No 'novo normal', a arbitragem segue com os 'erros normais'
O futebol voltou no nosso “novo normal” em função da pandemia, mas a arbitragem continua cometendo alguns “erros normais”, ou melhor, antigos.
Internacional e Santos se enfrentaram pela segunda rodada do Brasileirão e a equipe santista teve o gol de Kaio Jorge anulado pelo VAR por ocorrer um toque de mão acidental do atacante. Realmente, a regra não permite um gol oriundo ao toque de mão/braço. A questão é que Marcelo Lomba, goleiro do Inter, ao disputar a bola com Kaio Jorge, o acerta com a perna na região do abdômen e a bola com os braços, cometendo uma infração dentro da área na minha visão, ou seja, pênalti. Em campo, o gol foi dado, porém a revisão do VAR anulou pelo toque no braço factual. O ponto a ser discutido é: por quê o VAR não sugeriu a revisão ao árbitro para analisar a ação da perna do goleiro no atacante?
Quando cito “erros normais" estou me referindo ao gol anulado do Palmeiras contra o mesmo Internacional, porém em 2019, onde a bola bate no braço do Willian e na sequência Bruno Henrique faz o gol. Willian havia sofrido falta no lance e, após revisão do VAR, o gol foi corretamente anulado. Entretanto, o jogo foi reiniciado com bola ao chão, ao invés de falta para o Palmeiras.
O gol do Santos foi corretamente anulado, mas faltou a revisão para analisar a possível penalidade, que na minha visão ocorreu. Ou seja, nos dois lances citados, o foco ficou somente no braço/mão factual, e a arbitragem não teve a sensibilidade de analisar o lance como um todo e reiniciar da forma correta: um pênalti para o Santos e uma falta para o Palmeiras.
É compreensível ser começo de campeonato e a arbitragem sentir falta de ritmo, assim como os jogadores. Porém, as equipes de arbitragem, atualmente, são compostas por quatro árbitros em campo e mais três no VAR, totalizando sete pessoas e monitores de vídeos para rever as jogadas. Alguém precisa estar atento para não deixar nada passar.
Que no “novo normal", os erros passados sejam aprendidos.
Fonte: Renata Ruel
No 'novo normal', a arbitragem segue com os 'erros normais'
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