A cara da iminente nova refugada será a de Diniz, mas a alma do fracasso é o próprio São Paulo
Ainda restam sete rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, e o São Paulo está agora a só dois pontos do líder Internacional. Mas depois da humilhante goleada de 5 a 1 para os gaúchos no Morumbi, vai ser difícil alguém apostar um trocado que o time paulista pode ser campeão.
Uma nova refugada, como tantas que aconteceram em quase dez anos, é cada vez mais iminente. Para muitos, vai ser fácil apontar quem é a cara do novo fracasso: Fernando Diniz.
E seus detratores (o que não é meu caso) terão reais argumentos - e outros nem tanto.
Depois do lamentável episódio em que xingou de forma humilhante Tchê Tchê, Diniz parece ter perdido o grupo. Qualquer pessoa não gostaria de ter um chefe que fizesse o que ele fez.
Mas de novo se vai ouvir a ladainha que o São Paulo de Diniz faz um futebol "cheio de frescuras" e que "falta garra". Como se não fosse a forma diferente de pensar o jogo que fez o clube, com um elenco nada especial, chegar a brigar pelo título.
Diniz é o alvo fácil como a cara da nova derrocada, mas a série sem fim de fiascos do São Paulo tem alma: o próprio clube.
Não é possível, com qualquer tipo de treinador, ficar sem ganhar um título por tanto tempo em uma época em que se disputa tantos campeonatos. É vexaminoso nunca ter conquistado uma vitória em quase sete anos no estádio do Corinthians. Não dá para se achar o máximo só por que ganha jogos do Flamengo. A sina de amarelar é dolorosa.
O São Paulo não cansa de errar há muito tempo, seja com Juvenal, com Aidar ou com Leco. E Julio Casares, o novo presidente, também já começa com o pé esquerdo.
Por que não esperar o fim do Brasileiro para trocar Raí por Muricy Ramalho? Para que criar essa sensação de duplo comando? Era necessário ir até à CBF beijar a mão dos cartolas da confederação com o clube já acusado (quase sempre injustamente) de ser beneficiado pela arbitragem?
Mas a alma de um clube não é só feita de cartolas. O São Paulo, do campo até à sala do presidente, passando pela arquibancada, precisa se reinventar.
A cara da iminente nova refugada será a de Diniz, mas a alma do fracasso é o próprio São Paulo
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