Barcelona de Guayaquil gasta 15% do Santos e 10% do Palmeiras, e eliminou e jogou melhor que os dois
"Fazendo um balanço dos 180 minutos, fomos muito superiores, sempre tivemos o controle do jogo". Esta frase foi de Guillermo Almada, o técnico do Barcelona de Guayaquil após eliminar o Santos em plena Vila Belmiro nas quartas de final da Libertadores. Antes, nas oitavas, ele havia feito o mesmo com o Palmeiras no Allianz Parque. E ele tem toda a razão.
O time equatoriano tem uma fração do orçamento dos gigantes brasileiros. Para 2017, a estimativa é de gastos totais de US$ 15,5 milhões, ou R$ 48,4 milhões. Isso equivale a cerca de 15% do orçamento santista (R$ 319 milhões) ou apenas 10% do que o Palmeiras tem para gastar (mais de R$ 450 milhões).
Com esse abismo financeiro, o mais provável seria apontar o dedo para o imponderável para explicar as eliminações dos brasileiros. Mas não é o caso: como diz o técnico Almada, o time equatoriano foi quem controlou o jogo e mais criou, derrubando a tese que virou moda no Brasil, que ter a posse de bola hoje é quase um pecado.
Tudo isso fica evidente nos números do TruMedia, a ferramenta de estatísticas da ESPN. Na média, nos quatro jogos contra Palmeiras e Santos, o Barcelona teve média de 55,3% de posse de bola. Em casa, chegou então a impressionantes 62,4%. Até na Vila Belmiro, nesta quarta-feira, controlou mais a bola: 51,8%.
Posse de bola inútil? Muito pelo contrário. Contra os gigantes brasileiros Palmeiras e Santos, o Barcelona finalizou muito mais. Foram ao todo 52 chances de gol, contra as 36 finalizações somadas que Palmeiras e Santos fizeram contra a meta do clube equatoriano.
O toque de bola do time de Guayaquil também teve muito mais qualidade. Nos quatros jogos contra palmeirenses e santistas, foram 1.640 passes, com precisão de quase 75% e as bolas longas respondendo por apenas 16% do total de passes.
Somados, Palmeiras e Santos trocaram só 1.323 passes contra o Barcelona, e com menos precisão e mais "chutões". O Palmeiras teve índice de acerto de 66,4% e 19,4% de lançamentos. Para o Santos, a precisão foi de 66,7% e a participação nos passes longos ficou em 20%;
Hora de repensar como o futebol brasileiro gasta tanho dinheiro para times que são superados, no placar e na bola, para rivais modestos.
Fonte: Paulo Cobos, blogueiro do ESPN.com.br
Barcelona de Guayaquil gasta 15% do Santos e 10% do Palmeiras, e eliminou e jogou melhor que os dois
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