Conheça o #MAPAFUTFEM, feito para rastrear todas as iniciativas do Futebol Feminino pelo Brasil

Luiza Travassos Fut
Luiza Travassos Fut
Seleção feminina Sub-20.
Seleção feminina Sub-20. Getty Images

Desde que comecei com meu blog, no dia 01 novembro de 2014 contando a minha história e incentivando meninas a irem atrás dos seus sonhos, tinha uma coisa que me deixava muito chateada. Sempre recebia muitas mensagens privadas e a grande maioria delas tinham frases como: ‘’Na minha cidade não tem lugar para jogar”, ‘’onde você joga?”, ‘’nós temos o time, não temos treinadores e nem campo’’, “como eu faria para ser uma jogadora se na cidade que moro não tem apoio e nunca nada vai pra frente?”.

Então nesses anos todos queria tentar mudar isso e ficava triste porque eu inspirava, incentivava e elas não sabiam como fazer. E pelo que tenho visto por aí, a visão dos pais também tem mudado, mas eles também não sabem para onde levar suas filhas.  E até agora eu também não sei.

Com isso, me veio a ideia de mapear o futebol feminino, descobrir onde elas podem jogar.  Estou super animada. Está nascendo um projeto lindo, chamado #MAPAFUTFEM. Hoje para mim é um dia especial, há exatos 04 anos comecei com o FUTBLOG, queria apenas compartilhar minha paixão com quem mais gostasse.

Minhas redes sociais cresceram, comecei a construir um sonho grande e a minha página, que era um bebezinho, cresceu. Então escolhi esta data para dar o ponta pé inicial para esta nova etapa. A partir de hoje, 01 de novembro de 2018, durante os próximos 30 dias, levantarei todas as iniciativas que recebam meninas para jogar futebol feminino. Poderão cadastrar-se escolinhas mistas, escolas só pra meninas, times femininos, pagas ou gratuitas, projetos sociais ou iniciativas privadas, do Brasil inteiro. O importante é que quando uma menina quiser jogar futebol, ela possa saber a quem procurar. E assim, quem sabe, também não teremos mais e mais escolinhas abrindo oportunidades para as meninas.

Ano que vem, em Paris, acontece a Copa do Mundo feminina. Nós, que já jogamos, vamos falar ainda mais sobre isso e mais meninas vão sonhar em jogar também. Eu tenho certeza que se elas souberem por onde começar será mais um passo para darmos visibilidade ao Futebol Feminino. O #MAPAFUTFEM nasce para que cada menina possa seguir o seu verdadeiro sonho.  E eu que acredito que sonho bom é aquele que sonhamos juntos, estou mais feliz ainda.

Clique aqui para acessar o #MAPAFUTFEM e me ajude a fazer com que mais meninas sejam incentivadas a jogar futebol.

Fonte: Luiza Travassos Fut

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'Ei, moço, só para avisar: Jogo desde pequena e nunca chutei a canela de ninguém'

Luiza Travassos Fut
Luiza Travassos Fut

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Certo dia, estava eu entrando no meu futebol, com meião, chuteira, caneleira , pronta, vestida para jogar. Chegando lá, passa um sujeito e diz:

– Ei, você joga bola?

Um pouco surpresa, eu abri um sorriso, aquele que sempre dou quando me orgulho do que faço, e disse:
– É, jogo sim!

Ele olhou para mim e indagou mais uma vez:

– Não é vôlei, não? Futebol?

E eu respondi:
– Sim, futebol, com o pé! - desta vez esperando um elogio como “nossa, parabéns, continue se esforçando”. 

Mas não, ele simplesmente virou para meu amigo, que estava ao meu lado, e disse:
– Olha tem que usar caneleira, hein!? Ela não chuta a canela de vocês?

Meu amigo não entendeu muito bem, até eu demorei a entender, e respondi:
– Olha, eu sei jogar, sim. Qual a diferença de eu ser menina?

Ele virou as costas e foi embora. 

Na hora, isso me incomodou de uma forma que eu parei para pensar “nossa, como esse homem foi insensível, como foi machista”. Só porque sou menina eu chutaria alguém? Jogaria menos que os meninos?

Então, achei uma forma de dar o meu recado, não para ele, que não merece nem mais um minuto do meu tempo, mas para todas as meninas e mulheres.

Comentários como esses afetam? Claro que sim! Mas nós, mulheres, não podemos nos abater com esse tipo de coisa, e sim mostrar pra todos o quanto somos forte, responder em campo. 

Sigam em frente, nós podemos e vamos conquistar o mundo!



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Pequeno, mas grande passo para o futebol feminino

Luiza Travassos Fut
Luiza Travassos Fut

Barcelona x Lyon, pela Champions League Feminina
Barcelona x Lyon, pela Champions League Feminina Getty

"ESPN compra os direitos de ligas femininas"

Quase não acreditei quando recebi essa notícia, há alguns dias. A ESPN começaria a transmitir, entre outras competições, a Champions League feminina de futebol! Lendo sobre essa novidade, me lembrei de um texto que escrevi em 2017:

É preciso persistência para ser jogadora profissional de futebol feminino, e para assisti-lo também

Era uma quarta, dia de UEFA Champions League feminina. Liguei a TV, não ia passar em nenhum canal. Pesquisei nas redes sociais, mas tinha que pagar para ver do Brasil. Quando me dei conta, já estava na metade do jogo e eu ainda não tinha encontrado uma forma de assistir.

Acabou que dei um jeito; vi uma transmissão ao vivo que filmava a tela de uma TV. E esse, infelizmente, é um dos vários motivos que fazem o futebol feminino não ter a mídia que merece, porque não é tão fácil assim conhecê-lo.

Sim, é necessário ter persistência para ser uma jogadora profissional de futebol feminino. Ironicamente, para assistir também. E só aqueles que realmente gostam de futebol, darão um jeito, mas me pergunto: e para aqueles que nem sabem que existe, como vão ‘dar um jeitinho?

É por isso que precisamos continuar batalhando para dar visibilidade ao futebol feminino. Como eu sempre falo, temos muito caminho pela frente.

É incrível ver que, depois de tantos pedidos, de amantes do futebol, nosso desejo finalmente se concretizou.

Esse ainda é um pequeno, mas grande passo para visibilidade do futebol feminino. E só assim, lutando cada dia mais, expandiremos os horizontes.

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Pequeno, mas grande passo para o futebol feminino

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Futebol e chocolate: a receita para uma Páscoa perfeita

Luiza Travassos Fut
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A Páscoa está chegando e para cada um, ela tem um significado diferente. Para os cristãos, esta é a época do renascimento, ou seja, para se reinventar. Para outros, significa muito chocolate vindo por aí. E olha a coincidência: ovo de páscoa lembra uma bola de futebol. Bom, pelo menos para mim.

Esse feriadão é um momento para rever seus sonhos, suas metas e seus planos. Parar para pensar que se algo está dando errado, não hesite em recomeçar, não tenha medo de errar. Aproveite para mudar e melhorar. E para você que pratica esportes: coma chocolate, mas com moderação.

A Páscoa não para o futebol, pois no fim de semana, teremos algumas decisões estaduais. E o que acha de marcar uma partida com as amigas e os amigos? Infelizmente, terei que passar boa parte da Páscoa estudando, mas mesmo assim, de uma coisa eu tenho certeza: a bola e o chocolate estarão lá me esperando!

Para uma Páscoa perfeita, você vai precisar de:

- amigos(as);
- um espaço para um joguinho;
- chocolate
- TV / Ingresso
- momento para pensar

Modo de preparo:

Pegue os ingredientes amigos e espaço para pelada, junte os dois e organize-os muito bem. E marque a melhor data para todos participarem do jogo.

Depois, escolha entre um dos ingredientes TV/Ingresso. Caso você escolha TV, acrescente os amigos com o chocolate, o que formará a combinação perfeita. E se escolher o ingresso, você também pode chamar os amigos e torcer demais com eles.

Não esqueça de separar o momento para pensar. Assim, você vai refletir e avaliar: será que a hora do renascimento não chegou?

E para finalizar, coma muito chocolate, mas tome cuidado com excessos.

Feliz Páscoa a todos!

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Futebol e chocolate: a receita para uma Páscoa perfeita

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Determinação e amor pelo esporte são fundamentais; troféu é consequência

Luiza Travassos Fut
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Algumas vezes, nas redes sociais, meninas me mandam mensagens compartilhando suas histórias. Muitas delas falam de seus sonhos de ser jogadoras profissionais também, igual ao meu. Porém, muitas vezes, elas acreditam que só porque não participaram de campeonatos e não têm o quarto cheio de medalhas e troféus não conseguirão; e desistem de tentar. Pensando nisso, resolvi contar como foi a competição que disputei no ano passado.

Posso dizer que essa foi a minha primeira participação em uma competição “de verdade”. As anteriores, eram um joguinho aqui, outro lá; a maioria sem estrutura nenhuma, mas, com certeza, realizada com muito esforço e empenho de treinadores, professores e todos aqueles que colocam o esporte acima de tudo.

Dessa vez, foi diferente. Tudo muito organizado: os jogos consistiam em amistosos internos e somar pontos. Foram seis meses me dedicando, me esforçando e treinando bastante. Na minha chave, do sub 13, eu era a única menina, competindo com meninos de igual para igual. E no final, levei a taça.

A vitória não vem  fácil. É preciso jogar com paixão, treinar, tentar, errar, acertar e se esforçar muito – mas muito mesmo. Além de raça, determinação e talento, é preciso atenção para algumas coisas mais: alimentar-se bem, dormir cedo, etc. Eu também não gosto de dormir cedo, e também acho delicioso comer aquele hambúrguer, mas acredite: esse papo não é só de mãe; ele ajuda muito no desempenho em campo.

O importante não é ganhar a taça no final, mas sim lutar por ela, se esforçar, se desenvolver e se dedicar. É claro que não é legal perder. Mas o troféu é só uma questão simbólica, porque o que importa é ver que você foi longe, evoluiu e se esforçou ao máximo.  Não sou uma especialista, mas sei que determinação e amor ao esporte são fundamentais, já o troféu é consequência.

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Como 'aulão' de meninas virou equipe que hoje tem amistosos agendados e impressiona meninos

Luiza Travassos Fut
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No ano passado, participei de um campeonato em Paris do time de Elite do PSG Academy. Foi um momento muito intenso, de muita vibração. De um total de 250 participantes, apenas três meninas, duas do Brasil e uma da Índia.  Na volta, conversei com meu treinador,  que sempre me apoiou, e perguntei: "E agora? Qual deve ser meu próximo passo?  Como, a partir deste ano, eu iria para o sub-15, e a maioria das equipes recusa a participação de equipes mistas, a sugestão dele foi que eu buscasse um time de futebol feminino.

E assim eu fiz. Já tinha ouvido falar do Team Chigaco. Lá jogavam meninas maiores que eu, a maioria entre 17 e 20 anos. Mas lá fui eu. No dia que cheguei, fiquei maravilhada. Elas jogavam muito. Eram bem maiores que eu,  mas fui super bem recebida pelas meninas e pelo treinador.  E com elas continuo treinando e aprendendo muito, além da certeza de que a historia que o TCB começou há 15 anos transformou a vida de muitas garotas.

Mas o meu coração ainda estava lá no PSG, onde aprendi as primeiras técnicas, onde a minha turma estava e não precisou mudar porque o time de meninos seguiria em frente .

Até que alguns meses depois, aquele meu treinador - que com certeza também sentia que podíamos muito mais - no meio de um feriadão, ligou para cada uma nós, quatro ou cinco  alunas da escolinha, nos chamando para um 'aulão' feminino. Nesse dia, valia de tudo. Convidamos prima, amiga, vizinha... o importante era mostrar que as meninas eram capazes, sim. O 'aulão' foi super divertido e ali foi o inicio de uma nova historia.  A ideia era ser uma aula mensal e com mais uma aula transformarmos em uma turma fixa.

Depois de todas nós divulgarmos, a procura foi aumentando, meninas de vários bairros foram surgindo e adivinha só? Em menos de seis meses, a turma já está lotada..

No ano passado, eu e essas poucas meninas disputamos um campeonato masculino e deixamos todos os times surpresos com a qualidade do nosso futebol. E neste ano, já estamos com alguns amistosos agendados.

Somos, por enquanto, 28 meninas. E pensar que tudo isso começou há tão pouco tempo com menos de meia dúzia de garotas! E continuamos a cada semana  nos esforçando mais para provar para todos que duvidam da gente que podemos sim, podemos ganhar, podemos competir !

 E o que vem pela frente?  Vamos fazer historia juntas! 

Muitas outras escolinhas vão surgir, muitas meninas vão brilhar! Temos muitos campos esperando por nós!

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Menina não jogar futebol é questão de cultura

Luiza Travassos Fut
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Cultura, já perceberam como é algo incrível e estranho ao mesmo tempo?

[C.u.l.t.u.r.a significa todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano]

Cada país tem sua própria cultura, que é influenciada por vários fatores. A cultura é algo enriquecedor. Trocar experiências, aprender e ensinar é algo que diferentes costumes proporcionam. Imagine se todo mundo fosse igual; seria muito chato, não?

Falando de pequenas coisas, já percebeu que, dependendo da cultura, uma coisa que é super estilosa em tal lugar, no Brasil pode ser horrivelmente aterrorizante? Até mesmo o modo de se comunicar é totalmente diferente. 

E já que o futebol sempre está nos meus pensamentos, apenas um pequeno exemplo: num jogo, podemos, com muita facilidade,  perceber que um latino tem sangue quente e é todo agitado, bem diferente de um oriental, que até diante de situações complicadas consegue manter a calma.

Você sabia que, no Nepal, o casamento precoce é comum e com seguidas gravidezes para assegurar o crescimento do sexo masculino, enquanto que filhas indesejadas se tornam vitima do tráfico humano? “Mas tudo bem isso é apenas questão de cultura”. Correto? 

Existem países, também, onde o casamento é arranjado pelos pais, e o jovem não pode ter sua própria escolha de ficar com alguém que ame ou simplesmente não ficar com ninguém. “Mas é cultura. Então, não tem problema”. Será? 

E no Brasil, em pleno século 21, a “cultura” de muitos ainda é ver o sexo feminino como sexo frágil e propriedade do homem. Homossexuais e negros são problemas para a sociedade, “mas essa é a cultura, fazer o que, né?”

Bom, tem muito a se fazer, sim. Primeiramente, questionar essa cultura, sair do padrão, por exemplo. Vejo muitos falando que  a cultura do país X diminui as mulheres.

Mas vocês já se perguntaram se elas concordam com isso?

Ah, na verdade não, né? Não tem como a gente saber. Elas não têm liberdade de expressão. (Ops!!!) 

Vamos pensar. Quem é que faz a cultura de um lugar? O povo. Se nós somos o povo e não concordamos com tal coisa, é mais que nosso dever mudar a tal da cultura.

Neste ano, a Copa do Mundo será na Rússia. Será que veremos meninas e mulheres desse país assistindo aos jogos, torcendo, jogando nos bastidores?  Eu queria muito estar lá. E se eu fosse, esse seria um ponto que eu acompanharia bem de perto.  Quem sabe me posicionar e fazer muitas russas jogarem comigo!

Vocês já pararam para pensar que fomos criados aceitando que determinada coisa era verdade absoluta como, por exemplo, 'meninas são frágeis', 'meninos fortes', 'meninos jogam bola' e 'meninas fazem  balé'.

Será que podemos apagar tudo isso e recomeçar do zero? Talvez sim, talvez não. 

Mas estamos falando de algo tão grande... mudar a cultura de um povo, na prática, pode parecer impossível. Mas não é não. Vocês já olharam para trás e viram quantas coisas já mudamos, quantas opiniões já foram repensadas? Bom... então, só cabe a nós mudarmos e construirmos uma nova história e, a partir daí, novos hábitos e costumes. 

E quem sabe, meninas jogando futebol sejam, um dia, parte da cultura brasileira.

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Existe temperatura ideal para jogar futebol?

Luiza Travassos Fut
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DEFINITIVAMENTE, NÃO!  Não existe temperatura ideal para jogar futebol, pelo menos, não para mim. É claro que existem temperaturas mais agradáveis que outras, mas desde que eu esteja jogando, está tudo bem. Dependendo da temperatura, sua chuteira pode sofrer um tipo de “mutação” (risos).

Veja o guia:

partir de 35ºC: você sentirá a sola do seu pé queimando – acredite, não é uma situação agradável, mas o foco no jogo será tão maior que você ignorará a existência do calor.

Com pancadas de chuva: A sua chuteira virará um banheira.

A partir de 5ºC até 15ºC: seus dedinhos congelarão lá dentro, mas com o calor do jogo, isso passará.

A “pesquisa” acima foi feita apenas através de experiência própria

Eu já joguei no frio, no calor e na chuva. Se me perguntarem qual é o meu preferido, vou responder, sem hesitar, que é na chuva – desde que não tenha poças no campo -, porque nela, não sabemos se estamos suadas ou molhadas, ela nos refresca. Aliás, acho que todos gostam de jogar na chuva.

Já se me perguntarem qual eu menos gosto, com certeza responderei que é o calor, insuportável aqui no Rio de Janeiro, às vezes com sensação térmica de 50ºC.  Apesar de eu gostar do verão, não é muito bom jogar nesse calorão. Cansamos muito rápido, sem contar que a chuteira fica queimando a sola do pé.

O frio é o meio termo. Tive poucas experiências – apenas nos meu dias de competição na Paris Cup. Acho que estava uns 10ºC. Na hora do aquecimento, ninguém consegue tirar o casaco e nem as luvas, o frio toma conta da gente, o pé se encolhe, mas logo depois, todos estamos prontos para o jogo e o frio foge da gente.

Ou será que a gente que foge do frio? Enfim, ele fica de lado. 

E você? Em qual temperatura mais gosta de jogar?

Após escrever este texto, cheguei à conclusão de que gosto de jogar futebol de tudo quanto é jeito – seja na terra, seja no mar. Ops, esse é o hino do Flamengo (risos).

Corrigindo: seja no sol, na chuva ou no frio, o que importa é estar jogando e, claro, me divertindo.

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Volta às aulas - Qual o papel da escola no esporte?

Luiza Travassos Fut
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Férias. Tem alguém que não goste de férias? Mas como diz o ditado, tudo que é bom dura pouco e já já as aulas estarão de volta! Definitivamente, aproveitei minhas férias. Fui à praia, joguei altinha, curti em casa com o meu novo Fifa 18 e com Netflix também. Só não tirei férias das redes sociais. Continuei compartilhando meus sonhos e, assim, tentando sempre dar mais visibilidade para o futebol feminino.

Recebo diariamente mensagens de meninas falando sobre as dificuldades que enfrentam para seguirem seus sonhos. Contam que não recebem o apoio da família e nem de amigos, que nas suas cidades não encontram lugares em que possam jogar ou que a escola não apoia e nem incentiva as meninas a praticarem futebol. 

E em clima de volta às aulas, hoje venho contar pra vocês como a escola é essencial para o futebol. Parece papo clichê, mas preste atenção e, depois de ler esse texto, chegue a sua conclusão.

É na escola onde fazemos nossos primeiros amigos, temos as primeiras aulas, aprendemos a praticar qualquer esporte que quisermos...bom... deveria ser assim.  Quando eu entrei na escola, fui direto para o balé, mas vi que não era minha praia. Tentei natação; fiquei por um bom tempo, mas não era minha paixão. 

 Então, quando eu  tinha quase nove anos, comecei a jogar futebol. Jogava em casa, na saída da escola, no recreio. Lembro como se fosse hoje da primeira vez em que tomei coragem pra pedir para os  meus amigos me deixarem jogar com eles. Era a maior rivalidade: turma A x turma B. Eles acharam meio estranho, mas concordaram sem nenhum preconceito, e no meu primeiro lance, bola no travessão e, no rebote, GOL. Era o gol que a turma A precisava (lembro que, logo depois disso, consegui um abraço do garoto que eu gostava). 

Fiquei super feliz, o tempo passou e logo eu era uma das primeiras a ser escolhida para o time. Então, insisti bastante com a minha mãe para ela me colocar no futebol, mas a escola não permitia meninas no time. E claro que eu não desisti ali, né? Continuei buscando algum lugar onde eu pudesse jogar e encontrei! Mas depois de um tempo, a escola, finalmente, permitiu que meninas jogassem com meninos.  Claro que fui a primeira a me inscrever. A procura aumentou e, em menos de um ano, abriu uma turma feminina, até com uma professora , que, por sinal, era excelente.

Olha que fantástico: várias meninas entraram na turma, algumas mais novas. Claro que esse apoio foi essencial para eu não desistir do meu maior sonho, que é me tornar uma jogadora profissional. E isso vale para outras meninas também! Minha escola nunca demonstrou nenhum preconceito com essa questão, graças a Deus. Mas já ouvi coisas muito tristes. Amigas que por mais que pedissem para jogar futebol na aula de Educação Física, eram proibidas. Meninas da quais a mãe já foi chamada na escola porque estavam passando o recreio com meninos, e não com outras meninas. 

Fico super feliz que tenham me contado essas historias e que, mesmo depois desses problemas, não tenham desistido e continuem lutando pelos seus sonhos até hoje. Mas é na escola, depois de nossa casa, onde tudo começa. E é por isso que precisamos desse apoio também, além do apoio da família.  Imagine quantas meninas desistiram de seus sonhos, pois foram desestimuladas por ações que a escola fez ou deixou de fazer? Por isso, senhora escola, precisamos da sua ajuda, começando por não fazer essa separação 'meninas – vôlei' e 'meninos – futebol'. Que seja normal meninas jogarem o esporte que elas quiserem!

E como a escola pode contribuir para o nosso desempenho?  Isso só depende da gente. Diversas pesquisas já provaram que bons alunos têm mais êxito nos esportes. "Ah, Luiza, geralmente, quando a pessoa é muito inteligente, ela não é boa em esportes”. Bom, você não precisa ser o novo Albert Einstein; basta ter atenção e determinação. Se você se esforçar em ter boas notas, pode ter certeza de que vai conseguir. 

O futebol feminino é muito desvalorizado no Brasil, diferentemente do que acontece dos Estados Unidos.  Acredito que seja um sonho para qualquer menina jogar lá e, para isso, o inglês é necessário e boas notas também. Já pensou?! Uma bolsa de estudos em uma faculdade fora do país? Eu penso. E para você ? Mesmo que seu sonho mude e você não queira mais  ser jogadora, você precisará dos estudos. Afinal, de que adianta ser um bom atleta e um péssimo aluno.

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Como o esporte pode ser uma grande fonte de ideias para preservar o meio ambiente

Luiza Travassos Fut
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Esporte e meio ambiente, o que um tem a ver com o outro? Por incrível que pareça, eles estão interligados. Todos sabemos sobre os problemas de poluição e aquecimento global que o mundo vem enfrentando. É claro que podemos mudar isso com pequenas coisas que fazemos no nosso dia a dia, como não jogar lixo no chão, por exemplo. Mas vale pensar sobre uma palavra que você com certeza já ouviu bastante nos últimos anos: sustentabilidade. Ela está em tudo o que fazemos no cotidiano e em tudo o que podemos fazer para reduzir custos, reutilizar e reciclar.

Há algum tempo, eu tive que fazer um dever de casa, em que eu teria que dar ideias sustentáveis. Acho que foi um dos trabalhos mais divertidos que fiz.  Fiz parte, lá na escola, de um projeto de sustentabilidade no qual eu era a presidente da Cooperativa de Reciclagem. Ou seja, já estava bem envolvida com o assunto, o que me ajudou muito em minhas pesquisas.  E agora vi muitas outras ideias para melhorar o mundo.

Mas e o esporte? Bom, como eu sou apaixonada por futebol, já pensei diversas vezes em como mudar o mundo fazendo algo que eu gostava. Li sobre muitas iniciativas e projetos, como por exemplo para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.  Apesar de ser daqui a dois anos, já se fala em vários planos sustentáveis, como por exemplo as medalhas: as láureas serão feitas de material eletrônico reciclado. Acredito que a palavra sustentabilidade será muito ouvida no período da Olimpíada. Quem sabe, assim, conseguiremos transmitir essa mensagem ao mundo inteiro, não é?

E não é só porque o Japão é um país desenvolvido e consciente. Existe muita gente boa falando sobre isso por aí. Você sabia que existe um projeto sustentável fantástico criado aqui no Brasil, no Morro da Mineira, no Rio de Janeiro? Pois é... pesquisei e descobri que o campo de futebol contém placas subterrâneas com sensores para captar toda a energia cinética produzida pelos movimentos dos jogadores durante as partidas. Dessa forma, a energia do esporte é convertida em energia elétrica, que ilumina toda a quadra da comunidade. Super legal!

Nesse meu trabalho, minha primeira ideia foi um estádio movido a energia humana, bem parecido com esse aí, e olha que eu nem sabia que existia! Fiquei muito animada em saber que isso é possível e já estava sendo realizado.

E as iniciativas não param por aí, pois mesmo sozinhos podemos melhorar um pouquinho o mundo. Um exemplo vivo disso é o baiano Bruno Jacob, atleta de jet ski freeride. Ele decidiu fabricar seu próprio equipamento, mas tentando ao máximo utilizar combustíveis óleos biodegradáveis. No final, conseguiu um equipamento com fibra do casco proveniente de garrafa pet e com uma parte de aço que vem de sucata.

Não é uma tarefa fácil, mas se cada um de nós procurarmos ajudar um pouquinho, o mundo será melhor.

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Neste ano, não vou treinar até acertar; vou treinar até não errar

Luiza Travassos Fut
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Estou de volta! Estive um tempinho sumida, curtindo minhas férias. Tive um 2017 intenso, cheio de histórias que vou guardar para toda minha vida. Foi um ano em que conheci diversos estádios do mundo, recebi uma mensagem por vídeo do Neymar, joguei um campeonato em Paris, fui nomeada uma das 100 mulheres mais influentes do mundo pela #100Women, da BBC de Londres.... Caramba, tantas outras coisas! Tudo isso em um mesmo ano!

E depois disso tudo, já se passou quase um mês de 2018. Lembrei do título de um filme que, pelo que vi, não tem nada a ver com futebol. Já ouviram falar? “O que esperar quando você está esperando”. Acho que é sobre gravidez, sei lá. Está pensando que eu ganhei um irmãozinho?  Não é nada disso . Estou aqui pensando...  o que esperar de 2018? Minha bola de cristal me diz que, em ano de Copa do Mundo, posso esperar o hexa, e só isso mesmo. Porque o resto é comigo mesmo, é com você mesma, é com a gente. Em 2018, não dá para esperar. Teremos que fazer e é por isso que este ano vai ser o melhor ano de nossas  vidas.

Criei até um lema para mim:

- Jogo como uma garota e me orgulho disso. Neste ano, não vou treinar até acertar, vou treinar até não errar. Não deixarei o medo de errar me impedir de arriscar. E lembrarei que meus erros apenas me deixam mais forte e que nem todas as vitórias aparecem no placar.

O lema aí em cima é para todas essas meninas também. Então, já que estamos começando o ano e em janeiro ainda ficamos pensando em tudo o que temos pela frente, aproveito para deixar uma mensagem de ano novo:

Saia da sua zona de conforto. Às vezes, está tudo bem e você não quer mudar. Arrisque-se, mude, viva e pense no futuro. E não se esqueça: às vezes, não importa o tanto que você queira ser legal, carinhosa, você nem sempre consegue agradar a todos. E aqueles que te criticam serão os que te farão mais fortes.

E não é porque 2018 será o melhor ano da sua vida que coisas ruins não acontecerão. É claro que acontecerão. A felicidade só surge por causa da tristeza. Lembre-se: quando algo ruim acontece significa que alguma coisa muito boa virá.

Transforme seus sonhos em metas!  E sobre esse sonho, às vezes os outros vão falar que é bobeira, que não é para você ou, até sem querer, vão te influenciar a desistir desse sonho. Mas siga em frente e faça acontecer. 

Feliz ano novo, feliz você novo!

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Neste ano, não vou treinar até acertar; vou treinar até não errar

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Apoio dos pais aos filhos à beira do campo: até onde deve ir?

Luiza Travassos Fut
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Desde pequena, sempre recebi apoio dos meus pais. Independentemente se eles entendiam de futebol ou não, sempre fizeram de tudo para minha felicidade. Sempre agradeço a isso e acho que se todas as crianças tiverem o apoio que tive e ainda tenho, muitas coisas seriam diferentes.

Sempre no final de um jogo, pergunto aos meus pais:

"E aí o que acharam?" 

E as respostas são sempre as mesmas: 

"Você foi bem filha"

"O jogo foi muito bom"

"Mas você sabe que a gente não entende muito, não dá para nos aprofundarmos. Escutamos todos te elogiando. Então, é porque você jogou bem!"    

E raramente fazem uma análise maior do jogo. Geralmente, eu não ficava muito feliz com isso. Mas com o passar do tempo, percebi que quem tem que fazer a análise é o treinador, e não meus pais. Mas é  claro que esse apoio “diferente” também ajuda, e muito.

Mas às vezes, vejo um certo  exagero, em alguns pais e mães. Eles acham que estão  ajudando, mas em algumas situações estão atrapalhando, por exemplo gritando ao decorrer do jogo, dando instruções para o filho, fazendo, muitas vezes, o filho escolher a opção errada porque talvez o que o professor pediu foi algo completamente diferente. 

Mas claro, faz parte do futebol, do espírito torcedor, sugerir o que um jogador faça. Independentemente de ele ser seu filho ou não,  acaba acontecendo.  Mas é necessário tomar certo cuidado para não interferir no jogo, principalmente na idade que temos. Agora deixar de torcer e apoiar, nunca. 

Outro problema é essa análise depois do jogo. Sei que às vezes a mãe e pai só se importam com o desenvolvimento do filho,  sempre com a melhor das intenções. Só que algumas melhores criticas, construtivas até,  ao invés de ressaltar a exibição do filho acabam apenas focando no lado ruim e isso desmotiva o atleta.

Aí vocês podem me perguntar:

"Luiza, se seus pais não são assim. Da onde você tirou isso?"

Verdade, não posso falar com tanta propriedade sobre o assunto. Mas de vez enquanto alguns amigos meus vem falar comigo coisas como: "poxa, meu pai só me critica!" 

Ou ouço coisas como: "mãe, não vou fazer o que você manda, tenho que ouvir o professor!"    

É,  talvez eu não devesse me intrometer na relação familiar. Mas dessa vez não consegui ficar quieta. Há tempos vejo essas coisas acontecerem. Já vi amigos choramingando por acharem que nunca vão agradar os pais. E que por mais que façam, parece que sempre estarão errados. E eu acredito que não é nada disso. Mas é complicado tirar da cabeça de alguém que não é isso.

Espero que tenha sido uma crítica construtiva para você, mãe ou pai!  E para você,  garota ou garoto que se identifica com essas histórias, tente conversar com sua família. O final dessa história pode ser bem melhor. 

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Apoio dos pais aos filhos à beira do campo: até onde deve ir?

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Joguei no Maracanã, e isso foi só uma parte do que vivi nessa semana

Luiza Travassos Fut
Luiza Travassos Fut

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"Hoje, quinta feira, estarei, provavelmente, vivendo um dos melhores momentos da minha vida e ainda por cima ao lado delas! Quer saber o que é? Acompanhe nas minhas redes sociais e semana que vem conto os detalhes  por aqui."

E foi assim que acabou meu texto de semana passada.

E sim, sem sombra de dúvidas, vivi uma semana inesquecível...

Contei a minha história, meus sonhos e meus planos em uma gravação ao lado do meu time atual  de Futebol Feminino, Team Chicago Brasil, em que sou a mais nova e treino com meninas com os mesmos sonhos, a mesma garra e vontade de se tornarem jogadoras profissionais.

 Conheci mulheres fantásticas e  inspiradoras - as outras oito brasileiras nomeadas 100Women, da BBC.

Aprendi um pouquinho com cada uma delas. Estavam presentes as medalhistas olímpicas Adriana Behar, do vôlei de praia, e Fernanda Nunes,  do remo. Apesar de não serem do futebol, são mulheres que, como eu, desde sempre sonharam em viver do esporte. E se dedicaram tanto que acabaram sendo inspiração nesse mundo do esporte.

 Participei de uma mesa redonda para rádio, em que debatemos sobre sexismo no esporte

Nesse debate para a Rádio BBC Internacional, que tem um audiência de aproximadamente sete milhões, pude trocar muita informação com mulheres e homens que apoiam a mulher no esporte,  como Maira Ligouri, diretora da ONG Thing Olga, que defende a igualdade das mulheres.

Joguei com o time de futebol feminino da PUC-R. Nessa partida com as meninas da PUC,  jogaram também a Ana Luiza Santos e a Maria Luiza. Elas são meninas como eu, que sonham em se transformar em atletas profissionais. 

Claro que  já enfrentamos preconceito, mas sabemos que não podemos desistir.  Jogar com as meninas da PUC  serviu, também, para lembrar que  entrar para uma faculdade não te afasta do esporte, pelo contrário, pode te unir ainda mais ao seu sonho.

 Entrei no gramado do Maracanã - ISSO MESMO! Você não leu errado. E ainda bati um pênalti no Maraca!

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Sabe aquele sonho que você sonha dormindo?! Dessa vez, foi acordada mesmo. Então, foi assim. Não foi uma partida, foi só uma gravação. Mas entrar naquele campo em que tantos jogadores já pisaram me fez acreditar ainda mais que o sonho pode, sim, se realizar. 

Nesse dia, ainda bati uma bolinha com a Beatriz Vaz, jogadora que fez parte da seleção por quatro anos, e com a Drika, treinadora num projeto de meninas de uma comunidade carente do Rio de Janeiro. Aprendi muito com elas.

 Para finalizar, disputei uma partida de futebol misto com algumas regras diferentes para incentivar a inclusão da menina no jogo.

Nesse jogo, fomos treinados pela Helena Pacheco, ela mesma, aquela que foi a treinadora de Marta, no início de sua carreira. Jogamos de um lado eu, meu amigo Márcio, as meninas Ana Luiza e Maria e seus amigos Jonathan e Elias, contra  o time do PSG AcademyBrasil.

Um time muito marcante na minha vida; foi  lá que aprendi as técnicas do futebol, jogando com meninos, e onde sigo numa nova fase, jogando  agora com outras meninas. No PSG, nunca tivemos preconceito de ninguém, mas infelizmente nem sempre é assim. 

As medalhas foram entregues pela nadadora Nora Ronai. Inspiração, ela tem de sobra! Minha mãe, que ama natação, até chorou com essa atleta de 93 anos, vencedora do Master World Championship.

E para finalizar todo o projeto,  ainda participamos do Show da MC Sophia, que criou uma música especial para meninas no esporte.

Como eu disse na semana passada, a principal missão do #100Women #TeamPlay é aumentar a visibilidade do futebol feminino e  combater atitudes sexistas.

E depois de nos reunirmos durante toda a semana, as especialistas chegaram a algumas conclusões e tomaram algumas atitudes para mudar e melhorar a situação da mulher no esporte. E para aumentar a visibilidade do futebol feminino, foi criado um canal no Youtube chamado 'Jogue como uma Garota' (www.youtube.com/channel/UCZ54w4wqHCHkIra2_HvCxpQ), que apresenta diversos conteúdos relacionados à mulher no esporte.

O objetivo da equipe é criar uma plataforma que mostre  jogadoras que são exemplos, além de apoiar meninas e jovens com  habilidades práticas para o campo. 

O canal Jogue como uma garota é uma excelente ideia porque é uma plataforma em que todas as mulheres podem contribuir e apenas juntas conseguiremos mostrar para todos que jogar como uma menina é ser quem você é. Não significa ser melhor ou pior que nenhum menino. Como sempre digo, eu jogo como uma menina e me orgulho disso.

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Tudo que vivi durante  esses dias será transformado num documentário da #100Women, que será transmitido em dezembro para o mundo inteiro.  E depois de todo esses dias, quero cada vez mais compartilhar minha história, nossa história com outras meninas, amigos e familiares. E dessa forma, quem sabe, conseguiremos encorajar uma mudança cultural, com a inclusão de garotas em atividades esportivas. 

E cada vez mais influenciar os pais e todas as famílias a apoiarem suas filhas no esporte.  Os pais podem e devem levar suas filhas para assistir a partidas de futebol e outros esportes. Elas vão gostar, acreditem. Podem convidá-las para bater uma bolinha, elas vão amar. Podem assistir a seus jogos e torcerem por elas. Eles podem tanto. Podem construir um futuro melhor para a própria família e para o mundo.

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Nove brasileiras dizem não ao sexismo no esporte, e eu sou uma delas

Luiza Travassos Fut
Luiza Travassos Fut

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Há pouco tempo, fui escolhida para fazer parte da lista da #BBC100 Women 2017, das 100 mulheres mais influentes no mundo. E durante esta semana e a última, a BBC Internacional veio ao Brasil gravar um documentário sobre cada uma da nove brasileiras relacionadas. Neste ano, são quatro temas: The glass ceiling - #Teamlead (liderança); Female illiteracy - #Teamread (analfabetismo feminino); Street harassment - #Teamgo (assédio em espaços públicos) e Sexism in sport - #Teamplay (sexismo no esporte).

Cada um dos times tem como principal desafio desenvolver ideias e planos para igualdade de gênero.  E como vocês já devem imaginar, eu faço parte do #TeamPlay.

E neste documentário, a BBC acompanha o trajeto do nosso time em que vamos conversar bastante, jogar, nos divertir e, principalmente, encontrar alternativas para aumentar a visibilidade da mulher no esporte em busca da igualdade de gênero. As gravações para o documentário começaram no final da semana passado. A BBC Internacional  foi ao meu treino no Team Chicago Brasil. Filmaram nosso jogo , dei entrevista para uma rádio e colheram o  depoimento de outras meninas que, como eu,  se dedicam fortemente para um dia realizar o sonho de jogar futebol. 

O documentário completo só sai em novembro nos canais da BBC, mas para matar a curiosidade, um pequeno trecho já está disponível. Ficou bem legal! O trecho é sobre mim e  Anna Luiza, que tem 12 anos, é lutadora e jogadora de futebol. Você não pode perder! - link nas minhas redes sociais. 

Nessa terça-feira, feira fomos à praia onde conheci seis das nove brasileiras que compõe a lista. Conheci jovens jogadoras como eu,  Anna Luiza e Maria, até especialistas mais experientes  como a medalhista olímpica Adriana Behar,  a jogadora Beatriz Vaz , a remadora olímpica Fernanda Nunes e a diretora da ONG Think Olga, Maira Liguori. Todas  já vivenciaram problemas de sexismo no esporte e, hoje, trabalham para melhorar esta realidade. Trocamos  um bom papo, jogamos altinha! E eu até participei de um programa ao vivo na Rádio diretamente do Rio de Janeiro para a BBC de Londres. Totalmente em inglês.

 E ainda vamos nos reencontrar muitas vezes. Esta semana promete!! 

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Conviver com todas elas está sendo fantástico! A cada pessoa que conhecemos, aprendemos um pouquinho mais. Acredito que se eu tivesse um cronômetro de aprendizado sairia destas gravações com ele explodindo! Não só pelas conquistas que as mesmas tiveram como atleta, que, claro, são um grande exemplo de determinação, mas principalmente pelo que elas fazem todos os dias. São pequenas atitudes que fazem a diferença! 

Elas trabalham todos os dias para melhorar o futuro da mulher no esporte; viveram o que nós, meninas, sonhamos um dia viver. Quero jogar profissionalmente e ver o esporte de forma igual para todos, independentemente de gênero. E entender como elas também enfrentaram problema de sexismo me deixa mais fortalecida! Além  de conhecermos grandes mulheres e termos mais um incentivo para continuar com o nosso sonho, estamos colaborando com ideias de como driblarmos o preconceito no dia a dia .  

Hoje, quinta feira, estarei, provavelmente, vivendo um dos melhores momentos da minha vida e ainda por cima ao lado delas! Quer saber o que é? Acompanhe nas minhas redes sociais e semana que vem conto os detalhes  por aqui.

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O Dia do Professor já passou, mas ainda vale agradecer aqueles que me ensinam a driblar e fazer gol, na vida e em campo

Luiza Travassos Fut
Luiza Travassos Fut

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Dia 15 de outubro,  data em que se comemora o Dia do Professor. Um dia para se homenagear os responsáveis pelo desenvolvimento da educação e do conhecimento no país.

O dia já passou, mas tenho que deixar os parabéns a todos os  professores pelo empenho e pela dedicação em tudo que me ensinam e por contribuírem para o meu crescimento.

E como atleta que sou, não posso deixar de reconhecer, especialmente, os professores/treinadores de futebol que passaram pela minha vida.

Alguns  contribuem para o nosso desenvolvimento em campo, mas os especiais conseguem deixar uma marca para a vida inteira.

No início, tive muitos professores. Lembro de quase todos. A primeira e, por enquanto, única professora de futebol que tive,  me marcou, além de sua forma eficaz de ensinar e todo seu carinho, por um diferencial: eu via nela uma chance de realizar o meu sonho. 

Essa professora, a Fernanda, tinha jogado alguns anos de futsal na Espanha. Evolui muito e foi com ela a minha primeira turminha de futebol feminino. Lá, dei um dos primeiros passos para meu sonho de um dia me tornar uma jogadora profissional.

O tempo passou e, agora, tenho outros professores. Neles, vejo muita dedicação. Com todos com quem joguei, aprendi cada dia um pouco mais.  Com outros, além de tudo o que aprendia, ainda tinham momentos  de piadas, que animavam o treino de um jeito que ninguém sabe explicar o porquê. Outros tinham carinho especial por mim e sei que posso contar com eles.

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Tem os que mais se importam, os que mais pegam no pé, os que mais elogiam quando o passe dá certo, os que mais ficam felizes com um gol, um drible ou uma assistência. Nem sei o  que seria de mim  sem esses professores. Agradecer aos professores deveria ser dever, pois sem eles perderíamos os gols, erraríamos os dribles e não daríamos assistências na vida e em campo.  

Obrigada Professores!

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O Dia do Professor já passou, mas ainda vale agradecer aqueles que me ensinam a driblar e fazer gol, na vida e em campo

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O dia em que ganhei meu melhor presente de Dia das Crianças

Luiza Travassos Fut
Luiza Travassos Fut

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Dia das Crianças é aquele dia em que a criança acorda , ganha presente do papai , da mamãe, da dindinha  e da vovó.

Eu já fui criança, para muitos, ainda sou. Ser criança é viver em um mundo de fantasia, onde tudo é possível , tudo é encantado. É muito bom ganhar presentes e muito carinho. Mas muito mais importante que qualquer presente é aquilo que é dito, neste dia e em todos os dias do ano. 

Se a criança escuta todos os dia que não vai chegar lá, que futebol não é brincadeira de menina, que você não consegue mudar o mundo ou que você nunca será um super herói, como  acham que a criança vai seguir com seus sonhos?  E se, em vez de uma bola, uma boneca, um vídeo game ou um celular,  o presente fosse  APOIO?! E se, em vez de presente, a família toda saísse para jogar uma bola, brinca e se divertir?  Não apenas no dia das Crianças, mas em todos os dias possíveis, sem preconceito, sem criticas.

Teve um Dia das Crianças que foi bem marcante para mim. Eu devia ter uns oito anos. Ganhei uma bola de vôlei. Como no Dia das Crianças é feriado, fomos para a praia jogar. Eu, minha mãe, minha irmã e meu pai. Eu achando que estava jogando super bem. Todo mundo me elogiando. Estávamos nos divertindo muito. De repente, vou tentar pegar uma bola e meu dedo vira. Imagina a cara da minha mãe de desesperada. Saímos dali direto para a emergência. Todo mundo arrasado e eu a mais feliz de todas as crianças . Dedo imobilizado e bola debaixo do braço.   

Passado alguns anos, estava conversando com a minha mãe e contei para ela que aquele tinha sido um dos dias mais marcantes na minha vida.

Cabeça de criança é assim, cheia de imaginação.  Mas sei que, independentemente de ter ganhado vários presentes quando eu era criança, o maior deles foi sempre ter o apoio da minha família para tudo o que sempre sonhei.

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Só mais uma coisa que queria compartilhar com vocês... Em julho deste ano, visitei a Pequena Casa da Criança, um instituto situado no bairro mais pobre de Porto Alegre. Lá vi, vivi e ouvi muitos sonhos. E naquele instituto, todos recebiam apoio, mesmo em meio à tanta violência. Dentro da pequena casa, eles tinham o poder de sonhar. Lá, qualquer um poderia desejar um mundo melhor. 

Eu e meu time do Click Esperança batemos um papo com muitas crianças. Alguns queriam cantar, dançar, jogar ou lutar, mas todos, tinham um sonho em comum: fazer daquele bairro um bairro cheio de amor, sem drogas e sem violência. Essa é a prova viva de que sim, crianças podem mudar o mundo. Afinal, o futuro já é logo aqui.

Com  apoio, tudo fica mais fácil. Ter alguém te incentivando faz toda diferença. Saber que algo que você quer, você pode conseguir,  ajuda e muito a  chegar lá!  

O brinquedo é muito legal, mas ter apoio para sonhar é muito melhor!

Feliz Dia das Crianças

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O dia em que ganhei meu melhor presente de Dia das Crianças

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Será que a CBF e as entidades esportivas do nosso país estão se preparando para tratar suas futuras atletas com o respeito que elas merecem?

Luiza Travassos Fut
Luiza Travassos Fut

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O que está acontecendo com a Seleção Brasileira Feminina de Futebol e minha opinião sobre esse momento.

Um breve resumo dos últimos acontecimentos:

Com apenas 10 meses de trabalho, Emily Lima, a primeira mulher a assumir a seleção feminina de futebol, foi demitida.

Emily disputou apenas 13 jogos, sendo sete vitórias,  um empate e cino derrotas.

Ainda na Austrália, quando a seleção estava disputando amistosos, as jogadoras se reuniram com a diretoria, pedindo a permanência de Emily, argumentando  que apesar dos recentes resultados, a comissão técnica estava fazendo um bom trabalho. 

Quer saber mais? Veja o post de Juliana Cabral, aqui mesmo, no espnW.

E mesmo assim, o pedido das atletas foi em vão. Como uma forma de protesto, depois da demissão de Emily,  cinco atletas já se aposentaram da seleção.  E é claro que temos que nos lamentar por isso.

Mas a atitude dessas cinco atletas merece muitas palmas. 

Obrigada Cristiane, Rosana, Fran, Andreia Rosa e Maurine. Não só agradeço pelo o que vocês fizeram, vestindo a camisa de nossa seleção, como eu sei que tudo isso que estão fazendo é porque estão pensando em nosso futuro.  

No futuro de meninas como eu, que amam futebol e sonham em, além de um dia vestir essa camisa que vocês vestiram, poder ver o crescimento do futebol feminino no Brasil, com mais visibilidade, maior investimento e, claro, mais preocupação.  

Não é, Confederação Brasileira de Futebol (CBF)? 

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Eu sei, futebol funciona com resultados. Mas ela só teve 10 meses de trabalho. E  por isso, andei  me perguntando: se as atletas  pediram para Emily ficar porque acreditavam  que, com ela, poderiam alcançar voos mais altos, porque ela foi demitida?

Foi então que eu vi o vídeo da Cristiane. E pensei: seria porque ela trabalhava demais? Ou porque ela dava muita importância para o futebol feminino? Acho que deve ter questões  aí por trás, que não se falam abertamente.  E mais questionamentos me passam pela cabeça. 

Apesar da saída dessas atletas, outras preferiram ficar e continuar lutando lá dentro da seleção. Há pouco tempo, escrevi um texto aqui para o espnW chamado a 'União faz a força'. E é isso mesmo. Ao meu ver, se queremos conquistar algo, precisamos todos trabalhar juntos.  Acho que a CBF  só vai ouvir o que as atletas pedem se outras mais se posicionarem. Não dá mais para ficar de braços cruzados. Todas tem que se manifestar.

E não pode ser só neste momento não. Tem que ser constantemente, tem que ter reivindicação por mais investimentos, visibilidade, infraestrutura, melhor remuneração.  Já passou da hora de tirar as leis do papel e por em prática. Eu quero muito ser jogadora profissional e representar o Brasil, mas será que a CBF e as entidades esportivas do nosso País estão se preparando para tratar suas futuras atletas com o respeito que elas merecem?  

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Será que a CBF e as entidades esportivas do nosso país estão se preparando para tratar suas futuras atletas com o respeito que elas merecem?

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EU, uma das 100 mulheres mais influentes do mundo?

Luiza Travassos Fut
Luiza Travassos Fut

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Hoje recebi uma noticia fantástica, talvez uma das melhores notícias que recebi em toda a minha vida. Como disse minha mãe,  a ficha ainda não caiu e acho que estou sonhando.

A GRANDE NOTÍCIA É :

Fui escolhida pra fazer parte da lista das 100 mulheres mais influentes e inspiradoras do mundo em 2017 pela BBC 100WOMEN (série multi-formato da BBC - rede britânica de televisão e rádio - iniciada em 2013, que examina o papel das mulheres no século XXI e promove debates durante três semanas. Neste ano, são quatro temas: liderança, analfabetismo feminino, assédio em espaços públicos e sexismo no esporte).


Sim, sim, é isso mesmo que você leu! Sou uma das 100 mulheres escolhidas no MUNDO INTEIRO e, ao meu lado, estão nada mais nada menos que mulheres como Michele Bachelef (presidente do Chile), Nadia Comaneci (maior ginasta da história) e a astronauta Peggy Annette. E na lista do ano passado estava a Marta , meu ídolo! Vocês tem noção disso? Pois é. Eu não!

Essas já tem muita bagagem e muita história para compartilhar. É, eu sei, eu tenho apenas 13 anos e, claro, ainda vou aprender muito com mulheres como elas. Mas independentemente da minha idade, tenho certeza de que posso fazer a diferença e de que já a estou fazendo, correndo atrás do meu sonho, incentivando milhares de meninas e mostrando para todos que menina joga futebol, sim.

Todos os dias recebo mensagens de meninas, compartilhando comigo seus sonhos, pedindo mais visibilidade e até mesmo me agradecendo por ser uma inspiração. Isso me motiva a continuar  a cada dia, me dá mais gás para sempre lutar pelo sonho de me tornar uma jogadora e para que tenham cada vez mais meninas nesse esporte fantástico que é o futebol, que infelizmente ainda é visto por muitos como “coisa de menino”. Mas sei que cabe a mim mudar essa história e cabe a você também. Sabe porque? Porque são pequenas atitudes que fazem grandes mudanças.

Há três anos, criei um blog inicialmente chamado apenas de Futblog e, nele, eu só falava sobre o que acontecia no futebol. Parei e pensei: existem milhares de blogs assim, mas poucos são de meninas  e eu, Luiza Travassos, preciso mostrar para essas meninas que amam futebol e para todos que não acreditam em nós, mulheres, que  o nosso lugar é onde a gente quiser estar! Eu precisava compartilhar com todos os meus sonhos e por meio deles inspirar mais e mais meninas.

E agora, esse prêmio é mais uma responsabilidade pra mim. Vou levar comigo com muito orgulho e tenha certeza de que vou honrá-lo.

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Esporte é para todos: sobre o preconceito que sofri aos nove anos, por jogar futebol

Luiza Travassos Fut
Luiza Travassos Fut

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Não é a primeira nem a segunda vez que recebo mensagens preconceituosas. Dessa vez , foi num post meu que me surpreendi com o seguinte comentário -  “ihh, coitada, quando crescer vai ser lésbica”.  Isso porque, no vídeo que postei, eu tinha apenas nove anos. 


Porque uma menina que gosta  de futebol, deve ser necessariamente lésbica? Acho que esse é um assunto sobre o qual poucos falam ou gostam de falar, mas que precisa, sim, ser discutido. E aí, voltamos para “futebol é esporte de macho”. Deve ser por isso  que se a mulher gosta de futebol tem que ser “macho”.

Antes de qualquer coisa, seu esporte favorito e seus hobbies não tem nada a ver com sua opção sexual.  Quantos jovens poderiam estar envolvidos com esporte e artes se não tivesse tanta gente preocupada com esse tipo de questão.  
Quantas crianças abandonam seus sonhos de ser bailarina, lutadora , jogadora de futebol , por medo do que os outros vão pensar. E em casa , será que a família apoia? 

Tá certo que, com os meus 13 anos, ainda não tenho propriedade para falar muito sobre esse assunto, mas e daí?! 

E se a pessoa for homossexual, há algum problema? Você acha realmente que homossexualidade é uma doença, como foi definido pela Justiça do Distrito Federal nesta semana?

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Se pensa assim, talvez essa doença esteja em você! 

Porque se  uma forma de amor te incomoda, quem precisa se tratar é você.

Sim, é amor, como todos os outros! 

Além disso, o que vai mudar para você saber se seu vizinho vai casar com uma mulher ou com um homem? 

Menos preconceito, por favor! 

Como sempre digo, esporte é para todos, futebol é para todos, independentemente de gênero!

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Já testei minha mãe! Será que ela sabe tudo sobre mim e aprendeu um pouco de futebol?!

Luiza Travassos Fut
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Minha mãe nunca gostou de futebol, mas depois de ver que eu amava muito esse esporte, isso nunca foi motivo para ela deixar de me apoiar. 

Tenho certeza de que se todos os filhos tivessem apoio como eu tenho dos meus pais, muita coisa seria diferente.

Resolvi, então, compartilhar com vocês um bate-papo que tivemos sobre experiências e, principalmente, sobre MÃE, FILHA & FUTEBOL!

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Do fundo do baú: o dia em que narrei um gol e ganhei uma camisa do Fluminense!

Luiza Travassos Fut
Luiza Travassos Fut

Em um post recente, contei como eu quase ganhei uma camisa autografada do meu time. E como prometido, hoje venho contar a continuação dessa história.

Ninguém sabia que tinha que votar,  fiquei em terceiro lugar e vocês acharam que eu ia desistir? Logo eu?!

Sempre fui bem perseverante e determinada. Dois anos depois, o Fluminense foi campeão do Campeonato Brasileiro, novamente. Dessa vez, o vencedor ganharia uma camisa oficial  do Fred. Eu já estava preparada. Fui logo acessando o site, preparei um "cenário" - que se resumia em prender minha bandeira na janela e alguns dos meu brinquedos do Fluminense . Fiz tudo de novo e o resultado foi esse!

Eu era muito fofinha, né.

Fã mirim, Luiza Travassos já 'narrou' um gol do Fluminense

Dessa vez, avisei para a família inteira, e passamos  todo final de semana votando. E dessa vez, os adversários não tiveram nem um pouco de chance. Entre cinco participantes, ganhei com 83% dos votos. 

UHHHUUUL GANHEI. 

 Luiza, e aí o que você fez com a camisa?

Bom... no final das contas, eu dei para o meu pai - até porque, não cabia nem um pouco em mim. Ela teve um significado simbólico e marcou para sempre.

Não apenas pelo prêmio , mas principalmente pela perseverança, que comecei a cultivar desde pequenininha e comprovou que, quando somos determinados, o resultado acontece!

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