Fisiculturismo é um esporte mais mental do que físico

Rê Spallicci
Rê Spallicci
Um esporte mais mental do que físico
Um esporte mais mental do que físico Bill Fotos

O corpo nunca responderá completamente aos seus treinamentos até que você entenda como treinar a mente também. A mente é um dínamo, uma fonte de energia vital. Essa energia pode ser negativa e trabalhar contra você, ou pode ser utilizada para dar-lhe treinamentos inacreditáveis e desenvolver um físico que se mantenha até suas mais entusiásticas expectativas.

Arnold Schwarzenegger

Uma das características que mais amo no fisiculturismo é o quanto a atividade envolve o poder mental. Quem olha de fora, sem conhecer o esporte, pode pensar que, para ser um atleta fitness, tudo se resume ao corpo: ganhar músculos e ter uma alimentação controlada. Sim, esta é uma realidade também, mas é somente a parte visível de quem não está por dentro do que, na verdade, é o fisiculturismo. Falo isso porque a parte invisível diz sobre o quanto precisamos ter força mental, exatamente para conseguirmos controlar nosso corpo a ter restrições alimentares severas, treinos altamente desgastantes e suportarmos as pressões das competições.

A mente é um importante instrumento e, quando ela não está totalmente condicionada para suportar a carga emocional de uma competição ou de uma preparação, ou até mesmo de uma meta pessoal traçada por um atleta amador, esse descompasso se reflete automaticamente no resultado e na performance esportiva. Afinal, cabe à nossa dimensão psicológica integrar a motricidade, os conhecimentos táticos e mesmo o potencial fisiológico, de modo a garantir o alto desempenho. 

Ganhar músculos e ter uma alimentação controlada é uma realidade, mas não é tudo.
Ganhar músculos e ter uma alimentação controlada é uma realidade, mas não é tudo. Bill Fotos

Atletas de alto nível são justamente aqueles que demonstram a prontidão psicológica adequada nos momentos de treino e de competição, que conseguem manter um estado ótimo de atenção e presença, além de dominarem pensamentos e emoções que atrapalhem o desempenho.

E isso não é uma habilidade com a qual a pessoa nasce, mas sim, é uma série de características de personalidade e formas de abordar a prática esportiva e profissional que podem – e muito – ser desenvolvidas por meio de trabalhos psicológicos adequados.

Essa possibilidade de treinar a mente é o que mais me apaixona no esporte! Isso porque este “treino mental” nos proporciona  algo que eu acredito ser o ponto fundamental em nossa jornada como seres humanos: o autoconhecimento. 

Quando nos conhecemos profundamente, entendemos nossas crenças limitantes e as barreiras que nos impossibilitam de atingir nossa melhor performance. Além disso, percebemos que a mente e o corpo não são separados, mas sim, diferentes expressões da vida humana. O que ocorre na mente ocorre no corpo e vice-versa. Por isso, o esporte é uma maneira bastante interessante de se trabalhar a consciência de si mesmo.

Esse processo de autodescoberta estimulado pela prática esportiva pode ser muito prazeroso, e o fisiculturismo propicia isso! Por meio dele, aceitamos nossos limites, o que torna o processo de superá-los ainda mais complexo.

Em sua essência, a prática esportiva de alto nível implica na busca de limites não necessariamente para superar o outro, como uma forma de submeter o adversário, mas sim, como uma maneira  de nos conhecermos melhor.

No fisiculturismo, o adversário é muito mais um parceiro do que um inimigo, pois preciso dele para poder encontrar minha melhor performance. Este é o sentido essencial do esporte!

Seja para competir em alto nível, seja para praticar seu esporte favorito, o preparo mental e o autoconhecimento são tão importantes quanto a boa forma para que você possa alcançar os objetivos a que se propôs.

Portanto, trate de colocar seu corpo e sua mente em equilíbrio e perfeita sintonia, trabalhando juntos em direção às suas metas!

Busque seu propósito. Deixe seu legado.

Rê Spallicci

Fonte: Rê Spallicci

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Em busca do conjunto completo: entrevista com a fisiculturista Étila Santiago

Rê Spallicci
Rê Spallicci

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Continuando a nossa série de entrevistas com grandes campeãs do fisiculturismo, a minha convidada de hoje é a Étila Santiago, top 10 no Mundial Mr. Olympia, o maior campeonato do mundo do nosso esporte. Neste bate-papo, ela conta um pouco sobre  sua trajetória, objetivos e conquistas. Confira! 

Renata Spallicci – Conte-nos pouco de sua história. Você sempre treinou? Como o fisiculturismo surgiu em sua vida?

 Étila Santigo - Sempre fiz esportes: natação, basquete. Mas o fisiculturismo chegou no final de 2015. Nessa época, eu não treinava, era modelo. E  tudo que eu queria era “estar mais magra”, ou seja, só fazia aeróbicos... Porém, me apaixonei pelo físico das atletas de minha categoria. Nessa ocasião,  não havia muitas atletas brasileiras nesse esporte, mas lembro ter visto alguma,  mostrado para um treinador e disse: quero ficar assim! Foi quando entrei de cabeça no esporte!

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RS - O fisiculturismo ainda é visto com desconfiança por muitas pessoas. Como foi para você quebrar barreiras e superar preconceitos?

 ES - Não foi nada fácil! Mas confesso que isso até me incentivou mais.. Tudo que o esporte me ensinou coloco em prática hoje: paciência, persistência... nada que vem fácil! Por isso é tão gratificante quanto aquilo que lutamos pra conquistar. Então tento ver por esse ângulo! Vai chegar a hora em que o fisiculturismo no Brasil será respeitado aqui tanto quanto é nos EUA. 

RS – Você é formada em Direito, certo? Como concilia as  duas carreiras?

ES - Sou formada em Direito, mas, atualmente, não estou exercendo. Mas posso lhe afirmar que o esporte nunca me atrapalhou.. Só em períodos  de provas e na época do TCC é que foi complicado.

 RS - Quais foram as principais conquistas de sua carreira?

 ES – Sou Campeã brasileira 2016 e  três vezes campeã estadual. Campeã Olympia Colômbia,  Campeã Musclecontest Internacional 2018 e overall, me tornando atleta PRO. E como Atleta profissional,  em seis meses conseguimos TRÊS OUROS e top 8 mundial no maior campeonato do mundo (Mr Olympia).

RS - Qual sua rotina de treinamento?

ES - Meus treinos são direcionados a competições, então, há membros que não treino com tanta frequência como quadríceps! Mas treino rotineiramente (ombros, costas e glúteo).

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RS - E sua dieta?

 ES - Depende muito de estar perto ou não de um campeonato, mas minha dieta atualmente está bem flexível:  frutas, variedade de carboidratos e gorduras boas como castanha, pasta de amendoim e abacate.

RS - Quais seus próximos objetivos como atleta? 

ES - Meu objetivo é conquistar ainda mais meu espaço no esporte, ir para dois campeonatos bem requisitados como o Arnold Sports e Olympia, conquistando uma colocação no pódio. E num futuro (próximo talvez), ser campeã do Olympia.

RS - Que conselhos daria para as meninas que querem começar no esporte? 

ES - Persistência! É a chave para esse esporte. Então não adianta querer e não ir atrás de fato. Dieta e treino têm de ser levados a sério... Mas também aproveitar cada momento, ver o físico mudar com cada evolução. Não é um bicho de sete cabeças se você fizer amando a caminhada.

RS - Quais os principais atributos que julga necessários para uma campeã?

Simetria no físico, beleza, desfile... Enfim, um conjunto completo!

Adorei o papo com a Étila e espero que vocês também tenham curtido! É sempre muito bom poder falar com renomadas campeãs que inspiram a todos!

Busque seu propósito. Deixe seu legado.

Rê Spallicci

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Amor que vem de berço: com apenas 9 anos, Clara já é apaixonada por fisiculturismo

Rê Spallicci
Rê Spallicci

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Hoje eu quero compartilhar com vocês uma história muito, muito especial! A história da Clarinha, uma menina linda de Pernambuco que, aos nove anos, já é uma apaixonada pelo fisiculturismo! E se engana quem pensa que ela é apenas uma fã... Ela é uma atleta! Isso mesmo, uma atleta aos nove anos de idade!

Por mais incrível que possa parecer, Clarinha começou sua paixão pelo esporte aos cinco anos. Segundo seu pai, Artur, ela via os perfis das atletas nas redes sociais e dizia que queria ser como elas! “Mas ela dizia que não queria esperar ser adulta,  queria começar já”. Preocupados com a possibilidade de o esporte atrapalhar o desenvolvimento da menina os pais, Artur e Daciane,  a levaram ao cardiologista, ao pediatra, a uma nutricionista e a um psicólogo, e todos a liberaram para treinar.

Assim, aos cinco anos e meio, a pequena Clarinha começou  sua “carreira” fitness. “No começo,  só fazia exercícios funcionais e atividades bem lúdicas. E mesmo hoje, ela trabalha com pouco peso e sempre acompanhada por profissionais”, destaca o pai.

 Porém,  só treinar  não era o suficiente para a precoce atleta. “Eu queria subir no palco e me apresentar como as atletas profissionais”, conta Clarinha. E não é que a menina realmente passou a participar de campeonatos?! Ela participa na categoria Children e não compete com outras crianças, apenas se apresenta. “Até porque aqui em Pernambuco nem tem mais crianças que participam do campeonato”, diverte-se o pai. 

E o mais interessante dessa paixão da Clarinha pelo fisiculturismo é que, apesar da pouca idade, ela gosta de todo estilo de vida dos atletas. “Ela tem uma alimentação toda acompanhada por uma nutricionista. Não é uma dieta restritiva, até pela idade dela, mas é uma dieta saudável. E isso é algo dela mesmo. Ela não gosta de comer bobeira e, quando vai a festinhas, o máximo que  come de diferente é meio pedacinho de bolo e toma meio copo de guaraná. Mas isso é algo que faz parte do jeito da Clarinha ser, não é nada imposto”, comenta Artur.   

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Ao conversar com Clarinha, me espantei com sua espontaneidade e fluência verbal, algo impressionante para uma menina tão novinha. E o que me encheu mais de paixão foi quando lhe perguntei qual seu sonho  como atleta para o futuro. Claro que perguntei já pensando na resposta: “Quero ganhar campeonatos, ter muito seguidores e tal e tal”. Mas sabem qual foi a resposta da Clarinha?

 “O meu sonho no esporte é passar para as pessoas que elas cuidem da saúde. Que  se alimentem direitinho,  treinem direitinho,  sem se esquecer do descanso, que também é importante para a nossa saúde. Isso tudo é saúde, e é o que quero passar para as pessoas. Este é o meu propósito! O meu propósito também é passar amor e ajudar as pessoas a não dependerem de remédio ou ficarem em uma cama de hospital, mas a cuidar da saúde. Para isso, quero ser nutricionista esportiva para ajudar as pessoas a terem uma alimentação saudável. E também ser professora de educação física.”

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Gente, não é muito fofo? Onde compro um modelo desses?? Ela falou propósito, gente! Ela tem propósito com 9 anos, o que dizer mais?? Acho que com esta frase da Clarinha, tudo o que posso dizer para terminar é o quanto este esporte me surpreende e ensina cada dia mais! E o quanto desejo para a Clarinha que todos os seus sonhos se realizem.

Espero que tenham gostado tanto quanto eu!

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Rê Spallicci

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Dá para ser feliz fazendo dieta? Um pouco sobre disciplina e comprometimento

Rê Spallicci
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Ana Fritzen é uma fera no fisiculturismo e também da cozinha! Atleta repleta de títulos, tem também um canal no YouTube onde mostra que “dá para ser feliz de dieta”. E é para contar um pouco mais sobre a carreira como atleta, rotina de treinos e, claro, sobre dieta, que tive este bate-papo exclusivo com ela. Acompanhe:

Renata Spallicci – Conte-nos um  pouco de sua história. Você sempre treinou, mas como o fisiculturismo surgiu em  sua vida?

Ana Fritzen - Sou apaixonada pelo meu estilo de vida. Tenho 34 anos, nasci em Pirassununga, interior de SP, e fui morar em Curitiba com quatro anos, onde  fiquei  até o  começo deste ano. Formei-me em Direito pela FAE, há seis meses, mudei-me para Maringá onde gerencio uma loja. 

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Sempre fui muito ativa, e meus pais sempre me incentivaram a praticar esporte, me colocaram no jazz aos 7 anos e, aos 15, por vontade própria, comecei musculação... E nunca mais parei. Desde então, senti uma mudança muito grande no meu corpo e, aos 28 anos, fui incentivada pelo meu então personal a participar de um campeonato. Destaquei-me logo de inicio na categoria Bikini Fitness e me apaixonei pelo esporte. Já se passaram seis anos, 15 campeonatos, dos quais  cinco fora do País. Sinto-me feliz por representar o Brasil como atleta fisiculturista. 

RS - O fisiculturismo ainda é visto com desconfiança por muitas pessoas. Como foi para você quebrar barreiras e superar preconceitos?

AF - Há seis anos, quando iniciei, era pior. Eu mesma já tive esse “preconceito”. O que me fez mudar foi conhecer atletas, antes de me tornar uma. A partir do momento em que  decidi competir, comecei a ver tudo de uma forma diferente.Eu tento mostrar um pouco por meio das minhas redes sociais que, na verdade, o que uma pessoa precisa para ser atleta é disciplina e comprometimento. Minha saúde é muito melhor agora do que há seis anos. Hoje, as pessoas estão bem mais preocupadas em se cuidar, sinto que essa barreira está sendo quebrada naturalmente.

RS - Como faz para conciliar as duas carreiras,  gerente de loja e atleta?

AF - No início foi bem conturbado, mas, aos poucos, fui fazendo minha rotina e é exatamente isso que as pessoas têm que ter para conseguir conciliar: seguir uma rotina. Acordo às seis da manhã para fazer cardio e depois do expediente vou treinar...Quem quer corre atrás.

RS - Quais foram as principais conquistas de sua carreira?

Campeã sardinha classic 2019, Campeã arnold 2018/2019, Campeã brasileiro 2017, Campeã brasileira e overall 2018, Tricampeã Paranaense, Campeã sul-brasileira e overall, campeã exponutrition.

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RS - Qual sua rotina de treinamento?

AF - Meu treinador, Fabricio Pacholok, muda o treino de acordo com a fase da preparação, sempre dando ênfase aos meus ombros e glúteos, que é o que minha categoria exige. Faço cardio em jejum seis vezes por semana em uma frequência de moderada a baixa, por 40 minutos, e musculação à tarde. Duas vezes por semana eu não treino. 

RS - E sua dieta?

AF - A mesma coisa... Muda muito de acordo com a fase. Quando estou para competir, fica mais restrita; no momento está mais tranquila. Faço cinco refeições por dia (ovo, frango, banana e whey sempre estão presentes). O que mais amo na vida é cozinhar. Sempre preparo minha comida e invento algo novo para a dieta ficar prazerosa. Por conta disso, fiz um canal no youtube (ANA FRITZEN) para mostrar que dá para ser feliz na dieta.

RS – Nossa, com certeza! Dá pra ser feliz e dá pra comer bem e de forma saudável, né? E que conselhos daria para as meninas que querem começar no esporte?

AF – Primeiro: tenha paciência! A construção de um físico de atleta demora anos para ser construído. Cuidar da sua saúde, fazer exames periódicos é fundamental. Tenha consciência que terá de abdicar de muitas coisas comuns na vida de pessoas com objetivos diferentes, para conseguir chegar no seu melhor. Mas, se você tiver disposto, com certeza se apaixonará pelo esporte. 

RS - Quais os principais atributos necessários?

AF - Vontade, disciplina, foco. No final, vale a pena.

Bom, é isso! Adorei o bate-papo com a Ana e estou certa de que também devem ter gostado! Semana que vem tem mais!

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 Rê Spallicci

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Da anorexia ao estrelato, a história da fisiculturista multicampeã Isa Picini

Rê Spallicci
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Isa Picini
Isa Picini []

Aos 13 anos, Isa Picini se deparou com um problema que, infelizmente, acomete muitas adolescentes: a anorexia. Dos 13 aos 15 anos, ela lutou contra o distúrbio,  chegando ao extremo de pesar apenas 37 kg, tendo 1,66m de altura. “Fiquei internada por mais de um mês para me recuperar. Após sair da internação, quis começar a praticar atividade física apenas para estar feliz com meu corpo de uma maneira saudável. Depois de oito meses, conheci o esporte”, ela conta.

Conhecendo o fisiculturismo  e treinando muito,  se tornou uma multicampeã! E é sobre esta trajetória que conversei com a atleta campeã do Mr. Olympia, Isa Picini!

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Acompanhe: 

 Renata Spallicci – Conte-nos um pouco de sua história. Você teve anorexia e após esse episódio passou a se relacionar com seu corpo de outra maneira e ter uma vida mais saudável? Como foi a transição até se tornar uma atleta fitness?

 Isa Picini – Pós-anorexia, eu comecei a entender que, para ter um corpo com que eu me sentisse bem e de maneira saudável, sem colocar minha saúde em risco, eu precisava me alimentar melhor, comer de verdade e não ter medo da comida, pois ela estava me dando energia, nutrientes para poder viver e fazer as coisas do dia a dia. A transição não foi da noite para o dia. Fui entendo aos poucos, pesquisando e, como já havia tido um acompanhamento sobre alimentação,  durante o tratamento,   comecei a tentar adequar os alimentos à minha rotina, montando meus horários.

Depois comecei a treinar, organizar o que comer antes e após o treino. Naquela época, não havia tantas informações como há hoje e não existiam   tantas pessoas fitness no Instagram, mostrando o dia a dia, o que comer ou não. Porém,  já havia algumas, e eu tentava aprender o máximo que podia, até procurar  um nutricionista e ter algo mais adequado e específico.

 RS – Como foi a percepção das pessoas que estavam ao seu redor sobre essa mudança em sua vida? Houve preconceito?

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IP - No início, ainda estava na escola, com 17 anos e estudava à noite. Quando as pessoas me viam comendo um monte de ovos, falavam que eu estava ficando doida, que aquilo era besteira e ia ficar parecendo um homem. Na minha família, era algo novo, mas eles nunca me disseram “não” ou colocaram alguma barreira, pois sabiam que o esporte estava me fazendo comer, estar mais feliz e motivada com a vida. Então, eles sempre me apoiaram. Mas, se eu tivesse ligado para o preconceito das pessoas, não estaria tão feliz hoje em dia com o que eu faço.

 RS – Você é uma multicampeã na categoria Bikini Divas e acabou de conquistar o maior título de sua carreira. Quais suas principais conquistas?

 IP - Quando eu era atleta amadora (aos 18 anos) meus títulos mais importantes foram: campeã brasileira, Sul-americana e do Arnold Classic Ohio. Com 19 anos, me profissionalizei e, aos 20, estreei nos palcos profissionais. Todos os títulos no profissional foram importantes. Fui sete vezes campeã e vice-campeã do Arnold Classic PRO OHIO, e o maior título que um atleta pode ter eu conquistei este ano: me tornei campeã mundial do Mr. Olympia, em Las Vegas! Esse é o maior título que se pode ter no esporte, então é o mais importante para mim até o resto da  vida.

RS – Como é  sua rotina de treinos?

 IP - Eu treino e faço cardio de segunda a sábado. No domingo, eu descanso. Em preparação para competir, eu treino e faço cardio duas vezes por dia, dividindo em dois turnos.

RS – E a sua dieta?

 IP - Minha dieta é bem variada: como carne, peixe, frango, arroz, salada, castanhas, legumes, ovos e, dependendo da fase, frutas. Como seis vezes ao dia a cada três horas e tomo um shake de proteína após o treino.

 RS - Quais seus planos futuros para o esporte?

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IP -  Como eu disse, o maior sonho de qualquer atleta profissional é ganhar o Olympia, e esse era meu sonho no esporte, nem que eu ficasse dez anos trabalhando por isso. Hoje tenho 22 anos e pretendo competir muito ainda, e a meta agora é defender o título.

 RS – Que  dica  dá para as meninas que querem começar no esporte?

IP - Se informar! Hoje em dia, tem muita informação disponível para quem quer começar. Claro que o correto é procurar um profissional da área. Porém, nem todas estão com condição no momento, como foi o meu caso. Então, eu pesquisei e fiz o máximo que eu podia com o que eu tinha, até conseguir me estruturar melhor. E sempre acreditar nos seus sonhos e objetivos. Todos vão criticar qualquer coisa que você faça, porém você tem que ter certeza do que quer e o porquê de estar fazendo isso!

Bom, é isso! Gratidão pelo bate-papo com esta supercampeã e por poder compartilhar com vocês esta história de superação e conquistas!

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Rê Spallicci

 

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Dos tribunais para os palcos do fisiculturismo

Rê Spallicci
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Patrícia Richter
Patrícia Richter []

Patrícia Richter foi a grande vencedora do Mr. Olympia Brasil, que aconteceu em outubro, juntamente com a feira BTFF. Gaúcha, residente em São Paulo há quase dez anos, ela é formada em Direito pela PUCRS, mas abandonou a advocacia para viver sua paixão pelo esporte e sua “missão de vida” de ajudar as pessoas a terem o corpo que desejam.

Patrícia já atuou como atriz, inclusive no programa “Pânico” na Band, até se tornar uma atleta fitness e coach de emagrecimento. Conheça mais sobre a atleta campeã do Mr. Olympia nesta entrevista exclusiva que ela concedeu para o meu blog aqui na ESPN W.  

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Renata Spallicci - Conte pra gente um pouco de sua trajetória no esporte. Desde quando você treina?

Patrícia Richter - Treino há 15 anos. Sempre admirei a categoria wellness e sempre amei o mundo fitness. Lá hà feiras fitness, mesmo antes de realizar o sonho de competir como wellness. Eu era muito magrinha,  por isso, jamais achei que conseguiria modelar meu corpo para a categoria. Então, ficava admirando as atletas no palco e pensando como eram maravilhosas, determinadas e lindas. Fui incentivada por muitos amigos a participar do concurso Garota Fitness São Paulo 2017. Venci, e depois dessa conquista, acreditei que tinha potencial para o fisiculturismo. Ganhei o Garota Fitness Brasil 2018 e, a partir daí, comecei a trabalhar meus pontos fracos para conseguir realizar meu sonho de competir na categoria wellness.

 No meu primeiro campeonato Paulista, já consegui o primeiro lugar na categoria “estreantes” e terceiro lugar na sênior. 

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Subi no Mr. Olympia Brasil em 2018 e foi uma superexperiência, competindo com atletas de vários países. Não ganhei troféu, mas adquiri uma maturidade única!

Disputei novamente o estadual e ganhei o Ouro pela segunda vez. Isso me deu mais determinação para o Mr. Olympia 2019. Fiz uma preparação árdua com 24 horas de dedicação todos os dias, tanto por parte da dieta quanto nos treinos. Tive o acompanhamento de excelentes profissionais, e foram eles que ajustaram cada detalhe, pois são os pequenos ajustes que fazem a diferença no final.

Consegui o tão sonhado Ouro nesse campeonato, que é o maior do mundo, e até hoje parece que ainda não “caiu a ficha”! Um sonho, uma realização ! Uma certeza de que, quando acreditamos, quando temos amor e  fazemos com toda nossa dedicação, os sonhos podem se tornar realidade.

RS - Estas foram as principais conquistas de sua carreira?

PR - Minha principal conquista foi muito além dos títulos e troféus. Além da evolução visível do meu shape, a transformação principal foi de dentro pra fora. Aprendi que nossa principal força está na mente. É ela quem determina tudo. É somente ela que pode  torná-lo um campeão ou um perdedor .

RS - Qual sua rotina de treinamento?

PR - Treino de 6 a 7 vezes por semana.

RS - E sua dieta?

PR - Minha dieta é hipercalórica limpa.

RS - Você está cursando Nutrição e atua como coach de emagrecimento. Fale-nos um pouco desta sua atuação?

PR - Sou formada em direto pela PUC-RS, porém achei meu chamado e minha missão, meu modo de ajudar o próximo, que é por meio da  nutrição.  Eu me apaixonei por essa profissão  incrível que muda e salva vidas. Fiz curso de coach especializada em emagrecimento, além de especialização em nutrição esportiva. Estou atendendo em conjunto com o personal trainer Thomaz Eloi, no programa “O corpo que eu quero”. Nosso programa consiste em dez semanas de acompanhamento, nas quais o cliente determina seu objetivo final. Nós indicamos o caminho certo para ele trilhar e  o ajudamos a não se perder no caminho.

RS - Quais seus próximos objetivos como atleta?

PR - Penso em competir no exterior. Ainda estou comemorando o Olympia 2019, rs... Em breve, estarei planejando os passos pro ano que vem.

RS - Que conselhos daria para as meninas que querem começar no esporte? Quais os principais atributos necessários?

PR - Acreditem em  seus sonhos. Se vocês têm amor pelo esporte e sonham em ser atletas, tenho certeza de que vão alcançar. Por amor, modelei meu corpo e minha mente. Sem minha mente equilibrada, não adiantaria eu estar com o shape modelado. Podem ter certeza disso! Procurem profissionais que o ajudem e que se dediquem, que sejam acessíveis e deem as dicas certas. Cuidado em quem vocês confiam. Apresentação no palco é importantíssimo. Treinem poses. E lembre-se: esse esporte requer 24 horas de dedicação e foco!

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Rê Spallicci

 

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Os óleos essenciais no esporte

Rê Spallicci
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Não é de hoje que se fala em óleos essenciais e seus benefícios para o bem-estar. Mas confesso que sempre tive um pouco de resistência e não acreditava que eles fossem tão eficientes quanto algumas pessoas alardeavam.

 Até que, em um evento, conheci o Alessandro Fromer, fisiologista especializado em esportes de alto rendimento, e que me apresentou os resultados que vem obtendo com atletas de diferentes modalidades.

 Aí resolvi experimentar e... Gente! Não é que funciona mesmo?!

 Uso no esporte

 Destilados diretamente a partir de suas fontes vegetais, os óleos essenciais são agentes com múltiplas funções e possuem usos quase inesgotáveis para o nosso bem-estar emocional e físico.

 Fisiologista, Alessandro Fromer trabalhou em renomados clubes brasileiros de futebol e também em clubes europeus e nunca havia se interessado pelos óleos essenciais. Até que, um dia, ele estava com uma dor forte nas costas e a  esposa dele, que é psicóloga e usa os óleos em seu trabalho, passou um dos óleos no local que estava dolorido. No dia seguinte, ele não sentia absolutamente mais nada. “Aí, aquilo feriu o meu ego científico, e eu fui estudar e conhecer mais sobre os óleos e, realmente, me fascinei por seus benefícios”, relata.

 Ao conhecer os efeitos que os óleos poderiam causar em atletas, não somente para cuidar de dores, mas para aumentar resistência, foco, acelerar a recuperação, Alessandro passou a apresentar o produto para colegas que atuam em times de futebol, e todos ficaram  espantados com os resultados.

 “Muitos dos meus colegas disseram que só toparam testar porque  era eu que estava indicando. E,  se fosse outra pessoa,  eles nem receberiam. Mas depois que conheceram os resultados, passaram a adotar protocolos em seus clubes.”

 Hoje, seis times da série A do Campeonato Brasileiro usam os óleos essenciais para diversos objetivos, além de atletas de crosffit, futsal, tênis, entre outros.

Para se ter uma ideia da força dos óleos, foi feito um estudo em uma das principais equipes de futsal do Brasil,  no qual se constatou que o uso de uma gota do óleo de hortelã-pimenta aumentou o potencial de força, a velocidade de reação, o impulso vertical e a precisão do chute. Isso apenas cinco minutos após a ingestão.

 E as possibilidades dos óleos no esporte são muitas, desde o uso de óleos essenciais que favorecem um sono mais tranquilo, até aqueles que aumentam a concentração e o foco emocional.

“Há times que usam os óleos que favorecem o sono, no vaporizador do quarto dos atletas durante a concentração”, conta Alessandro.  

Eu tenho utilizado o óleo para me dar mais energia para treinar, e os resultados estão sendo absurdos! De uma cética aos seus efeitos, hoje sou uma usuária e defensora dos óleos e posso atestar que eles realmente funcionam. 

Os óleos essenciais podem ser utilizados de forma aromática, tópica ou como flavorizantes, sozinhos ou em misturas complexas de óleos essenciais, dependendo da experiência do usuário e do benefício desejado.

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Dia do fisiculturista: Parabéns aos atletas do esporte que aprendi a amar e a admirar

Rê Spallicci
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Neste dia 30 de outubro, toda a minha gratidão ao fisiculturismo por todos os ensinamentos que levo para a minha vida!
Neste dia 30 de outubro, toda a minha gratidão ao fisiculturismo por todos os ensinamentos que levo para a minha vida! []

Hoje é Dia do Fisiculturista, e eu não poderia deixar de falar aqui na minha coluna sobre esta data de uma modalidade que é tão importante em minha vida! Sempre tive a atividade física como algo central em minha rotina, primeiro por meio do ballet, modalidade que pratiquei por muitos anos até me formar uma bailarina, e depois com a musculação.

Comecei a treinar musculação na faculdade, mas confesso que o fisiculturismo não me atraía naquele momento. Mas, conforme fui me interessando mais por malhar, por ter uma alimentação equilibrada para melhores resultados, comecei a perceber o quanto o fisiculturismo é um esporte complexo. E pouco a pouco, passei a  me interessar pela modalidade!

 O estalo com o WBFF  

 Mas foi o WBFF que, realmente, fez com que eu me apaixonasse de vez  pelo fisiculturismo! Para quem não conhece, a competição evidencia o lado fashion e glamoroso do mundo fitness, analisando os atletas não apenas pelo corpo, mas também pelos trajes, simpatia e desenvoltura no palco. Lembro-me de que, quando vi pela primeira vez uma competição do WBFF, pirei e comecei a acalentar o sonho de “quem sabe um dia” estar brilhando naqueles palcos!

Até que o sonho se tornou realidade, passei a competir no WBFF e me tornei uma atleta profissional da modalidade e fui convidada para escrever esta coluna aqui na ESPN W! E quanto mais estudo, conheço e me aprofundo no fisiculturismo, mais e mais me apaixono! 

Foco, força e fé! 

Por isso, nesta data gostaria de deixar todo o meu carinho e admiração por todos os fisiculturistas e bodybuilders e aproveitar a ocasião para expressar a gratidão por tudo que este esporte me ensina a cada dia. Mais do que músculos, construímos paciência, resiliência, poder mental e muita tenacidade na busca por objetivos cada vez maiores. A competição do fisiculturista não é com aqueles com quem  sobe no palco, mas com nossos limites, e é isso que torna o esporte tão apaixonante!

E, se você sonha em competir, um dia,  meu maior conselho é tenha foco. força e fé! O fisiculturismo exige não apenas empenho físico, mas mental também. É preciso alinhar os treinos superpesados e que exigem muito do corpo, com uma disciplina rígida de dieta, suplementação, e o mais importante: a força de sua mente. É ela que vai  mantê-lo  no foco, vai lhe dar motivos para continuar firme em direção ao objetivo, até mesmo nos dias mais difíceis. Mas uma coisa eu posso garantir a vocês: a sensação de alcançar e superar suas metas vai recompensar todo o esforço!

 Minha gratidão ao esporte e a todos os fisiculturistas!

 Busque seu propósito. Deixe seu legado.

Rê Spallicci

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Dia do fisiculturista: Parabéns aos atletas do esporte que aprendi a amar e a admirar

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Destaque no mundo fitness, Michelle Lewin é a entrevistada da semana

Rê Spallicci
Rê Spallicci


No último final de semana, aconteceu em São Paulo, no Expo Center Norte, a 3ª edição da BTFF – Brasil Trending Fitness Fair. E uma das presenças internacionais de mais destaque no evento foi Michelle Lewin, modelo e atleta fitness venezuelana, radicada em Miami, Estados Unidos, e que conta com mais de 13 milhões de seguidores!

Ela veio promover a modalidade Strong Zumba, explicando como ministrar o treinamento, baseado em coreografias com intervalo de alta intensidade, e como trabalhar para incentivar os alunos a atingirem suas metas.

Aproveitando a estada de Lewin aqui no Brasil, eu fiz uma entrevista exclusiva com ela. Simpática, sorridente e muito amigável, foi um papo mega-agradável que compartilho aqui com vocês.

 Renata Spallicci- Uma das coisas que mais me chama atenção em sua história é a sua transformação. Conte pra gente um pouco sobre o processo de mudança em seu corpo.

Michelle Lewin – Quando eu tinha 17 anos, há muito tempo, quase na metade da minha vida, já que hoje tenho 33 anos, eu resolvi entrar para o mundo fitness, porque não me sentia bem comigo mesma, não estava feliz com meu corpo e estava entrando em um processo de depressão. Eu tinha 1,63 de altura e somente 41 quilos! Então, resolvi começar a treinar e, junto ao treino, passei a ter uma vida mais saudável... E não parei mais.

RS – Como surgiu esta sinergia com o Strong Zumba?

ML – Eu fui chamada para ser embaixadora do Strong Zumba e achei o programa totalmente espetacular e diferente. É uma rotina de exercícios sob uma trilha musical. São movimentos de golpes, saltos, com acompanhamento da música. Não tem nada a ver com  dança. Você trabalha com o próprio peso do corpo para fazer todos os exercícios e queima muitas calorias! Há aulas de 55 minutos, de 30 minutos, e existe programa de exercícios para todos: homem, mulher, qualquer tipo de idade. A pessoa fazendo zumba de 3 a 4 vezes por semana, certamente vai ficar “sarada” - como vocês falam.

RS – Conta pra gente como é  sua rotina. Quanto tempo você treina, como é sua alimentação...

ML – Eu treino musculação pelo menos duas horas diárias, de segunda a sábado, e a zumba,  3 a 4 vezes por semana, é meu exercício cardio. Domingo não treino e não faço dieta! Como de tudo! Agora, de segunda a sábado, sou muito restrita com minha alimentação.

RS – Como está sendo sua estada aqui no Brasil?

ML – Esta é a quinta vez que venho ao Brasil, sempre a trabalho, mas consigo ter um tempinho para conhecer um pouco do país e da cultura de vocês! Comi pão de queijo, me apaixonei pelo açaí!

RS – É verdade que, em muitos lugares do mundo, acham que você é brasileira?

Michelle Lewin e Renata Spallicci
Michelle Lewin e Renata Spallicci []

ML – Sim! É curioso! Muita gente pensa mesmo que sou brasileira e não venezuelana. E eu fico feliz, porque as mulheres brasileiras são lindas e tem corpos fantásticos! Lindas pernas, bumbum espetacular! Wow! Então, fico orgulhosa! 

RS – E por falar em bumbum, o seu é um dos mais famosos da internet! E levou a mordida de um porco, é isso? Conta a história pra quem não conhece!

ML – Que nada, meu bumbum é pequeno! Mas sim, um dia, em uma praia nas Bahamas, um porco mordeu meu bumbum!! E a foto viralizou, inclusive aqui no Brasil, não é? Mas foi só um susto... É meu post com mais comentários no Instagram. Tive mais de 80 mil comentários... Algo bem inesperado!

RS – Que mensagem gostaria de deixar para o pessoal da ESPN?

ML – Muito obrigada a toda esta gente linda que me apoia aqui no Brasil. E  tenho muito carinho de estar aqui pela quinta vez.

Gratidão a Michelle e ao pessoal do Strong Zumba que proporcionaram este delicioso bate-papo. 

Busque seu propósito. Deixe seu legado.

Rê Spallicci

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Fisiculturismo é um grande laboratório

Rê Spallicci
Rê Spallicci

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Muita gente me pergunta o que me fascina tanto no fisiculturismo. Alguns apostam que é o prazer de aumentar os pesos em uma competição com a gente mesmo, para descobrir nossos limites; outros imaginam que é ver o corpo cada vez mais definido… Mas poucos são os que realmente acertam! O que me fascina no fisiculturismo não são os resultados físicos, mas sim, resultados que podemos levar do palco para todas as pessoas!

Assim como a Fórmula 1 é um laboratório para as tecnologias que teremos em nossos carros, no futuro, o fisiculturismo é um laboratório, a fim de  que, depois, as pessoas comuns possam utilizar  em suas vidas o conhecimento aprendido no esporte.

Um desses casos é a utilização de equipes multidisciplinares para a perda de peso, por exemplo!

No fisiculturismo, a formação de equipe com vários profissionais para o acompanhamento dos atletas é uma realidade. Eu mesma tenho todo um staff que me acompanha –  preparador físico, nutricionista, médico, coachs – , que me auxiliam em diversas  abordagens, para  eu poder alcançar os objetivos a que me propus.

 E este mesmo conceito pode ser atribuído a pessoas que querem perder peso e têm problemas em seguir dietas. 

Segundo estudo científico, conduzido pelos especialistas norte-americanos George L. Blackburn, MD, PhD; Isaac Greenberg, PhD; Anne McNamara, RN; Daniel Rooks, PhD, FACSM; Shannon Fischer, MA; e Kristina Day, RD, LD, os cuidados multidisciplinares, voltados para pequenas etapas e abordagens práticas para a mudança de estilo de vida,  podem ser um meio efetivo de tratamento para muitos pacientes que apresentam dificuldade para a perda de peso.

Isso porque, cada membro do time, formado por médicos, nutricionistas, especialistas em exercícios, terapeutas comportamentais e enfermeiros, traz um conjunto único de habilidades para atender às diferentes necessidades do paciente. Os médicos, por exemplo, pesquisam problemas que podem afetar a perda de peso, enquanto os nutricionistas ajudam os pacientes a aprenderem, gradualmente, a comer menos e a incorporarem alimentos saudáveis em suas dietas. Os especialistas em exercícios ensinam formas práticas de integrar a atividade física no dia a dia, e os terapeutas comportamentais trabalham o preparo mental de todo esse processo de mudança de estilo de vida.

“Estratégias eficazes de tratamento para sobrepeso e obesidade têm sido evasivas. Ao longo dos anos, tornou-se evidente que os objetivos drásticos de perda de peso e abordagens estreitas para o tratamento da obesidade raramente são eficazes, e que uma estratégia mais ampla e multidisciplinar, baseada em pequenas e práticas mudanças de estilo de vida, é mais viável para os pacientes e produz resultados mais duradouros”, ensinam os profissionais em artigo científico, publicado no site Bariatric Times.

Outro ponto, que alguns atletas de fisiculturismo já utilizam há algum tempo, e que passa a ficar mais comum em outras abordagens, é o uso da Programação Neurolinguística (PNL), metodologia que permite compreender a busca do autoconhecimento e identificar nossos modelos mentais, para que possamos questioná-los, refletir sobre eles e, se preciso, ressignificá-los.

Hoje se sabe que ela também pode ser uma aliada na perda de peso, pois a  forma como pensamos tem enorme poder sobre nossas atitudes, e é possível reprogramar esse modelo mental, para que alcancemos nossos objetivos.

E isso serve para todos os segmentos de nossa vida, desde a perda de peso até ganho de massa ou qualquer outro resultado que busque para  seu corpo.

Segundo essa técnica, simples mudanças em nossa forma de enxergar o mundo podem trazer resultados significativos. Trocar frases negativas, como “Eu NÃO quero engordar” por “Eu quero emagrecer” ou “Vou ter uma alimentação saudável” ao invés de “NÃO posso comer doces e massas” seria valioso na busca pela vitória contra a balança.

Ou seja, tudo aquilo que nós, atletas, utilizamos há um tempo serviu de modelo para que outras pessoas possam se beneficiar do nosso aprendizado.E este talvez seja o maior legado do fisiculturismo e que tanto me fascina!

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Rê Spallicci


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Fisiculturismo é um grande laboratório

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BTFF vem aí

Rê Spallicci
Rê Spallicci

Renata Spallicci na BTFF - 2018
Renata Spallicci na BTFF - 2018 []

Se você é apaixonado por fitness e pelo fisiculturismo, não pode ficar de fora dessa! Nos dias 18, 19 e 20, acontece o BTFF Brasil Trading Fitness Fair 2019, o maior evento fitness e wellness do País, que será realizado no Expo Center Norte, em São Paulo.

Em 2019, o BTFF chega à terceira edição, mas já podemos dizer que o evento está consolidado no País. Os números da última mostra confirmam isso: foram mais de R$ 70 milhões em volume de negócios, presença de mais de 1.000 médicos e nutricionistas, mais de 50 mil visitantes e 110 expositores.

E, para este ano, as expectativas também são consideráveis,  até porque a Feira está repleta de atrações. 

·   Teremos o BTFF DIGITAL SUMMIT que possibilitará o encontro dos maiores influencers Fitness do Brasil, com a apresentação de cases de sucesso das melhores empresas do País e como essas ações estão transformando o nosso mercado;  

·  O BTFF Conference  que acontece simultaneamente à Feira de negócios, e que contará com participação de mais de 1.500 congressistas que assistirão a palestras de expressivos  nomes da nutrição esportiva e da medicina integrativa do Brasil;

· A BTFF Farma, que é um novo canal de relacionamento entre a indústria de suplementos alimentares, vitaminas, nutracêuticos, nutricosméticos e os compradores de farmácias. Um local em destaque na feira criado para atender a todos os empresários interessados em expandir  seus negócios para as grandes redes de drogarias do País. Este setor também receberá a visita do público em geral nos horários em que a feira atenderá ao consumidor, uma oportunidade única para as marcas fazerem branding e se relacionarem com um público wellness crescente e interessado em qualidade de vida, produtos mais saudáveis e ávido por novidades.

· A BTFF natural, um local central e destacado dentro da Brasil Trading Fitness Fair, reservado para a exposição de empresas com foco na produção e distribuição de alimentos e suplementos alimentares saudáveis, naturais e orgânicos, visando atender à crescente demanda por estes produtos em todas as classes sociais.

·  A BTFF CARE BEAUTY & COSMETICS, um espaço voltado para as empresas das áreas de Beleza e Cosméticos demonstrarem  seus produtos e serviços a todo o público fitness e wellness do Brasil, interessado em novidades acerca de  tratamentos e cuidados de beleza e estética para o rosto, corpo e cabelo.

Além de palestras gratuitas do SEBRAE, Campeonato de MMA e muito mais.

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 Mr. Olympia

 E é claro que, para nós do fisiculturismo, o grande destaque é a segunda edição do Mr. Olympia Brazil.

 A principal competição fitnesss do mundo desembarca pela segunda vez no nosso País, reproduzindo novamente o clima criado em Las Vegas , tendo a presença dos  melhores atletas amadores do Brasil e competidores vindos dos EUA e de todo o Mercosul.

O evento contará com a presença especial de renomados nomes do fitness mundial, os embaixadores Flex Lewis e Ronnie Coleman, entre vários outros atletas de renome internacional. O MR. OLYMPIA BRAZIL 2019 será o grande show do ano para atletas, celebridades e adeptos do estilo de vida saudável,  amantes do fitness.

E é claro que eu estarei lá para recepcionar vocês e também para saber de tudo que acontece na feira para depois contar aqui em minha coluna!

Como embaixadora do evento, estou superanimada e contando os dias para este acontecimento!

Espero vocês por lá!

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Rê Spallicci

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BTFF vem aí

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Seis dicas de musculação para ótimos resultados!

Rê Spallicci
Rê Spallicci

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Hoje,  resolvi fazer uma coluna com dicas práticas para você que curte o fisiculturismo e também a musculação. São aprendizados simples que obtive em anos de treinamento, e que podem  ajudá-lo a rever conceitos e otimizar  seu treino! Lembrado que você deve  ter sempre o acompanhamento de um profissional!

Dica 1: Aumente sempre os pesos

A primeira dica de musculação, que fará a maior diferença na sua taxa de ganho muscular, é que você deve adicionar consecutivamente mais peso à barra.

Não importa quantos princípios sofisticados você use. Se  não estiver aumentando a quantidade total que está levantando, não estará construindo músculos tão rapidamente quanto deveria.

A prioridade número um de qualquer programa de treinamento para ganhar massa muscular deve ser o levantamento de pesos cada vez mais pesados.

Quando você fica "preso" e não consegue aumentar o peso,  é o momento em que deve  utilizar outras estratégias... E aí, sim, começa a aumentar o potencial do seu corpo.

Qualquer protocolo sofisticado não terá nenhum efeito prático até você conseguir levantar pesos mais pesados.

Dica 2: Cuidado ao treinar até a fadiga muscular

A segunda dica de musculação em que se deve  prestar atenção é a regra da fadiga muscular. Algumas pessoas acreditam que fadigar todo e qualquer conjunto é a melhor maneira de construir músculos. Elas acham que, para obter um músculo para crescer, você precisa esgotá-lo completamente.

Embora seja verdade que  é  preciso levar os músculos além do nível de conforto para poder ver o progresso, você pode encontrar vários problemas ao elevar a falha a cada série.

A primeira questão importante é a fadiga do sistema nervoso central. Programas de treino projetados para ir ao extremo sempre serão muito desgastantes para o CNS.

 Após algumas semanas desse programa, é altamente provável que você encontre o CNS tão exausto que não consegue nem levantar o peso que costumava usar para o número necessário de repetições.

O segundo problema de ir à fadiga é que, se você fizer isso no primeiro exercício do dia, não terá muita energia para o segundo, terceiro e quarto exercícios.

 Como você deve fazer pelo menos alguns exercícios diferentes em cada treino, tal procedimento se torna muito difícil de realizar.

Em vez disso, tente fazer uma ou duas repetições sem fadigar. Isso ainda fará com que você force seu corpo e trabalhe no nível de intensidade necessário para construir músculos, mas evitará que você tenha que terminar o treino de forma prematura.

Dica 3:  Não treine menos em dois grupos musculares de uma só vez

A dica número três para musculação é focar nos exercícios compostos. Você só tem uma quantidade limitada de tempo que pode gastar na academia todos os dias, devido a restrições de agenda e recuperação; por isso, se você perder esse tempo com exercícios que funcionam apenas em um ou dois grupos musculares menores, não estará maximizando exatamente seu potencial.

Em vez disso, siga a regra: para 80% do seu treino, você só fará exercícios que trabalhem em pelo menos dois grupos musculares.

 A pressão do ombro, por exemplo, trabalhará os ombros e o tríceps. O agachamento vai trabalhar os quadríceps e os isquiotibiais. O supino trabalha os ombros, o peito e o tríceps (mesmo o bíceps em um grau muito pequeno).

Em levantamentos compostos, você normalmente consegue levantar mais peso e, como leu na primeira dica deste artigo, você sabe que isso é fundamental para o sucesso.   

Dica 4: Abasteça seu corpo antes e depois do treino

A quarta dica a seguir com o seu programa de exercícios de musculação é garantir que você esteja abastecendo seu corpo adequadamente antes e depois do treino.

 Não conseguir obter os aminoácidos que seu corpo usará para sintetizar a nova massa muscular ou os carboidratos que fornecem energia para formular o novo tecido muscular é um erro crítico que vai gerar falta de resultados.

Se há um momento em que você não pode errar em sua nutrição, é nesses dois pontos do dia.

Durante o resto do dia, você pode ser um pouco mais flexível em termos de horários e composição das refeições, desde que ainda atenda às suas necessidades de calorias e macronutrientes. Mas antes e depois do treino, as coisas precisam estar 100% ativadas.

 Dica 5: Nunca passe mais de duas semanas sem progredir

Se você já alcançou um ponto em seus treinos e parece que não está ganhando mais músculos, esse é um sinal claro de que você está em um platô.

Os platôs tendem a impactar quase todos em algum momento ou outro, a menos que você esteja tomando muito cuidado para evitá-lo. 

O que exatamente é um platô? Um platô pode ser definido como qualquer ponto no tempo em que você passa mais de duas semanas sem nenhum tipo de progresso. Para um atleta dedicado, isso significa desperdício de tempo e esforço da academia.

Para impedir que esse platô ocorra, seu trabalho é garantir que algo em seu programa esteja sempre mudando. Pode ser a ordem em que você realiza os exercícios, a quantidade de descanso entre as séries ou até o tipo de exercício que está realizando.

Se você não puder  aumentar o peso em uma sessão sucessiva, está na hora de mudar alguma coisa. Se você fizer isso, terá a certeza de obter os resultados que procura.

Dica 6: Lembre-se de que o descanso é obrigatório

Finalmente, para terminar nossas dicas de musculação, lembre-se sempre de descansar. Muitas pessoas cometem o erro de treinar com muita frequência, sem dar tempo para a recuperação.

 Se você não permitir que o corpo descanse antes de voltar à academia, em vez de ficar mais forte, está apenas ficando mais fraco e cansado.

 Idealmente,  deve tirar um dia de folga entre cada treino de levantamento de peso, mas, se preferir optar por  uma divisão superior / inferior que o faça malhar com maior frequência, certifique-se de ter pelo menos dois dias inteiros por semana.

São estas as dicas que deixo hoje aqui para vocês! Sei que não há nenhuma invenção da roda, e que muitas delas vocês já sabem e praticam. Mas, muitas vezes, temos que ser lembrados do simples e óbvio para não cair no esquecimento. Espero que tenham curtido e até a próxima!

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Rê Spallicci

 

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Inspiração para a sua jornada no fisiculturismo

Rê Spallicci
Rê Spallicci

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Uma das coisas mais fascinantes no fisiculturismo é a individualidade. Sim, porque nenhuma transformação, nenhuma dieta, nenhum corpo, nenhum treino é exatamente igual ao outro.

Cada atleta percorre sua própria jornada para chegar ao topo e, muitas vezes, os caminhos são completamente diferentes.

Com isso, quero deixar claro que não existe uma receita única de sucesso, mas sim, exemplos de pessoas que chegaram lá e que podem nos ensinar algo. Por isso, hoje separei algumas dicas de atletas internacionalmente destacados no esporte para você se inspirar!

 Lony Pizarro, modelo de fitness, fisiculturista WBFF e NGA Pro

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“Se você não tiver um objetivo definido e específico, estará perdendo seu tempo. Quanto mais específico você for, maior a chance de chegar ao corpo ideal. Pergunte a si mesmo: ‘Por que eu quero alcançar esse corpo? ’ Se suas respostas não forem fortes o suficiente, você nunca terá sucesso e, mesmo se conseguir, o resultado não será tão gratificante. Certifique-se de que sua meta  é realmente o que você deseja e que vale todo o esforço. Transformar seu corpo pode ser um caminho muito longo e difícil ou um caminho curto e difícil, porque o corpo humano é complexo, e todos os detalhes são importantes. O conhecimento e a orientação de um treinador experiente podem ajudá-lo a evitar anos de tentativa e erro.”

Whitney Wiser, concorrente do IFBB Pro Olympia

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“Às vezes, ficamos tão fixos no plano que deixamos que um erro ou dia imperfeito nos desencorajem... E jogamos a toalha completamente. Por exemplo, continuar a comer excessivamente após um pequeno acidente na sua dieta é como pegar um pneu furado e depois cortar os outros três apenas porque um já está bagunçado. Nem faz sentido. As mudanças acontecem durante um período de tempo para tomar boas decisões de forma consistente - não sendo perfeitas.O fator dominante nas pessoas que alcançam o sucesso é que elas acreditam que podem atingi-lo. Se você fala consigo mesmo de uma maneira negativa – ‘Eu nunca vou perder peso’, ‘Eu odeio minha aparência’, ‘Eu não posso fazer nada certo’ - como você pode esperar que melhore? Se você não disser à outra pessoa, não diga a si mesmo. Em vez disso, diga algo positivo, como: ‘Talvez ainda não esteja aonde quero estar, mas chegarei lá, não importa quanto tempo leve.’”

 Tobias Young, Treinador Fitness Online

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“O fisiculturismo é uma maratona, não uma corrida de curta distância. Depois de atingir  certo nível de condicionamento físico, você deseja mantê-lo; portanto, aprenda os hábitos saudáveis que criarão uma verdadeira mudança de estilo de vida e não apenas uma rápida perda de peso de alguns quilos. Já vi muitas pessoas adotando dietas malucas que prometem perda de peso extrema em um curto período de tempo. Mas dietas radicais podem queimar músculos e danificar o metabolismo, causando o efeito sanfona, o que  leva à frustração e à busca de outra solução rápida. É assim que se inicia um ciclo vicioso.Quando se trata de nutrição, comece com os fundamentos básicos:

Tente comer proteína magra a cada refeição;

Coma a maioria dos carboidratos antes e depois do treino;

Evite comer carboidratos simples demais ao longo do dia e tente obter carboidratos complexos como sua principal fonte. O pós-treino pode ser uma exceção.

Adicione vegetais às suas refeições para obter mais nutrientes e fibras.

Hidrate-se corretamente.”

“E, para fechar, deixo aqui uma citação daquele que é um dos maiores ícones do fisiculturismo: Arnold Schwarzenegger: ‘A pior coisa que posso ser é o mesmo que todo mundo.’” 

Portanto, conheça histórias, aprenda com os exemplos, inspire-se, mas crie a sua própria jornada sempre.

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Rê Spallicci

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Da obesidade aos palcos do fisiculturismo

Rê Spallicci
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Hoje quero trazer uma história diferente. Uma história que nos mostra o quanto o fisiculturismo pode ser transformador e um divisor de águas na vida de muita gente!

Quero contar para vocês a história de André Luiz Araújo Silvestre.

André sempre foi uma criança obesa e, infelizmente, como é de costume, sofreu muito bullying quando cursava o ensino fundamental. Se a adolescência já é uma fase complicada para qualquer pessoa, imagine só para quem pesa 108 quilos aos 14 anos.

Mas foi exatamente nesse período da vida que o André resolveu, pela primeira vez, dar um basta e, definitivamente, entrar em forma. “Treinei com muita disposição, comecei a caminhar, fiz dieta e, mesmo sem ter recurso para pagar academia, não desisti. Com dedicação total, em oito meses, perdi 38 quilos, chegando aos 15 anos com 70 quilos”, recorda.

Muito feliz com a perda de peso, motivado, tendo autoestima e confiança, André resolveu continuar firme em seu propósito e conseguiu dar início à  prática da  musculação para eliminar a flacidez provocada pela perda de peso repentina. “Me apaixonei pelo esporte e o pratiquei direto até 22 anos”, conta.

 A recaída

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Mas a vida de uma pessoa que luta contra a balança está sempre sujeita a recaídas e ao famoso efeito sanfona! E foi o que aconteceu com o André!

Ao se tornar pai de Miguel, hoje com sete anos, e assumir grandes responsabilidades muito jovem, ele não deu conta de trabalhar cerca de 12 horas por dia, assumir os cuidados do pequeno e ainda realizar atividades físicas. E voltou ao sedentarismo total e à alimentação incorreta.

 “Em cinco anos, cheguei aos 128 kg! Era muita tristeza. Não conseguia usar nenhuma roupa bacana e via as numerações crescendo a cada mês. Encontrar algo era cada vez mais difícil. Eu que sempre gostei de estar bem vestido e adorava usar roupas da moda, não conseguia mais achar nada legal para mim. Minha mãe, Lourdes, costureira profissional de mão cheia, fazia minhas roupas, pois ela sabia desse meu desconforto. Mas aquilo precisava mudar”.

A retomada

Diante de todo esse cenário, André resolveu encontrar um tempo em sua rotina, voltar às atividades físicas e à alimentação saudável! “Em novembro de 2016, iniciei as atividades na academia. Fui buscar dentro de mim aquela satisfação do adolescente de 14 anos, cheio de disposição e iniciativa, e voltei com força total.

Como já tinha passado por essa situação no passado, André já sabia o que deveria fazer. Investiu em uma alimentação equilibrada e pegou firme na academia!

E logo os resultados apareceram: André baixou seu peso para 85 quilos, distribuídos em 1 metro e 81 centímetros de altura, conseguiu um baixo percentual de gordura e volume de massa magra com evolução contínua.

 “Ao longo de todo o ano de 2018 tive muita interação nas minhas redes com pessoas que me viam como uma inspiração, e isso me deu ainda mais força para pensar que, se eu havia chegado até aqui, poderia ir ainda mais longe”, confessa.

 Assim, no fim daquele ano, ele começou a pensar com mais seriedade em um novo objetivo: competir e ser um atleta fitness

2019 -  o ano de mais uma virada

 Dessa forma, no início deste ano, André começou a treinar para valer em busca de participar de uma competição. Junto com seu personal Rafael Aciero, que o acompanha desde o período em que era obeso, e com o apoio da academia GOLD Abc de Santo André, ele passou a ter uma rotina ainda mais dura de treinamento. “Tive a ajuda do Anderson Rafael, atleta de fisiculturismo, que me incentivou a estrear na categoria Mens Physique, e do avaliador físico Vitor Bueno, que treina atletas como a modelo e atriz Fernanda Lacerda”, conta.

 Com esse treinamento, André conseguiu chegar a 7% de percentual de gordura e pôde participar de sua primeira competição. “Nunca pensei que chegaria a competir e, no dia 20 de julho, lá estava em Lorena, no interior de São Paulo, na Liga Paulista de Musculação WABBA. E fiquei com a terceira colocação.”

Segundo André, mais do que o terceiro lugar do pódio, o maior prêmio foi simplesmente ter chegado lá. “Uma pessoa que era obesa, poder estar lado a lado com atletas já foi uma grande vitória”, fala com orgulho.

 Agora com mais um sonho já realizado, André se sente muito confiante para continuar em sua caminhada. “Para mim, a competição foi a prova de que conseguimos chegar a lugares onde jamais nos imaginaríamos capazes. Com foco, força de vontade e sempre contando com o apoio das pessoas que estão ao nosso redor, temos muita força para buscar nossos sonhos’, ensina.

 Grato com tudo o que aconteceu em sua vida, André quer ir ainda mais longe:  continuar competindo e, quem sabe, se tornar um atleta Pro-Card. “Sei que é muito difícil, mas depois de tudo o que já passei, sei que posso continuar sonhando’, conclui.

 Fico muito feliz em mostrar o quanto o fisiculturimos em particular e o esporte em geral podem ser transformadores! Ao André minha profunda gratidão por mais uma vez compartilhar sua história com a gente. Independentemente dos próximos passos que ele der em sua carreira, na competição mais importante, a da vida, ele já é um grande vencedor e um orgulho enorme para seus pais, filho e todos aqueles que o conhecem!

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Rê Spallicci

 

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Você sabe o que é vigorexia?

Rê Spallicci
Rê Spallicci
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Eu sou uma atleta de fisiculturismo e, obviamente, amo todos os comportamentos que aprimoramos por meio do esporte: resiliência, disciplina, humildade, coragem e tantos outros.

 Mas não podemos tampar o sol com a peneira e negar que, muitas vezes, a obsessão por um corpo perfeito pode levar algumas pessoas aos transtornos alimentares. E uma das mais comuns entre os fisiculturistas é a vigorexia, também conhecida como dismorfia muscular, uma preocupação patológica com músculos e magreza que afeta, principalmente, indivíduos do sexo masculino, mas que pode também afetar mulheres.

 As causas da vigorexia

A vigorexia implica uma insatisfação específica com a musculatura e não com o corpo como um todo, com uma discrepância entre o imaginado e o real.

Concentrando-se abertamente na imagem corporal, alguns atletas são induzidos a desejar uma figura inatingível. Tal compulsão inclui passar horas na academia, gastando quantidades excessivas de dinheiro em suplementos desportivos ineficazes, padrões alimentares anormais ou mesmo abuso de substâncias.

Quem a vigorexia afeta?

A vigorexia pode afetar qualquer pessoa, mas é mais prevalente em homens do que em mulheres. Embora os números sejam difíceis de estimar, até 100 mil pessoas ou mais em todo o mundo atendem aos critérios diagnósticos formais da população em geral.

A prevalência entre atletas ainda não foi determinada por meio de estudos clínicos formais, e grande parte da informação foi extrapolada da população geral.

À medida que as influências sociais mudam e promovem um físico mais musculoso, as crianças cada vez mais jovens correm maior risco de desenvolver distúrbios da imagem corporal, como a dismorfia muscular.

Os dados que descrevem o efeito da vigorexia em mulheres também são muito limitados. No entanto, os pesquisadores reconhecem que as mulheres podem ser afetadas, embora o impulso muscular seja menor que o observado nos homens.

 Diagnóstico

 Atribuir vigorexia a um único fator causal é difícil. Alguns atribuem essa desordem ao efeito da mídia e da cultura popular, enquanto outros estão inclinados a fatores predisponentes psicológicos individuais.

Quaisquer que sejam as causas, a vigorexia é uma preocupação crescente, particularmente em termos de identificar as pessoas mais suscetíveis ao seu desenvolvimento.

Estudos de casos clínicos sugerem que a vigorexia é encontrada com mais frequência em pessoas que não estão satisfeitas com seus corpos e fortemente envolvidas em atividades de desenvolvimento muscular. A vigorexia pode ter um efeito profundo em todos os aspectos da vida, muitas vezes interferindo na função diária normal.

Em estudos sobre o tema, um homem com essa doença detalhou como ele perdeu o nascimento de seu primeiro filho porque ele teve que terminar seu treinamento de seis horas.Outro testemunhou que perdeu sua posição de prestígio em um conhecido escritório de advocacia, porque teve de cumprir uma dieta rigorosa.

Dismorfia muscular e abuso de substâncias

Muitas pessoas que não conseguem alcançar objetivos pessoais ou lidam com as pressões dos treinadores, em relação a uma imagem corporal ideal irrealista, podem recorrer a esteroides anabolizantes ou outras substâncias perigosas para realizar suas aspirações.

Certamente, nem todos aqueles que estão em risco de desenvolver vigorexia recorrem ao uso de esteroides anabolizantes, mas todas essas pessoas correm o risco de sofrer danos devastadores à sua autoestima e ao seu bem-estar físico e emocional.

Muitas pessoas com vigorexia ou sintomas semelhantes recorrem ao uso exagerado de suplementos esportivos e nutricionais e tomam doses mais altas desses produtos do que o recomendado, o que pode predispor a uma variedade de problemas de saúde.

Tratamento da vigorexia

As pessoas com vigorexia, muitas vezes, não procuram tratamento. Então um dos maiores obstáculos é convencer o paciente a aceitar ajuda.

A vigorexia responde bem aos mesmos tratamentos que ajudam outros transtornos alimentares. O tratamento deve se concentrar inicialmente na normalização dos padrões de alimentação e exercício, e também na abordagem dos pensamentos obsessivos.

Aqueles que responderam melhor foram tratados com medicamentos antidepressivos, como a fluoxetina (Prozac, Eli Lilly e Co, IN), isoladamente ou em combinação com a terapia cognitivo-comportamental.

Meu objetivo com este texto é alertar o quanto a obsessão por um corpo perfeito pode produzir efeitos devastadores e transtornos alimentares sérios. Eu sou uma adepta da busca pelo corpo que você considere o ideal para você, mas sempre de uma forma leve e, principalmente, saudável e de acordo com  sua genética.

Alertar sobre os transtornos alimentares é um dever de todos nós que militamos nos esportes fitness! E eu sempre que posso faço a minha parte!

Busque seu propósito. Deixe seu legado.

Rê Spallicci

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Você sabe o que é vigorexia?

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Primeira fisiculturista brasileira no Pan de Lima, Carla Lobo divide experiências

Rê Spallicci
Rê Spallicci

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No dia 14 de setembro, no final do Pan-americano de Lima, eu fiz uma matéria aqui na minha coluna sobre a participação brasileira na primeira competição de fisiculturismo da história dos jogos.

E hoje, tenho o prazer e a honra de trazer uma entrevista exclusiva que fiz com nossa representante feminina no Pan Lima 2019, Carla Lobo. Ela conta sobre sua carreira, experiência nos jogos e planos para o futuro. Confira!

Renata Spallicci - Conte-nos um pouco sobre  sua história no esporte. Antes do fisiculturismo já praticava outro esporte? E como o fisiculturismo entrou em sua vida?

 Carla Lobo – Desde criança, amo esportes. Comecei no ballet, depois ginástica olímpica, ginástica aeróbica, maratonas e entrei no mundo do fisiculturismo há três  anos. Em 2015, eu estava insatisfeita com meu corpo e queria realmente transformá-lo. Estava com percentual de gordura alto, pouco peso e não me sentia confortável. Passei a fazer um programa de musculação e nutrição mais intenso e, em setembro de 2016, já participei de minha primeira competição. 

 Renata Spallicci - Quais as maiores dificuldades que enfrentou no esporte?

 Carla Lobo – Batalhar contra uma genética de corredora, com perfil magro e que tinha muita resistência, mas pouca força. A dieta a seguir também é muito complicada e, infelizmente, ainda há um preconceito contra o fisiculturismo. Mas  sinto que a cada dia tal postura vai ficando para trás.

Renata Spallicci - Desde quando compete e quais suas principais conquistas?

 Carla Lobo – Comecei a competir em setembro de 2016 e “de cara” fui vice-campeã na Copa Body Classic. Terceiro lugar do Mister Santos, em 2016, campeã brasiliense, em 2017 e 2018, segundo lugar no campeonato brasileiro, em 2018, terceiro lugar sul-americano, top 7 no Arnold e outros campeonatos. 

Renata Spallicci - Como foi que  se tornou uma atleta olímpica e como se deu a seletiva para atuar no Pan?

 Carla Lobo – Até minha sétima competição eu era body fitness e resolvi mudar para o fitness coreográfico, por saber que era uma das categorias olímpicas. Então, em 2018, passei a me preparar nessa categoria, fui campeã estadual, vice-brasileira e terceira no sul-americano no Paraguai e na Guatemala, e esta sequência me levou ao Pan. 

Renata Spallicci - Como funciona o fisiculturismo no Pan para mulheres? Quais as categorias e os critérios de julgamento?

Carla Lobo – A única categoria feminina do Pan é o Fitness Coreográfico ou Womans Fitness, e somos julgadas em duas apresentações. Uma primeira, na qual fazemos uma apresentação coreográfica com duração  de um minuto e trinta. Nesta apresentação, são avaliados quesitos como força, flexibilidade, força estática e dinâmica, desenvoltura no palco. Depois, trocamos de roupa, colocamos o biquíni e fazemos o desfile, que é a segunda etapa do nosso julgamento.  Nessa  etapa é avaliado o shape: simetria, densidade muscular, feminilidade, etc.  

 Renata Spallicci - Como você avalia  sua primeira experiência no esporte olímpico?

Carla Lobo - Uma experiência inédita! Como foi a primeira vez do fisiculturismo no Pan, me senti honrada em ser a pioneira no Brasil, e também isso me levou a ter uma enorme  responsabilidade para fazer o melhor possível e dar o meu máximo. Não consegui trazer medalha, mas sei que dei o meu melhor e fiz uma boa apresentação. E mais do que isso, sei que estou abrindo portas para outras atletas no futuro.

 Renata Spallicci - E como foi a sensação de participar de uma festa como o Pan? Estar na Vila, participar das cerimônias de abertura e fechamento?

Carla Lobo – É algo indescritível! Estar com os outros esportistas de outras modalidades, tendo a valorização como atleta é algo fantástico. A organização e o atendimento do Comitê Olímpico Brasileiro e do comitê organizador local foram perfeitos. Como minha competição foi bem no final do Pan, eu não participei da cerimônia de abertura, mas estava lá na de fechamento e foi um momento surreal em minha vida... E que guardarei para sempre. Uma emoção que não tem igual. O lema que os jogos carregaram foi:  “Jogamos Todos”, e eu me senti exatamente assim, sem nenhuma discriminação de esportes, igual perante todos os atletas!

 Renata Spallicci - Quais os planos do esporte para as Olimpíadas? Você vai participar?

 Carla Lobo – Eu tenho um sonho, mas ainda não é certo que o fisiculturismo estará nas Olimpíadas. Estou torcendo por isso, mas acredito que na de Tóquio ainda não estará.

 Renata Spallicci - Quais suas expectativas agora para sua carreira?

 Carla Lobo – Eu sou personal trainer, pós-graduada em fisiologia do exercício desportivo, mas nada me deu tanto conhecimento quanto minha atuação como atleta. Vou, então, agregar este conhecimento prático à teoria e continuar atendendo aos meus alunos, transformando vidas e pessoas. Não só na parte física, mas também na mental.

Renata Spallicci - Que conselho daria para quem quer entrar neste esporte?

Carla Lobo – Tenha força, foco e fé! Estas três palavras são meu lema e é realmente muito aplicado ao fisiculturismo. Quem for entrar no esporte tem de saber que é uma modalidade que exige demais, que é preciso ter muito discernimento para não se perder, muita consciência da dieta e responsabilidade sobre si. O fisiculturismo é um esporte do autoconhecimento, então, o primeiro conselho é avaliar: o que é ser atleta para você? Para mim, ser atleta é um estilo de vida, não é somente subir no placo e dar um show, mas sim, ter todas as suas escolhas baseadas nessa carreira que escolheu. Tem que  gostar do que  faz, abraçar a causa e saber que somos formadores de opinião e, como tal, temos responsabilidades com nossa imagem, nossas palavras e nossas atitudes. 

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Gratidão, Carla, pela oportunidade de compartilhar aqui  com a gente essa sua experiência fantástica! E espero que vocês tenham gostado tanto quanto eu gostei! 

Busque seu propósito. Deixe  seu legado.

Rê Spallicci

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A mulher tem mais dificuldades físicas para ser uma fisiculturista?

Rê Spallicci
Rê Spallicci
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Muitas meninas me perguntam se nós, mulheres, em relação aos homens,  temos mais dificuldades para nos tornarmos fisiculturistas. Sim, a verdade é que temos de driblar mais questões genéticas e hormonais, além, é claro, do preconceito!

 Nós temos níveis muito mais baixos do hormônio testosterona do que os homens, o que torna mais difícil ganhar músculos. Temos também níveis muito mais altos de estrogênio que os homens, o que faz com que retenhamos mais gordura.

 De acordo com o Conselho Americano de Exercício, nem todas as mulheres têm capacidades iguais para ganhar massa muscular. A genética desempenha um papel fundamental. Por exemplo, mulheres que têm uma estrutura corporal mesomórfica, que apresenta musculatura natural, têm uma vantagem sobre os ectomorfos e endomorfos. Além disso, algumas mulheres têm níveis mais altos de testosterona que outras, o que lhes dá uma vantagem no desenvolvimento muscular. Apesar dessas diferenças genéticas, a maioria das mulheres experimentará um aumento de 20 a 40% na força, após vários meses de treinamento.

Ou seja, aplicando estratégias-chave ao nosso estilo de vida, com exercícios e dieta orientados, pode-se adquirir um corpo musculoso e bem torneado.

 E é sobre estas estratégias que vou lhes falar agora:

 Exercícios cardio

 As mulheres, em geral, carregam uma porcentagem maior de gordura corporal do que os homens. Para ser um fisiculturista de sucesso, é importante reduzir a gordura corporal,  em especial diretamente sob a pele. Consequentemente, você deve se concentrar em sessões frequentes de exercícios aeróbicos de baixos a moderados.

Durante o exercício aeróbico, a maior porcentagem de calorias queimadas é proveniente de gordura. Fisiculturistas devem realizar de 35 a 45 minutos de exercícios aeróbicos, cinco dias por semana. Para determinar a intensidade de seu exercício aeróbico, você precisa determinar a sua zona alvo de frequência cardíaca. Sua zona de treinamento é determinada subtraindo sua idade de 220, e multiplicando o resultado entre 50 e 85%. Para um treinamento de intensidade muito baixa, sua frequência cardíaca deve ser mantida mais próxima do nível de 50%, por pelo menos 20 minutos. Para um treinamento de intensidade muito alta, sua frequência cardíaca deve estar mais próxima do nível de 85%.

Dieta

 De acordo com muscleandstrength.com, mulheres que estão tentando perder gordura e desenvolver um corpo magro e forte devem seguir uma dieta pobre em carboidratos. As mulheres tendem a queimar uma proporção maior de gordura e carboidratos do que os homens, é o que se  afirma no site.  A proteína é necessária para desenvolver músculos e deve ser consumida em pequenas refeições ao longo do dia. A proteína que você consome deve ter todos os nove aminoácidos essenciais. Exemplos de proteínas completas:  carne, peixe, aves, claras de ovos, soja e soro de leite. Cada refeição também deve conter gorduras monossaturadas, como salmão, azeitonas, a maioria das nozes e abacates. Os carboidratos que você consome, em quantidades limitadas, devem ser carboidratos complexos que são aqueles que fornecem energia sustentada. Exemplos de carboidratos complexos:  frutas, legumes, macarrão integral e feijão.

Treinamento

 De acordo com muscleandstrength.com, as mulheres não devem treinar de maneira muito diferente à dos  homens. Em vez de usar pesos leves e realizar de 15 a 20 repetições, você deve levantar pesos relativamente pesados e manter suas repetições entre 6 e 12. Seu foco deve estar no uso de pesos livres e na execução de exercícios compostos – os que  utilizam o músculo motor principal e os músculos estabilizadores para executar o levantamento. Exemplos de exercícios compostos são agachamentos, supino inclinado, linhas verticais e prensas suspensas. Também é importante descansar o suficiente, enquanto você treina, pois o crescimento e o reparo muscular ocorrem durante o descanso.

 Conclusão

Em resumo, como tudo na vida, nós, mulheres, podemos e devemos fazer aquilo que tivermos desejo! E com o fisiculturismo não é diferente. Com as estratégias certas conseguiremos, sim, chegar ao corpo dos nossos sonhos, sempre ressaltando, é claro, a necessidade de acompanhamento profissional e de muita disciplina

Além dessas questões, como já citei, infelizmente, as mulheres do esporte ainda têm que driblar uma série de preconceitos, mas isso já faz parte da nossa natureza feminina, é ou não é? E quem disse que olhares tortos ou opiniões contrárias vão limitar nossos sonhos?

Por isso, se você sonha em ser uma fisiculturista, se jogue e vá em busca dos seus sonhos! E, se precisar de qualquer ajuda, conte comigo!

 Busque seu propósito. Deixe seu legado. 

Rê Spallicci

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A importância do treino para o core

Rê Spallicci
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Muita gente me pergunta como fazer para ter um bumbum na nuca, coxas torneadas, barriga sequinha... mas nunca ninguém me perguntou sobre qual o treino que faço para o core, o núcleo do nosso corpo.

A verdade é que o core para o fisiculturismo não é um dos assuntos mais sexys, e é, certamente, o aspecto mais negligenciado para a maioria em suas rotinas de treino.

E o fato é o seguinte: um núcleo forte não só irá prevenir lesões, mas também permitirá que você construa todo o poder e força através do desenvolvimento de muitos dos músculos estabilizadores menores, que, por sua vez, permitem que você levante pesos mais pesados. Ou seja, em resumo, para ter o tal bumbum na nuca, coxas torneadas e barriga sequinha, você não pode negligenciar o seu treino de core

 Se você perguntasse ao Prós do fisiculturismo qual é a melhor coisa que você pode fazer para obter os maiores benefícios do seu programa de musculação, a resposta seria definitivamente desenvolver a estabilidade do seu núcleo.

 Independentemente da sua experiência de treinamento e do nível em que se encontra, definitivamente você obterá benefícios tremendos ao desenvolver a estabilidade do core. 

O que é o core?

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A palavra core é utilizada de muitas maneiras no mundo da fitness. Alguns acham que o core é simplesmente a região abdominal, quando, na verdade, os abdominais constituem apenas uma fração dos músculos do core.

 A palavra core se origina do inglês e significa centro, núcleo. Em anatomia, é utilizada para se referir aos músculos profundos das regiões abdominal, lombar e pélvica, que têm como finalidade manter a estabilidade dessas regiões.

Portanto, a musculatura do core é a responsável pela sustentação e estabilização de praticamente todos os movimentos de nosso corpo e, quando a fortalecemos, evitamos lesões e aumentamos nossa força e a potência muscular.

Sendo assim, é mais do que evidente que a correta estabilização do core é fundamental para que  sua funcionalidade seja mantida, e você consiga desenvolver melhor seu corpo e suas qualidades físicas. Ou seja, esta região realiza a estabilização de quase todos os movimentos e, caso ela esteja instável, temos padrões alterados de movimento.

A musculatura do core é formada por 29 pares de músculos que têm como função suportar o complexo lombo-pélvico-quadril, para estabilizar a coluna vertebral, pelve e a cadeia cinética durante os movimentos funcionais.

 O core é formado pelos músculos: bíceps femoral, transverso abdominal, multífidos,  adutor, eretor da espinha, oblíquo interno e externo, iliopsoas, glúteo máximo e reto abdominal.

Por que treinar o core?

Treinar de forma correta o core proporciona potência, força e estabilização. Afinal, os músculos centrais criam uma base sólida para o seu corpo, permitindo que você tenha estabilidade corpórea.

 Ao treinar o core, você estabiliza a coluna, o que melhora e controla a postura. Além disso, o treinamento funcional do core permite que você pratique movimentos que proporcionam um desempenho ideal para as tarefas diárias. Desafiando o seu core, não só melhora o equilíbrio e o movimento funcional, como também cria aquele visual tonificado que tantas pessoas desejam.

Para a galera que treina frequentemente, o core não é novidade. Todos sabem de sua importância, mesmo que não se concentrem nele com exercícios básicos específicos. Entretanto, como qualquer músculo do corpo, seu core precisa ser trabalhado de forma eficaz para ganhar e manter a força. O treinamento adequado do core o leva a uma melhor postura, menos dor nas costas e reduz a probabilidade de lesões.

 E, como já falamos, treinar o core é muito mais do que simplesmente fazer abdominais, mas sim, chegar a um forte centro de estabilização que lhe permita  atingir a capacidade máxima em todos os movimentos do seu corpo.

Um core fraco afeta o seu desempenho em muitas áreas. Seja qual for o esporte que você curte praticar pode estar certo que ele começa com um core forte. 

Mas não são apenas os atletas que se beneficiam do treinamento básico do core. Mesmo pessoas que não são muito ativas precisam de um core robusto, para que consigam desempenhar confortavelmente as atividades do dia a dia.

 Cada vez mais, as pessoas ficam sentadas de oito a nove horas por dia nos escritórios e mais uma hora ou duas no carro ou no transporte público. E ficar muito tempo sentado, sem praticar exercício, enfraquece os músculos do core.

Nossos ancestrais não precisavam pensar em um treinamento básico porque trabalhavam duro do nascer ao pôr do sol, fazendo tarefas intensivas nas quais  exercitavam naturalmente o corpo de forma integral.

Mas, atualmente,  precisamos focar em exercícios específicos para o core, o que o ajudará a garantir um corpo mais saudável hoje, na meia-idade e além.

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Começando

Se você vai começar um treinamento específico para o core, o recomendável é iniciar com exercícios básicos, por 10 minutos, duas vezes por dia, de manhã e à noite.

 O corpo indicará até aonde pode ir e quando você estará pronto para avançar a um nível mais elevado de treinamento. Concentre-se na segurança e na forma primeiro.

Conforme a força do core for melhorando, comece incluindo exercícios que abordem mais do que apenas as unidades externas dos músculos abdominais. Preste atenção aos músculos que ligam as partes superior e inferior do corpo para proporcionar máxima resistência e estabilização durante certos movimentos.

Qualidade ou Quantidade?

Sempre escolha a qualidade sobre a quantidade, quando executar os exercícios.

Concentre-se e esteja presente no momento. Preste atenção ao que o corpo está fazendo e como ele se sente. Envolva-se na respiração adequada e mova-se a um ritmo que não vai comprometer a meta e a forma do exercício.

Recuperação

O exercício de core pode ser feito quantas vezes o corpo permitir. Mas, se os músculos ficarem muito doloridos depois do treino, é recomendado que eles tenham um bom período de recuperação, o qual  pode levar de um dia a uma semana, dependendo do nível de intensidade do treinamento e da condição do seu corpo. Treinar um grupo muscular novamente antes de ter-se recuperado completamente, não é aconselhável e pode causar problemas como overtraining e lesões.

 Pronto! Agora que você entendeu a importância de manter o seu core sempre forte e bem treinado, é só colocar as dicas em prática! E lembre-se:  procure sempre orientação profissional! E bom treino!

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  Rê Spallicci

 

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Fisiculturismo no Pan: Carla Lobo fez história como primeira brasileira na disputa

Rê Spallicci
Rê Spallicci

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Quando subiram ao palco dos Jogos Pan-Americanos de Lima, que terminaram no último domingo, dia 11/08, os atletas brasileiros, Carla Lobo e Juscelino Santos, fizeram história. Isso porque eles foram os representantes do Brasil na primeira vez em que o fisiculturismo integrou as competições do Pan.

 Para todos nós que militamos no esporte, a entrada do fisiculturismo como um esporte olímpico é uma grande vitória, pois o leva  a um novo patamar, aumentando sua visibilidade, importância e até mesmo possibilidade de mais patrocínios.

O esporte foi adicionado ao programa oficial dos Jogos Pan-Americanos em 2016, e nesta sua primeira edição, contou com representantes de 19 países para as disputas na capital peruana. Ao todo, foram 32 competidores, divididos igualmente nas categorias masculina e feminina.

Para obter classificação ao Campeonato Pan-Americano de fisiculturismo, em novembro do ano passado, aconteceu, em Antígua, na Guatemala, o único torneio qualificatório, visando à competição do Peru. E Juscelino e Carla Lobo foram os atletas brasileiros classificados no evento.

 A categoria “fisiculturismo clássico” marcou a prova masculina, considerando o tamanho dos músculos, proporção e simetria. Além disso, houve a limitação de peso, de acordo com a altura do fisiculturista. Para o feminino, a categoria foi o “biquíni fitness”, na qual musculatura, força e flexibilidade são julgadas pela arbitragem. Carisma e fluidez nos movimentos fizeram parte da apresentação coreografada e também foram analisados.

E as medalhistas na categoria feminina foram: Paulina Zamora, de El Salvador, com ouro, Xymora Valdívia, do México, com prata, e Macarena Figueroa, do Chile, com bronze. No masculino, o ouro ficou com Yuri Rodrigues, El Salvador, a prata com Carlos Alberto Giraldo, Colômbia, e o bronze com Jonathan Estuar Martinez, da Guatemala.

Aos 48 anos, a brasileira Carla Lobo sentiu-se honrada em representar o Brasil e falou um pouco sobre a realidade dos atletas de fisiculturismo no Brasil. “É uma honra representar o País na estreia da modalidade. É indescritível o tamanho da minha emoção. Essa conquista é fruto de muito trabalho. Além de atleta, sou personal trainer e tenho três filhos. Administrar casa, trabalho e competições não é fácil, mas me sinto feliz e grata por ter essa missão.”

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Juscelino Santos, com 47 anos, também viu o Pan como o ápice de sua carreira que já tem 30 anos! Desde 17 anos no esporte, ele conta que entrou para o fisiculturismo inspirado pelo personagem dos quadrinhos, Conan, vivido no cinema pelo mito Arnold Schwarzenegger. Duas vezes campeão do Pan-Americano de fisiculturismo, Juscelino é bi-campeão Sul-americano, campeão paulista, campeão estadual, vice-campeão sênior até 70 kg, tetra brasileiro e está entre os melhores do mundo.

Mas a sua maior conquista é conviver há anos com doença de Chagas sem nunca apresentar qualquer sintoma da doença.

 Agora esporte olímpico, o fisiculturismo estreará nas Olimpíadas em Tóquio, no ano que vem, e até lá saberemos quem serão os representantes brasileiros deste momento histórico.

 Como atleta de fisiculturismo fico extremamente feliz por ver o meu esporte no principal palco esportivo mundial e bastante satisfeita pelos  nossos colegas brasileiros brilhando em Lima!

Que venham as próximas competições, e que, em breve, possamos ter a bandeira brasileira no mais alto lugar do pódio.

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Rê Spallicci

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Conheça a atual campeã brasileira de Fisiculturismo

Rê Spallicci
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A cidade de Limeira, no interior de São Paulo, foi palco da 50ª edição do Campeonato Brasileiro da IFBB, a principal confederação de fisiculturismo do Brasil. As competições aconteceram de 1 a 4 de agosto no Hotel Nacional Inn e reuniram atletas em nove categorias.

  E para falar um pouco sobre o campeonato e sobre a experiência no fisiculturismo, conversei com uma das atletas campeãs, Amanda Marques, que conquistou o título Overall na categoria Bikini Fitness. Falamos sobre a sua história no esporte, dificuldades que encontra e sobre futuro. Acompanhe! 

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Renata Spallicci – Conte-nos um pouco de sua história no esporte? Desde quando treina e quando passou a competir e porque?

 Amanda Marques - Desde pequena sempre gostei de praticar esportes. Na escola jogava voôei, futebol, handebol, mas nunca imaginei que pudesse me encantar com o fisiculturismo.

Em 2015 conheci o meu atual marido, e ele já frequentava academia assiduamente. Comecei a ir com ele, afinal eu já fazia musculação, porém não levava tão a sério. 

Depois de algum tempo percebi que, para que eu pudesse ter melhoras expressivas no meu físico, eu deveria melhorar também a minha alimentação.

Foi quando surgiu a ideia de procurar um Coach. Ao mesmo tempo comecei a me interessar pelo universo do fisiculturismo e seguir algumas atletas no Instagram, como  a Bruna Toigo, Fernanda Saggin, Etila Santiago, Angela Borges entre outras. Fui me encantando cada vez mais pelo esporte e um belo dia decidi que queria competir.

Não sei explicar direito, de repente eu me vi focada e determinada para alcançar o meu sonho de subir no palco pela primeira vez.

Após um tempo, mais precisamente em 01/08/2018 comecei a consultoria com a Bioquimica Anabolica que é a equipe do meu atual Coach Gabriel Kaminski, com quem estou até hoje. Ele foi o responsável por me dar as diretrizes para que eu me preparasse para o meu primeiro palco. Sou muito grata por tudo o que ele faz por mim. É como se fosse um pai mesmo, sempre colocando a minha saúde em primeiro lugar. No começo desse ano de 2019, eu também tive a honra de entrar para o time de atletas do treinador Fabricio Pacholok e, desde então, ele é o responsável por montar e corrigir os meus treinos, que são bem específicos para a categoria Bikini.

RS – Quais foram as competições que já participou?

AM – Foram três competições e três títulos de Campeã Overall, ou seja, um aproveitamento de 100%.

No ano passado, eu estreei no fisiculturismo em novembro. Fui campeã da COPA SUL que é um campeonato regional menor e que me classificou para o Campeonato Paranaense em Junho/2019. Logo após vencer a COPA SUL eu já decidi competir em um campeonato bem maior, um aberto nacional, o Campeonato Sul Brasileiro. Ele aconteceu em dezembro/2018 em Balneário Camboriú e novamente me consagrei CAMPEÃ OVERALL na minha categoria me tornando CAMPEÃ OVERALL SUL-BRASILEIRA. Ao vencer este campeonato eu ganhei automaticamente a vaga para competir o Campeonato Brasileiro que aconteceu agora de 1 a 4 de agosto em Limeira/SP, onde fui CAMPEÃ BRASILEIRA.

 RS - RS - Quais seu próximos objetivos? Você vai disputar o sul americano em Quito? E depois quais os planos?

 Com o título de Campeã Brasileira eu obtive automaticamente o direito de solicitar o PRO CARD, ou seja, me tornar atleta profissional. Porém, eu, em conjunto com os meus treinadores, iremos decidir qual será o momento certo de migrar do amador para a liga profissional. 

Irei disputar o Sul Americano em Quito, em setembro. Será uma oportunidade única, minha primeira viagem internacional em competição. Estou muito feliz. Esse sonho só pode ser possível graças a Leader Nutrition que é a atual empresa de Suplementos Alimentares que me patrocina e que torna os meus sonhos em realidade e que viabilizou esta viagem para mim.

RS – Fale mais sobre a categoria pela qual compete, a Bikini Fitness.

AM - A BIKINI FITNESS é dividida por altura e não por peso. A que eu me enquadro é a Bikini Fitness até e incluindo 1,72. A categoria bikini é avaliada como um conjunto. Primeiramente avalia-se o físico, onde a atleta deve apresentar um condicionamento magro e condicionado, com leves marcações musculares. Além da cintura fina, as atletas devem possuir os braços e ombros levemente destacados. Os glúteos devem ser redondos e firmes, e o percentual de gordura deve ser baixo, mas sem aspectos de desidratação. O julgamento das atletas não ocorre somente pelo físico, mas também pela beleza facial, cabelos, e até mesmo a harmonia da maquiagem em relação ao conjunto corporal, cabelos, cor do biquíni etc. Além disso, as atletas devem possuir carisma, desenvoltura, e “luz própria” em cima do palco, fator primordial para a composição da nota, e que pode somar ou também diminuir muitos pontos  na avaliação inicial da condição física que é feita pelos árbitros nas rodadas eliminatórias.

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RS - Quais as maiores dificuldades que encontra no esporte? E como supera-las?

AM - Infelizmente ainda temos que lidar com o preconceito, mas isso é algo que não me incomoda mais. Por ser um esporte não tão difundido no Brasil, temos que lidar com alguns comentários maldosos de pessoas que não entendem nada sobre o esporte. Venho fazendo a minha parte que é cada vez mais divulgar e incentivar as pessoas a terem mais qualidade de vida, praticarem esportes, e se tiverem vontade, porque não, se tornarem um(a) atleta de fisiculturismo também. 

Outra dificuldade que enfrentamos é a falta de reconhecimento. Ser atleta de fisiculturismo hoje no Brasil não é tão simples, envolve viagens, inscrições de campeonato, hospedagens, bikinis que são de pedras e geralmente não são baratos,  pintura corporal, alimentação, etc. Não temos muito apoio financeiro, e no meu caso, a partir do momento que eu me tornar profissional a maioria dos campeonatos são fora do Brasil, o que complica um pouco mais. 

RS - Você não vive do esporte, certo? Você exerce alguma outra profissão?

AM - Certo. O sonho de todo atleta é viver do esporte, mas isso é algo extremamente difícil no Brasil. Eu sou acadêmica de Direito, estou no VIII período e atuo na área desde o primeiro ano. Atualmente, sou servidora pública no Município de Paranaguá. Apesar das pessoas acharem que vivo só treinando e fazendo dieta, isso é apenas 10% do meu dia, todo o restante vivo a minha vida normalmente, como uma pessoa comum que trabalha oito horas por dia e faz faculdade.

RS - E como conciliar a rotina dura de treinamento com trabalho e estudos?

AM - É uma loucura, às vezes nem eu entendo como dou conta. Treino às 6h30, trabalho o dia todo e vou direto para a faculdade a noite. De segunda a sexta. Sem esquecer que no meio disso tenho que preparar as minhas marmitas todos os dias, sem errar. Em época de preparação para campeonato tenho que fazer aeróbico duas vezes no dia. Chego em casa supertarde e no outro dia começa tudo de novo. Mas, isso já está no meu modo automático. Faço sem pensar, sem reclamar. Quando você tem um objetivo traçado nada lhe tira do foco e quando se tem amor pelo o que faz, tudo flui mais fácil.

RS - O que este titulo de 2019 significa para você?

AM - Que toda a minha dedicação e amor pelo esporte foram recompensados. Eu não esperava que tudo fosse acontecer tão rápido para mim. Estou tentando aproveitar cada momento, cada fase da minha carreira. Ser Campeã Brasileira hoje é sem dúvida a realização de um sonho.

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Como se tornar uma atleta fitness

Rê Spallicci
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Muita gente me pergunta como eu fiz para me tornar uma atleta fitness e, principalmente, que dicas eu daria para quem quer seguir esse caminho.

 Bom, em primeiro lugar, eu ainda sou uma “novata” nesse mercado e tenho uma história bastante peculiar, já que eu exerço outras atividades e não “vivo” somente de minha atividade como atleta.

 Mas, de qualquer forma, meu convívio e vivência com esse mercado nos últimos anos, e, em especial, meu conhecimento como empresária e empreendedora me gabaritam a poder traçar um panorama desse segmento e a responder a esse questionamento sobre “como se tornar um atleta profissional fitness”.

 A primeira coisa que você precisa ter em conta, ao decidir se tornar um atleta profissional fitness, é que você, inevitavelmente, demorará a ganhar dinheiro!

 Por isso, é fundamental que você esteja preparado para conciliar a sua atividade de atleta com outra, que possa prover o seu sustento e até mesmo recursos para investir em seu sonho.

 Afinal, para ser um atleta, você precisará investir em uma alimentação correta, suplementação, horas e horas de treinos e profissionais, books com fotógrafos especializados… e isso tudo custa! E não é pouco!

 Para ter duas carreiras em paralelo, a primeira coisa a ter em mente é uma boa capacidade de gestão do tempo, foco e disciplina. Afinal, se um trabalho já exige muita organização, o que não dizer de duas atividades e bastante distintas? Um dos segredos que considero eficaz para conseguir dar conta disso tudo é saber elencar suas atividades e priorizá-las. O maior risco de quem tem mais de uma carreira é acabar não dando conta de nenhuma das duas, mas acredito que, com inteligência e dedicação, é possível, sim, levar ambas com a mesma qualidade!

 Por isso, tenha uma agenda rigorosamente planejada na qual coloque todas as suas atividades e as cumpra integralmente.

E lembre-se de sempre colocar na agenda seus treinos, pausas para alimentação e tudo aquilo que faz parte da sua atividade como atleta.

Conheço muita gente que, por mais amor que tenha à atividade atlética, não a leva com o profissionalismo necessário. É aí que as coisas se perdem, e o sonho de se tornar um atleta fica distante.

Outra característica para manter mais de uma carreira é saber que aquela distinção entre dias de trabalho e sem trabalho praticamente deixará de existir. Todo tempo livre é essencial, principalmente para treinar e se preparar para a nova carreira como atleta.

Muito além do treino

 Se você pensa que, para ser um atleta profissional, treino forte, alimentação balanceada ou uma genética generosa lhe bastam, desculpe decepcioná-lo, mas isso é só o começo!

 Afinal, esses atributos técnicos são o mínimo a se esperar de alguém que pretende se tornar um atleta fitness. Para se diferenciar, é preciso ir muito além disso, pois boa parte do seu trabalho será exibir o seu corpo. Então, é preciso estar pronto para passar horas e horas fotografando até descobrir o seu melhor ângulo.

 Uma sessão de fotos demanda muitas horas de trabalho, e as fotos são essenciais para que você tenha um material bacana para enviar para possíveis patrocinadores, por exemplo.

Por isso, esteja preparado para um tempo infinito de posar, sorrir, posar, sorrir… infinitas vezes.

 Você se sentirá envergonhado de se apresentar em uma sunga ou biquíni na frente de diretores de arte, gerentes, estilistas e outras pessoas envolvidas no projeto? Então, esqueça essa profissão! Você deve estar confortável (ou fingir muito bem estar confortável), caso contrário, esse desconforto será exibido nas fotos.

 Quando tiver que fotografar, sinta-se seguro e confiante, flexione seus músculos, mantenha seu rosto relaxado e conquiste as lentes da câmera!

 E aqui vale uma dica: suas fotos são o retrato (literalmente) do seu esforço e treinamento, e um fotógrafo pode realçar ou estragar tudo aquilo que construiu. Assim, seja criterioso na escolha desse profissional e dê preferência àqueles que já têm experiência com outros modelos do nosso segmento.

Participe sempre de competições

Estar em evidência é fundamental para o seu aprendizado e também para que possa atrair patrocinadores. Portanto, participe de todas as competições que puder!

 Mas, mesmo que você ainda não se sinta preparado para já encarar uma competição, se você pretende ser um atleta, precisa estar lá! Não há aula melhor do que ver os competidores, como eles desfilam, que corpo chegam a uma competição de alto nível… Enfim, se você quiser ser um atleta, é necessário ter alguém em quem se espelhar!

Torne-se uma empresa

 Ser um atleta profissional é ser também uma empresa. Você terá que dar nota fiscal ao ser contratado para trabalhos como modelo fitness e também para patrocinadores.

Nesse caso, é importante que você já pense em como se estruturar como uma verdadeira companhia e, para tanto, necessita abrir sua empresa. A atividade esportiva ainda não está no rol de profissionais que podem ser Microempreendores Individuais (MEI), mas já existe uma lei tramitando no congresso para alcançar este objetivo.

Por fim, tenha muita dedicação, força de vontade, disciplina e resiliência. Obviamente, essa sua jornada não será nada fácil, senão qualquer pessoa poderia se tornar um modelo de fitness ou bodybuilder. Mas este não é o mundo em que vivemos! Então, esteja preparado para suar muito a camisa antes de conseguir colher os frutos! Porém, se isso é o que você realmente ama, pode ter a certeza de que será recompensado!

Eu sempre digo que minha carreira foi 100% força de vontade! Nunca me senti uma iluminada, predestinada, ou coisa assim. Por isso, sempre dei o meu melhor em cada treinamento para conseguir chegar aos meus resultados.

Portanto, se este for o seu sonho, arregace as mangas e lute por ele! E não deixe para amanhã! Comece agora mesmo!

 Busque seu propósito. Deixe  seu legado.

Rê Spallicci

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Como se tornar uma atleta fitness

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