Grêmio campeão não foi obra iniciada por Scolari
Com ajuda do comentarista Cristiano Oliveira, da Rádio Guaíba, recuperamos as formações com os dois técnicos em 2015. Nas mãos de Scolari, Maicon foi meia, Roger imediatamente fez dele volante de vez, com sucesso. Marcelo Oliveira atuava no meio de campo, o novo treinador o puxou para a lateral-esquerda. Com Felipão foi testado até como zagueiro. Um fiasco na derrota para o Aimoré no Campeonato Estadual.
Logo Roger pôs Luan como "falso 9" e Douglas entrou no meio, saindo Mamute do ataque. E mais: o Grêmio deixou de ser o time assustado, abandonado pelo próprio técnico com bola rolando. Treinador que saiu de vez após 51 jogos, 26 vitórias, 12 empates e 13 derrotas, aproveitamento de 58,8%. Nos Grenais, Felipão tomou 2 a 0 e aplicou 4 a 1 pelo Brasileirão, encerrando jejum de nove clássicos sem vitória, mas perdeu o título do Gauchão para o Internacional.
Com o técnico da seleção na Copa do Mundo de 2014 à frente, o Grêmio estreou no Brasileiro de 2015 empatando em casa com a Ponte Preta: 3 a 3. Veio a derrota para o Coritiba e o adeus de Scolari. Roger estreou duas rodadas depois. Quando Felipão saiu o time vinha jogando mal e era 18º no campeonato. Seu substituto transformou o time e encerrou o certame na terceira posição, a um ponto do vice-líder, Atlético, e a 13 do campeão, Corinthians, de Tite.
Roger caiu após derrota para a Ponte: 3 a 0, em Campinas. Voltou o ídolo Renato Gaúcho Portaluppi, que estreou na derrota para o Atlético Paranaense, pela Copa do Brasil, com triunfo tricolor nos pênaltis. As diferenças entre o time final de Felipão eram grandes em relação à escalação inicial de Roger, mas as mudanças após a chegada de Renato e sua saída foram bem menores (abaixo).
No último jogo do treinador que ficou no Grêmio entre 2015 e 2016, Jaílson foi um dos volantes por que Maicon não estava disponível. A volta dele, como a de Douglas, e a introdução de um centroavante (Henrique Almeida) foram as novidades de Renato, além de alteração no sistema de marcação. Ali, o mais importante, era um Grêmio diferente, de muita posse de bola, criado por Roger, aprimorado por Portaluppi.
Marcelo Grohe; Matías Rodríguez, Gabriel Silva, Rhodolfo e Marcelo Hermes; Araújo, Ramiro, Lincoln e Douglas; Barcos e Marcelo Moreno. Foi este o time inicial de Felipão na pré-temporada 2015, que ficou em 0 a 0 com o Gramadense no primeiro tempo. No segundo, quando entraram os jovens, o Grêmio fez 2 a 0, mas foi vaiado, no jogo-treino que abriu o ano. O técnico se irritou com a imprensa, lembra o repórter Rafael Pfeiffer, da Rádio Guaíba, que cobriu o cotejo. Começou e acabou mal aquele período.
Os fatos mostram que Luiz Felipe Scolari não participou da montagem desse Grêmio vitorioso, campeão. Deixou o trabalho pelo caminho, sem alicerces, outros o construíram. Vejamos se conseguirá repetir no Palmeiras o que Roger e Renato fizeram no tricolor gaúcho.
Fonte: Mauro Cezar Pereira, jornalista da ESPN
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