E a vantagem no pênalti para o Brasil na final do Mundial sub-17?
O Brasil é campeão mundial sub-17 masculino após ganhar de virada por 2 a 1 do México, jogando em casa.
O gol de empate brasileiro saiu depois de o VAR sugerir revisão ao árbitro em um lance no mínimo inusitado.
Aos 35 minutos, Veron entra na área com a bola, faz o passe para Lázaro, que chutou em cima da defesa; a bola sobrou para Daniel Cabral, que arriscou da intermediária e mandou no travessão - na sequência, Gabriel Veron cabeceou por cima.
O que, à princípio, seria no campo tiro de meta, virou lance de VAR, o qual encontrou um carrinho de Alejandro Gomez sobre Gabriel Veron logo no início da jogada e sugeriu revisão ao árbitro de campo.
O árbitro entendeu como penalidade, e o Brasil empatou na cobrança com Kaio Jorge.
A questão é se não houve vantagem na penalidade, pois o jogador Veron recebeu falta sim, mas na sequência conseguiu realizar o passe.
Na regra do jogo - entre os textos que citam a lei da vantagem - consta o seguinte:
“O árbitro:
• permitirá que o jogo continue quando a equipe que sofrer a infração se beneficiará da vantagem, devendo marcar a infração ou falta se a vantagem prevista não se concretizar nesse momento ou dentro de poucos segundos.”
Primeiro é importante diferenciar posse de bola com a vantagem: a equipe pode ter seguido com a bola após seu jogador sofrer uma infração, mas isso não significa que ela teve realmente uma vantagem no lance.
A vantagem se caracteriza dependendo da gravidade da infração, da distância da meta (quanto mais próxima da então adversária maior a vantagem), o ambiente do jogo e a possibilidade de um ataque perigoso contra a meta adversária.
A equipe pode manter a posse de bola após sofrer uma falta, porém estar no seu campo de defesa, rodeada de jogadores adversários, sem uma chance de criar um ataque perigoso, isto é, não há uma vantagem clara.
Quando a equipe mantém a posse de bola, mas não há vantagem, o ideal é a marcação da falta.
Em um lance de penalidade, a instrução é que a infração seja marcada - a vantagem só ocorrerá se a equipe imediatamente na sequência marcar um gol.
No lance do jogador brasileiro dentro da área, Veron faz um passe e sofre a falta, existe falta fora da jogada, fora da disputa de bola. O árbitro não viu o lance faltoso no campo, então não se pode dizer sequer que ele aplicou a vantagem. Se tivesse visto no campo, pela instrução, teria marcado, não aplicado vantagem e o VAR não chamaria para a revisão.
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O pênalti é considerado uma oportunidade clara de gol, diferente da maioria das faltas que ocorrem durante a partida, por isso na questão da vantagem tem um tratamento um pouco diferente dos outros lances.
Após sofrer a penalidade, mesmo conseguindo fazer o passe, a jogada não acabou em gol; ou seja, o Brasil teve uma penalidade a seu favor visto pelo VAR na qual não ocorreu uma vantagem de gol na sequência.
Desta forma a penalidade prevalece, foi bem marcada, e o Brasil foi “salvo pelo VAR” neste lance que ajudou a legitimar o resultado.
E a vantagem no pênalti para o Brasil na final do Mundial sub-17?
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