Otero e Cazares podem jogar juntos? A possível formação do Corinthians
Fonte: Renato Rodrigues
Fonte: Renato Rodrigues
O Flamengo venceu o Brasileirão mais difícil dos últimos tempos. Não sobrou como na edição anterior, empilhou tropeços e bons jogos ao mesmo tempo. Rogério Ceni, entre elogios e muita desconfiança, trocou o pneu do carro com ele andando e em alta velocidade.
Ninguém que vencesse esta edição seria unanimidade. Nenhum time apresentou "futebol de campeão" ao longo de uma temporada atípica. O que vimos foram momentos. Do São Paulo, do Inter, do Atlético-MG... Sequências fortes que foram se esvaziando tamanha a complexidade de jogar em um ano maluco, cheio de dificuldades.
O Flamengo engatou seu bom momento no final e isso acabou sendo decisivo. Apesar da partida ruim no Morumbi, que garantiu o título rubro-negro, as últimas rodadas foram de crescimento. Ceni, apesar de estar longe de ter seu time pronto, conseguiu atacar problemas importantes para levantar o caneco.
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O que Ceni atacou?
A primeira missão foi estancar a fragilidade defensiva da equipe. É verdade que o Flamengo não passou a ser uma fortaleza lá atrás, mas conseguiu dar um salto considerável se olharmos a situação anterior à chegada do atual treinador. Organizou melhor as coberturas, trabalhou melhor a linha defensiva e, principalmente, arrumou o tal do "ataca-marcando", que trata-se da estrutura de jogadores que ficam na retaguarda enquanto a equipe ataca e que precisam estar sempre encaixados em possíveis jogadores que ativarão os contra-ataques.
Outro ponto importante na caminhada rubro-negra com Ceni foi a recuperação de Gabigol. Com mais liberdade de movimentação, o atacante cresceu e se transformou em uma peça-chave nesta arrancada. O camisa 9 é um centroavante diferente daquele convencional. Precisa "fazer o seu jogo" e, principalmente, que seus companheiros o coloquem em condição de finalizar. É um atacador de espaço, usa os movimentos na profundidade para tirar vantagem. Então, a bola precisa entrar nestes espaços.
A entrada de Diego como um dos jogadores mais recuados, alinhado a Gerson, também teve um acréscimo gigante na construção das jogadas. Com o meia em campo, ficou mais confortável achar Everton Ribeiro e Arrascaeta no espaço entrelinhas, normalmente nas costas dos volantes do adversário. A grande dificuldade do Fla contra o São Paulo, aliás, foi isso. Os meias pouco foram acionados neste espaço e, quando foram, mostraram não estar em uma noite feliz.
Brasileirão do caos
Quando eu falo em Brasileirão mais difícil de todos os tempos ou talvez da história, me refiro às condições que TODOS os clubes tiveram que jogar na atual temporada.
Zero chance de treinar, calendário amontoado, excesso de lesões, casos de COVID-19, quebra de meses sem jogos... Foram nítidas as dificuldades de todas as equipes ao longo desta caminhada.
O Flamengo ainda teve um agravante: trocou de treinador no meio dessa loucura. Ou seja, por mais que não tenha atingido um nível alto de desempenho e tenha oscilado, Rogério Ceni conseguiu um feito considerável e bem complexo. Fez ajustes praticamente sem treinar. Conseguiu mobilizar a equipe e melhorar aspectos importantes na base da conversa e vídeos, por isso ficou longe do ideal. Mas fez tudo isso sem deixar de querer de ser protagonista do próprio jogo.
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Se o Internacional tivesse sido campeão, os méritos de Abel Braga seriam parecidos. As condições que o treinador assumiu a equipe eram bastante parecidas. A diferença está na maneira de jogar, na maneira de se desenvolver seu jogo. Mas isso, sem nenhuma dúvida, não apaga o bom trabalho do treinador, agora o recordista de jogos sob o comando do Inter.
O fim deste Brasileirão é de alegria para o Flamengo. Mas é também de alívio para praticamente todas as equipes que disputaram a competição. Foi uma temporada insana. Com condições desumanas para um esporte praticado em alto nível. Por isso, foi tão difícil cobrar qualidade e intensidade ao longo da competição.
Certamente que foram meses de muito caos para todos envolvidos. O pior é que 2021 promete ser da mesma forma ou pior. E a verdade é que, no final, só um poderia sorrir com uma taça na mão. Os outros, apesar da decepção de não ter terminado na ponta, também têm bastante motivos para estarem orgulhosos.
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Vexame, vergonha, fracasso... Chame como você quiser a estadia do Palmeiras no Catar. Mais que não conseguir o título do Mundial de Clubes, a equipe treinada por Abel Ferreira ficou devendo em desempenho. Ganhar ou não a taça passa a ser o menor dos problemas, já que a temporada alviverde ainda não terminou.
A queda de performance do Verdão é nítida e não se resume apenas ao campeonato perdido para o Tigres. O segundo jogo contra o River, a final contra o Santos e algumas partidas do Brasileirão já demonstravam certa instabilidade no desempenho.
Por isso o momento é de reflexão, ajustes e muito trabalho. Por mais que a pressão e a cobrança cresça, a temporada ainda não acabou e pode ser de mais conquistas ainda.
A primeira missão é entender o quão desgastado fisicamente esse Palmeiras está. O ponto alto da temporada nas mãos de Abel foi de um time altamente intenso, agressivo e que resolvia jogos com ações rápidas. Coisa que atualmente se perdeu.
O Palmeiras do Mundial foi um time moroso, sem pegada e sem intensidade. E não digo só sem a bola, mas com ela também. Circulação da bola lenta, pouco movimento de quem não tinha a bola e, principalmente, repertório para agredir as defesas adversárias.
A missão da comissão técnica neste momento é estudar jogador por jogador e as suas necessidades, justamente para recuperar aquela eletricidade que trouxe a equipe para a disputa (e conquistas) de coisas grandes na temporada. Não sou especialista na área, mas é nítido que alguns atletas precisarão de algum descanso ou mesmo uma preparação mais individualizada.
O segundo passo é investir pesado na estrutura ofensiva da equipe. O Palmeiras é muito competitivo quando encaixa ataques rápidos, normalmente com campo e espaço para explorar, mas é hora de ir adiante, ter mais repertório com a bola, ter mais mecânicas e movimentos para gerar brechas nas defesas adversárias.
Querendo ou não, Abel Ferreira terá o Campeonato Brasileiro para isso. Entre uma rotação ou outra de elenco na competição, o treinador português terá um pouco mais de tempo para trabalhar isso no dia a dia, coisa que não teve até agora. Justamente por isso creio que a crítica não deveria ser tão incisiva como vem sendo, já que o comandante praticamente joga e recupera seus jogadores. Não tem treino, não tem trabalho e desenvolvimento do modelo de jogo. É tudo muito atípico.
Mas espantou a incapacidade do Palmeiras de gerar espaços nos seus últimos compromissos. Faltou movimento, coordenação. Organização não é só para defender como muitos pensam. Longe da ideia de engessar, cortar a autonomia do atleta, mas existem formas de quebrar estruturas adversárias, movimentos que desequilibrem e abrem brechas para a qualidade dos jogadores se sobressair.
Até o dia 28 o Palmeiras e todo seu staff tem muito trabalho pela frente. Não tenho dúvidas que estes pontos citados acima já são discutidos internamente. Por mais que a pressão é normal, o foco tem que ser em desempenho. Retomar o bom momento e competir forte de novo.
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Desde a saída de Jorge Jesus, o maior pedido da torcida do Flamengo é para que quem chega tente, ao máximo, não mudar as estruturas e mecanismos de jogos que o treinador português conseguiu colocar em prática.
Com a vitória por 2 a 0 sobre o Vasco, o time rubro-negro agora depende apenas de si para ser campeão brasileiro, no caso, bi, já que tem confronto direto contra o Internacional dentro de casa.
Entre Domènec Torrent e Rogério Ceni, obviamente que o atual treinador é quem mais tenta "emular" o modo JJ na sua forma de jogar. Começando pelo sistema com dois atacantes, em que tem Gabriel e Bruno Henrique. A necessidade do pós-perda de muita pressão, a linha defensiva alta, Filipe Luís como um lateral-construtor... Algumas semelhanças são bastante claras.
Fla bate Vasco com gols de Gabigol e Bruno Henrique; assista
Mas é um Flamengo diferente. Com alguns mecanismos e peças com funções distintas. Simplesmente porque trata-se de um esporte que exige mudanças. Sempre.
Um time de futebol é um organismo vivo. Necessita de adaptações e ajustes a cada jogo. Peças sobem e crescem de desempenho. Lesões, suspensões, jovens que chegam e tomam espaço. São vários os motivos para se entender que um time campeão não permanece estático por temporadas. E é o caso do Fla.
Por mais que ainda tenha muita margem de crescimento, o time rubro-negro vive um momento de crescimento justamente por ter sido obrigado a fazer ajustes e criado novas dinâmicas de jogo.
Arão na zaga
O primeiro ponto, que mexe todo o tabuleiro flamenguista, é o recuo de Willian Arão para a zaga. O volante tem dado conta do recado, mas mexeu na posição de vários companheiros.
Diego entrou no time. Com características totalmente diferentes das de Arão, Gerson ganhou novas atribuições. A nova dupla de volantes se alterna bastante nas subidas ao ataque, mas é Gerson quem, nitidamente, está mais contido. Até chega na área, mas não com a frequência da temporada passada.
Os laterais também passaram a ter mais responsabilidades na hora de defender. Raramente atacam ao mesmo tempo. Justamente para criar um equilíbrio no momento em que a equipe perde a bola, deixando mais jogadores na retaguarda para neutralizar contra-ataques.
Por exemplo: quando Filipe Luís avança um pouco mais no campo, Isla dá alguns passos para trás e fica vigiando um provável contra-ataque. Quando Isla sobe, espetado, Filipe fecha por dentro e joga quase como um terceiro zagueiro, construindo de frente para o jogo - aliás, função que o mesmo se sente mais confortável (veja nas imagens abaixo).
Isso faz com que Bruno Henrique ou Arrascaeta precise "abrir o campo" pelo lado esquerdo, justamente para tentar abrir a defesa, já que não é o lateral quem vai ultrapassar a todo instante por ali.
Como disse acima, o Flamengo ainda é um conjunto em construção. Oscila dentro das próprias partidas e também no campeonato. Mas a qualidade que tem e a melhor organização de suas peças neste momento o recolocaram na disputa pelo título.
E isso é fruto de mudanças. De saídas e ajustes. De um organismo vivo pedindo transformações.
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Palmeiras e Santos fazem a final da Conmebol Libertadores no próximo sábado (30), e separei lances que mostram em que cada equipe precisa ficar esperta para não ser batida pela rival. Uma análise de pontos negativos que os dois finalistas têm mostrado nos últimos jogos e que precisarão ajustar para levar o caneco no Maracanã.
O FOX Sports transmite ao vivo a final da Conmebol Libertadores, entre Palmeiras e Santos, no próximo sábado, 30 de janeiro, a partir das 17h (horário de Brasília). A decisão também terá acompanhamento em tempo real do ESPN.com.br, com VÍDEOS de lances e gols. E quando a bola parar, a melhor cobertura pós-jogo será na ESPN Brasil e no ESPN App, com entrevistas, festa do título e muita análise e opinião em SportsCenter e Linha de Passe, entre 19h e 0h.
As fraquezas que Palmeiras e Santos precisam superar; assista
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Palmeiras e Santos fazem a final da Conmebol Libertadores no próximo sábado (30), e dois jogadores, um de cada lado, podem ser considerados os pilares de suas equipes.
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Um esbanja vigor físico e quase nunca perde uma disputa, seja por baixo ou pelo alto, é um dos líderes do grupo alviverde e não só comanda a zaga como é importante no começo das jogadas.
O outro é o ponto de equilíbrio alvinegro em campo, diminui o espaço como poucos na marcação e compõe a defesa quando um dos zagueiros sai.
É em cima destes dois 'carregadores de piano' que montei mais esta análise no DataESPN, que você vê no vídeo abaixo.
Paredão' x 'cara do equilíbrio' em Palmeiras e Santos; assista
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Nesta análise você vai entender como Guardiola usou uma qualidade de Arteta contra ele para vencer o clássico no Etihad Stadium, por 1 a 0, no último sábado, em jogo válido pela Premier League. Assista:
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Análise das principais dificuldades do São Paulo na derrota para o River Plate, por 2 a 1, em Buenos Aires, que acabou eliminando o time do Morumbi da próxima fase da Copa Libertadores:
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Depois de fazer um primeiro tempo ruim dentro de casa, o Grêmio conseguiu se recuperar na segunda etapa e vencer a Universidad Católica por 2 a 0, na última terça-feira, e garantiu sua classificação para as oitavas de final da Copa Conmebol Libertadores. Ao fim do jogo, Renato Gaúcho afirmou que precisou fazer ajustes táticos no intervalo para sair do "desconforto" que os chilenos criavam. Veja na análise em vídeo quais medidas foram tomadas:
Fonte: Renato Rodrigues
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Muito mais que o primeiro gol da vitória por 2 a 1 contra o Barcelona-EQU, nesta terça-feira, pela Conmebol Libertadores, Pedro foi peça importantíssima para o Flamengo voltar para o Rio de Janeiro com os três pontos. O centroavante trabalhou bem no pivô e ajudou a sua equipe a "sair de trás" muita vezes.
Assista à análise:
Fonte: Renato Rodrigues
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Em mais um DataESPN de casa, mostraremos como em dois gols conseguimos explicar quase todos os problemas do Flamengo na derrota por 5 a 0 para o Independiente Del Valle, em Quito, na última quinta-feira, pela Copa Conmebol Libertadores:
Fonte: Renato Rodrigues
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Com o DataESPN totalmente de casa, analisei as ideias de Domenec Torrent que começaram a surgir nos últimos jogos. Como ataca, como defende, pontos fortes e onde o catalão ainda precisa fazer ajustes. Assista o vídeo:
Fonte: Renato Rodrigues
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O Bayern de Munique, que se mostrou mais forte coletivamente nos últimos meses, levou a UEFA Champions League contra o PSG. Apesar do equilíbrio no confronto que terminou 1 a 0, no último domingo, a conquista foi bastante merecida dado ao nível de jogo que os bávaros apresentaram sob o comando de Hans Flick e dentro da própria decisão no Estádio da Luz.
Mas como em qualquer fracasso, a missão número 1 de nós brasileiros veio à tona: achar um culpado. E não poderia ser diferente que Neymar seria um dos alvos perfeitos para descarregar a fúria da caça às bruxas.
Exista também quem tente o defender. Enfim, não podemos negar que o astro divide amor e ódio por onde passa. Mas vamos tentar olhar tudo isso de uma maneira mais fria e racional.
O ponto principal para olharmos para o que foi a atuação de Neymar na final em Lisboa é o posicionamento dele escolhido por Thomas Tuchel. Questão, inclusive, que passou a ser uma crítica a seu treinador após o duelo.
O brasileiro atuou centralizado no ataque ao lado de Mbappé (pela esquerda) e Dí Maria (pela direita) como vemos na foto tirada do jogo logo abaixo.
"Mas como assim?". "Neymar não é centroavante". "Esse treinador dele fez m...". Definitivamente, não é bem assim.
Ao analisar um jogo ou o desempenho de uma equipe/jogador, busco partir sempre do princípio de entender a ideia por trás da escolha. O que o treinador quis a partir daquela decisão. Para aí sim não apenas definir se foi certo ou errado, mas sim tentar entender se fazia sentido a escolha e se ela deu certo ou não no fim das contas.
No caso de Neymar como centroavante: a ideia fazia sentido. Pelo menos na minha interpretação, Thomas Tuchel quis, além de deixar sua principal referência técnica com o mais liberdade possível para se mover, também evitar desgaste físico de Neymar. Deixá-lo inteiro para quando a bola chegasse até ali para corridas em velocidade e duelos de 1x1.
Outro aspecto importante para deixar o brasileiro centralizado foi usá-lo no limite da linha defensiva do Bayern, que joga sempre muito alta e que mostrou alguns problemas com adversários anteriores. O gol do Barcelona, por exemplo, sai de uma infiltração de Jordi Alba neste exato cenário. Então está mais que comprovado que a ideia fazia sentido e que o treinador não foi tão imprudente assim. Mais que isso, estudou seu rival e planejou uma estratégia em cima de suas características.
A desolação de Neymar, vice-campeão da Champions League
A execução por outro lado, não saiu dentro do esperado. E muito por conta do que o próprio Bayern impôs no confronto. Para se lançar essa bola em profundidade por trás da defesa, o PSG precisaria, pelo menos por alguns instantes, ter situações que não tivesse tanta pressão na bola, para justamente alguém levantar a cabeça e enfiar essa bola no espaço.
Mas isso pouco aconteceu. Os bávaros dominaram o confronto no aspecto físico. Pressionaram a bola freneticamente durante os 95 minutos de futebol em Lisboa. A saída de bola do PSG foi nitidamente quebrada por essas subidas de pressão e impactou muito no desempenho de Neymar e seus companheiros de frente, que também estiveram posicionados para receber essa bola nas costas da defesa durante boa parte do confronto.
Com isso, Neymar passou a receber bolas, muitas vezes, de costas para o gol, como na imagem abaixo. Aí sim um cenário totalmente desconfortável para ele, que tem como forte jogar de frente, arrancando e superando adversários no drible. Com os zagueiros usando a força física e encurtando, pouco rendeu o brasileiro que, com o passar do tempo, foi se irritando e recuando de forma significativa para tentar pegar a bola. Aí, com muitos metros longe do gol, ficou mais difícil atingir seu objetivo.
Ao decorrer da partida, Tuchel jogou Neymar para a esquerda na tentativa de ajustar a equipe e sua influência nas ações ofensivas do PSG cresceu. Mesmo assim, não foi uma noite muito brilhante do camisa 10, que tomou decisões ruins e tem sua parcela de culpa em seu desempenho. Chorou e sentiu o baque de uma derrota dolorida. Traz consigo uma série de erros na sua trajetória no futebol, mas sente uma noite triste como qualquer ser humano.
Mais que isso, deixa também uma lição importante: que existem diversas formas de olhar para o jogo e entender os porquês dele. E dá sim para criticar personagem e questionar as decisões dele, mas podendo fazer isso de forma honesta e respeitosa. Assim só o futebol triunfa.
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O São Paulo protagonizou uma eliminação dura na noite desta quarta-feira, no Morumbi. Sucumbiu frente a um Mirassol valente e organizado (3 a 2), mas que perdeu 8 jogadores titulares durante a pausa da pandemia. Mais do que isso, mostrou problemas estruturais e de escolhas que pairam no clube nos últimos anos e que, mais uma vez, questiona as diretrizes de uma direção pressionada.
E a queda nas quartas de final do Campeonato Paulista se torna ainda mais dura pelo fato de o Tricolor ter sido a equipe mais promissora entre as grandes antes da parada. Muito por demérito dos seus rivais, que não decolaram, mas com pontos positivos e, principalmente, mostrando certa ascensão em cima das ideias de Fernando Diniz. Alguns velhos problemas, no entanto, sempre estiveram ali e vieram à tona.
Tentar entender a situação que o São Paulo se encontra hoje e nos últimos anos requer mais do que achar um culpado. Trata-se de muitas variáveis, um contexto extremamente complexo que vai do campo à direção. Das escolhas, seja para o comando técnico ou escalações, e também uma questão de identidade, raramente vista na última década.
Se olharmos para dentro de campo, para as últimas atuações em si, talvez a palavra que mais me venha à cabeça é controle. Ou melhor, falso controle. Por isso o título do post.
Controle talvez seja uma das coisas mais preciosas que se tenha no futebol. E justamente pelo fato de ninguém tê-lo 100% dentro do campo de jogo. Mas é quase que uma unanimidade: quanto mais controle você tem, mais perto da vitória está. Por isso, trabalha para maximalizá-lo. Tentar ter nas mãos o máximo da narrativa do confronto, antecipando e neutralizando movimentos.
A expressão controle no futebol também vai muito além de ter ou não a bola. Mais uma vez não entrarei no discussão de melhor vs pior ou mesmo bonito vs feio. Mas é fato que existem formas e formas para se dominar um adversário. Para ser mais simples e direto: com ou sem a bola. E por isso é importante contextualizar toda essa perspectiva para entender esse São Paulo de Fernando Diniz.
Não precisa ser amante das táticas para entender qual tipo de jogo Fernando Diniz pratica e quer praticar. Quem o contrata também sabe para o que é. Definitivamente essa não deveria ser uma crítica ao treinador. O ponto aí é: como executar todas essas ideias? E é aí que os problemas acabam expostos.
Vamos começar pela fase ofensiva, momento em que a equipe tem a bola. O fato de querer ter a bola, de ser protagonista no jogo é, sim, elogiável. A saída de bola, por exemplo, tem mecanismos bem estabelecidos a meu ver. O time flui nesta etapa de construção. A ideia de ter Tchê Tchê e Dani Alves por ali, se revezando, nessa iniciação, tem bastante lógica.
Mas é quando a bola chega perto do terço ofensivo que as coisas não encaminham bem. Vemos números de 20, 25, 30 finalizações em alguns jogos... Números frios que, por vezes, podem nos trazer uma falsa métrica. Mas quantas chances realmente foram cristalinas? Quantas partiram de uma finalização que nem deveria ser feita? Em quantas existia pressão na bola? Quantas no alvo? Quantas para fora?
Essa é uma impressão recorrente acerca deste São Paulo. Uma equipe que tem volume ofensivo, mas que não tem consistência, “punch”, nas ações com bola. E isso tem a ver com a filosofia também.
Um time que tem a bola, mas, do meio para frente, parece um pouco aleatório em seus movimentos. Uma espécie de “movimentem-se!”, mas não necessariamente como. Uma liberdade mal programada, extremamente intuitiva e que acredita no talento dos seus jogadores. Obviamente que não explorar suas qualidades seria um erro. Engessar a estrutura não é o caminho, mas o ideal seria sair do extremo. Criar situações e padrões que potencializassem essas qualidades, já que o São Paulo tem isso no elenco.
Mas não, esse livre caos, sem alguma lógica, traz a falsa sensação de controle. Porque ele não se resume a gols necessariamente. E acaba empilhando jogadores num mesmo setor, confundindo posições e funções.
Uma questão muito nítida contra o Mirassol foi a falta de “abrir o campo”. Não que isso seja uma regra. Mas foi perceptível que todos os jogadores se concentravam por dentro, fazendo exatamente o que o adversário queria. Com jogadores um pouco mais na amplitude, talvez espaços pelo centro seriam melhor utilizados. Ou mesmo trocas de lado, para gerar desequilíbrio. Mas o que vimos foram dois laterais jogando na base, com abrindo pouco o campo e dando quase nada de profundidade.
Sem a bola, os problemas ficam muito em cima das transições defensivas, momento da famosa recomposição. É bem verdade que, antes da parada, o São Paulo mostrava certo crescimento neste sentido e sofria cada vez menos nos contra-ataques. Mas esse é um ponto negativo que acompanha o trabalho de Fernando Diniz em outros clubes. O que deixa, muitas vezes, o jogo aberto, sempre a um passo de escorrer das mão. O tal do controle que tanto falo.
Os dois primeiros gols sofridos na noite desta quarta-feira, principalmente, não podem acontecer num nível de competitividade que o São Paulo joga. O primeiro, de um escanteio sem rebotes, e um jogador se aproveitando de todo um espaço por trás da marcação. O segundo, perda de segunda bola e time totalmente desequilibrado para sofrer o ataque rápido. Essa transição descoordenada custou caro. Jogar bem é defender bem também.
Mas todas essas falhas estruturais também passam por escolhas individuais.
Jogar no modelo de jogo que Fernando Diniz tenta implementar exige muito mais que qualidade técnica. Essa organização deve sempre partir do princípio da intensidade, seja com ou sem bola. Jogar com uma linha defensiva alta, com muitos espaços nas costas dos zagueiros, pede muita proatividade dos atletas no momento em que a posse é perdida. Com ela, a necessidade é de um jogo dinâmico, com passes rápidos e mais profundidade.
Não sofrer o contra-ataque está muito atrelado ao que você faz no momento em que perde a bola. E isso falta ao Tricolor. Por vezes nem por ausência de vontade mesmo, mas por características individuais dos atletas escolhidos. Pegando de trás para frente, partindo do ponto que o São Paulo vai pressionar alto, Vitor Bueno e Pato, por exemplo. Ninguém dúvida da qualidade técnica de ambos. Mas e no momento em que se é necessário reagir rapidamente e pressionar a bola “como se não houvesse amanhã”?. A dupla, definitivamente, não entrega agressividade. Não se encaixa no plano. Igor Gomes até tenta, mas também não é algo destacável nas suas características.
Então vamos lá: se sua ideia é pressionar alto, ser agressivo lá na frente e asfixiar seu adversário, como fazer isso com três jogadores que não tem essas virtudes? Realmente é uma lógica que não faz sentido e que, por mais que funcione em jogos e jogos, uma hora outra pode estourar num contra-ataque letal. E nem que isso tenha sido um problema contra o Mirassol, mas essa bola saindo de uma primeira pressão é um problema.
Se instalar no campo do adversário também exige resistência, capacidade de se repetir movimentos. Joga, perde, pressiona, recupera, joga, perde, pressiona, recupera... Essa é a dinâmica necessária para fazer esse tipo de jogo ser efetivo. Outro ponto é a capacidade dos jogadores de lado percorrerem longas distâncias durante todo o jogo. Reinaldo e Juanfran, apesar de terem suas qualidades, estão longe de ser esses caras. Até por isso não geram amplitude/profundidade pelos lados. Deixa-se de abrir o campo e empurrar o adversário para trás, ganhando espaço entre os jogadores de defesa do rival e na entrada da área.
Por mais que Igor Vinícios e Léo tenham seus defeitos, os vejo com com essas características. Força e resistência para subir e descer, além da capacidade de se impor fisicamente nos duelos. As recentes atuações da dupla, aliás, também credenciam uma maior regularidade no time titular e, por suas particularidades, poderiam acrescentar equilíbrio ao time, principalmente sem a posse da bola.
É simples escolha. Você ganha de um lado e perde do outro. Juanfran e Reinaldo te trazem mais experiência e qualidade técnica, mas deixam a desejar em outros aspectos. É a mesma lógica com os laterais mais jovens. Mas vejo necessidade de mais fisicalidade neste São Paulo. E talvez seja um dos times com mais material humano no Brasil para poder mudar um cenário com seu próprio elenco. São muitos jogadores promissores vindo de Cotia para trazer qualidade com a bola e fome sem ela.
A problematização sobre manter ou não Fernando Diniz no cargo não se trata de “passar pano” como muita gente tende a acusar. É o simples fato de entender ser uma escolha complexa. Justamente por ser algo feito com certa recorrência no clube nas últimas temporadas e que só jogou o clube ainda mais para trás. Por isso é uma decisão difícil.
Um dos grandes erros do time do Morumbi nesta década foi a falta de norte. Uma gestão técnica mais coerente. Já repeti isso algumas vezes. Escolhas para o comando técnico que iam de Bauza a Osório, Doriva a Jardine, Cuca a Jardine... Sem entrar no mérito da qualidade desses profissionais, que são capazes, mas sim no tipo de trabalho que cada um tentava propor. Extremos totais, fazendo com que o clube rompesse com linhas diversas vezes, e deixando de criar qualquer identidade que seja.
Ao apostar em Diniz, a diretoria são-paulina deu o recado que a linha que querem seguir é a mesma de Jardine, Rogério Ceni e Osório. Mas trocar agora seria em qual sentido? Romper de novo ou apostar mais uma vez nesse estilo? Quem escolher? Vão sustentar e apoiar a próxima escolha? São todas perguntas muito necessárias e difíceis de serem respondidas pelo histórico recente da atual administração.
Por mais que o baque dessa última eliminação tenha sido forte, vejo o São Paulo com problemas ajustáveis. E pelo próprio Diniz. Em questão de ambiente e condução de trabalho, as referências são as melhores. É um treinador trabalhador e preocupado com os detalhes, agregador e que tem o grupo ao seu lado. Resta saber o quão disposto ele está de se desprender de algumas convicções e tentar essa volta por cima.
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