A MLB na luta pela diversidade e inclusão

Paula Ivoglo
Paula Ivoglo

Aproveitando que ontem começou a temporada da MLB (Major League Baseball), vale mencionar uma mulher que tem feito a diferença na liga e tentado fazer com que mulheres façam parte desse mundo, assim como vem acontecendo na NFL, com contratações de mulheres para cargos de assistentes técnicas e outras posições importantes.

Renee Tirado, Diretora de Diversidade e Inclusão da MLB, está assumindo o desafio de não apenas tornar a sede da liga mais diversificada, mas também o campo. Através do programa 'Diversity Pipeline' da liga, 'Take the Field', estão começando o processo de seleção e contratação de diversas candidatas operações de beisebol, incluindo árbitros, rebatedores e treinadores.

Renee Tirado
Renee Tirado Getty Images

'Take The Field' lançado durante o 2018 Winter Baseball Meetings e é um evento anual em que representantes de todas as 30 equipes da Major League Baseball e suas 160 afiliadas menores se reúnem por quatro dias para discutir os negócios da liga. O programa aceitou 50 mulheres pré-selecionadas que estão seguindo papéis que tradicionalmente são ocupados por homens. “A parte de operações é o que você vê no campo”, explica Tirado. “Não havia uma plataforma de lançamento real para as mulheres conseguirem a exposição. Isso partiu de mim, quando participei de um programa que a NFL faz para ajudar as mulheres que querem se tornar treinadoras. Nós ajustamos para o beisebol. E anunciamos para EUA Softball, EUA Baseball, todas as organizações de mulheres e mídias sociais. A resposta foi tremenda. Tivemos sessões para as mulheres, dependendo de onde elas queriam entrar, como árbitros, etc. Elas fizeram parte de uma rede de contatos e algumas mulheres conseguiram alguns empregos.”

Mulheres participando no beisebol não é uma ciosa nova. O USA Baseball cita, desde 1867, que o African American Dolly Vardens, da Filadélfia, tornou-se o primeiro time de beisebol pago, dois anos antes do primeiro clube profissional de beisebol masculino. Então, em 1904, foi relatado que Amanda Clement foi a primeira mulher a arbitrar um jogo de beisebol, ganhando entre US $ 15 e US $ 25 por jogo. A era mais reconhecida para as mulheres no beisebol ocorreu há mais de 75 anos, durante a II Guerra Mundial. Com os homens lutando no exterior, havia uma escassez de mão de obra no campo. Naquela época, o proprietário de Chicago Cubs, Philip Wrigley, criou a All-American Girls Professional Baseball League (AAGPBL). Mais de 600 mulheres participaram do campeonato de 1943-1954. Estas mulheres foram imortalizadas no filme de 1992 A League Of Their Own. Eventualmente, em 1988 elas foram introduzidos no Baseball Hall Of Fame. Quando a guerra terminou e os homens voltaram, a AAGPBL tornou-se menos proeminente no mundo do beisebol.


Agora, sob a liderança de Tirado, a liga está começando a ser mais inclusiva em todas as áreas de beisebol e operações . Além do programa Take The Field, ela iniciou o Katie Feeney Leadership Symposium, um evento básico dentro da liga. "É um simpósio de desenvolvimento profissional", ela explica, "onde fazemos parceria com a Universidade de Stanford para Mulheres no Beisebol. Cinquenta mulheres de toda a liga são indicadas por suas organizações".

“Se conseguirmos de 10% a 15% das pessoas dos programas que ainda estão no beisebol em 5 a 10 anos com alta taxa de desempenho, é aí que a verdade está. Você pode fazer esses programas, mas se não houver intenção real e apoio contínuo para desenvolver essas pessoas nesses espaços e garantir que eles permaneçam no radar, se essas pessoas não continuarem a ascender na organização, então qual é a vantagem? Leva tempo. Essas não são coisas que acontecem da noite para o dia. É um esforço de equipe.

A jornada de Tirado começou no tribunal. “Minha base é como advogada, pratiquei a advocacia por muitos anos”, afirma ela. "Eu não tinha paixão por isso. Eu entrei no setor público e trabalhei para a cidade onde acabei trabalhando para a NBA Retired Players Association.”

Ela então se voltou para a Associação de Tênis dos Estados Unidos. “Comecei essa jornada de diversidade e inclusão sem saber para onde ia me levar, o que significava e, para ser bem franca, vendi como eu sabia. Esse foi o primeiro grande ponto para mim. Foi na USTA onde eu realmente tive um mentor; tinha campeões para auxiliar no meu desenvolvimento ”.

Drake Bulldogs left fielder Abby Buie
Drake Bulldogs left fielder Abby Buie Getty Image

 Então, a pessoa que a contratou saiu da USTA e foi para a AIG. “Cerca de um ano depois”, continua ela, “ele me procurou para trabalhar com ele novamente em diversidade [e inclusão] para toda a América do Sul e Central e, eventualmente, para todas as Américas. Isso mudou toda a minha perspectiva sobre diversidade e inclusão quando você começa a falar sobre isso globalmente. Foi uma ferramenta inestimável para mim seguir em frente. Forçar-me a sair de Nova York foi a melhor coisa que poderia ter acontecido porque me forçou a sair da minha zona de conforto. Essa situação provou ser a mais difícil para Tirado. Não só foi a primeira vez que profissionalmente ela se mudou da área de Nova York, mas sua mãe faleceu logo após a mudança.

“Minha mãe sempre arriscou”, declarou Tirado. “Ela me disse que se eu não tentasse a posição da AIG, eu me arrependeria. Eu acredito que essa experiência me preparou para minha transição para a MLB. ”

À medida que Tirado evolui com o cenário de diversidade e inclusão em constante mudança, ela se concentra nesses passos para ajudá-la em suas transições:

- Esteja preparado, não comece o processo se você não estiver preparado para dar o salto.

- Solidifique seu esquadrão. Cerque-se de pessoas que serão campeões no seu canto.

- Realize pesquisas para entender em que você está se metendo; para ver se é realmente algo que você quer fazer.

"Há uma frase em espanhol pa’lante", conclui Tirado, "significa basicamente avançar. Quando estou em uma encruzilhada ou tenho dificuldades, ouço a minha mãe dizendo pa'lante; apenas continue seguindo em frente.”

A temporada da MLB já começou e hoje, você acompanha a partir das 20h o jogo entre Houston Astros e Tampa Bay Rays AO VIVO, na ESPN Extra e no WatchESPN.

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Se esse foi o fim de Brady e Belichik nos Patriots, só temos que lamentar

Gustavo Faldon
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Se esse foi o fim de Brady e Belichick nos Patriots, só temos que lamentar

Gustavo Faldon
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Apesar de um começo de temporada fulminante, onde parecia ser mais uma vez o grande favorito ao título, o New England Patriots foi sucumbindo no decorrer da temporada, perdeu peças importantes no ataque e se mostrou fragilizado, sendo eliminado por Ryan Tannehill e o Tennessee Titans em pleno Gillette Stadium nos playoffs da NFL.

A maior dúvida do futuro dos Patriots é Tom Brady. O camisa 12 será agente livre pela primeira vez na carreira a partir de 18 de março.

Mesmo ainda sendo o atual campeão da NFL, o quarterback está com 42 anos e mostrou diversas vezes sinais de declínio, com erros em sua precisão e sinais de "enferrujado". Mas, para quem pretende jogar até os 45 anos de idade, é um dos maiores de todos os tempos e é "fissurado" por cuidar de seu corpo e preparo físico, há motivos para acreditar na ressureição de Brady. Porém, essa não é a tendência.

Apesar dele mesmo não acreditar que a aposentadoria vai acontecer, existe a possibilidade de Tom Brady não voltar mais a um campo da NFL. Bem como existe a possibilidade dele voltar para outro time. Nada foi descartado, mas seria muito estranho ver Brady vestindo outro uniforme. O próprio Robert Kraft já afirmou que não gostaria que isso acontecesse.

Se Brady de fato aposentar ou ir para outro time, será o fim da parceria 'técnico-jogador' de maior sucesso na história dos esportes. Tom Brady e Bill Belichick estariam se separando depois de duas décadas.


         
    


Em 20 temporadas, foram nada menos do que 17 títulos de divisão, 9 aparições no Super Bowl (mais do que qualquer outra franquia na NFL), 6 títulos da NFL (empatado com os Steelers como maior campeão da história), 219 vitórias e 541 touchdowns.

Os dois juntos conquistaram mais do que quase todas as franquias na NFL.

É fato que pelo "jeito Patriot de ser", ambos nunca morreram de amores um pelo outro, nunca se elogiaram publicamente. Bill Belichick jamais vai morrer de amores por alguém.

O lema dele é "faça seu trabalho". A partir do momento em que você não está mais rendendo, seja você Tom Brady ou qualquer outro quarterback, Belichick não tem dúvidas em te sacar do time.

Mesmo tendo uma relação um tanto quanto estranha para uma dupla de tanto sucesso, ambos se completam e compartilham um espírito competitivo estratosférico.

Se esse foi o último jogo dos dois juntos, há quem comemore o fim do "Império do Mal". Mas o correto é lamentar que não veríamos mais a dupla mais icônica e vencedora da história da NFL.

Que Tom Brady e Bill Belichick sejam eternos.

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Na frente de Knicks, Patriots, Yankees, Tottenham e Inter de Milão: Flamengo brilha nas redes sociais e se distancia de grandes paulistas

Paulo Cobos
Paulo Cobos

O sucesso em campo faz o Flamengo brilhar também nas redes sociais, ficando na frente no número de seguidores de gigantes do esporte mundial. E abrindo larga distância para o trio de ferro paulista, com quem antes travava uma disputa muito mais acirrada.

Segundo levantamento do Ibope Repucom, o clube carioca tinha, em dezembro de 2018, 21,271 milhões de seguidores somando Twitter, Facebook, Instagram e  You Tube.  Um ano depois, são 27,352 milhões seguindo o time nessas redes sociais, um crescimento de quase 29%.

No mesmo período, o Corinthians teve um acréscimo de apenas 9% no número de seguidores. Com isso, tem hoje 4,5 milhões de inscritos a menos que o Flamengo. Há 12 meses, a diferença era de apenas 334 mil.

O São Paulo também viu seu número de seguidores crescer apenas 9%, contando hoje com 14,856 milhões. O Palmeiras só foi um pouco melhor, aumentando sua base em 10%, com 10,954 milhões de inscritos em suas redes, ou 40% do total flamenguista.

VEJA MAIS: Jorge Jesus destaca todos os recordes batidos no Flamengo e crava: 'Há um antes e um depois de Jesus no Brasil'

Um outro estudo divulgado nesta semana mostra o quanto o Flamengo é gigante nas redes sociais, superando o número de inscritos de times ícones do esporte mundial.

No levantamento anual sobre o salários de times de diversas modalidades, a consultoria Sporting  Intelligence contabilizou os seguidores dos times de diversas ligas no Twitter, no Facebook e no Instagram. Nessas três redes, o Flamengo tem 25,122 milhões de seguidores.

Os dados da Sporting Intelligence são de meados de novembro passado, e neles a lista dos que ficam atrás do Flamengo é glamurosa.

Na NBA, o New York Knicks tem 10,276 milhões de seguidores. Na liga de basquete, só Los Angeles Lakers, Golden State WarriorsChicago Bulls superam  o rubro-negro carioca. 

Na MLB e na NFL, ninguém bate o Flamengo. O venerado New York Yankees conta com 14,508 milhões de inscritos. No futebol americano, mesmo com Tom Brady, o New England Patriots fica nos 15,4 milhões de seguidores.  O Flamengo também supera times famosos do futebol europeu, como Tottenham e Inter de Milão.

Com tanta gente curtindo, vai ficar mais fácil o Flamengo ganhar ainda mais dinheiro.

Fonte: Paulo Cobos, blogueiro do ESPN.com.br

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Troféu Blake Bortles: Prêmio 'volta para casa' com Foles como o pior da semana

Antony Curti
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Por que Russell Wilson é o MVP de 2019 na NFL

Gustavo Faldon
Gustavo Faldon
Russell Wilson
Russell Wilson Getty Images


Ainda restam mais sete semanas para o fim da temporada regular da NFL, mas, salvo alguma lesão grave ou exceção completamente bizarra, Russell Wilson é o MVP desta temporada.

Se ele não sofrer alguma lesão repentina que o tire da parte final da temporada, o quarterback do Seattle Seahawks tem tudo para ser eleito o mais valioso da liga. Alguns dizem que Lamar Jackson está na briga, bem como Deshaun Watson e Christian McCaffrey. 

No caso de Jackson, a empolgação é real, mas parece que individualmente e em termos coletivos, Wilson está acima. Sem contar que, após tantos anos e até um título de Super Bowl, estamos vendo o auge dele. Watson também tem feito um ano espetacular com os Texans e McCaffrey parece ser hoje, individualmente, o jogador de ataque mais dominante da NFL. Mas ainda são os QB's que chamam mais atenção.

E no caso de Wilson, que diversas vezes nesta temporada apareceu nas horas decisivas de vitórias apertadas, como no Monday Night Football diante do San Francisco 49ers, ou contra os Rams, ou como contra os Bengals no início da temporada, as estatísticas estão do lado dele também.

Wilson tem 23 passes para touchdown - líder na NFL - e apenas duas interceptações. Como de costume, ele resolve com os pés quando necessário e prolonga jogadas que com outros teriam acabado. E é importante citar também a campanha do Seattle Seahawks de 8 vitórias e apenas duas derrotas.

Talvez o cenário fosse diferente se alguns dos principais candidatos ao prêmio de MVP não tivessem se machucado, como Patrick Mahomes e Drew Brees. Mas isso não anularia a temporad absurda de Wilson.

Talvez Lamar Jackson e Watson sejam "versões" mais jovens de Wilson, mas o QB dos Seahawks está jogando com maestria e deve ganhar o troféu individual mais desejado da NFL ao fim da temporada.

E mais do que nunca, é importante ressaltar, Wilson merece. Hoje ele é um QB melhor e mais completo do que quando estava conduzindo os Seahawks ao Super Bowl. Mas, quem sabe, ele não retorna à final nesta nova "versão".

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NFL: Power Ranking após a semana 7, e atuação miserável de Sam Darnold

Antony Curti
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Blog do Curti: o que passou na cabeça de Sam Darnold contra os Patriots?

Blog do Curti: veja o Power Ranking após a semana 7 da NFL

Fonte: Antony Curti

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Cowboys abrem caixa para manter Ezekiel Elliott, mas futuro da franquia segue incerto

ESPN League
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Ezekiel Elliott comemorando Touchdown pelos Cowboys
Ezekiel Elliott comemorando Touchdown pelos Cowboys Getty Images

Após muitos meses de espera e greves, Ezekiel Elliott se tornou o running back mais bem pago da NFL. O contrato de 90 milhões de dólares (R$ 368,5 milhões), com 50 deles garantidos, prende o atleta em Dallas até a temporada de 2026. Ainda assim, o acordo deixa o futuro dos Cowboys ainda mais incerto. 

O contrato parece a melhor coisa para os Dallas Cowboys à primeira vista. Segurar o melhor jogador do time por mais oito temporadas é excelente e Elliott ainda é o RB com mais jardas corridas desde de 2016 (ano em que entrou na NFL), acumulando 4,048, números que o colocam muito à frente do segundo colocado, Todd Gurley, com 3,441 jardas.

O time é muito melhor quando ele está em campo, sendo que a única temporada em que a franquia não se classificou para os Playoffs, Elliott não esteve presente em seis jogos. 

Assim, era difícil que Jerry Jones, conhecido por pagar muito a seus jogadores (algo constante em Texas durante a intertemporada de 2019), não oferecesse um contrato recheado para o principal talento do time. O problema é que isso complica a situação financeira da equipe.

Antes de fechar com “Zeke”, os Cowboys já haviam estendido o contrato do defensive end Demarcus Lawrence (US$ 105 milhões/5 anos), do linebacker Jaylon Smith (US$ 64 milhões/ 5 anos) e do right tackle La’el Collins (US$ 50 milhões/ 5 anos).

E, agora, com boa parte do espaço salarial comprometido com outros jogadores, a franquia ainda precisa achar uma maneira de chegar em um acordo com Dak Prescott e Amari Cooper, algo essencial para as pretensões da equipe.

Fato é que o acordo com Cooper precisa ser feito. Na última temporada Jerry Jones gastou um escolha de primeira rodada para contar com o atleta e seria impensável não associar a troca a um projeto de longo prazo com o jogador - principalmente depois que o wide receiver aumentou a produtividade do ataque dos Cowboys e de Dak Prescott.

O QB ainda é alvo de grandes discussões, sendo que muitos consideram que o atleta não merece uma extensão de contrato, já que nunca registrou mais de 4,000 jardas aéreas em uma temporada. 

Mesmo que você acredite que o jogador não vale uma renovação, é difícil uma franquia obter sucesso sem um QB constante, e depois de pagar muito a seus jogadores na intertemporada, Jerry Jones tem um elenco capaz de vencer agora. E para isso, precisa de Prescott.

O problema é que o jogador não sairá barato. Dak viu Jared Goff, do Los Angeles Rams, e Carson Wentz, do Philadelphia Eagles, receberem extensões recheadas, sendo que os três foram draftados no mesmo ano. Além disso, o QB dos Cowboys foi o mais saudável entre eles, registrando 32 vitórias e 16 derrotas, em três anos - a maior marca dos três QBs.  

Agora, o problema é que, Dallas não se pode dar o luxo de uma renovação gigantesca porque isso comprometerá ainda mais o espaço salarial, dando poucas possibilidades de mudança no elenco.

Outro problema com o contrato de Elliott é a eterna discussão da NFL: Qual o valor que deve ser pago a um running back? E, pensando nisso, o Dallas exagerou e gastou muito em Elliott.

O contrato que Todd Gurley recebeu, com 45 milhões de dólares garantidos (2ª maior valor entre os RBs) já é considerado muito alto dentro da liga – principalmente depois que o jogador diminuiu muito sua produtividade na pós-temporada. 

Um RB talentoso tem tido menos impacto do que o normal, e a campanha dos Rams nos Playoffs foi uma grande prova disso. Sem Todd Gurley saúdavel, Sean McVay recorreu a C.J Anderson e conseguiu manter a produtividade no backfield. Isso alimenta ainda mais a ideia de que jogadores da posição não merecem contratos recheados.

E, mesmo que Elliott tenha se mantido saudável durante sua carreira na NFL, a posição perde muito seu valor pela grande quantidade de lesões dos jogadores. O problema é que mesmo colocando tudo em uma balança, ela pende para o lado do Super Bowl, e Elliott é um jogador capaz de trazer o Lombardi para Dallas. 

Seja qual for a sua opinião sobre o valor que um running back merece na NFL, fato é que Dallas decidiu tornar “Zeke” o RB mais bem pago da liga. E, agora, enquanto ainda esperamos o futuro de Dak Prescott e Amari Cooper, temos somente uma convicção: os Cowboys precisam que Elliott corra, que ele corra muito.  

Fonte: Bruno Nossig

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Carli Lloyd deu esperanças para que mulheres tenham uma chance inédita na NFL

Paula Ivoglo
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Há aproximadamente uma semana, viralizou um vídeo de Carli Lloyd chutando um field goal de 55 jardas, em um treino conjunto do Philadelphia Eagles e Baltimore Ravens.


Lloyd, atual campeã mundial de futebol com a seleção feminina dos Estados Unidos, que além desse, acertou outro de 40 jardas, começou a levantar questionamentos sobre se ela poderia assumir ou não a posição de um kicker da NFL.

O assunto escalou rápido, e Lloyd recebeu de fato uma oferta para se tornar a primeira mulher kicker da história da NFL!

De acordo com seu treinador, James Galanis, há sérios interesses na atleta depois de ela ter conseguido tal feito.

Galanis contou a Fox Sports que um time da NFL queria que ela jogasse uma partida no jogo de quinta-feira pela pré-temporada, mas a melhor jogadora do mundo de 2015 não poderá, pois participará uma partida com a seleção americana de futebol feminino (USWNT) contra Portugal na mesma data.

“Um time está disposto a colocá-la no roster. Disseram que ela poderia jogar na quinta”, disse Galanis. “Eu não quero falar qual foi o time, mas ela joga pela seleção nessa quinta, então há um conflito de agendas. ”

Todos os 32 times da NFL jogam seu último jogo da pré-temporada nessa quinta-feira, então fica difícil descobrir qual deles fez a oferta.

O chute de Lloyd viralizou nas redes sociais e impressionou o Pro Football Hall of Famer Gil Brandt, que é o ex-vice-presidente de Player Personnel do Dallas Cowboys. Brandt escreveu em seu Twitter: “Honestamente, eu não acho que vai demorar muito para vermos uma mulher quebrando essa barreira na NFL. Eu a chamaria para um tryout, se eu fosse os Bears”.


O Chicago Bears teve um problema claro com o kicker durante os playoffs contra os Eagles na última temporada. Recentemente, o time dispensou Elliott Fry e parece que vão seguir com Eddy Pinero como titular para a posição.

Sabemos que treino é bem diferente de jogo, afinal, ela chutou sozinha, sem pressão da linha defensiva, sem toda a pressão do jogo em si, sem técnicas ou obedecendo regras, e são aspectos que fazem total diferença no resultado - Lloyd sabe disso. Mas pressão parece ser algo que motiva a jogadora: “Na verdade, eu faço um convite à pressão. Eu amo a pressão. Quando eu tenho que acertar alguma coisa - arremessar aros, arremessar machados, fazer um chute - é o momento em que vivo e quero. Tudo se resume à mente, treinando a mente.”

De acordo com seu treinador, Lloyd teria declinado a oferta de qualquer maneira, mesmo que não tivesse outra partida no mesmo dia, devido à falta de tempo para se preparar, mas é algo que ela está pensando para o futuro.

"Vale a pena ter algumas conversas sobre isso. Com a prática e alguém me mostrando, eu sei que posso fazer. Eu tenho um dos chutes mais precisos do nosso jogo. O mais difícil seria me acostumar com os grandalhões lá, mas nada me assusta. Você se boicota se tiver medo. Qual o pior que pode acontecer? Eu não fazer parte do time? Digamos que eu tentei. Talvez eu mude o panorama. ”

Se algum dia Lloyd vai tentar ou não, não sabemos, mas além dela, outras tantas mulheres sonham em ter uma chance na NFL, e quem sabe esse não seja um começo?

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NFL: Draft Simulado 1.0 de Antony Curti

Antony Curti
Antony Curti

A versão completa do Draft Simulado 1.0 já está disponível no WatchESPN. Lá, o fã do esporte poderá ver a análise completa das 32 escolhas da 1ª rodada do recrutamento.

Clique para assistir no WatchESPN:

Picks 10 a 1
Picks 20 a 11
Picks 32 a 21

Lembrando que os canais ESPN mostram os três dias do evento de 2019.

Quinta-feira - 21h (de Brasília) - 1ª rodada na ESPN e WatchESPN
Sexta-feira - 20h (de Brasília) - 2ª e 3ª rodada na ESPN 2 e WatchESPN
Sábado - 13h (de Brasília) - 4ª a 7ª rodadas na ESPN 2 e WatchESPN

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NFL Draft: Haskins? Murray? Os cinco melhores quarterbacks da classe de 2019

Antony Curti
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Em 2019, os canais ESPN e o WatchESPN mostram os três dias do recrutamento. Confira os horários:

Quinta-feira - 21h (de Brasília) - 1ª rodada na ESPN e WatchESPN
Sexta-feira - 20h (de Brasília) - 2ª e 3ª rodada na ESPN 2 e WatchESPN
Sábado - 13h (de Brasília) - 4ª a 7ª rodadas na ESPN 2 e WatchESPN

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NFL Draft: Haskins? Murray? Os cinco melhores quarterbacks da classe de 2019

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Tampa Bay Buccaneers contrata duas mulheres para fazerem parte de sua equipe técnica

Paula Ivoglo
Paula Ivoglo

Mais mulheres fazendo história na NFL! Como eu gosto de escrever sobre isso! 

Nesta quarta-feira (20), o Tampa Bay Buccaneers anunciou a contratação de Lori Locust e Maral Javadifar, sendo o primeiro time com duas mulheres na equipe técnica da liga, e fazendo delas as duas primeiras mulheres na história da franquia!

O novo técnico dos Buccaneers, Bruce Arians, disse durante o Combine deste ano que planejava contratar uma mulher, pois sabe o quão difícil é conseguir uma oportunidade para compor a equipe técnica em um time na NFL, mas acredita que é preciso apenas que a organização certa ofereça a oportunidade. Arians afirmou que a família Glazer (dona da franquia) e o General Manager Jason Licht apoiaram totalmente sua decisão.

Bruce Arians já tem histórico na contratação de mulheres na liga: em 2015, quando era técnico do Arizona Cardinals, fez de Jen Welter, durante a pré temporada, a primeira mulher da história a ter um cargo de técnica período integral.

Bruce Arians e Jen Welter na coletiva de imprensa 28/07/2015 que ela foi apresentada como técnica
Bruce Arians e Jen Welter na coletiva de imprensa 28/07/2015 que ela foi apresentada como técnica Getty Images

Locust será assistente da linha defensiva e Javadifar será assistente de condicionamento físico e força, de acordo com o anúncio da equipe. Locust era  técnica da linha defensiva do Birminghan Iron, na Alliance of American Football league, e já foi estagiária dos Ravens durante o training camp do ano passado.

Javadifar recebeu uma bolsa para jogar basquete pela Pace University em New York, onde seu time foi para o torneio da NCAA três das quatro vezes que disputou. Tem doutorado em terapia física na New York Medical College e completou sua residência de Terapia Física de Esportes na VCU em agosto. Tem trabalhado como terapeuta física e treinadora de desempenho na Avant Physical Therapy em Seattle e em Virginia.

Maral se interessou por terapia física depois de romper seu ligamento cruzado anterior no colégio, lesão que atormenta muitos atletas. O programa de condicionamento físico, força e terapia fez com que sua recuperação fosse um sucesso e continuasse ativa nos esportes, surgindo assim o interesse pela terapia física como carreira.

Maral Javadifar jogando basquete (à esquerda) e como terapeuta física (direita) Getty Images e Buccaneers
Maral Javadifar jogando basquete (à esquerda) e como terapeuta física (direita) Getty Images e Buccaneers Getty Images e Buccanneers

Independente de como aconteceu essa oportunidade de ingressar na NFL, uma coisa é certa, elas não pegaram nenhum atalho para chegar até aqui!

Locust conhece Arian desde que seu ex-marido Andrew Locust jogou para ele na Temple University, mas o futebol faz parte da sua vida muito antes disso. Costumava ir com sua família a jogos de high school no Thanksgiving e seguia os Steelers desde os 5 anos de idade.

“Ninguém amava mais futebol na minha família do que eu. Jack Lambert (ex-linebacker dos Steelers) era meu herói, e se tornou parte de tudo que eu fazia”, diz Locust.

Depois de se formar na universidade de Temple, Lori decidiu fazer parte do time de mulheres de Harrisburg, mesmo já estando com 40 anos. Jogou por quatro temporadas antes de se machucar e acabar na sideline como técnica. Foi aí que tudo começou.

Primeiro trabalhou como assistente da Township High School de 2010-2018, depois no semiprofissional de Central Penn por três anos, e mais dois na DMV Elite. Recebeu a ligação da AAF (Alliance American of Football) após dois anos com o Keystone Assault da Women’s Football League (que falei a respeito dessa liga aqui), e em 2018 recebeu o convite para participar do programa de estágio Bill Walsh Diversity Coaching Fellowship no Baltimore Ravens, onde lá também foi a primeira mulher da franquia.

Lori Locust no treino do Baltimore Ravens ano passado
Lori Locust no treino do Baltimore Ravens ano passado Baltimore Ravens

“Foi incrível. Eu trabalhei primeiro com a linha defensiva e linebackers, mas quando você entra na sala, percebe que cada um dos técnicos tem muita experiência. Era uma sala cheia de coordenadores defensivos, e eu tentei me inteirar sobre os novos termos, esquemas e responsabilidades”, conta.

Obviamente a pergunta que ela sempre ouve é: “Como os jogadores profissionais reagem ao serem treinados por uma mulher?”

“Nunca tive problema com nenhum deles. Ninguém nunca me tratou diferente do que sou, uma técnica. Os jogadores são capazes de perceber quando alguém não está sendo autêntico. Eu converso com eles sobre o esquema de jogo, não faço nada diferente de qualquer outro técnico”, responde Locust.

O convite para trabalhar no Buccaneers teve ajuda de uma outra mulher, Katie Sowers, assistente ofensivo do San Francisco 49ers: Joe Pendry, General Manager do Birmingham Iron (até então, time que Locust treinava), já tinha trabalhado com Arians, quando o contratou para o Kansas City Chiefs. Ele sabia que Arians queria uma assistente mulher na equipe, foi quando Katie ligou para Locust e disse a ela para entregar seu currículo a Arians, pois ela soube que tinha uma oportunidade em Tampa.

Lori Locust no treino do Iron Birmingham
Lori Locust no treino do Iron Birmingham Birmingham Iron/AAF

Sendo assim, Lori enviou um email a Arians – soube que ele estava em Birmingham para um camp de técnicos na Universidade do Alabama/Birmingham – e então recebeu a ligação esperada.

“Eu fui muito abençoada, essa organização é impressionante, eles são tão abertos à diversidade, dá para perceber pelos programas que têm para garotas, como o flag football league. Darcie Glazer Kassewitz (dona da franquia) é muito autêntica, sou muito grata! Tive um caminho diferente no começo, mas eu sabia que trabalho duro me faria chegar lá. Eu sinto uma certa responsabilidade de ser um exemplo e mostrar que pode ser feito”, conta Locust.

Em um ambiente tão masculino quanto a NFL, cada conquista dessas mulheres deve sempre ser comemorada e aplaudida. É extremamente gratificante perceber que a porta está se abrindo, seja com uma representatividade tão pequena ainda, mas ainda assim, sendo uma representatividade tão importante, que certamente moldará o futuro de tantas outras garotas que sonham em trabalhar com futebol. É possível, e já está sendo feito, e como bastante trabalho, nosso espaço tende a aumentar cada vez mais!

Fonte: Paula Ivoglo

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Tampa Bay Buccaneers contrata duas mulheres para fazerem parte de sua equipe técnica

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Futebol americano profissional feminino existe, mas custa caro para as atletas

Paula Ivoglo
Paula Ivoglo

As mulheres que jogam futebol americano são movidas única e exclusivamente pela paixão, não pelo dinheiro. Elas vestem seus equipamentos, capacetes e se submetem a pancadas brutais porque não se imaginam fazendo outra coisa, mesmo arriscando seu corpo e saúde, mesmo sem nenhuma compensação monetária. Na verdade, a maioria das mulheres que joga, têm que pagar do próprio bolso para praticar a modalidade.

As ligas de futebol americano femininas de tackle football (com contato físico e equipamentos de proteção) estão ganhando visibilidade e credibilidade. Uma das principais ligas nos EUA, a Women’s Football Alliance tem 68 times que jogarão na temporada de 2019.

Portland Fighting Wave v Los Angeles Warriors LOS ANGELES, CA - 30 Junho: Jogadoras do LA Warriors erguem seus capacetes para o hino nacional.
Portland Fighting Wave v Los Angeles Warriors LOS ANGELES, CA - 30 Junho: Jogadoras do LA Warriors erguem seus capacetes para o hino nacional. Foto Meg Oliphant/Getty Images)

As regras são similares ao futebol masculino, adaptadas do livro de regras da NCAA. A maioria dos times treina 3 vezes na semana, começando em janeiro e a temporada regular tem 8 jogos, que acontecem de abril a junho, e a pós temporada em Julho.

De acordo com Lisa King, a comissária da liga, cada time trabalha com orçamento de US$ 20mil por ano, e cada jogadora tem que pagar uma anuidade para fazer parte da WFA, que custa em torno de US$1 mil á US$2 mil por temporada. A filiação inclui seguro, bolas, filmagem dos jogos para os times poderem estudar e se preparar para as partidas, custos de viagem para os playoffs e campeonatos nacionais. Cabe aos próprios times arcarem com os custos durante a temporada regular.

“A maioria dos equipamentos que utilizamos foram doados ou comprados no tamanho extra grande de criança para economizar dinheiro”, conta uma das jogadoras.


Para ajudar a arrecadar dinheiro, os times devem pagar uma taxa para jogar, que varia de acordo com a equipe, mas a maioria fica entre US$250 e US$800.  Adicionando custos de viagem e de equipamento e mais o preço que as mulheres têm que pagar para jogar, o custo aumenta ainda mais. Dependendo de onde o time joga, alugar um ônibus e hotel para todo mundo pode chegar a custos de muitos mil dólares.  Alguns times conseguem trabalhar de maneiras diferentes, conseguindo patrocinadores e fazendo eventos para levantar fundos, mas nenhuma jogadora ganha qualquer tipo de ajuda de custo das equipes. 

Em um mundo ideal, as jogadoras deviam focar apenas em treinar, mas nesse cenário, elas devem se preocupar em conseguir dinheiro para jogar e a maioria das atletas tem um trabalho regular e/ou estudam. Além de todos esses gastos, tem o risco de potenciais lesões, que podem acabar com uma carreira e atrapalhar bastante a vida pessoal e profissional das atletas fora de campo.

Apesar de todas as dificuldades enfrentadas, isso não significa que o futebol americano feminino nunca será profissionalizado e monetizado, afinal no começo da própria NFL, em 1920, não havia lucro nem salários. As ligas de futebol americano femininos estão ativas por no máximo duas décadas, e nem sempre de maneira estruturada, então há muito o que evoluir.

Na Europa, o crescimento de mulheres que jogam futebol americano é de impressionar: atualmente, 21 países com mais de 200 times apenas de mulheres jogam a modalidade, todas sem qualquer tipo de ajuda monetária.


Já no Brasil, o próprio futebol americano masculino ainda engatinha e tem pouco patrocínio e investimento. Os times e atletas daqui (seja masculino ou feminino) custeiam suas viagens para poder jogar, e isso por muitas vezes inviabiliza tentar algo mais profissional, afinal, o investimento é muito alto, não só de dinheiro, mas também de tempo. Alguns jogadores de alguns times mais estruturados já são pagos para jogar, mas a grande maioria é amadora.

Em se tratando do futebol americano feminino, o país conta com aproximadamente 10 times full pads, que jogam tackle football. A modalidade que mais faz sucesso entre as mulheres é o flag football, já que demanda um nível de investimento bem mais baixo, afinal não precisa de equipamentos para jogar. 

Como tudo tem que ter um início, esse é o começo da representatividade feminina no futebol americano. Alguns países estão mais avançados nessas iniciativas que outros, mas é importante manter o foco e se estruturar, com o objetivo de crescer e ganhar mais visibilidade, para atrair público e investidores, alavancando assim a carreira de tantas atletas que amam e dedicam suas vidas ao esporte.

Fonte: Paula Ivoglo

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A era dos Browns na NFL - finalmente - chegou

Matheus Zucchetto
Matheus Zucchetto

7 de janeiro de 2018.

Depois de mais uma temporada fracassada, cerca de três mil torcedores do Cleveland Browns se juntaram para um desfile de "comemoração" pela campanha de 0-16 na temporada de 2017. Era um inacreditável passo atrás para a franquia que, um ano antes, havia vencido uma partida.

13 de março de 2019.

Se aquele mesmo torcedor que participou do desfile de um ano atrás dormiu cedo na terça-feira, ele provavelmente precisou de alguns minutos para entender o que aconteceu. Odell Beckham Jr. é, sim, um Cleveland Brown.


Sam Darnold, Josh Allen, Saquon Barkley. Os dias que anteciparam o draft de 2018 da NFL deixaram claro que os Browns teriam várias opções para a 1ª escolha. Mas só na véspera o nome de Baker Mayfield, vencedor do Troféu Heisman de 2017, apareceu.

E quando o general manager John Dorsey, que estava há alguns meses no cargo, teve seus poucos minutos para a definir a pick 1 do draft, ele não teve dúvidas: Baker.

Baker Mayfield em sua estreia, contra os Jets
Baker Mayfield em sua estreia, contra os Jets Getty

Desde então, todo o processo dos Browns foi feito ao redor do novo quarterback, E quando ele entrou no lugar de Tyrod Tayler na Semana 3, contra o New York Jets, e liderou a primeira vitória da franquia em 635 dias, ficou claro: com Mayfield, Cleveland não seria mais uma piada na NFL.

Foram sete vitórias em toda a temporada - além de oito derrotas e um empate. E o principal para os fãs dos Browns: a esperança de chegar aos playoffs estava de volta.


O Cleveland Browns é um dos quatro times que nunca chegaram em um Super Bowl (Lions, Jaguars e Texans são as outras). Para uma franquia com tanta história, lendas como Jim Brown e uma das torcidas mais fanáticas da NFL, as derrotas incomodam ainda mais.

Afinal, tente se imaginar torcendo para uma equipe que não é campeã desde 1964 - ainda na 'era antiga' da liga -, não vence sua divisão há 30 anos e não foi aos playoffs nas últimas 16 temporadas - maior jejum de toda a NFL.

Myles Garrett e o general maganer John Dorsey
Myles Garrett e o general maganer John Dorsey Getty

Mas toda a frustração dos fãs dos Browns se tornou empolgação em um espaço de meses, desde que Dorsey escolheu Baker.


Apesar de ter um quarterback como o fator central de toda a revolução que comanda em Cleveland, John Dorsey fez muito mais do que isso em pouco mais de um ano na franquia.

Ainda em 2018, ele demitiu Hue Jackson, técnico principal que teve campanha de três vitórias, 36 derrotas e um empate em pouco mais de duas temporadas no comando da equipe.  Gregg Williams, então coordenador defensivo, assumiu o cargo e, com ele, os Browns venceram cinco dos oito jogos finais do ano.

Mas para 2019, Dorsey resolveu fazer mais uma troca: Freddie Kitchens, coordenador ofensivo interino que empolgou com Mayfield, ganhou a vaga de técnico principal.


Mas as mudanças não aconteceram apenas do lado de fora do campo.

Os Browns que, além de Mayfield, já contavam com os promissores Nick Chubb (running back), David Njoku (tight end), Myles Garrett (defensive end) e Denzel Ward (cornerback), além do confiável Jarvis Landry (wide receiver), viram uma brecha e atacaram o mercado.

A troca por Odell foi a cereja no bolo de uma offseason em que Cleveland também levou 

Se olharmos para os rivais dos Browns na AFC Norte, é fácil entender o que fez Cleveland dar um all-in em 2019.

O Baltimore Ravens, atual campeão da divisão, perdeu boa parte de sua forte defesa com as saídas de Eric Weddle, Terrell Suggs, C.J. Mosley e Za'Darius Smith. O Pittsburgh Steelers foi praticamente obrigado a trocar Antonio Brown e viu Le'Veon Bell assinar com o New York Jets depois de se recusar a jogar em 2018. O Cincinnati Bengals, lanterna da AFC Norte na temporada passada, não fez grandes contratações.

A NFL é conhecida pelas rápidas reviravoltas de seus times. Mas Cleveland parecia ser a única equipe incapaz de fazer tais mudanças, de organizar uma reformulação que realmente funcionasse. Até agora.

Fonte: Matheus Zucchetto

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Conheça Toni Harris, a primeira mulher a receber uma bolsa de estudos para jogar futebol americano nos EUA

Paula Ivoglo
Paula Ivoglo

“Seja tão boa que eles não vão poder te ignorar”, é o lema de vida dessa garota, Toni Harris, que se tornou a primeira mulher (sem ser kicker) a ter uma bolsa de estudos em uma universidade dos Estados Unidos para jogar futebol americano.

Toni ficou em evidência no último mês após estrelar uma campanha da Toyota que foi exibida durante o Super Bowl (veja abaixo), e teve quatro propostas de bolsa de estudos de diferentes universidades.


A free safety tomou sua decisão essa semana e vai jogar pela Central Methodist University, em um programa chamado NAIA*.

Toni Harris assinando sua bolsa de estudos
Toni Harris assinando sua bolsa de estudos Twitter @_toniharris

Orginalmente nascida em Detroit, Toni morou em orfanato dos 4 anos de idade até os 9, quando foi adotada. Aos 18 anos foi diagnosticada com câncer de ovário e pensou em desistir de sua carreira de atleta, afinal, tinha perdido praticamente metade do seu peso devido a doença. Mas com o apoio da família e amigos, continuou na luta e seguiu em frente, e tem a certeza que pode superar todos os obstáculos que aparecerem no caminho.

Harris começou a jogar futebol com 6 anos em Detroit, já jogou como wide receiver e cornerbarck na Redford Union High School em Michigan. Ela perdeu a temporada de 2017, mas teve 3 tackles e 1 tackle for loss em 2018.

Enfrentou dificuldades para encontrar um colégio que a deixasse jogar futebol, mas a East Los Angeles College lhe deu essa oportunidade. Até então, tinha ouvido de vários técnicos que ninguém iria colocá-la em campo, ninguém acreditava nela.

Toni Harris no comercial da Toyota
Toni Harris no comercial da Toyota Toyota

Eu adoro provar que as pessoas estão erradas. Fui expulsa de um time quando era mais nova pois era uma garota. Mas a medida que fui crescendo, apesar de continuar enfrentando dificuldades, trilhei meu caminho sem me importar com o que diziam. É meu sonho e eu vou protegê-lo a qualquer custo”, diz Toni.

E ela sonha alto: planeja ser a primeira mulher a jogar na NFL, draftada ou não, e mesmo que isso não aconteça, Toni tem certeza que está abrindo caminho para que outras mulheres sigam seu exemplo e não tenham medo de fazer o que amam.

Veja alguns destaques da carreira dessa garota inspiradora:



* A Associação Nacional de Atletismo Intercolegial (NAIA), sediada em Kansas City, Missouri, é um órgão que rege os pequenos programas de atletismo dedicados ao atletismo intercolegial. Desde 1937, o NAIA administra programas dedicados a campeonatos em equilíbrio com a experiência educacional universitária em geral. A cada ano, mais de 65.000 alunos-atletas do NAIA têm a oportunidade de praticar esportes universitários, ganhar mais de US $ 600 milhões em bolsas de estudo e concorrer a uma chance de participar de 26 campeonatos nacionais.

Fonte: Paula Ivoglo

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Onde você colocaria Tom Brady entre os maiores atletas de todos os tempos?

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal
Tom Brady, quarterback mais vitorioso da história da NFL
Tom Brady, quarterback mais vitorioso da história da NFL ESPN

Difícil julgar o tamanho de uma carreira antes de ela terminar. Por mais perto do fim que ela esteja, sempre é possível subir ou descer alguns degraus com uma conquista ou um vexame final. De qualquer modo, Tom Brady já fez o suficiente para ser cogitado fortemente como o melhor jogador de futebol americano da história. Claro, é difícil comparar eras diferentes, não é justo usar apenas conquistas como medidor de qualidade e sempre há quem contestará o quanto o quarterback do New England Patriots realmente é melhor que outras lendas da NFL, mas a conquista do sexto Super Bowl reforçou mais esse discurso na imprensa americana e nas conversas entre torcedores.

Aí, o jornalista Rodrigo Borges, um amigo que ama futebol americano e o New York Jets - ou seja, não tem motivo especial para torcer por Tom Brady - tuitou: “Se o futebol americano fosse um esporte mais global haveria zero dúvida de que Tom Brady é um dos 10 maiores atletas de todos os tempos”. De fato, o camisa 12 dos Patriots não costuma entrar na lista de maiores atletas da história, somando todas as modalidades. Mas seria a falta de projeção global da NFL o único motivo disso?

Bem, provavelmente eu colocaria Brady como maior jogador da história da NFL, mas jamais cogitaria listá-lo entre os principais de todas as modalidades. Mas esse ranking é puramente subjetivo, e a minha forma de ver a história do esporte acaba não ajudando o QB dos Patriots. A lista de outras pessoas poderia dar mais peso à NFL, ou a grandes conquistas, ou a impacto comercial, e ser mais generosa com Brady.

Fui tirar satisfação perguntar ao Rodrigo por que ele achava isso, até porque ele é um grande entusiasta de modalidades olímpicas e certamente não se encaixa no estereótipo de “fanboy que gosta de apenas um esporte e supervaloriza isso”. E ele me disse que, depois de tuitar, começou a fazer sua lista de maiores atletas da história e acabou mudando de opinião. Estar entre os dez melhores de todos os esportes seria demais para Brady. O que reforça a dúvida: por que ninguém - ou quase ninguém - coloca o maior jogador do esporte mais rico do país mais rico do mundo no top 10 da história?

Difícil adivinhar o que passa na cabeça de cada um quando pensa em quem são os maiores da história, mas dá para identificar alguns padrões a partir de listas de maiores atletas da história.

- Falta de um grande palco mundial

O futebol americano deixou de ser uma modalidade puramente americana. A audiência cresce em várias partes do mundo e já se valoriza o desempenho de vários jogadores - inclusive, claro, Tom Brady. No entanto, ele é um esporte com prática de altíssimo nível apenas nos Estados Unidos, o que tira um palco global para brilhar.

O que seria um “palco mundial”? Uma Copa do Mundo da modalidade ou Jogos Olímpicos, uma competição que todos vissem como a reunião dos melhores em todo o planeta. A NFL, apesar de juntar o que há de melhor do mundo no futebol americano, é basicamente um torneio de atletas americanos. A NBA já consegue extrapolar isso, pois efetivamente reúne jogadores de dezenas de países diferentes.

LeBron James abraça Michael Jordan
LeBron James abraça Michael Jordan Photo by Streeter Lecka/Getty Images

Essa questão tem peso muito grande, basta ver como a maior parte dos rankings de maiores de todos os tempos valorizam muito o desempenho olímpico ou conquistas em campeonatos mundiais. Essas competições servem de denominador comum entre modalidades, ajudam a comparar o desempenho de atletas de diferentes esportes. E Brady, por mais que se esforce, não tem como conseguir isso da NFL.

- Impacto na história de sua modalidade

Brady une grande técnica, capacidade quase paranormal de aparecer nos momentos decisivos e consistência impressionante ao longo de vários anos. No entanto, não se costuma dizer que ele é um quarterback que revolucionou sua posição ou a modalidade que pratica. Ele “apenas” fez o que todos faziam, mas muito melhor.

Como comparação, é mais comum ver rankings americanos de maiores da história colocar Babe Ruth ao invés de Brady. No beisebol os jogadores atacam e defendem, mas, no geral, também é uma modalidade de especialistas. No entanto, Ruth mudou a forma de o jogo ser praticado, e isso dá mais visibilidade a seu espaço na história.

Essa visão pode mudar no futuro, quando a carreira de Brady virar passado e se perceber um legado dele para outros QBs. Mas ainda não há essa percepção.

- Impacto extracampo

O maior campeão do Super Bowl é um sujeito relativamente pacato e tem uma vida extracampo tranquila. O que está ótimo para ele, ninguém tem obrigação de ser um personagem midiático quando não quer - e olha que ele é casado com a modelo mais famosa do mundo, era fácil se tornar figura carimbada mesmo fora do campo.

O beijo na amada: com a mãe Galynn Brady ao lado, Tom encontra a esposa Gisele e a filha Vivian após conquistar o Super Bowl LI
O beijo na amada: com a mãe Galynn Brady ao lado, Tom encontra a esposa Gisele e a filha Vivian após conquistar o Super Bowl LI Getty

De qualquer modo, ninguém vê Brady como “mais que um simples atleta”. Não é uma celebridade como Tiger Woods, nem o representante de uma causa social como Muhammad Ali ou Jesse Owens, tampouco alguém que enfrentou um grande obstáculo pessoal como Wilma Rudolph ou Magic Johnson.

- Modalidade de especialistas

Desde que se permitiu substituições infinitas, o futebol americano se tornou uma modalidade de especialistas. Cada jogador tem uma função específica em campo, e a soma delas que faz o desempenho geral da equipe. Claro, algumas posições são mais sensíveis ao time, como o quarterback e o tight end em relação ao long snapper, mas o jogador fica fora do campo em mais da metade da partida.

Isso é diferente no basquete e no futebol, por exemplo. Ainda que o jogador costume ter uma posição, ele atua na partida toda. Sua participação é mais ampla. Por isso é comum encontrar Pelé, Michael Jordan e talvez até Wayne Gretzky, que é de um esporte de menos repercussão global, do que Brady. Em esportes individuais, muitas vezes os atletas fazem “apenas uma coisa” (correr, nadar, atirar, lutar), mas essa coisa representa 100% de toda a competição. Ele não compartilha o desempenho com colegas de equipe.

Usain Bolt, atleta jamaicano
Usain Bolt, atleta jamaicano Getty Images

Conclusão

O contexto não favorece Tom Brady e nenhum representante da NFL a entrar em um ranking de maiores atletas da história. Talvez algum jogador que tivesse um papel extracampo destacado poderia ganhar pontos (Jim Brown, pensei em você), mas as circunstâncias inerentes à modalidade são desfavoráveis. Por isso, ainda que ele provavelmente seja o maior jogador da modalidade mais rica do país mais rico do mundo, colocá-lo entre os 10-mais de todos os esportes soa estranho. Parece exagero, que alguma coisa está superdimensionada.

Eu mesmo não tenho um ranking pronto de maiores atletas da história. Os dez primeiros sairiam de uma lista com Muhammad Ali, Michael Jordan, Pelé, Serena Williams, Nadia Comaneci, Jesse Owens, Michael Phelps, Usain Bolt, Jim Thorpe, Wayne Gretzky, Jackie Joyner-Kersee, Abebe Bikila, Mo Farah, Alexandr Karelin, Jackie Robinson, Teddy Riner e Michael Schumacher. Brady provavelmente ficaria em algum lugar entre 25º e 35º.

Fonte: Ubiratan Leal

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O que é e o que podemos esperar da AAF, a nova liga profissional de futebol americano?

Ubiratan Leal
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Legends x Apollos
Legends x Apollos Getty

Younghoe Koo entrou em campo com uma missão, acertar um field goal de 38 jardas. A marca não é das mais complexas para um kicker profissional, mas parecia uma montanha para o sul-coreano escalar. Em 2017, como chutador novato do Los Angeles Chargers, ele havia convertido apenas uma das cinco tentativas com mais de 30 jardas na NFL. Foi dispensado, e por isso aquela oportunidade de 38 jardas soava tão simbólica. Veio o snap, o holder posiciona a bola e… chute certeiro, no meio do Y.

Mais do que a redenção pessoal de Koo, aquele field goal entrou para a história pelo jogo, pelo momento. Naquele momento, noite de 9 de fevereiro no estádio Spectrum da University of Central Florida, o Atlanta Legends fazia 3 a 0 sobre o Orlando Apollos e anotava os primeiros pontos da AAF, a Alliance of American Football, a nova liga profissional de futebol americano.

Mas o que é a AAF? O que podemos esperar dela? O que ela tem diferente de outras ligas que foram criadas e desapareceram rapidamente?

Desde a fusão da American Football League com a National Football League em 1970, que se transformaram nas Conferências Americana e Nacional da atual NFL, houve duas tentativas mais relevantes de criar uma sombra à principal liga esportiva do futebol americano. Nos anos 80, houve a United State Football League (USFL). Na primeira década deste século, a Extreme Football League (XFL).

A história dessas duas ligas é fascinante e foi muito bem contada nos documentários “Small Potatoes” (USFL) e “This Was de XFL” (XFL), ambos produzidos pela ESPN dentro da série 30 por 30 e estão disponíveis com legendas em português no Watch ESPN. Se não viram ainda, vejam, porque são sensacionais.

A menção aos filmes da ESPN não é gratuita. O diretor do documentário sobre a XFL foi Charlie Ebersol. O cineasta concluiu a produção em 2016, mas, durante o trabalho de pesquisa, entrevistas e edição, ele ficou se convenceu de que o conceito de uma segunda liga profissional de futebol americano, cuja temporada se estendesse durante o recesso da NFL, era viável, bastava fazer ajustes no projeto. E ele tinha os contatos certos para fazer uma nova tentativa, até porque seu pai é Dick Ebersol, co-fundador da XFL e executivo aposentado do canal NBC Sports.

O principal problema da USFL foi uma disputa entre os donos das franquias (um deles Donald Trump), que levaram a liga a rumos erráticos que faliram o projeto. Mas a USFL e a XFL tinham em comum outro ponto que se mostrou problemático a ambas: a forma como se apresentavam ao público. Para chamar a atenção do torcedor, as duas organizações vendiam a ideia de que a NFL era uma “liga cheia de regras estúpidas que tiram a graça do jogo” e que ela era a representante do “futebol americano raiz, sem frescura, coisa para macho” (linguajar tosco proposital como forma de retratar o estilo).

A ideia fazia algum sentido considerando que o nível técnico era claramente inferior. Assim, se a qualidade do jogo não era das melhores, ao menos elas tentavam se diferenciar pelo estilo de jogo. No entanto, isso acabou se voltando contra os organizadores. Apesar de criar situações que viraram folclóricas, como substituir o cara ou coroa por jogadores correndo atrás de uma bola como em um fumble e a permissão aos jogadores para colocarem seus apelidos nas camisas, a linguagem alienou o público comum. Fez as ligas, principalmente a XFL, a ganhar a imagem de modalidade exótica que atendia a um nicho muito específico.

Charlie Ebersol percebeu que a estratégia virou um tiro no pé. Por isso, quando idealizou uma nova liga de futebol americano, ele percebeu que não podia tirar o foco do principal: apresentar jogos de bom nível técnico para torcedores de verdade. Sem afetação.

Por isso, trouxe para o projeto profissionais que podiam dar credibilidade técnica. As figuras mais conhecidas do público são Troy Polamalu, lendário safety do Pittsburgh Steelers, Bill Pollian, ex-diretor geral de Buffalo Bills, Carolina Panthers e Indianapolis Colts, Justin Tuck, ex-defensive end do Oakland Raiders, e Mike Pereira, ex-árbitro e comentarista de arbitragem na TV.

Com esses nomes ao lado, foi mais fácil atrair treinadores com experiência em trabalhar com times de alto nível. Para montar os times, foram selecionados jogadores que ficaram de fora na definição dos elencos da NFL - ou seja, jogadores que não tiveram espaço na liga mais importante, mas que têm nível técnico suficiente para terem recebido oportunidades de fazer testes e lutar por uma vaga - e que não foram draftados.

A AAF trabalhou também para adaptar algumas regras. Há uma tentativa de apresentar um jogo com menos faltas, uma reclamação constante dos torcedores mais tradicionalistas da NFL, mas sem a afetação de “aqui não tem frescura” da XFL. Outras mudanças são o fim do ponto extra (todo time é obrigado a tentar a conversão de dois pontos após o touchdown), dos kick offs (na nova liga, o time que receberia o chute já inicia a campanha de sua linha de 25 jardas) e do onside kick (se quiser manter a posse após pontuar, o time posiciona a bola na linha de 35 jardas de seu campo e tenta avançar 12 jardas em uma descida. Isso só pode ser feito em condições específicas).

Garantindo um nível técnico decente e uma partida com algumas modificações que tornem o jogo mais dinâmico e/ou divertido, a questão da AAF foi alocar suas franquias. Foram criados oito equipes, praticamente todos no sul dos Estados Unidos. Além disso, a preferência era por cidades que já tivessem equipes de grandes ligas profissionais - ou seja, mercado com capacidade comprovada de sustentar uma equipe economicamente -, mas que não estivessem na NFL - afinal, concorrer diretamente diante do mesmo público seria arriscado demais.

No final, acabaram abrindo exceções. Quatro equipes atendem a essas três condições: Orlando Apollos, San Diego Fleet, San Antonio Commanders e Memphis Express. Atlanta Legends e Arizona Hotshots são as únicas franquias e dividem mercado com uma da NFL (Falcons e Cardinals). Salt Lake City Stallions é a única que não está no sul dos EUA. E o Birmingham Irons é a única em cidade sem uma outra equipe profissional.

A rodada de estreia foi no último fim de semana, com quatro jogos. E a primeira impressão foi satisfatória. Apesar de a qualidade do jogo claramente não ser a mesma da NFL ou das melhores equipes da NCAA, foi possível ver jogadores de bom nível técnico, algumas jogadas empolgantes e uma ação mais fluida. O retorno na TV também foi bom: a CBS teve mais audiência que a ABC, que no mesmo momento transmitia Houston Rockets x Oklahoma City Thunder pela NBA.

Claro, é só uma primeira impressão. Ao longo da temporada, o nível técnico pode cair à medida que os elencos fiquem desgastados e acusem a falta de reposição à altura. A audiência também deixará de se beneficiar do fator curiosidade, que teve papel importante nos números da rodada de estreia. E a concorrência com outras modalidades, como a reta final da temporada regular da NBA e da NHL, o March Madness do basquete universitário e o início da temporada da MLB podem atingir a AAF.

De qualquer modo, a AAF parece uma boa aposta para uma liga secundária de futebol americano. O projeto tem uma base interessante e parece haver um cuidado para oferecer bons jogos ao público. Seria um milagre ela conseguir concorrer com a NFL ou mesmo atrapalhar a NBA, a NHL ou a MLB, mas ela pode se estabelecer como uma liga de desenvolvimento, dando uma segunda chance a dezenas de atletas de potencial que são dispensados da NFL ou ficam de fora do draft e que, hoje, só têm na Canadian Football League uma alternativa de seguirem suas carreiras.

Fonte: Ubiratan Leal

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Como os Beatles invadiram um jogo de futebol americano há 60 anos

Ubiratan Leal
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Beatles deixam campo em clipe de American Pie
Beatles deixam campo em clipe de American Pie Reprodução

Os Beatles estão no meio do campo. É intervalo de uma partida de futebol americano e eles animam a torcida com uma marcha. O público tentou entrar para dançar, mas não foi possível porque os jogadores queriam entrar logo no gramado, mesmo com a banda inglesa se negando a sair.

A cena acima parece resultado de um sonho envolvendo o show do intervalo do Super Bowl, os Beatles e uma mente muito imaginativa. Mas, em no universo alternativo regido pelos clássicos do rock, isso tudo aconteceu. Foi em 3 de fevereiro de 1959, data que completou 60 anos enquanto New England Patriots e Los Angeles Rams disputavam o Super Bowl de verdade.

Bem, mas como é possível os Beatles tocarem em um jogo de futebol americano de 1959 se a primeira turnê norte-americana da banda ocorreu apenas em 1964? Aliás, como é possível os Beatles tocarem em um jogo de futebol americano de 1959 se a banda só foi formada em 1960? Então acompanha o raciocínio.

Três de fevereiro de 1959 é uma data histórica no rock. Uma data triste. Na noite daquele dia, Buddy Holly, Ritchie Valens e Big Bopper Richardson viajavam em um pequeno avião entre uma apresentação e outra no Meio-Oeste americano. O tempo era ruim e o piloto não tinha a formação adequada para navegar apenas por instrumentos. A aeronave caiu em Clear Lake, estado de Iowa. Ninguém sobreviveu.

A melhor definição para o impacto do acidente veio apenas 12 anos depois. Don McLean, um adolescente na época da tragédia e grande fã de Buddy Holly, compôs em 1971 o épico “American Pie”, em que chama o 3 de fevereiro de 1959 de “o dia em que a música morreu”. Desde então, é assim que a data é conhecida até hoje.


Em “American Pie”, McLean descreve diversas cenas cotidianas dos Estados Unidos da década de 1950, com pessoas levando suas vidas normais sem imaginar que, naquele dia, a música morreria. Uma das cenas era uma partida de futebol americano. Não fica claro se é um jogo profissional, universitário ou escolar, nem em que cidade ele teria ocorrido:

“The players tried for a forward pass / With the jester on the sidelines in a cast / Now the half-time air was sweet perfume / While sergeants played a marching tune / We all got up to dance / Oh, but we never got the chance / 'Cause the players tried to take the field / The marching band refused to yield / Do you recall what was revealed / The day the music died?”

Tradução livre:

“Os jogadores tentaram um passe para frente / Com o animador na lateral do campo / Agora o ar do primeiro tempo tinha passado / Enquanto os sargentos tocavam uma marcha / Todos nós levantamos para dançar / Oh, mas nós nunca tivemos chance / Porque os jogadores tentaram tomar o campo / A banda se recusou a parar / Você se lembra o que foi revelado / No dia que a música morreu?”

Os “sargentos” eram os Sargeant Peppers, os Beatles. E, pela cronologia do terceiro parágrafo desse texto, fica óbvio que a banda de Liverpool não estava nos Estados Unidos tocando no intervalo de um jogo de futebol americano em fevereiro de 1959. Mas “American Pie” vai mais além do “dia em que a música morreu”. A canção usa as cenas cotidianas dos anos 50 como pano de fundo para diversas referências referências que acabam traçando a trajetória da música e a agitação cultural da virada da década de 1960 e 70.

O futebol americano era mais que um jogo. Era a juventude tentando se fazer ouvir e protestar em movimentos em favor dos direitos das mulheres, contra o racismo e contra a guerra. O animador do lado de fora era Bob Dylan (que ficou ficou recluso em 1966 após sofrer um acidente), os sargentos eram os Beatles, que entravam em ação como a voz da geração e agitavam os manifestantes. Os jogadores que tentavam expulsar quem curtia a música eram as autoridades buscando tomar as ruas de volta.

McLean nunca deixou completamente claro o que quis dizer em cada verso de “American Pie” e interpretações diferentes se espalharam. De qualquer modo, em 1989 foi gravado um clipe para a música que deixava claro que os sargentos eram os Beatles (a partir de 4:00 no vídeo acima).

Obs.: “American Pie” foi regravada em versão reduzida por Madonna em 2000. O trecho que menciona a partida de futebol americano foi cortado. Em 2005, enfim os Beatles realmente entraram em um jogo de futebol americano, ainda que indiretamente. Paul McCartney, um dos líderes da banda, foi a atração do intervalo do Super Bowl 39 com um repertório composto apenas por músicas dos Beatles (“Drive My Car”, “Get Back”, “Live and Let Die” e “Hey Jude”). Os jogadores não precisaram expulsá-lo para retomar a partida, em que os Patriots venceram o Philadelphia Eagles por 24 a 21.

Fonte: Ubiratan Leal

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Super Bowl exibe comercial em que Sam Gordon aparece ao lado de lendas do esporte

Paula Ivoglo
Paula Ivoglo

Sam Gordon no comercial do Super Bowl
Sam Gordon no comercial do Super Bowl Youtube: NFL

Você se lembra da Sam Gordon? Contei a história dela aqui no blog.

Pois bem, além de tudo que essa menina já fez e tem feito pelo futebol americano nos Estados Unidos e de todo reconhecimento recebido, dessa vez ela conseguiu ainda mais: fazer parte de um comercial que foi exibido nesse último domingo dia 4, durante o Super Bowl, com diversos jogadores e lendas do futebol americano.


Para quem não sabe, os comerciais durante o Super Bowl são um evento a parte, e tão aguardados pelo público quanto o jogo. Afinal, os anunciantes pagam a bagatela de US$ 5 milhões de dólares por 30 segundos de comercial, ou seja, eles capricham nas ideias para fazer valer todo esse investimento!

Sam Gordon foi convidada para participar de um comercial de 2 minutos que incluía gerações dos melhores jogadores de todos os tempos da NFL, chamado “O jogo de 100 anos”.

A propaganda reuniu 44 dos melhores atletas do passado e presente, e trata de uma cerimônia de gala que celebra a 100ª temporada a NFL, mas acaba se tornando um jogo depois que uma bola dourada cai de cima do bolo, derrubada por ninguém mais ninguém menos que Marshall Lynch, atual running back do Oakland Raiders.

Gordon aparece quase no final, com a bola na mão, quando o cornerback do San Francisco 49ers pede a bola, e ela diz: “Você quer a bola? Então vem pegar!”, quebrando tackles do jogador e passando para Saquon Barkley.

Veja você mesmo que fantástico:


O comercial tem como objetivo celebrar 100 anos dos grandes jogadores e contou com nomes como Marshawn Lynch, Peyton Manning, Joe Montana, Deion Sanders, Emmith Smith, Tom Brady, Von Miller, JJ Watt, Odell Beckham Jr e muitos mais.

“É incrível pensar que estou em um comercial do Super Bowl com todos essas lendas do futebol, e ter esse momento onde eu pego a bola, e falo com essas outras estrelas, é maravilhoso me ver entre eles!”, diz Gordon.

O comercial ficou em primeiro lugar no USA Today’s Ad Meter, que classifica os anúncios do Super Bowl baseado na avaliação do público. Recebeu nota 7.69 de 10.

Como disse Sam: “Sabe, chega uma hora que você pensa, como serão os próximos 100 anos de futebol? E eles focam em uma garota e em um rookie. Ok, nos próximos 100 anos, vamos ver o crescimento da participação de garotas no futebol”.

Gordon continua inspirando e lutando por mais oportunidades para garotas no esporte. Com relação a seus objetivos no futuro, diz que quer continuar crescendo sua liga, a Utah Girls Tackle Football League, conseguir que sejam criados programas de futebol para garotas nas escolas de Utah (onde vive) e quem sabe, em todo o país!”.

Fonte: Paula Ivoglo

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New England Patriots presenteia quarterback que sofria bullying na escola por ser menina

Paula Ivoglo
Paula Ivoglo

Dejah Rondeau com os ingressos do Super Bowl
Dejah Rondeau com os ingressos do Super Bowl Twitter New England Patriots

Dejah Rondeau só queria uma chance de provar em campo, que era tão forte quanto os garotos, mental e fisicamente.

Rondeau, uma aluna do 7º ano, ganhou a posição de quarterback na equipe – só de meninos – em sua escola Exeter Seahawks depois que o QB titular se machucou.

“Meu pai amava futebol americano e assistia sempre comigo, então eu sempre amei o esporte e implorei por anos para poder jogar”, disse Rondeau, que antes de poder jogar, tinha uma pessoa que precisava convencer: sua mãe, Nichole Brock.

“Eu pedi para ela me escrever uma carta explicando porque ela queria jogar”, disse Brock. “Ela disse que isso a faria ser a garota mais feliz do mundo, e que seria a primeira mulher quarterback a conseguir uma bolsa de estudos e jogar na NFL.”

Seu começo não foi dos melhores. No primeiro jogo, Deejah sofreu um fumble e um safety, além de ser sacada muitas vezes.

Seu técnico, Nick Graham, disse que depois desse jogo, a colocaria na formação shot-gun, deixando-a mais em profundidade para permitir que ela visse mais do campo, e então ela começou a ter mais sucesso, lançando três touchdowns e conseguindo cinco conversões de dois pontos, com seu passe mais longo sendo de 35 jardas.

Mas sua mãe comenta que não era fácil para sua filha ter que entrar em campo sendo a única menina da equipe. Sofria muito bullying por isso, pois ela simplesmente não era aceita. “Ela tem que dar 110% em campo, enquanto outros dão apenas 50%”, diz Brock. “Mas se tornar uma quarterback foi a melhor coisa que podia ter acontecido, ela se esforça muito!”.

Seu técnico concorda, afinal, a viu crescer e evoluir não apenas como jogadora, mas como líder e grande colega de equipe.

“Depois de um primeiro jogo muito difícil, eu disse a ela que quarterbacks não podem ter muitas emoções, nem para mais nem para menos, tem que saber equilibrar. Esqueça a última jogada e siga em frente. Ela me permitiu treiná-la.”

Rondeau usa a camisa 11 em homenagem a seu jogador favorito, Julian Edelman, wide receiver do New England Patriots, que também jogou como quarterback no colégio e na Universidade de Kent State.  Ela participou até do camp para jovens jogadores comandado por Edelman.

Depois de saberem que Rondeau sofria bullying na escola por jogar futebol, os Patriots quiseram encorajá-la a continuar seguindo seus sonhos.

Foi surpreendida com um tour na sala dos troféus com o dono da franquia, Robert Kraft, e teve a oportunidade de passar um tempo com Julian Edelman.

Mas a surpresa maior veio no final: diretamente das mãos de seu ídolo, ganhou dois ingressos para assistir o Super Bowl neste domingo.

Veja o vídeo publicado na página do New England Patriots, onde Edelman diz que tem um respeito enorme por ela, por ter enfrentando as adversidades, ignorando o barulho e seguindo em frente.


Certamente um momento que marcou a vida de Rondeau e que dará ainda mais força para continuar seguindo seus sonhos e fazendo o que ama: jogar futebol.

O Super Bowl entre o New England Patriots do veterano Tom BradyLos Angeles Rams, acontece neste domingo (3 de fevereiro), a partir das 21h (horário de Brasília), e terá transmissão exclusiva direto de Atlanta pelos canais ESPN e WatchESPN.


Fonte: Paula Ivoglo

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A Patrick Mahomes do futebol americano feminino

Paula Ivoglo
Paula Ivoglo

Patrick Mahomes e Brooke Liebsch
Patrick Mahomes e Brooke Liebsch Redes Sociais


Já se foi a época em que acusar alguém de fazer algo “como uma garota” deixou de ser ofensa ou demérito, mas essa quarterback tem tido elogios para deixar qualquer um com inveja: dizem que ela lança como Patrick Mahomes. Brooke Liebsch tem 18 anos e joga como quarterback desde a escola. Ela está prestes a começar sua segunda temporada na liga de futebol feminina semiprofissional.

Brooke lança verdadeiras bombas desde o primário, e agora tem ganhado bastante notoriedade no mundo do futebol americano.

O quarterback dos Chiefs, Patrick Mahomes, é seu herói, e agora eles têm outra coisa em comum: os dois estrelaram uma propaganda da NFL. Se você tem assistido os playoffs da NFL, provavelmente viu Liebsch. Ela fez uma ponta no comercial que tem Patrick Mahomes e teve a chance de conhecer seu ídolo.

“É maravilhoso”, disse Liebsch. “É difícil de acreditar que sou eu na TV.”

O comercial, que começa com uma equipe de futebol americano do highschool nos vestiários cantando “We Ready” traz novas caras do futebol, além de Mahomes e também Liebsch, se aquecendo em campo com seu uniforme.


Tudo começou com um telefonema de Nova York três semanas atrás: “Temos uma vaga para um comercial de playoffs da NFL. Você gostaria de participar?". E ela respondeu: "Claro que sim”.

Brooke no comercial da NFL
Brooke no comercial da NFL Cortesia NFL

Desde que se inscreveu para o Pop Warner* em 2010, essa garota vem chamando atenção: “Na inscrição, me perguntaram se eu estava me candidatando para cheerleader, eu disse: 'não, eu vou joga futebol'”, conta.

Por três anos jogou como wide receiver e cornerback. Em 2013, quando estava jogando com seu treinador, ele percebeu que ela podia lançar a bola bem longe. Foi daquele momento em diante que virou a quarterback da equipe.

Desde o highschool, na Liberty North Highschool, sua posição é de quarterback, no time de garotos, e foi a única garota a ter esse feito em sua escola. Também foi a primeira garota a participar do US National Team Development Games com 350 garotos.


Desde os 10 anos, seus colegas de equipe sempre foram meninos e nunca recebeu qualquer tipo de tratamento especial ou diferente por jogar com eles, sempre foi tratada apenas como qualquer outra pessoa, tanto na hora do condicionamento físico, quanto de treinos e jogos.

Seu lema é “Nunca Desista”, que está tatuado em seu braço junto com o número 15, em vermelho (número de Mahomes e seu número esse ano). Liebsch entrou no time feminino semi-profissional ano passado e se tornou a jogadora mais jovem a estar na Women’s Football Alliance.

Quando encontrou Mahomes mês passado, conversou com ele sobre futebol e lhe mostrou um video com seus melhores momentos: “Foi a melhor experiência e eu não quero esquecer nunca”, assumiu.

Na temporada de 2019, que começa em abril, Liebsch jogará como quarterback pelo Denver Mile High Blaze, e está determinada a mostrar ao mundo porquê alguns a chamam de Mahomes do futebol feminino.


Enquanto isso, poderemos ver Patrick Mahomes brilhando em campo, disputando o título da Conferência Americana (AFC) nesse domingo à partir das 21h30, contra o New England Patriots, do quarterback veterano Tom Brady. Quem será que leva a melhor? Não perca essa partida fantástica com exclusividade nos canais ESPN e WatchESPN.

*Pop Warner Little Scholars (PWLS): é uma organização sem fins lucrativos que promove programas de futebol, torcida e dança para jovens em diversos estados e países ao redor do mundo. Com aproximadamente 325.000 jovens participantes com idades entre 5 e 16 anos, Pop Warner é o maior programa da modalidade no mundo.

Fonte: Paula Ivoglo

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