Kobe, T-Mac e a louca – louca – história das camisas aposentadas na NBA
Kobe Bryant terá suas camisas, 8 e 24, aposentadas pelo Los Angeles Lakers, único time que defendeu em 20 temporadas na NBA. Mais do que merecido.
Tracy McGrady, carismático, com uma legião de fãs, entrou para o Hall da Fama sem ter seu número aposentado por nenhuma das sete franquias em que jogou.
Dois fatos que explicitam as peculiaridades de como a aposentadoria de camisas das equipes da NBA podem caminhar por caminhos dos mais distintos.
Mais um exemplo? Ao fim da última temporada, o Memphis Grizzlies anunciou que pretende eternizar o número 50 de Zach Randolph. Será o primeiro número aposentado da franquia. O curioso é que Randolph ainda é um jogador na ativa: depois de oito temporadas nos Grizzlies, ele se tornou agente livre e assinou com o Sacramento Kings.
São quase 200 números aposentados nas 30 franquias da NBA, passando do 00 (Robert Parish, pelo Boston Celtics, e Johnny Moore, do San Antonio Spurs) até o 1.223 (o número de vitórias do técnico Jerry Sloan pelo Utah Jazz.
Há também um punhado de banners sem número que circulam ao redor da liga, homenageando donos, treinadores, dirigentes, integrantes da comissão técnica e até jornalistas. Mas não há uma política sobre como as franquias devem lidar com a aposentadoria da camisa de um jogador, levando a uma grande disparidade entre as equipes da NBA.
Como a maioria dos torcedores sabe, nenhuma equipe da NBA aposentou tantos números como os Celtics. Quando oficialmente homenagearem Paul Pierce, em 11 de fevereiro, a franquia terá 22 números aposentados - sem contar a sigla "LOSCY", em alusão ao apelido de Jim Loscutoff, sete vezes campeão pelo time, e também o microfone de Johnny Most, que foi a voz dos Celtics de 1953 a 1990.
Por outro lado, há outras duas equipes (além dos já citados Grizzlies) que ainda não se aposentaram uma única camisa: LA Clippers e Toronto Raptors. O Oklahoma City Thunder também não aposentou uma camisa desde que se mudou de Seattle, mas ainda não reeditou nenhum dos seis números eternizados pelos SuperSonics.
São ainda quatro times que penduraram apenas uma única camisa - grupo que será aumentado caso os Grizzlies oficialmente aposentem o número de Randolph. Charlotte Hornets (Bobby Phills) e Minnesota Timberwolves (Malik Sealy) honraram os jogadores que morreram durante suas carreiras. O New Orleans Pelicans têm o número 7, em homenagem a Pete Maravich por sua contribuição ao Estado da Lousiana, seja na universidade em LSU (Louisiana State University), seja por suas atuações pelo antigo time da cidade, o New Orleans Jazz. Já o Orlando Magic aposentou a camisa 6 para homenagear os fãs, também conhecido como “O Sexto Homem".
O Magic não é o único time que eternizou por esse motivo exato - o Sacramento Kings fez o mesmo. O número 6, aliás, foi retirado seis vezes (os outros quatro em homenagem aos jogadores que o usaram em quadra), mas não está nem perto do número mais aposentado. O número 32 foi retirado por 11 equipes diferentes, sendo sete jogadores que também foram induzidos ao Hall da Fama do Basquete.
Embora seja um dos números mais emblemáticos da história do esporte, o número 23 foi retirado por apenas seis equipes diferentes, em homenagem a cinco jogadores diferentes. Tanto Chicago Bulls quanto Miami Heat a aposentaram por Michael Jordan, apesar de ele nunca ter jogado no time da Flórida.
Jordan é uma das 14 pessoas a ter um número aposentado por duas equipes diferentes (incluindo Sloan, que teve a sua camisa 4 aposentada pelos Bulls, além da honraria como técnico em Utah).
Dois jogadores - Wilt Chamberlain e Pete Maravich - foram homenageados por três franquias diferentes. Jordan poderia se juntar a eles se o Washington Wizards escolherem aposentar seu número 23, que não foi usado por nenhum outro jogador desde que “Air Jordan” se aposentou em 2003.
Além de retirar o número de Jordan, o Heat tem um dos números "aposentados" mais curiosos pendurados em sua arena – embora, tecnicamente, não esteja aposentado. A equipe homenageou o lendário quarterback do Miami Dolphins, Dan Marino, pendurando o número 13 em seu ginásio, mas permitiu que a camisa fosse usada por quatro jogadores diferentes desde a cerimônia de "aposentadoria", em 2005. O mais recente: Shabazz Napier.
Por outro lado, Miami não teve mais nenhum camisa 6 desde que LeBron James voltou para Cleveland - assim como os Cavaliers realizaram mantiveram o número 23 fora de circulação durante os quatro anos em que “King James” estava na Flórida.
E tem o caminho do Detroit Pistons, que retirou os números de Chauncey Billups (1), Ben Wallace (3) e Dennis Rodman (10) enquanto as camisas estavam sendo usadas por outros jogadores. Greg Monroe (10) se transferiu para o Milwaukee Bucks, e Stanley Johnson (3) mudou seu número, mas Reggie Jackson ainda está usando o número 1 de Billups, que foi imediatamente passado para Allen Iverson depois que ele foi adquirido em uma troca justamente com Billups em 2008.
Os próprios Cavaliers poderiam ter feito algo semelhante recentemente, se tivessem escolhido dar o número 2 de Kyrie Irving a Isaiah Thomas, que usava esse número na faculdade em Washington. No entanto, Isaiah usará o 3 - que foi um dos 21 números que não estavam disponíveis para ele em Boston, já que havia sido aposentado por Dennis Johnson em 1991.
Qual será o próximo passo na dança das camisas?
*Com tradução livre de Gustavo Faldon e Ricardo Zanei. O conteúdo original, em inglês, pode ser acessado em "Inside the numbers on retired numbers around the NBA".
Fonte: Adam Reisinger, para o ESPN.com*
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