'Odiado' na França e no mundo todo? Cuidado para não exagerar na raiva contra o PSG (ele não é tão diferente assim dos outros)

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Na Espanha, terra dos gastões irresponsáveis Barcelona e Real Madrid, o PSG virou o inimigo número 1. Na Inglaterra, com seus donos de times bilionários de países onde falta transparência, quase isso.

Até na França, segundo o campeão mundial Djorkaeff, o sentimento contra o time de Neymar e Messi é negativo.

"Quando você joga no PSG, luta contra o resto da França. As pessoas odeiam o PSG", afirmou o ex-atacante em entrevista ao jornal espanhol "El País".  

Messi durante apresentação ao PSG
Messi durante apresentação ao PSG Getty Images

Não dá para negar. O PSG, com pouco mais de meio século de vida apenas, é um clube difícil de simpatizar.

Parece não importar que o clube tem uma torcida fanática que já existia muito antes do dinheiro fácil do Qatar. E que mesmo antes já teve grandes craques, como os brasileiros Ronaldinho Gaúcho e Raí.

Só vale a percepção que o time, como um garoto rico e mimado, consegue sempre ter os jogadores que deseja, driblando o tal fair play financeiro.

Mas cuidado para não exagerar na antipatia.

O PSG não é assim tão diferente da maioria dos grandes europeu. Seja tão crítico com os outros como você é com o clube francês.

E lembre que o clube tem hoje a chance, com seu elenco, de formar um time que pratique o futebol mais encantador do planeta.

Ódio é um sentimento pequeno. Melhor analisar o PSG com mais lucidez.

Neymar em vitória do PSG: pênalti sofrido, cobrança de categoria, tabela com Messi e mais; VEJA!

 


 


Comentários

'Odiado' na França e no mundo todo? Cuidado para não exagerar na raiva contra o PSG (ele não é tão diferente assim dos outros)

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.

Não é só pelo dinheiro: Barcelona e Sevilla fazem muito bem em rejeitar Neymar e Sergio Ramos

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Sergio Ramos trocou o Sevilla pelo Real Madrid ainda jovem. Nunca foi perdoado pela torcida do clube andaluz.

Neymar, no auge, preferiu os milhões do PSG a seguir em um dos maiores clubes do mundo e deixou o Barcelona. Se eu fosse torcedor do clube catalão, não o perdoaria por isso.

Agora, em 2023, Sergio Ramos, o maior zagueiro da história, mas desempregado, quer voltar para o Sevilla. Assim como Neymar, segundo um jornal francês, sonha em voltar para o Barcelona.

Neymar e Sergio Ramos comemoram gol do PSG sobre o Maccabi Haifa
Neymar e Sergio Ramos comemoram gol do PSG sobre o Maccabi Haifa Mustafa Yalcin/Anadolu Agency via Getty

Só que ambos são rejeitos pelos seus ex-clubes, que refutam suas contratações.

E não é pela traição do passado que Barcelona e Sevilla acertam ao fechar as portas para os ex-ídolos.

Começando pelo custo benefício. Neymar nem ele próprio deveria acreditar que hoje vale seu salário anual de 30 milhões de euros.

Para o Barcelona, sua volta só faria sentido financeiramente se ele aceitasse uma redução substancial no seu salário.

Sergio Ramos aceitaria um salário baixo no Sevilla, mas com metas para multiplicar seus ganhos. A questão é que para um clube com orçamento mais reduzido gastar com um zagueiro de 37 anos em decadência não é o certo a fazer.

Mas são por razões diferentes que Barcelona e Sevilla têm a melhor justificativa para rejeitarem craques desse tamanho.

Xavi, o técnico do Barcelona, considera que Neymar "não tem o perfil desejado para seu projeto". Tem toda razão.

A direção do Sevilla deixou claro o motivo do rechaço a Sergio Ramos. O plano do clube é ter jogadores mais jovens com potencial de venda. Faz sentido para um clube que não tem dinheiro para torrar.

Parece loucura o que Barcelona e Sevilla estão fazendo. Mas é pura sabedoria.


Comentários

Não é só pelo dinheiro: Barcelona e Sevilla fazem muito bem em rejeitar Neymar e Sergio Ramos

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.

'2.345 motivos' para Abel estar certo: não ser 'time de aluguel' explica sucesso do Palmeiras

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Após a vitória sobre o Atlético-MG no Mineirão, que deixou o Palmeiras em boa vantagem nas oitavas de final da Libertadores, Abel Ferreira não ficou lamentando que o Palmeiras fechou a janela de contratações sem adquirir reforços, como exigia sua principal organizada.

O treinador português preferiu comemorar seus jogadores, sendo que todos os principais foram mantidos pela diretoria palmeirense.

"Importante é continuarmos focados, acreditarmos nos jogadores. Nossos reforços são eles. Há uma coisa que não é visível aos olhos e vocês (jornalistas) não conseguem ver", disse Abel.

Abel Ferreira durante Bahia x Palmeiras pelo Brasileirão
Abel Ferreira durante Bahia x Palmeiras pelo Brasileirão Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

O português tem "2.345" motivos para estar certo.

Em uma época que o Corinthians nada pode fazer para não perder Róger Guedes, seu principal jogador e com apenas dois anos de clube, e o São Paulo contrata Lucas Moura por apenas 4 meses, o Palmeiras tem no seu time titular um número impressionante de jogos e longevidade com a camisa do clube.

O time que começou o jogo contra o Atlético-MG tem inacreditáveis 2.345 partidas somadas pelo Palmeiras.

A lista, segundo o site oficial do Palmeiras:

Weverton, 311

Mayke, 234

Murilo, 83

Gómez, 259

Piquerez, 104

Gabriel Menino, 185

Zé Rafael, 252

Dudu,  440

Rony, 198

Raphael Veiga, 246

Artur, 33

Nada menos do que seis palmeirenses titulares têm mais de 200 jogos pelo clube. Outros três já superaram a barreira de 100 partidas. Só dois têm menos de 100 jogos.

Jogador no Palmeiras não é de curto prazo. Eles se identificam com clube. Se entrosam. Se entregam.

Não ser um time de aluguel é a chave do sucesso do Palmeiras.

Comentários

'2.345 motivos' para Abel estar certo: não ser 'time de aluguel' explica sucesso do Palmeiras

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.

Sem 'outdoor' de mau gosto: como seria bom clubes brasileiros imitarem Boca e River nas camisas

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Títulos. Bombonera. O novo e gigante Monumental de Nuñez. Torcidas fanáticas. Mística.

Tem muita coisa para invejar em Boca Juniors e River Plate. O primeiro, o maior clube da América do Sul. O segundo no top 5.

Mas nesta terça-feira, assistindo nos canais ESPN a virada do River contra o Inter, pela Libertadores, o que mais me deu inveja foi perceber a beleza da camisa do River.

Pablo Solari celebra gol pelo River Plate contra o Inter
Pablo Solari celebra gol pelo River Plate contra o Inter Divulgação River Plate

O mesmo sentimento que tive olhando a camisa do Boca que o uruguaio Cavani vestiu na sua apresentação.

Não só pela elegância que tem a modernidade das camisas atuais mantendo o desenho histórico de ambas.

Mas principalmente por que Boca e River, mesmo sem o mesmo dinheiro dos clubes brasileiros, não fazem de seus mantos um outdoor de puro mau gosto com patrocinadores de baciada nas camisas, calções e meias.

O River tem 4 marcas no seu uniforme, todos de forma discreta. O Boca tem apenas dois.

Os dois clubes mais populares do Brasil, Flamengo e Corinthians, começaram a temporada com oito patrocinadores espalhados pelos seus uniformes.

O Boca ficou um ano sem um patrocínio principal até acertar com uma casa de apostas há dois meses.

Imagino que teve muitas propostas, mas não vendeu o peito de sua camisa pela primeira oferta que apareceu.

Boca e River respeitam suas camisas como nenhum clube brasileiro faz.

Comentários

Sem 'outdoor' de mau gosto: como seria bom clubes brasileiros imitarem Boca e River nas camisas

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.

Dembélé nunca foi ou será 'melhor que Neymar', mas repete erro que fez carreira do brasileiro muito menor

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Em 2019, ainda abalado pela perda de Neymar para o PSG dois anos antes, o então presidente do Barcelona fez uma das mais estúpidas declarações de um dirigente de futebol até hoje.

Segundo Josep Maria Bartomeu, o clube catalão não tinha interesse algum na volta do brasileiro. O motivo é que tinha encontrado um substituto, que segundo ele, era "melhor que Neymar"

"O nível de Dembélé é melhor agora que o de Neymar. É muito melhor jogador que Neymar e já está adaptado”.

O Barcelona pagou 140 milhões de euros ao Borussia Dortmund pelo atacante francês.

Ousmane Dembélé em ação pelo Barcelona
Ousmane Dembélé em ação pelo Barcelona Matthew Ashton - AMA/Getty Images

Na maior parte do seu tempo na Catalunha, foi um jogador medíocre com seguidas contusões.

Mas a coisa melhorou com a chegada de Xavi no comando do Barcelona. Com o treinador, Dembélé nunca foi melhor do que Neymar. Assim como nunca será na sua carreira.

Só que passou a ser um ótimo jogador, com condições de ser titular em um dos maiores clubes do mundo, que passa por um processo de recuperação e tem camisa para brigar pelos grandes títulos europeus.

Se nunca alcançou a bola que Neymar jogou, Dembélé está muito perto de cometer o mesmo erro que, se não chegou a arruinar a carreira do brasileiro, a fez muito menor.

O francês deve trocar o Barcelona pelo PSG. Assim como no caso de Neymar, o clube de Paris vai pagar a multa rescisória prevista em contrato.

No Barcelona, Neymar estava no mesmo nível que Messi e Cristiano Ronaldo. No PSG, nunca foi de forma consistente nem top 10 dos melhores jogadores da Europa.

Em um PSG cada vez mais bagunçado e esfacelado, o processo de decadência de Dembélé pode ser até pior.

Segundo a imprensa espanhola, Xavi tentou convencer Dembélé a a ficar. Seu principal argumento foi o seguinte:

"Lembre o que aconteceu com Neymar". Craque esse Xavi também nas palavras.



Comentários

Dembélé nunca foi ou será 'melhor que Neymar', mas repete erro que fez carreira do brasileiro muito menor

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.

Agressor demitido, Sampaoli fica, Pedro multado: vai ser difícil Flamengo superar crise épica com 'solução conciliadora'

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Para um time embalado por bons resultados, chega a ser surreal a crise épica que o Flamengo criou em uma madrugada de um domingo.

E a solução "conciliadora" que o clube tomou deixa profundas dúvidas se a agressão do preparador físico, e amigo de Jorge Sampaoli, no atacante Pedro será superada a tempo dos jogos decisivos que o rubro-negro tem pela frente.

Com demora de quase 24 horas, o Flamengo fez o óbvio. Demitir o preparador Pablo Fernandéz.

Pedro e Jorge Sampaoli, do Flamengo
Pedro e Jorge Sampaoli, do Flamengo Arte/ESPN

Depois, o clube tomou decisões bem longe de serem radicais.

Após Sampaoli divulgar uma nota lamentável, em que fala em "briga" quando todos os relatos dizem que aconteceu apenas agressão sem revide, o Flamengo fez uma reunião com o treinador argentino e decretou que ele fica.

Sampaoli aceitou perder o auxiliar e amigo, mas ao que tudo indica verá Pedro sendo punido, provavelmente com uma multa por ter deixado o aquecimento e voltado para o banco de reservas quando o time ainda poderia fazer uma troca.

Curioso para saber qual será a reação de Pedro quando comunicado da multa.

E mais ainda querendo descobrir como será a relação entre o elenco estrelado flamenguista e o treinador depois da sua reação frágil aos tapas e socos aplicados por seu preparador físico em um jogador dentro do vestiário.

E outra questão que vai atormentar o Flamengo nas próximas semanas.

Sampaoli vai manter sua convicção que Pedro não tem lugar no time titular? Ou vai começar a escalá-lo depois de tudo que aconteceu na noite e madrugada de Belo Horizonte?

São muita feridas para cicatrizarem. Leva tempo. Ou começar tudo do zero. De novo.

Comentários

Agressor demitido, Sampaoli fica, Pedro multado: vai ser difícil Flamengo superar crise épica com 'solução conciliadora'

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.

Com atraso, São Paulo escuta Muricy, copia Corinthians e gasta como se não houvesse amanhã

Paulo Cobos
Paulo Cobos

No final de 2021, quando já tinha Júlio Casares como presidente, o São Paulo viveu uma crise.

Em áudios que vazaram e depois foram confirmados pelo próprio, Muricy Ramalho, coordenador técnico do clube naquela época e até hoje, ameaçou pedir demissão caso a diretoria não abrisse o cofre para contratar.

E deu como exemplo o que fazia (e faz até hoje) o grande rival são-paulino.

"O São Paulo não pode estar nessa m****que está, é uma m****. E não vai ter perspectiva, sabe? A gente percebe o discurso do presidente: 'ah, não tem dinheiro, não tem nada'. O Corinthians também não tinha dinheiro no começo do ano, contratou quatro jogadores experientes e está na Libertadores", disse Muricy no áudio.

Lucas Moura tem forte ligação com o São Paulo
Lucas Moura tem forte ligação com o São Paulo Nilton Fukuda - saopaulofc.net

Muricy acabou ficando no clube. O São Paulo, atolado em dívidas e sempre precisando vender jogadores para fechar as contas, nunca foi com tanta fome ao mercado depois.

Mas, com atraso, o clube agora resolveu ouvir o ídolo Muricy e gastar como se não houvesse amanhã, exatamente como faz o também endividado Corinthians.

Depois de acertar a contratação do colombiano James Rodríguez, o clube negocia a volta de Lucas Moura.

Tanto James quanto Lucas são jogadores caros. Muito caros.

O São Paulo vai fácil aumentar seus gastos com futebol em R$ 3 milhões mensalmente com os dois.

James e Lucas podem até mudar o São Paulo de patamar. Mas ambos estão longe de ser certeza de sucesso.

Poderiam muito bem serem contratados por clubes com as contas em ordem, o que não é o caso do São Paulo.

O São Paulo por décadas foi o clube que o Corinthians deveria copiar em muita coisa. Hoje, é o time do Morumbi que copia o pior que o Corinthians faz.



Comentários

Com atraso, São Paulo escuta Muricy, copia Corinthians e gasta como se não houvesse amanhã

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.

Se no futebol todos times jogassem sempre o máximo que podem, Flamengo seria imbatível na América do Sul

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Ainda bem que futebol não é um evento mecânico, em que os clubes sempre pudessem jogar o máximo de acordo com os jogadores de seus elencos.

Se futebol fosse uma ciência exata, sem contar interferência de erros de treinadores, lesões e suspensões, o Flamengo seria imbatível na América do Sul.

Uma prova disso aconteceu no jogo de ida das semifinais da Copa do Brasil, quando o rubro-negro atropelou o Grêmio e ainda na casa do rival.

Dupla Gabigol e Bruno Henrique festeja após gol pelo Flamengo
Dupla Gabigol e Bruno Henrique festeja após gol pelo Flamengo Marcelo Cortes / Flamengo

Não foi uma exibição de gala contra um adversário qualquer (Jorge Sampaoli disse que foi e melhor do time sob seu comando). O Grêmio é um dos times mais sólidos do país na temporada, ocupando a vice-liderança do Brasileiro.

O fato é que por qualquer régua o Flamengo tem o melhor elenco do Brasil. E isso está virando um abismo, com o clube contratando jogadores de milhões de euros com cada vez mais frequência.

Poucas vezes na historia um clube brasileiro teve tantas ferramentas para exercer um domínio absoluto não só no futebol nacional, como também na América do Sul.

Para os rivais, resta secar, trabalhar e esperar que o Flamengo siga cometendo os erros recentes (como tantos erros com treinadores) que impedem sua supremacia.



Comentários

Se no futebol todos times jogassem sempre o máximo que podem, Flamengo seria imbatível na América do Sul

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.

Calleri e Luciano no São Paulo: tão parecidos, tão diferentes

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Calleri e Luciano são adorados pela torcida do São Paulo. Em 2023, o argentino marcou nove gols. O brasileiro, oito. 

Contando todas as temporadas com a camisa tricolor, Calleri balançou as redes 57 vezes. Luciano tem 60 gols pelo clube.

Esquentados, ambos colecionam cartões pelo São Paulo.  O argentino já levou 34 amarelos e foi expulso cinco vezes. O brasileiro soma 40 amarelos.

Calleri (esq) e Luciano durante jogo entre São Paulo e América-MG, pelo Brasileirão 2022
Calleri (esq) e Luciano durante jogo entre São Paulo e América-MG, pelo Brasileirão 2022 Marcello Zambrana/Agif/Gazeta Press

Ambos têm a entrega e a identificação como marcas com a gloriosa camisa são-paulina.

As semelhanças são muitas. Mas uma diferença gritante vai ficar marcada para sempre neste 2023.

Na casa dos dois maiores rivais são-paulinos, os dois tiveram comportamentos bem diferentes.

Contra o Palmeiras, pelo  Brasileiro, Calleri manteve o sangue frio diante de um chilique do técnico Abel Ferreira. Não reagiu aos insultos do português. Se vingou depois dentro de campo, sendo determinante na série em que o São Paulo eliminou o Palmeiras na Copa do Brasil.

Diante do outro grande rival do São Paulo, e também como visitante, Luciano poderia ter tido uma noite de herói, mas demonstrou uma falta de preparo emocional que sobrou para Calleri.

Ao marcar o então gol de empate contra o Corinthians, em Itaquera, Luciano comemorou de um jeito que não havia outra alternativa para o árbitro que não fosse aplicar o cartão amarelo, que o tira do segundo jogo da semifinal da Copa do Brasil.

Não existe justificativa para um cartão tão infantil.

Luciano passou sim de todos os limites ao celebrar um gol chutando uma bandeira com o escudo do rival e ainda provocando os torcedores bem ao lado da arquibancada.

Calleri soube enfrentar a pressão. Luciano cometeu um erro injustificável para um veterano como ele. E que pode custar muito caro ao São Paulo.



Comentários

Calleri e Luciano no São Paulo: tão parecidos, tão diferentes

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.

Alguém vai comprar camisa do Al Nassr? Bilhões da Arábia Saudita fazem muito mal para o futebol

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Cristiano Ronaldo está ganhando dinheiro como nunca na Arábia Saudita. Mas duvido que está feliz como quando desfilava seu ego gigante nos gramados europeus, e via crianças do mundo todo vestindo suas camisas do Real Madrid ou do Manchester United.

Como o craque português, dezenas de astros do futebol mundial estão trocando a Europa por times sauditas.

Alguns em troca de seus clubes europeus recebendo dezenas de milhões de euros. Quase todos com salários astronômicos, que nunca receberiam até em gigantes da Europa. Menos mal que Mbappé recusou oferta de R$ 1,6 bilhão do Al Hilal.

Cristiano Ronaldo durante jogo amistoso entre Al Nassr e PSG
Cristiano Ronaldo durante jogo amistoso entre Al Nassr e PSG Divulgação/Al Nassr

Até a Premier League não para de perder jogadores para a liga saudita, país que está na prateleira mais alta de desrespeito aos direitos humanos.

Não tem nada de legal esta gastança saudita, bancada pelo governo do país. 

Primeiro, que não se constrói uma liga que seja capaz de seduzir todo o planeta apenas com dinheiro.

Tirando fanáticos colecionadores de camisas, duvido que alguém vai querer uma camisa de um time da Arábia Saudita.

Mas é na concorrência totalmente desleal com outras ligas que a gastança saudita é algo tão nocivo para o futebol.

Os times sauditas não estão colecionando astros por que fizeram um trabalho de longo prazo e geram receitas que banquem essa gastança.

Conseguem craques europeus e deixam o Botafogo sem técnico pagando salários astronômicos por que seus governantes acharam que futebol é uma boa ideia para melhorar a imagem do país.

Não contem comigo para celebrar suas camisas.



Comentários

Alguém vai comprar camisa do Al Nassr? Bilhões da Arábia Saudita fazem muito mal para o futebol

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.

Luan foi péssimo para o Corinthians, e o Corinthians foi péssimo para Luan

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Deve acabar, enfim, a história no Corinthians do jogador que muita gente considera a pior contratação da história do Corinthians.

Depois de covardemente agredido em um motel por torcedores organizados, Luan está muito próximo de assinar a rescisão de contrato com o clube e estará livre no mercado (o Grêmio é o favorito para tê-lo de volta).

Luan realmente foi péssimo no Corinthians. Ainda considero a contratação de Alexandre Pato pior (o centroavante pelo menos deixou como legado sua troca com Jadson).

Mas é indiscutível que ele vai estar sempre na lista de piores negócios feitos pelo Corinthians.

Luan chegou para ser estrela, mas fracassou no Corinthians
Luan chegou para ser estrela, mas fracassou no Corinthians Rodrigo Coca / Ag. Corinthians

Só para o Grêmio foram R$ 29 milhões. Com salários, o clube gastou quantia parecida.

Tudo isso para apenas 9 gols em só 78 jogos com a camisa corintiana em mais de 3 anos. 

No ano passado, o blog mostrou que até aquele momento cada toque na bola de Luan pelo Corinthians custou R$ 15 mil.

Luan fracassou no Corinthians, principalmente, por culpa dele próprio.

Pouco empenho. Preguiça tática. Não entender o que é o Corinthians.

Mas, ao mesmo tempo em que foi péssimo para o clube, Luan também esteve longe de ter um bom empregador.

Primeiro, o Corinthians gastou por Luan uma quantia que claramente era acima do que ele valia.

Era evidente que ele não entregaria o que custou.

Quando o atleta afundou na mediocridade, o Corinthians não soube tomar medidas para reverter o quadro e fazer de Luan pelo menos o bom jogador que foi no Grêmio.

E como gasta o que não tem, o clube não teve dinheiro para fazer o que sempre foi a melhor solução: pagar a rescisão e ter se livrado de Luan há muito tempo.





Comentários

Luan foi péssimo para o Corinthians, e o Corinthians foi péssimo para Luan

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.

'Maior do mundo' Atlético-MG terá que ser na transparência agora que mecenas viraram donos

Paulo Cobos
Paulo Cobos

"Quem paga a banda escolhe a música".

 Há quase dois anos, em entrevista para o Rolou o Melão, podcast original da ESPN Brasil com Gustavo Zupak, Eugênio Leal e Mário Marra, o presidente do Atlético-MG, Sérgio Coelho, admitiu que os 4 R's (Rubens e Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador), os mecenas que bancaram o time nos últimos anos, tinham poder de decisão no clube.

A partir desta quinta-feira, quando o Galo aprovou sua transformação em SAF, os mecenas agora podem decidir tudo sozinhos.

Dirigentes do Atlético-MG durante reunião de aprovação da SAF do clube
Dirigentes do Atlético-MG durante reunião de aprovação da SAF do clube Divulgação/Atlético-MG

Os novos donos do Atlético-MG são justamente os 4 R's, que vão investir R$ 600 milhões, além do perdão de dinheiro emprestado para o clube e pagamento de dividas, para adquirirem 75% da SAF criada pelo clube.

Na reunião que formalizou a compra, um dos mecenas, Rubens Menin, se mostrou otimista com o futuro do Atlético-MG.

"Não queremos levar vantagem. Vamos é aumentar a responsabilidade a partir de agora. A coisa, feita com o profissionalismo que está sendo feita, o Atlético vai ser um time grande. Não tem nada fácil. Tudo é muito difícil. Mas vai ser um time grande. A gente tirando esses juros da dívida, comendo o Atlético pelo pé, 13,75 mais spread, com o Atlético pelos pés. Vamos ter um futebol bom. Não vai ser o maior do mundo ainda, porque tem o Real Madrid na Espanha, e tem o Flamengo aqui com o orçamento. Mas quem sabe a gente chega lá."

Com certeza o Atlético-MG não vai virar Real Madrid. Difícil até igualar o poder do Flamengo.

Mas existe algo em que o clube tem a obrigação de ser o "maior do mundo": transparência.

Todo processo de um clube grande que se transformar em SAF é complexo e exige que sócios e torcedores tenham acesso a todas informações possíveis do que está acontecendo

Os mecenas atleticanos evitaram que o clube quebrasse e ainda tivesse a era mais vitoriosa da história.

Só que agora é diferente. Nenhum outro grande brasileiro que virou SAF fez o mesmo caminho que o Atlético-MG.

Os 4 R's não podem deixar qualquer dúvida que todo processo foi cristalino.

Agora, eles estão no Atlético-MG, também, para ganhar dinheiro. Acabou o mecenato. Virou um negócio.


Comentários

'Maior do mundo' Atlético-MG terá que ser na transparência agora que mecenas viraram donos

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.

'Eu não sabia que o Brasil era assim' não cola: Grêmio faz muito bem em fazer jogo duro com Suárez

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Nenhuma das duas partes de pronuncia oficialmente. Mas é evidente que Grêmio e Luis Suárez estão em rota de colisão.

O uruguaio quer se reencontrar com o amigo Messi em Miami. O Grêmio só admite deixar ele sair para outro clube com o pagamento da multa prevista em contrato, que seria de 70 milhões de euros.

Uma das razões do desejo de Suárez é que o calendário do futebol brasileiro não é condizente com seu corpo e as dores no joelho.

Luis Suárez cobra pênalti em vitória do Grêmio por 1 a 0 em cima do Caxias
Luis Suárez cobra pênalti em vitória do Grêmio por 1 a 0 em cima do Caxias LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

Evidente que a quantidade de jogos no Brasil é insana. Mas não dá para o craque uruguaio dizer que não sabia que era assim

Em julho de 2022, depois de deixar o Atlético de Madrid, Suárez disse à ESPN argentina que já tinha recebido propostas de clubes brasileiros, mas as rechaçou.

"Não, descartei desde o princípio as possibilidades das equipes (do Brasil) que me ligaram. A Argentina, o River ter me ligado, era uma motivação extra, é mais perto do Uruguai. O Brasil é mais longe. Tem muito mais jogos. Sou muito família. Jogam muitas partidas, não estão nunca em casa, isso também me freou um pouco".

Para sorte do Grêmio e do futebol brasileiro, Suárez mudou de ideia e acertou com o Grêmio.

Suárez sabia tudo que enfrentaria no Brasil. E aceitou o desafio.

Se agora surgiu a oportunidade de reencontrar Messi no suave calendário do futebol dos EUA, ele tem o direito de ir.

Mas com o Grêmio recebendo tudo que tem direito em contrato. Nem um centavo a menos.

Comentários

'Eu não sabia que o Brasil era assim' não cola: Grêmio faz muito bem em fazer jogo duro com Suárez

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.

Admito: Luxemburgo faz mais do que eu esperava no Corinthians

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Parecia, há alguma semanas, que seria um milagre o Corinthians ter alguns dias de paz.

O time corria risco de eliminação na Copa do Brasil. Já estava fora Libertadores. Podia ficar fora até do mata-mata da Sul-Americana. Afundava na zona do rebaixamento do Brasileiro.

Hoje, o Corinthians está nas semifinais da Copa do Brasil. Passou, com uma vitória em verdadeira guerra no Peru, para as oitavas de final da Sul-Americana. Ganhou um alívio no Brasileiro e saiu do Z-4.

Luxemburgo em ação durante Universitario x Corinthians
Luxemburgo em ação durante Universitario x Corinthians Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Desde sua contratação, fui um crítico do trabalho de Vanderlei Luxemburgo.

Mas não brigo com a realidade: ele está fazendo mais do que eu esperava no comando do Corinthians.

O time está longe de jogar como nos tempos em que Luxemburgo era o melhor técnico do Brasil. Mas deixou de ser o catado indecente do começo do seu trabalho.

O treinador também consegue dosar melhor agora a busca de soluções nos garotos corintianos com os veteranos que custam uma fortuna para o clube.

Parece ter conquistado a confiança dos jogadores, tantos os novatos quanto veteranos. O Corinthians deixou nos últimos jogos de ser o time sem alma dos últimos anos.

Sigo achando difícil o Corinthians ganhar um título na temporada. Seria zebra ganhar a Copa do Brasil ou a Sul-Americana. Mas Luxemburgo está aí para provar de novo que eu estava errado.

Comentários

Admito: Luxemburgo faz mais do que eu esperava no Corinthians

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.

Mano Menezes poderia estar na Europa, mas a culpa por hoje estar desempregado no Brasil é toda dele

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Mano Menezes surgiu de forma arrebatadora no futebol brasileiro.

Primeiro, em pequenos clubes gaúchos. Depois, reerguendo o Grêmio em que chegou até em final de Libertadores. No Corinthians, foi brilhante e um dos responsáveis pelo último grande momento da carreira de Ronaldo Fenômeno.

Logo chegou na seleção. Teve bons e maus momentos, foi sabotado dentro da CBF e demitido antes da Copa de 2014.

Mano Menezes, nos primeiros anos de sua carreira, era brilhante e essencial nas entrevistas coletivas antes e depois dos jogos.

Mano Menezes, demitido pelo Inter
Mano Menezes, demitido pelo Inter Ricardo Duarte/Internacional S.C./Flickr

Falava com clareza. Explicava com detalhes o que acontecia em campo. 

Dentro de campo, tinha um comportamento disciplinar que não destoava tanto assim de outros treinadores brasileiros.

Mano Menezes tinha potencial para ganhar Copa do Mundo. E capacidade para trabalhar em um clube importante da Europa e fazer uma longa carreira lá.

Mas o fato é que hoje ele está desempregado, depois de ser demitido pelo Internacional nesta segunda-feira.

E a culpa por sua carreira não ter sido do tamanho da sua capacidade é toda dele.

Mano Menezes virou o pior exemplo possível de técnico que joga toda a culpa de seus erros na arbitragem.

Suas entrevistas coletivas passaram a ser um longo chororô contra árbitros e adversários.

O técnico inovador do início deu lugar a um retranqueiro preocupado primeiro em não perder antes do que ganhar.

O pior é que Mano Menezes não é um caso isolado entre os treinadores brasileiros. Na verdade, seu comportamento é o padrão.

Isso explica o motivo que treinador brasileiro não consegue emprego em time de ponta na Europa.

Comentários

Mano Menezes poderia estar na Europa, mas a culpa por hoje estar desempregado no Brasil é toda dele

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.

Pelo direito de Mbappé receber extra de R$ 432 milhões e colocar PSG aos seus pés

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Mbappé se mostrou um craque mimado e egoísta quando resolveu ser uma espécie de dono do PSG.

Tentou escolher treinador, diretor de futebol e até jogador que servia ou não para jogar com ele.

Fracassou. O PSG novamente ficou longe de ganhar a Champions. E o próprio craque francês jogou na cara da torcida que o clube de Paris não é o melhor lugar do mundo para ganhar prêmios individuais

Mbappé anuncia renovação de contrato com o PSG até 2025
Mbappé anuncia renovação de contrato com o PSG até 2025 ANNE-CHRISTINE POUJOULAT/AFP via Getty I

Mas na nova novela da carreira de Mbappé ele não tem nada de vilão.

O atacante comunicou ao clube que não vai cumprir o terceiro ano do contrato que assinou no ano passado. E isso era uma opção sua. Apenas os dois anos iniciais do acerto eram obrigatórios.

Se sentindo, sem razão, traído, o PSG quer então vendê-lo agora, para pelo menos conseguir uma compensação financeira antes que Mbappé deixe o clube de graça em 2024.

Mas Mpabbé não tem pressa para sair. Quer cumprir o ano obrigatório de contrato que lhe resta. E uma cláusula do contrato diz que ele vai receber, além do salário anual de 72 milhões de euros, um "bônus de fidelidade" de 80 milhões de euros, o equivalente hoje a R$ 432 milhões.

Mbappé tem o total controle da sua carreira. Em 2024, terá apenas 25 anos.

Poderá escolher o melhor lugar para ganhar dinheiro, títulos e prêmios individuais. E tudo isso com um extra de R$ 432 milhões na conta bancária.

O PSG realmente está aos pés de Mbappé. Mas ninguém obrigou o clube a fazer isso. Contratos existem para serem cumpridos. Simples assim.



Comentários

Pelo direito de Mbappé receber extra de R$ 432 milhões e colocar PSG aos seus pés

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.

Atropelados pelo São Paulo, Abel e Leila são pura covardia pelo silêncio no Palmeiras

Paulo Cobos
Paulo Cobos

A superioridade do São Paulo foi tão evidente que desta vez nem o eterno chororô palmeirense dos últimos anos sobre arbitragem apareceu.

O time de Abel Ferreira foi atropelado pela modesta equipe de Dorival Jr. e está eliminado da Copa do Brasil.

Perder faz parte do futebol. O Palmeiras tem um elenco muito melhor que o são-paulino, mas não é nenhuma vergonha o que aconteceu nos jogos no Morumbi e no Allianz Parque.

Leila Pereira, presidente do Palmeiras, e o treinador Abel Ferreira conversam na Academia de Futebol, na Barra Funda
Leila Pereira, presidente do Palmeiras, e o treinador Abel Ferreira conversam na Academia de Futebol, na Barra Funda Cesar Greco/Palmeiras

O mesmo não se pode dizer do comportamento de Abel Ferreira, o treinador alviverde, e da presidente do clube, Leila Pereira.

Sempre tão falantes e provocadores, os dois se calaram em um momento em quem é grande deve falar.

Abel não apareceu para entrevista coletiva. Leila mandou seu diretor de futebol explicar a eliminação.

O torcedor palmeirense é um dos que menos pode reclamar no futebol brasileiro. Mas tem o direito de ouvir seu treinador e sua presidente após um momento difícil como atual.

O Corinthians vive um pesadelo que não acaba. Mas, mesmo depois de todos os vexames recentes, Vanderlei Luxemburgo e o presidente Duílio Monteiro Alves apareceram para as entrevistas pós-jogo.

Se comportar após as vitórias é fácil. Bem diferente das derrotas. Abel e Leila se mostram péssimos perdedores.



Comentários

Atropelados pelo São Paulo, Abel e Leila são pura covardia pelo silêncio no Palmeiras

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.

De Jeffinho a Tiquinho, Textor na arquibancada é vitória de 'projeto' de verdade no Botafogo

Paulo Cobos
Paulo Cobos

John Textor, o americano dono do Botafogo, viveu uma experiência rara para um cartola no futebol do Brasil.

Surfando na boa fase do clube, capitaneada pelo atacante Tiquinho, assistiu o jogo contra o Patronato, nesta quarta-feira, pela Sul-Americana, no meio da galera botafoguense

"Eu sou torcedor. Eu adoro assistir jogos, assistir junto da torcida. Eu quero fazer isso no Nilton Santos algum dia. Mas essa noite foi incrível, conheci muitas pessoas", disse após e experiência na arquibancada do estádio argentino.

John Textor assiste jogo do Botafogo no meio da torcida na Sul-Americana
John Textor assiste jogo do Botafogo no meio da torcida na Sul-Americana Reprodução/Instagram

Bem diferente do que aconteceu no começo do ano, quando a torcida estava enfurecida com ele depois da venda do atacante Jeffinho.

"Eu ia para o Rio de Janeiro e era tratado como um rei em todos os lugares que eu ia. Com a negociação de um jogador (Jeffinho), tive que trocar meu número de telefone. Você não tem ideia de como reativas e rápidas as coisas podem acontecer", revelou em entrevista ao jornal "Financial Times".

Sinto dizer para Textor que ele vai viver muito mais momentos com medo da torcida do que torcendo junto com eles.

No Brasil, até dirigente de time vencedor, como Flamengo e Palmeiras, é odiado.

Mas, ainda que breve, a celebração de Textor na arquibancada é uma vitória de um raro projeto de verdade no futebol brasileiro.

O Botafogo era um time condenado à total insignificância antes da chegada do americano.

Textor não colocou só dinheiro no clube para contratar jogadores sem critério algum, como faz o Vasco, outro clube que virou SAF.

O americano bancou Luís Castro. Quando ele resolveu sair, buscou um técnico de perfil parecido.

Fez dinheiro rápido sim vendendo Jeffinho. Mas fez contratações certeiras.

Briga para fazer um novo e moderno centro de treinamento para o clube. Não tem medo de lutar por mais ganhos para o Botafogo nas novas realidades de ligas que estão sendo criadas no país.

E colhe frutos, com o clube disparado na liderança do Brasileiro e vivo na Sul-Americana.

Textor tem o direito de ir para a galera.




Comentários

De Jeffinho a Tiquinho, Textor na arquibancada é vitória de 'projeto' de verdade no Botafogo

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.

Mortes, estupros, racismo, corrupção: o futebol virou terra de 'valentões ou covardes'?

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Este texto é 100% inspirado em Ruy Castro, jornalista, escritor e imortal da Academia Brasileira de Letras. 

Em duas colunas recentes na Folha de S. Paulo, ele juntou títulos de notícias com muita violência ocorridas no Brasil colhidas em sites e jornais. Tudo isso ocorrido em poucas semanas.

O primeiro texto se chamava "Um país de chorar".  O segundo, "País de valentões ou covardes?"

A tristeza que Castro tem do nível sufocante de violência do Brasil atual é algo que sinto também com o futebol, e nesse caso do mundo todo.

O blog fez uma lista de fatos lamentáveis dos últimos 12 meses no esporte mais popular do planeta com suas manchetes em sites e jornais.

Leiam:

Briga entre organizadas de Cruzeiro e Palmeiras interdita Fernão Dias

Briga com paus, pedras e rojões entre palmeirenses e corintianos deixa torcedores feridos e ônibus depredados e SP

Briga em jogo de futebol deixa ao menos 12 mortos e dezenas de feridos em El Salvador

Confusão na Vila Belmiro durante Santos x Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro
Confusão na Vila Belmiro durante Santos x Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro Abner Dourado/Agif/Gazeta Press

Boneco com camisa de Vinícius Jr. aparece 'enforcado' em ponte em Madri

Briga generalizada em jogo de futebol deixa ao menos 127 mortos na Indonésia

Casos de preconceito contra atletas cresceram 40% nos estádios brasileiros em 2022

Torcedor invade gramado do Beira-Rio com filha no colo para agredir jogador do Caxias

Torcida do Santos atira rojões no gramado em clássico com Corinthians

Jogadores do Bahia são agredidos em aeroporto após goleada sofrida para o Sport

Vini Jr. pede para sair de campo após ser chamado de macaco

Técnico do PSG é detido para interrogatório na França em investigação sobre denúncia de discriminação

Oito jogadores e mais seis integrantes de 'núcleo de apostadores' se tornam réus por fraudes em resultados de jogos do Campeonato Brasileiro

Acusado de estupro, Daniel Alves admite penetração e explica troca de versão

Em áudios, Robinho ameaçou 'dar um soco' em mulher que o acusou de estupro

Está na hora de jogar no lixo uma frase famosa de Bill Shankly, um lendário técnico do Liverpool.

"O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais importante que isso..."

Tem gente que parece levar isso a sério mesmo.


Comentários

Mortes, estupros, racismo, corrupção: o futebol virou terra de 'valentões ou covardes'?

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.

É preciso ter coragem para contratar Rogério Ceni?

Paulo Cobos
Paulo Cobos

No Internacional, quando Mano Menezes balançou, o nome de Rogério Ceni ganhou ares de favorito para assumir o time. No Atlético-MG, quando Coudet saiu, a chance de Ceni foi abortada logo de cara.

Agora, no Rio, o Vasco tem o ex-técnico do São Paulo como um dos mais fortes candidatos para ficar com o vago comando do time. Se Luís Castro realmente deixar o Botafogo, Ceni também vai entrar na lista de possíveis substitutos.

Mas o fato é que já são 72 dias sem emprego para o que, continuo achando, o treinador brasileiro com mais potencial para ser o melhor do país.

Duvido que ele não aceitaria uma oferta de qualquer clube grande ou até médio do país. Ceni é um louco por trabalho.

Rogério Ceni durante jogo do São Paulo na temporada 2022
Rogério Ceni durante jogo do São Paulo na temporada 2022 Ricardo Moreira / Getty Images

Admito que não é fácil contratá-lo por uma parte do seu currículo como jogador e, especialmente, como treinador.

Imagino a dúvida dos dirigentes. Vale a pena trazer um treinador com inquestionável conhecimento tático, técnico e absurdamente trabalhador, mas que se auto sabota com seu ego e dificuldade de relacionamento?

É preciso ter coragem para contratar Rogério Ceni.

Sua personalidade assusta muita gente.

Mas não fico no muro. Se precisasse de treinador, o contraria. Sem hesitar.




Comentários

É preciso ter coragem para contratar Rogério Ceni?

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.

Nobre 'inexperiente', Leila 'farsa', rua para Rony e Veiga, Abel 'erra mais que acerta': e se o Palmeiras escutasse a Mancha?

Paulo Cobos
Paulo Cobos

Em mais um capítulo do mal que fazem para o futebol, as principais organizadas dos grandes clubes do país querem tomar para si o papel de porta voz de todos os milhões de torcedores desses times.

Uma das mais ativas nesse pretenso papel é a Mancha Alvi Verde, a maior organizada do Palmeiras.

No caso dela, alguém que daqui a algumas décadas ler os tais manifestos da Mancha não vai acreditar que eles foram feitos justamente na era mais vitoriosa da história gloriosa do alviverde.

Rony e Raphael Veiga comemoram gol do Palmeiras sobre o Barcelona de Guayaquil-EQU
Rony e Raphael Veiga comemoram gol do Palmeiras sobre o Barcelona de Guayaquil-EQU Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Nos últimos dez anos, o Palmeiras ganhou duas Libertadores, uma Recopa, três Brasileiros, duas Copas do Brasil, uma Supercopa e três Paulistas.

Saiu da Série B para se tornar uma potência esportiva e com muito fôlego financeiro.

Nesse período, o clube teve três presidentes: Paulo Nobre, Maurício Galiotte e a atual, Leila Pereira.

Os três, como todos, cometeram equívocos. Mas não existe clube no Brasil que teve na sequência três presidentes com administrações tão boas.

Mas, para a Mancha, eles foram pintados como verdadeiros trapalhões em seus manifestos.

Em 2013, a torcida, revoltada por Paulo Nobre ter rompido com ela, chamou o cartola que iniciou o renascimento do Palmeiras de "covarde e inexperiente".

Galiotte, para a organizada, sempre foi um "banana".

Com Leila, as cornetadas têm ainda um cunho machista, com a dirigente sendo chamada de "blogueirinha". No último ataque contra ela, feito nesta terça-feira, a facção a chamou de "farsa" ao pedir reforços.

Muito pior é quando a Mancha dá seus pitacos sobre o que acontece dentro de campo.

Em outubro de 2020, depois de uma série de resultados ruins, a organizada pediu a cabeça de vários jogadores que depois se transformaram na geração mais vitoriosa do clube. 

O trecho, na íntegra. 

"Lucas Lima, Scarpa, Veiga, Zé Rafael, Ramires, Marcos Rocha, Mayke, Rony e Luan já deram o que tinham que dar. Que sigam o mesmo caminho do Diogo Barbosa e Bruno Henrique.

Outros jogadores mudem a postura ou saiam! De Felipe Mello a Willian, se não tiverem postura, vontade e futebol: fora".

Até Abel Ferreira foi alvo da Mancha. 

Em outubro de 2021, após derrota para o Bragantino, a organizada publicou texto detonando o técnico português.

“Após o jogo: xingamos o treinador que erra muito mais que acerta, que, nas entrevistas coletivas, nas poucas vezes que o time vai bem, é a ‘equipa’ que ele armou e preparou para aquele resultado. Agora, nas eliminações e nas derrotas, o discurso é que ele pediu jogadores, que os jogadores não executam o que ele treinou”.

Como analista da administração palmeirense e do time alviverde, a Mancha é uma grande escola de samba.



Comentários

Nobre 'inexperiente', Leila 'farsa', rua para Rony e Veiga, Abel 'erra mais que acerta': e se o Palmeiras escutasse a Mancha?

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.

mais postsLoading