Dudu, Paquetá, um Palmeiras com fome de troféus e esse Flamengo que prefere o 'cheiro' dos euros
Maracanã, sábado. Lucas Paquetá teve a bola do jogo, foi displicente. Poderia fazer história no Flamengo, pelo jeito não fará, prefere ser reserva num Milan decadente que sequer disputa a Champions League, nem faz cócegas na Juventus e perde para a Internazionale. O futuro dele foi decidido pelo imediatismo dos euros, por empresário e familiares. A bola era para bater com força e convicção, como Marlos (pasmem) Moreno fez instantes antes. Tentou uma colocadinha infeliz. Mais limitados como Henrique Dourado, por exemplo, provavelmente não perderiam tamanha oportunidade.
Coisas do Flamengo, onde outro problema (gravíssimo) é a lateral-direita. Uma herança terrível de Rodrigo Caetano, com a chancela presidencial. Em compensação o ex-diretor-executivo contratou Renê, de ótimo custo-benefício, um jogador correto e regular. Pará errou pateticamente no gol. Mas o que esperar de uma gestão que até pouco tempo atrás discursava protegendo jogadores e sem a menor capacidade crítica para avaliar suas deficiências? Míope diante da incapacidade de alguns atletas diante da missão que é vestir a camisa do Flamengo num momento de ambições e grande investimento.
O clube paga pelos seus erros, demorou a se mexer, a mudar de técnico, perdeu para o Corinthians e não venceu o Palmeiras quando o triunfo era vital. Mais uma decepção parece se aproximar dos rubro-negros, que ainda assim insistem em lotar o Maracanã. Quanto aos palmeirenses, além de terem buscado a tempo, com êxito até aqui na Série A, um novo treinador, seguraram Dudu quando este se mostrou disposto a ir para a China. Podem até negociá-lo, mas naquele momento, no meio da temporada, tal possibilidade sequer foi admitida pelos dirigentes do clube paulista. Corretíssimo.
Já os do Flamengo, ávidos por mais alguns zeros no balanço financeiro, venderam Paquetá quase três meses antes da reabertura da janela internacional de contratações. É cheiro dos euros. Dudu esqueceu pelo menos momentaneamente os dólares dos chineses, se concentrou no Palmeiras, voltou a jogar muito bem e fez o gol importantíssimo na única chance que teve no duelo do Maracanã. O camisa 7 alviverde anda com a cabeça 100% no seu atual time. Mirou e acertou o gol. Quanto a Paquetá, teve mais chances até, falhou na maior delas. Chutou longe. Em Milão. Sua cabecinha já parece por lá.
Fonte: Mauro Cezar Pereira, jornalista da ESPN
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