Falha interna gera multa de R$ 1 milhão ao Fla e irritação com demitido que Bandeira homenageou
Uma falha de comunicação entre departamentos do Flamengo resultou na escalação de Réver contra o Internacional no primeiro turno do Brasileirão. A presença do zagueiro naquele jogo gerou uma dívida de R$ 1 milhão do time carioca com o novo líder da Série A do campeonato.
Quando o atleta trocou o Internacional, pelo Flamengo, Rodrigo Caetano era o diretor-executivo do time carioca. Representando os rubro-negros, ele aceitou a chamada "cláusula de proteção", que estipula pagamento de R$ 1 milhão caso o jogador fosse escalado contra seu ex-clube.
Curiosamente, o dirigente, demitido em 29 de março após derrota para o Botafogo e eliminação do Estadual, assumiu cargo semelhante justamente no clube gaúcho. Ele foi apresentado 18 dias após a vitória rubro-negra sobre o Colorado, por 2 a 0, em 6 de maio, no Maracanã. Ou seja, Caetano não estava mais no clube carioca quando escalaram Réver contra o time porto-alegrense.
O blog apurou que antes daquele cotejo pelo primeiro turno, o Jurídico do Flamengo alertou um funcionário do departamento de futebol sobre a cláusula. Réver não deveria atuar, exceto se o clube quisesse pagar tanto dinheiro para tê-lo por uma peleja, algo obviamente desproporcional.
Mas a informação não teria chegado ao atual diretor de futebol, Carlos Noval, tampouco ao treinador Maurício Barbieri. Com a falha de comunicação, o capitão ficou 90 minutos em campo. Para o jogo do segundo turno, novo alerta do jurídico e a decisão de não escalá-lo.
Os rubro-negros procuram uma brecha na justiça para escapar da multa, mas sabem que as chances não são das maiores. O blog ouviu um advogado especializado em direito esportivo, que vê alguns caminhos por meio dos quais o Flamengo pode tentar algo (abaixo).
Há itens dos regulamentos da Fifa e de Registros da CBF que tornam passíveis de punição em caso de influência de uma associação em outra, ou de terceiros, nas políticas financeiras, de escalação, etc. Já o artigo 27C da Lei Pelé poderia ser citado para que a cláusula seja vista como nula.
Entre dirigentes e apoiadores da gestão, há grande descontentamento com a herança de Rodrigo Caetano. Não só por contratações que até hoje não dão retorno, como Geuvânio, Rômulo e Marlos Moreno, mas também pelo fato de o Inter só acionar a cláusula depois de sua chegada ao Beira-Rio.
Curiosamente, o executivo foi homenageado pelo presidente Eduardo Bandeira de Melo na entrevista coletiva na qual ele anunciou a demissão de Caetano. Na oportunidade ele disse:
É um profissional de altíssimo nível, a quem eu agradeço muito o trabalho que ele desenvolveu aqui no clube. Vou sentir muita falta dele aqui no dia a dia, da competência dele, da dedicação dele. Foi um colaborador absolutamente excepcional. E tenho certeza que ele vai dar muito certo, que a carreira dele vai ser muito bem-sucedida, que ele merece, e ele está preparado para exercer qualquer função no futebol, seja em clube, entidade de administração, CBF, seleção brasileira, inclusive em governos. Então... começar agradecendo o trabalho do Rodrigo e tenho certeza que o Rodrigo também vai ficar muito feliz vendo a continuidade do trabalho dele sendo capitaneada aqui pelo Carlos Noval".
Fonte: Mauro Cezar Pereira, jornalista da ESPN
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