Ramírez errou em dizer 'não' ao Palmeiras; trocar de clube com contrato não é pecado
Desta vez não vou concordar com o colega Carlos Sartori, que agora leva ao ESPN.com.br diariamente análises certeiras e corajosas do futebol brasileiro e virou leitura obrigatória. Ao dizer "não" para o Palmeiras, Miguel Ángel Ramírez errou.
Claro que é admirável o jovem treinador espanhol cumprir seu contrato com um modesto clube de um país da periferia da bola. Entendo, mas não concordo, quem diz que treinadores não devem fazer como os clubes que os demitem e deixá-los na mão no meio de um campeonato.
Mas Ramírez não teria nem um pouco seu tamanho diminuído por deixar o Independiente Del Valle para trabalhar no Palmeiras.
Não é pecado mandar um treinador que não corresponde embora. E muito menos pecado é qualquer trabalhador, incluindo treinadores, deixar um emprego por um muito melhor. Só haveria falha se as cláusulas de rescisão não fossem cumpridas (tudo indica que o Palmeiras iria pagar a multa prevista no contrato de Ramírez).
Qualquer trabalhador de 35 anos, como Ramírez, deve pensar em crescer na carreira, dar passos à frente, tanto financeiramente como pelos desafios profissionais.
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E não há como negar. Não é possível comparar o organizado clube equatoriano com um gigante como Palmeiras. No Allianz Parque, Ramírez teria jogadores melhores, mais estrutura, muito mais projeção, ganhar mais dinheiro. Seria um treinador ainda melhor
Ramírez, tenho certeza, está em paz com sua decisão. Que seja muito feliz (claramente merece e será um grande técnico). Mas errou agora ao recusar o Palmeiras.
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