A Argentina tem de sobra o que mais falta no Brasil: fome pela vitória
“Um ano atrás, Scola me puxou depois de um treino ou uma partida, não lembro direito, e me disse: ‘Nós podemos jogar as semifinais’. Eu lhe perguntei se estava confiante. Ele me repetiu que sim. Isso é o Scola, isso é o que o descreve”. Foi assim que Sérgio Hernández, o Ovelha, técnico da seleção argentina falou em entrevista coletiva após a épica vitória sobre a Sérvia.
Triunfo de 97 a 87 com atuação de gala e como um maestro de Facundo Campazzo. De uma atuação forte e segura do experiente e lendário Luis Scola. De uma atuação de superação de Gabriel Deck contra os gigantes sérvios. De uma atuação decisiva de Laprovittola. De uma atuação excelente de bolas de três de Patricio Garino.
A Argentina tem fome, tem sangue, tem brio, tem um sentimento pela vitória que poucas seleções, que poucos times em qualquer esporte têm. É um sentimento que está presente na camisa, é inerente ao corpo de cada um que a veste.
Parece um ritual em que após vestir essa camisa, o jogador entra em um outro mundo, em que somente a vitória é possível. 15 anos após o ouro olímpico em Atenas, em que a “Geração de Ouro” argentina mostrava-se para o mundo, novos frutos surgem.
Campazzo já é consolidado como um dos melhores armadores da Europa, Laprovittola idem, Deck começa a ter espaço no velho continente, Garino após a passagem pela NCAA, tem sólidas médias na Espanha. E tem ele...
Luis Scola, talvez o maior representante do que é ser copeiro, vitorioso, ganhador nessa seleção. Um cara que aos 39 anos não cansa de vencer e de lutar pelos triunfos. Com menos de 20 segundos para o final da partida, com a Argentina dez pontos na frente, Campazzo tenta um arremesso de longe.
Poderia nem ter ido ao rebote, o jogo já estava ganho. Ele vai, pula, pega a bola e sofre a falta. É posto de pé pelos companheiros, mas nem precisava de ajuda. Ele é a vitória.
A Argentina é a ambição, é o nunca desistir. Quem sabe no futuro tenhamos uma seleção com esse espírito. Sei que a mentalidade existe, mas por muitas vezes não é posta em prática.
Agora os argentinos estão nas semifinais. Um ano depois, Scola se provou certo. Eles brilham novamente.
Fonte: Leonardo Sasso
A Argentina tem de sobra o que mais falta no Brasil: fome pela vitória
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