida. Se continuar com o discurso de renovação de mentalidade, pode casar suas ideias com o momento de mudança política no clube. O Vitória, sobretudo no último ano, se arrastou em busca de gestão profissional e sofreu com a falta de capacidade de lidar com as exigências do mercado do futebol. Negociou mal, contratou com alto risco, tomou decisões precipitadas e comprometeu seu planejamento, quase levando o time à Série B.
O principal objetivo de Ricardo David é dar uniformidade aos processos dentro do Vitória. Para isso, contratou Erasmo Damiani, ex-coordenador das categorias de base da Seleção Brasileira, e que será o gestor de futebol do rubro-negro. A ideia é reformular a o Departamento de Inteligência, responsável pela avaliação de atletas; integração com as categorias inferiores; e implantação de uma filosofia de trabalho no futebol profissional, que vai desde a criação de uma filosofia de jogo até a identificação perfil do jogador que vestirá a camisa do clube. Damiani encabeçar um setor que terá a participação de dois gerentes: um para a base e outro para a equipe principal.
Por mais que o Vitória precise de um choque de gestão no futebol, é necessário que o clube se estabilize politicamente. Ricardo David, ao delegar funções para Erasmo Damiani, pode se preocupar em fazer com que o rubro-negro deixe de ser uma bomba-relógio prestes a explodir. Terá o trabalho de aparar as arestas criadas no conselho deliberativo, além de blindar o clube dos velhos “perus” (aqueles que puxam o saco da diretoria com o objetivo de obter privilégios). Mais do que um presidente, Davi precisará ser um excepcional político. Só assim, poderá durar bem mais que seus últimos antecessores.
Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br
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