A falta de cartão na briga do Flamengo e o erro inexplicável em Goiás x Internacional

Sálvio Spinola
Sálvio Spinola

Flamengo 3 x 0 Corinthians

Sálvio diz que Rhodolfo poderia ter sido expulso e que Vizeu deveria ter recebido vermelho por gesto obsceno: 'Indiscutível'

Gols de Goiás 0 x 2 Internacional

Sálvio analisa marcação 'completamente inexplicável' de Héber Roberto Lopes: 'Erro muito grande'

Fonte: Sálvio Spinola, para o ESPN.com.br

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A falta de cartão na briga do Flamengo e o erro inexplicável em Goiás x Internacional

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Fla-Flu e a falência do futebol

Sálvio Spinola
Sálvio Spinola

Na última quarta-feira, no Maracanã, não vimos jogo de futebol, foi outro esporte.

Ferj, arbitragem, jogadores e comissões técnicas precisam repensar o futebol e suas funções no jogo.

O que queremos dentro do campo? Guerra, briga, disputa, reclamação ou jogo?

Não tinha nenhuma autoridade em campo responsável pelo evento e representando a organização, causando temor aos envolvidos. Papel da Ferj!

O árbitro, Marcelo de Lima Henrique,  confuso e preocupado em tomar decisões. Lentidão nas análises e perda da autoridade. Papel da arbitragem!

Rodrigo Caio argumenta com o árbitro Marcelo de Lima Henrique
Rodrigo Caio argumenta com o árbitro Marcelo de Lima Henrique MAGALHÃES JÚNIOR/Photopress/Gazeta Press

Protagonistas querendo lutar, praticando o antijogo, mais preocupados em reclamar do que com a técnica e tratar bem a bola. Papel dos jogadores!

Banco de reservas pilhando o jogo com reclamações acintosas, gesticulando e não ocupando o espaço reservado. Papel das comissões técnicas!

 As grandes decisões da arbitragem:

Gol anulado do Fluminense: Pra mim, correto! Tem a carga do Matheus Ferraz no Rodrigo Caio. O jogador do Fluminense não disputa a bola, só vai no corpo do zagueiro flamenguista.

Pênalti para o Fluminense: Correto. Everaldo chega primeiro na bola, e o Léo Duarte faz alavanca na passagem do jogador do Fluminense.

Pênalti para o Flamengo: Pra mim, correto! Léo Santos não disputa a bola, vai só no corpo do Lucas Silva, carga nas costas, falta.

Expulsões: Vendo as imagens, foram corretas. Bruno Henrique com as travas da chuteira é conduta violenta e Ganso, por empurrar o quarto árbitro.

 Ao final do jogo, muitos falaram que Fla-Flu é assim, tenso e que são coisas normais. Não pode ser! 

Tem que ser acirrado e disputado, mas jogado. E não foi.

 As instituições precisam repensar o jogo e seu papel, o Fla-Flu tem que ser salvo!

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VAR não é caseiro: PSG eliminado

Sálvio Spinola
Sálvio Spinola

Já passava dos 45 minutos do segundo tempo do jogo, o PSG perdia para o United por 2 a 1 e conseguiria sua classificação por ter vencido o jogo de ida por 2 a 0.

Dalot chuta em direção ao gol, e a bola no meio do caminho é desviada pelo braço de Kimpembe, indo para a linha de fundo. 

O árbitro Damir Skomina marca escanteio e é alertado pelo árbitro de vídeo para não deixar o jogo reiniciar, informando que o lance está sob revisão. O esloveno, ao ver a imagem da bola batendo na mão do zagueiro francês, marca pênalti. 

Interpretação como quer a Fifa em lances de mão na bola. Kimpembe não disputou a bola, projetou o corpo à frente para bloqueá-la, fez uma defesa, ampliou o espaço, trazendo prejuízo ao jogador do time inglês. Pênalti bem marcado, de acordo com a atual regra e orientações da Fifa. 

Este é o lance para o VAR. 

O árbitro humano não consegue ver onde a bola bateu. 

O árbitro humano está pressionado pelo ambiente para a tomada de uma grande decisão. 

O VAR não sofre influência do ambiente. 

Sem o VAR, o árbitro seria chamado de caseiro, ficou com medo de marcar o pênalti. 

Justiça foi feita.

Damir Skomina revê lance durante PSG x Manchester United
Damir Skomina revê lance durante PSG x Manchester United Getty Images

Fonte: Sálvio Spinola, blogueiro do ESPN.com.br

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Arbitragem brasileira x arbitragem sul-americana

Sálvio Spinola
Sálvio Spinola

As 17 regras são iguais nos 211 países que praticam futebol com filiação à Fifa.

O modelo de arbitragem, a forma de conduzir o jogo são diferentes.

Cada gestor de arbitragem adota um nível de exigência. Por exemplo: na Inglaterra, conceder o máximo de acréscimo no jogo, na Argentina e Brasil, o jogo não tem acréscimo suficiente do tempo perdido. 

Cartão amarelo por jogo brusco no Uruguai é diferente do Brasil. 

Falta e contato físico entre jogadores é a grande diferença de conceito na atuação dos árbitros sul-americanos e brasileiros. 

O árbitro brasileiro interrompe mais o jogo, interpreta qualquer contato físico do atacante com o zagueiro como faltoso. Os árbitros dos demais países latino-americanos têm conceito diferente na regra da falta. 

Lógico que isso tem a ver com o jogo, como os jogadores se comportam em campo, mas também tem a ver com a forma de atuação dos árbitros, como são geridos e exigidos em suas atuações. 

Vale ressaltar que no Brasil temos dez árbitros com o distintivo da Fifa, mas não são só esses árbitros que atuam no Campeonato Brasileiro. Em 2018, a competição teve a participação de38 árbitros. 

Agora, vai começar a fase de grupos da Libertadores. 

Os times brasileiros encontraram dificuldade para se adaptarem aos árbitros. Jogadores precisam entender o modelo de arbitragem do país de origem do árbitro. 

Teremos expulsões e polêmicas com empurrões e disputas sem bola. No Brasil, o árbitro adverte verbalmente, nos demais países da América do Sul, quando a bola não está em disputa, se mostra cartão vermelho. 

Vamos acompanhar.

Anderson Daronco
Anderson Daronco Getty Images

Fonte: Sálvio Spinola, blogueiro do ESPN.com.br

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International Board muda as regras e o jogo

Sálvio Spinola
Sálvio Spinola

Em reunião da International Board deste sábado, alguns pontos já previstos das regras de futebol foram alterados:

1-O texto da regra vai diferenciar mão na bola de defensor do atacante;

2-Cartão amarelo e vermelho para técnicos e integrantes do banco;

3-Bola ao chão em momento que a bola bater no árbitro;

4-Saída do jogador substituído pela linha do campo que estiver mais próximo;

5-Goleiro com um pé na linha do gol na cobrança de pênaltis;

6-distância de 1 metro do atacante da barreira;

7-No tiro de meta e em falta dentro da área a favor da defesa, a bola não precisa mais sair da área para entrar no jogo;

Esta última alteração vai mudar a dinâmica do jogo com alteração tática na saída de bola das equipes. A posição de jogadores e agilidade na reposição de bola vão exigir mais estudos e adaptação dos técnicos com a nova regra.

Os debates sobre as regras de futebol sempre são bons, mas lamento a não participação do mundo do futebol. As decisões estão restritas somente à cúpula diretiva das Entidades do Reino Unido e da Fifa, e é necessário cada vez mais da participação dos jogadores e técnicos, porque a cada debate vejo propostas absurdas e sinal de alteração do jogo.

Mateu Lahoz marca pênalti para a Islândia contra a Croácia na Copa do Mundo de 2018
Mateu Lahoz marca pênalti para a Islândia contra a Croácia na Copa do Mundo de 2018 Getty Images


Fonte: Sálvio Spinola, blogueiro do ESPN.com.br

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'Coisa de várzea' - com todo respeito aos jogos de várzea

Sálvio Spinola
Sálvio Spinola

Foi bizarro o quarto árbitro colombiano John Ospina levantar uma folha de sulfite para fazer substituição no jogo do Atlético MG x Defensor.

Coisa de várzea (respeitando os jogos na várzea, apitei vários jogos e muito bem organizados), me refiro a coisa amadora, bagunçada, lixo.

E, pasmem, o problema está em patrocinador, dinheiro.

'Placa' de sulfite no Independência
'Placa' de sulfite no Independência Reprodução Twitter

A CONMEBOL exige que se use a placa dela porque tem patrocínio e não permite mais que seja utilizado a placa da confederação local.

A placa personalizada da CONMEBOL  não chegou e a Federação Mineira não pode emprestar a dela porque o patrocinador é diferente.

Para a temporada 2019 a CONMEBOL criou um protocolo de jogo, onde são realizadas duas reuniões para alinhar todos os detalhes do jogo, como segurança, faixas, horários, documentos, aquecimento de jogadores, bolas, placa e demais itens. Para este jogo esqueceram da placa.

E pior, solução encontrada: já que não tem placa usa uma folha de papel. 

Feio, o mundo falando da NOVA CONMEBOL.

Veja abaixo a posição oficial da Federação Mineira de Futebol (FMF)

Nota de esclarecimento da FMF
Nota de esclarecimento da FMF FMF
Nota de esclarecimento da FMF
Nota de esclarecimento da FMF FMF
Nota de esclarecimento da FMF
Nota de esclarecimento da FMF FMF

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'Coisa de várzea' - com todo respeito aos jogos de várzea

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Regra do futebol vai mudar e diferenciar lances de mão de atacante e zagueiro; entenda

Sálvio Spinola
Sálvio Spinola

Mão na bola, a regra vai mudar.

Mão do atacante vai ser diferente da mão do defensor.

Anualmente a International Board se reúne para definir mudanças nas regras de futebol.

Reunião ordinária com os integrantes do Board: Inglaterra, País de Gales, Irlanda, Escócia e FIFA, para confirmar ou não as alterações propostas pelo conselho técnico.

Estas alterações passam a vigorar a partir de primeiro de julho para adequar ao calendário europeu.

Neste ano a reunião acontecerá no próximo sábado na Escócia.

Na pauta para possíveis alterações está:

1-Momento do término do jogo e procedimento do bola ao chão.
2-Discussões sobre o protocolo VAR
3-Mão na bola

O item mais polêmico vai ser o texto da regra 12, tocar a bola com a mão, hoje é assim:

“Se concede um tiro livre direto se o jogador tocar a bola deliberadamente com as mãos (exceto o goleiro dentro de sua própria área de pênalti).

E a própria regra dá algumas considerações:

“Deve ter em conta o seguinte:

- movimento da mão até a bola;
- distância entre o adversário e a bola;
- posição da mão;
-tocar a bola com um objeto considera extensão da mão”

Neymar após ter gol anulado por toque no braço durante a final da Champions de 2015
Neymar após ter gol anulado por toque no braço durante a final da Champions de 2015 Getty

A discussão vai ficar centrada no texto das considerações e a polêmica vai ficar por conta da diferenciação que o texto vai fazer para bola tocada na mão por defensor e por atacante, no mesmo lance se for mão do atacante será falta, mas se for do defensor, não será pênalti.

Como exemplificação é o lance do gol anulado do Neymar na final da Champions de 2015, Barcelona 3 x 1 Juventus, time espanhol campeão em Berlin. Na época, o gol não deveria ter sido anulado, totalmente acidental e depois de tocar na cabeça do Neymar foi para o braço e entrou no gol, com o texto alterado este lance será anulado, mas se for do zagueiro não será pênalti.

Fonte: Sálvio Spínola

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VAR ou não VAR no Brasileirão 2019?

Sálvio Spinola
Sálvio Spinola



Nesta sexta-feira, na reunião do Conselho Técnico, a CBF vai apresentar aos clubes o projeto para utilização do VAR no Brasileirão e os custos do sistema.

Desde 2017 a CBF fala que está pronta e disse que poderia implantar a utilização logo após a vitória do Corinthians sobre o Vasco, com gol de mão do Jô. Está mesmo? 

Tenho dúvidas.

Mais importante que os custos deve ser a exigência dos clubes na parte técnica e operacional na implantação das cabines e posicionamento das câmeras.

Alguns questionamentos que ainda não estão claros:

- Em todos os estádios as condições de trabalho serão iguais?

- Quem vai ficar na cabine do árbitro de vídeo?

- O sistema de comunicação será disponibilizado aos clubes envolvidos?

- O protocolo da IFAB será seguido na íntegra para lances revisáveis?

- Como ficarão os torcedores no estádio com informação de revisão?

- A CBF tem quadro de árbitros aptos para apitar e atuar como VAR nos 380 jogos? Se sim, quais são?

Juiz consulta o VAR em jogo da Islândia contra a NIgéria
Juiz consulta o VAR em jogo da Islândia contra a NIgéria Getty Images

É necessário o princípio de isonomia e igualdade.

Não acho que na Vila Belmiro e no Maracanã o árbitro vai analisar o lance no monitor com o mesmo grau de pressão e cobrança.

Não é simples e é preciso mais transparência, o principal requisito na arbitragem é a credibilidade.

Fonte: Sálvio Spinola, blogueiro do ESPN.com.br

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Fla – Flu com ou sem VAR?

Sálvio Spinola
Sálvio Spinola

Em meados de 2018 a FERJ anunciou a utilização de árbitros de vídeo no campeonato carioca. 

Foi contratada a empresa Hawk-Eye Innovations, a mesma empresa responsável pelo sistema na Copa do Mundo.

O regulamento foi alterado, incluindo a utilização do árbitro de vídeo.

Árbitros foram treinados.

Um simulador do sistema foi instalado na sede da Federação.

Tudo pronto? Não. Falta a autorização burocrática da IFAB – International Board.

A CBF quem faz a intermediação desta autorização com envio dos documentos e comprovação da capacitação do sistema.

Consultei a IFAB e me informaram que estão com todos os documentos, mas ainda precisam de análise para autorizar ou não.

Faltando dois dias para o jogo, não é aceitável que isso aconteça.

E aí fica a pergunta:

Por que as federações - pernambucana, catarinense e gaúcha - conseguiram a autorização com rapidez?

Estas federações já usaram o VAR. Foram ágeis ou tem política por trás.

Me parece que criaram dificuldade pra vender facilidade.

É preciso soberania para as entidades.

Fonte: Sálvio Spinola, blogueiro do ESPN.com.br

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Árbitro relembra como Collor e Eurico atrasaram pênaltis de única final São Paulo x Vasco na Copinha

Sálvio Spinola
Sálvio Spinola

Roberto Perassi já apitava futebol amador e se formou árbitro na Federação Paulista em 1984, e em 1992 foi escalado para apitar a final da Copa São Paulo, bati um papo com ele sobre este jogo:

Como foi receber a escala?

Foi motivo de honra e orgulho, porque com oito anos já formado pela Federação eu ainda tinha a expectativa e sonho de apitar um jogo do Desafio ao Galo (importante campeonato amador que tinha na cidade de são Paulo) e aí recebo esta escala com surpresa.

Como descrever o ambiente de uma final no Pacaembu?

Indescritível e uma grande novidade pra mim, ver aquele monte de torcedores indo para o estádio, todo aquele movimento ainda não tinha acontecido na minha carreira, porque até aquele jogo eu ainda não tinha contato com grande público. Fui ao Pacaembu com um grande amigo da arbitragem, o Renato Giglio, sua esposa Vilma e minha esposa Irvana. A partida foi cercada por uma grande expectativa pela trágica morte do torcedor Rodrigo Gasperi que aconteceu na semana antes do jogo e eu me lembro que as rádios e TVs das grandes emissoras estavam no Pacaembu e me cercaram para entrevistas e as perguntas ficaram sobre o tema da segurança, coisa muito nova pra mim.

Qual o jogador que te marcou?

Alguns jogadores acompanharam minha carreira quando eu fui apitar no profissional e eu encontrei com eles em vários jogos, mas me lembro do Alexandre que era um grande goleiro e veio a falecer em um acidente, a promessa Catê com seus dribles e velocidade, que também faleceu, outros jogadores se destacaram como o Doriva, o Valdir Bigode, o lateral Pimentel pelo vigor físico e não posso deixar de falar do goleiro Caetano que fez uma grande partida.

O que a final representou para o crescimento da sua carreira?

Foi importantíssima porque alavancou minha carreira, como foi transmitida para todo o Brasil, os dirigentes me enxergaram e passei a ter oportunidades importantes na carreira, inclusive em nível nacional.

 Que recomendações você daria para o árbitro que vai apitar a final, pensando no que você vivenciou?

Hoje a arbitragem se modernizou em vários aspectos,  tem o conhecimento das equipes e isso é fundamental, estudar o comportamento das equipes e jogadores. Entender o controle de jovens de até 20 anos, com conjunto de ferramentas para controlar o jogo. Excelente preparação em todos os aspectos: alimentação, concentração, físico, técnico e emocional.

O que mais acha importante falar sobre a final de 92? Alguma curiosidade?

No dia da final teve o Presidente Fernando Collor de Melo fazendo um pronunciamento em rede nacional de aproximadamente de 20minutos no horário em que estava terminando a prorrogação. Eu confesso que não me lembro de nada do discurso. Os dirigentes e a imprensa me procuraram, inclusive o Eurico Miranda pedindo para não iniciar as cobranças dos tiros penais antes de terminar o pronunciamento e os pênaltis foram iniciados somente após a fala do Collor, o São Paulo perdeu o primeiro pênalti e o Vasco foi campeão ganhado de 5x3.

Os Assistentes no jogo foram Antonio Cláudio Perin e Sérgio Cenedesi.

Roberto Perassi foi árbitro de alto nível no futebol brasileiro, dois anos à frente ele apitou no Pacaembu Corinthians 1 x 2 Palmeiras"}" data-sheets-userformat="{"2":513,"3":{"1":0},"12":0}">Palmeiras, último jogo do Paulistão de 94 com o Palmeiras do Luxemburgo campeão.

Perassi foi Diretor da Escola de Árbitros da Federação Pualista, é Instrutor internacional de árbitros e Vice-Presidente da Comissão de Arbitragem da FPF.

 

Fonte: Sálvio Spinola

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Árbitro relembra como Collor e Eurico atrasaram pênaltis de única final São Paulo x Vasco na Copinha

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Apito de ouro TCL/ESPN

Sálvio Spinola
Sálvio Spinola

Ano confuso para a arbitragem brasileira: tem VAR, não tem VAR, a cada rodada dirigentes de todos os clubes reclamando, árbitros rebaixados para divisões inferiores, erros e mais erros, nada evoluiu.

A CBF utilizou 38 árbitros na série A.  Alguns apitaram 2 ou 3 jogos. Teve até árbitro que apitou um só jogo das 38 rodadas. Nenhuma grande revelação para os próximos anos e árbitro FIFA apitando jogos com menor expressão que árbitros não FIFA. 

Utilização de trio fixo mais uma vez mostrou que não é a solução, é apenas conforto para escalar: reduz o trabalho de quem escala.

Já passou da hora da CBF ter seu próprio quadro de árbitros e não utilizar “emprestados” das Federações. O patrão do árbitro tem que ser a CBF e não a Federação. Para isso, a entidade precisa urgentemente formar árbitros, iniciar o processo para ter seus próprios árbitros em 3 ou 4 anos, mantendo a neutralidade nas escalas e podendo utilizar os principais árbitros nos principais jogos, além de exigir a dedicação principal ao futebol - e não “bico”  - como é desde os tempos que iniciei na arbitragem. Nada mudou.

Abaixo o ranking da classificação final do Prêmio Apito de Ouro TCL/ESPN (Árbitro, Jogos, Média):

[]


Fonte: Sálvio Spinola

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Apito de ouro TCL/ESPN

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Árbitro de 13 Boca x River detona escolha de uruguaio para final da Libertadores e aconselha: ‘Não pode se achar maior que o jogo’

Sálvio Spinola
Sálvio Spinola

Loustau é considerado um dos mais importantes árbitros do futebol argentino. Para muitos o melhor de todas as épocas. Apitou nas décadas de 80 e 90 e representou a arbitragem argentina na Copa da Itália, sendo considerando junto com o brasileiro José Roberto Wright os melhores na Copa.

Ficou marcado no Brasil por ter apitado no Maracanã o jogo Brasil x Chile pelas eliminatórias da Copa de 90, o jogo conhecido como 'Jogo da fogueteira', no qual o goleiro Rojas fez simulações após a torcedora brasileira arremessar um sinalizador no campo.

Boca x River na Bombonera
Boca x River na Bombonera Getty Images

Loustau apitou 13 vezes o superclássico Boca x River, sendo 2 pela Copa Libertadores! Abaixo, um bate papo com ele:

 Qual foi o jogo de maior dificuldade?

Todos BOCA/River são de alta dificuldade. Os dois da Libertadores foram os mais difíceis.

O que pensa de ser árbitro uruguaio e não argentino?

Estou totalmente em desacordo. Nenhum país sulamericano deve recorrer a árbitros de outro país. Esta decisão desmerece os árbitros e instrutores de cada país e também coloca em descrédito os árbitros de seu próprio país. É uma vergonha os dirigentes da Conmebol tomarem esta decisão.

O que você pensa que pode ser a maior dificuldade que o árbitro uruguaio vai encontrar no campo?

A partida vai ser totalmente diferente da partida de ida. Neste se define quem vai ser o campeão da Copa Libertadores. O árbitro deverá se impor rapidamente aos jogadores e aplicar a tática adequada para tomar decisões justas e precisas, porque é possível que terá jogo brusco, reclamações e tumulto. As decisões, mesmo que sejam impopulares e complexas, devem ser tomadas sem receio. Um árbitro que dirige neste nível não pode ter receio nenhum em tomar uma decisão.

Se falasse com o Andrés Cunha, árbitro do jogo, o que recomendaria a ele?

Ele é um árbitro que tem exagerado respaldo da Fifa e Conmebol, um respaldo incondicional que outros árbitros não tem. Não pode se achar maior que o jogo.

O que pensa do VAR? Ajuda neste jogo?

O VAR é imprescindível, se bem utilizado pelos árbitros e responsáveis pelo mesmo, para corrigir erros claros da equipe arbitral. O VAR mal utilizado pelos responsáveis do mesmo, complica seriamente o árbitro. Houve casos nos quais sua utilização foi altamente positiva e em outros casos tomaram decisões erradas e tiveram influência negativa no resultado final da partida. Quem está a cargo do VAR deve conhecer o jogo de futebol à mesma altura do jogador e do técnico.

Fonte: Sálvio Spinola

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Árbitro de 13 Boca x River detona escolha de uruguaio para final da Libertadores e aconselha: ‘Não pode se achar maior que o jogo’

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Painel técnico propõe mudança na regra do futebol que anularia gol de Neymar na final da Champions

Sálvio Spinola
Sálvio Spinola
Neymar comemora gol na final da Champions em 2015
Neymar comemora gol na final da Champions em 2015 Getty Images

As alterações nas regras do futebol só podem ocorrer uma vez por ano, em reunião ordinária da International Board, a próxima será em março de 2019, na Escócia.

Antes desta reunião existem painéis técnicos que propõem mudanças. Esta semana, os integrantes do painel técnico se reuniram e propuseram algumas situações que podem ser mudadas na reunião do próximo ano, dentre elas:

- alterar o texto da mão na bola e não permitir gol com uso da mão de forma acidental em casos de domínio da bola ou empurrar para o gol. É tornar ilegal o gol que o Neymar fez na final da Champions de 2015 no título do Barcelona contra a Juventus;

- cartões para integrantes da comissão técnica;

- a bola não precisar sair da área no tiro de meta e cobrança de falta a favor da defesa;

- agilizar procedimentos de substituição;

- aumentar os conceitos de “fair play”, se a bola bater no árbitro e iniciar um ataque promissor ou gol, uma proposta de parar o jogo e deixar a bola para a equipe que tinha a posse;

Nada de propostas significativas, apenas pequenas sugestões.

Fonte: Sálvio Spínola, blogueiro do ESPN.com.br

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Painel técnico propõe mudança na regra do futebol que anularia gol de Neymar na final da Champions

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Barcelona vence com VAR; Manchester City, sem VAR, não vence

Sálvio Spinola
Sálvio Spinola

O árbitro de vídeo foi protagonista na vitória do Barcelona sobre o Valladolid, com a correta anulação do gol de empate nos minutos finais da partida. 

Sem o VAR, a Premier League viu um gol de mão custar pontos ao Manchester City, que ficou no empate contra o Wolverhampton. 

Fonte: Sálvio Spinola

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Barcelona vence com VAR; Manchester City, sem VAR, não vence

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O uso errado do árbitro de vídeo pode anular uma partida de Copa do Mundo?

Sálvio Spinola
Sálvio Spinola

Juiz consulta o VAR em jogo da Islândia contra a NIgéria
Juiz consulta o VAR em jogo da Islândia contra a NIgéria Getty Images

Por Rafael Lewandowiski 

O mundo do esporte tem acompanhado com atenção a utilização inédita do VAR na maior competição do esporte, a Copa do Mundo da FIFA. A Copa do Mundo da FIFA 2018, realizada na Rússia, é a segunda edição da história a contar com a utilização de recursos tecnológicos. A primeira foi a Copa do Mundo FIFA 2014, realizada no Brasil, a qual estreou a Goal-Line Technology, tecnologia a qual auxilia os árbitros da partida a decidir se a bola ultrapassou, ou não, a linha do gol.

A adoção do VAR ocorreu em um cenário em que alguns graves erros de arbitragem foram identificados, assim como incidentes os quais passaram despercebidos. O caso mais famoso ocorreu na Copa do Mundo FIFA de 2014, quando o atleta Luis Suarez, do Uruguai, mordeu o atleta Chiellini, da Itália, em partida válida pela fase de grupos da competição. O atleta uruguaio não foi punido no ato, mas, sim, após a partida, o que possibilitou a sua continuidade no jogo e, consequentemente, a possibilidade de influência no resultado da partida. Casos como este impulsionaram a adoção do VAR o qual, em 2017, foi incluído oficialmente no regulamento Laws of the Game (“Regras do Jogo”) da International Football Association Board (“IFAB”).

 Definição e atribuições

 O VAR é um árbitro assistente da partida, com acesso às imagens e replays, que podem ajudar o árbitro principal somente nos casos de "erro claro e óbvio" ou "grave incidente” o qual tenha passado despercebido. O VAR possui as mesmas prerrogativas dos demais árbitros assistentes. As situações de jogo passíveis de revisão são:
a) Gol/Não Gol;
b) Pênalti/Não Pênalti;
c) Cartão vermelho direto
d) Erro de identificação de infrator (quando um atleta é erroneamente advertido com cartão vermelho ou amarelo, no lugar de outro).
Não é permitida a revisão de outras situações de jogo além das citadas.

 As prerrogativas do árbitro

Apenas o árbitro principal detém a prerrogativa de iniciar uma revisão, ou seja, fazer uso do VAR nas situações acima elencadas. O VAR e os demais árbitros assistentes podem apenas recomendar uma revisão e não tem participação direta nas decisões finais. O árbitro pode, inclusive, ignorar a mera recomendação de revisão e, consequentemente, não olhar as imagens do lance em questão, se assim entender pertinente.

A revisão contínua do VAR

O VAR avalia toda e qualquer situação passível de revisão. Caso exista a real necessidade de revisar uma jogada, o VAR recomenda ao árbitro, o qual pode iniciar a revisão ou não. Deste modo, o árbitro de vídeo funciona como um “filtro” para que o árbitro possa, de fato, analisar apenas os lances os quais mereçam atenção. Caso o VAR não identifique uma jogada como erro claro e óbvio, a recomendação de revisão não é passada ao árbitro. A IFAB orienta a repreensão de atletas e comissão técnica os quais pressionarem o árbitro para a revisão de uma jogada exatamente pelo fato do VAR já estar atento aos lances importantes. A área reservada à operação do VAR é inviolável, sendo a aproximação ou invasão de atletas ou comissão técnica punidas com a expulsão destes da partida.

O procedimento das revisões

O árbitro pode iniciar uma revisão de um possível "erro claro e óbvio" ou grave incidente” o qual tenha passado despercebido quando o VAR (ou outro arbitro assistente) recomende uma “revisão” ou quando o próprio árbitro suspeite que algo grave passou despercebido. O VAR se comunica com o árbitro, por meio de ponto eletrônico, dizendo “revisão” e indicando a natureza da revisão, por exemplo, “jogada violenta” (passível de aplicação do cartão vermelho). A comunicação entre o VAR e o árbitro ocorre em tempo integral, sem interrupções e há, ainda, a gravação de todas as conversas.

Caso o árbitro entenda que seja o caso de revisar a jogada, este deve fazer o sinal, com as mãos, semelhante a uma TV, indicando que usará o auxílio do VAR e, ato contínuo, optar por duas situações: tomar a decisão final com base nas informações meramente auditivas proferidas pelo VAR ou dirigir-se a área de revisão do árbitro, onde há uma TV posicionada, para ver as imagens e replays. No caso da segunda opção, a fim de demonstrar transparência, o árbitro deverá estar “visível” para todos os sujeitos da partida enquanto revê o lance em questão.

Conforme prevê o protocolo do VAR, nas Regras do Jogo da IFAB, a decisão original do árbitro não será alterada a menos que haja um “erro óbvio" (isso inclui qualquer decisão tomada pelo árbitro com base em informações de outro assistente, por ex. impedimento). Após analisar as imagens, o árbitro deverá fazer novamente o sinal de uma TV e anunciar sua decisão final.

Prezando pela precisão nas decisões, a IFAB não determina qualquer limite de tempo para a análise do vídeo e posterior decisão final.

O momento das revisões

A partir do evento objeto de revisão, o árbitro, caso a partida não esteja paralisada, deverá interrompe-la para iniciar a revisão. Não pode haver revisão de qualquer jogada depois de praticado um ato de reinício da partida, tais como cobrança de lateral, falta, escanteio, tiro de meta e saída do meio de campo após marcado um gol. Caso a jogada tenha continuidade e, no curso desta, o árbitro receber a recomendação de revisão, este deverá paralisar a partida quando a bola estiver em campo neutro, a fim de não prejudicar o ataque de nenhuma das equipes.

Os eventos passados entre o evento objeto de revisão e a paralisação da partida não serão anulados, salvo no caso de cartão vermelho por interrupção de ataque promissor.

O “desafio” e a regra 5 das Regras do Jogo

A principal crítica ao VAR, nesse momento, é o fato do árbitro ser o único sujeito legítimo para requerer a utilização do recurso. Em outros esportes, por exemplo, há o “desafio”, em que uma equipe ou atleta pode requerer a revisão da jogada que, caso esteja correta, acarretará na perda de um benefício pelo desafiante. No futebol americano, o desafiante que “errar” o desafio perde um tempo técnico o qual tem direito. No vôlei e no tênis, caso o desafiante erre o desafio, perde o direito de discutir as decisões do árbitro novamente.

 O principal impeditivo para a implementação do “desafio” na aplicação do VAR está na regra número 5 das Regras do Jogo, na qual é tratada a figura do árbitro. Na mencionada regra, o árbitro é tratado como soberano sobre todas as decisões de campo, não tendo seu poder delegado a outrem. Nesse sentido, a implementação do “desafio” apenas será possível após a flexibilização do poder do árbitro constante da regra número 5 das Regras do Jogo.

 Anulabilidade da partida pela utilização do VAR e erro de direito

Considerando que o protocolo do VAR está inserido nas Regras do Jogo, a não observância dos critérios de utilização deste, naturalmente, consistirá em violação das Regras do Jogo e, consequentemente, em erro de direito. Consiste em erro de direito a aplicação errônea das Regras do Jogo pelo árbitro da partida. A existência do erro de direito, dependendo de sua gravidade e influência no resultado final da partida pode ensejar a anulação desta.

Sobre a anulabilidade da partida por eventos envolvendo o VAR, as Regras do Jogo aduzem que não será passível de anulação as partidas nas quais ocorrer: a) Mal funcionamento da tecnologia do VAR; b) Decisão errada envolvendo o VAR; c) Decisão do árbitro em não rever uma jogada; e d) Revisão de uma jogada não passível de revisão, tal como escanteio e lateral.

A determinação de impedimento de anulação da partida nas hipóteses acima mencionadas causa certa obscuridade na interpretação das Regras do Jogo visto que, ao mesmo tempo que o árbitro não pode revisar certas situações de jogo, a partida não pode ser anulada por conta disso, ou seja, não há sanção caso o árbitro descumpra o determinado pelo protocolo do VAR.

O mesmo ocorre em situações em que há a possibilidade de revisão de uma situação originalmente não passível de revisão cumulativamente a uma situação passível de revisão. Por exemplo, caso um árbitro, após revisão da jogada, resolver marcar um pênalti, não poderá, em tese, advertir o infrator com o cartão amarelo, já que a revisão das jogadas só são permitidas sobre condutas as quais ensejem a aplicação do cartão vermelho. Outro problema ocorreria, caso o VAR recomendasse uma revisão de jogada violenta, e o árbitro, após a análise das imagens, entendesse que a conduta ensejaria a aplicação apenas do cartão amarelo. Entretanto, o protocolo do VAR impede que o mencionado cartão amarelo seja aplicado já que as revisões só podem ocorrer para a aplicação do cartão vermelho direto.

A atuação do VAR durante a Copa do Mundo da FIFA 2018

Não é necessário esperar o fim da Copa do Mundo da FIFA 2018 para chegar à conclusão de que o VAR será instrumento decisivo para o árbitro daqui para frente. Do mesmo modo, é claramente visível que o VAR poderá sofrer algumas modificações a respeito de sua aplicação, dadas as fortes críticas voltadas a exclusividade do árbitro principal em meramente acionar a tecnologia. A partida entre Brasil e Suíça, válida pela primeira fase, já é mostra de que o VAR pode evoluir para melhor. Em duas ocasiões envolvendo a equipe brasileira, o árbitro decidiu sequer analisar as imagens. Tal decisão foi considerada polêmica justamente pela utilização extensa do VAR, por outros árbitros, durante a Copa do Mundo. Para efeito de registro, metade dos pênaltis foram marcados após revisão do VAR. Há de se observar qual será a resposta da FIFA a respeito das duras cobranças feitas pela Confederação Brasileira de Futebol.

Conclusão

O mundo do futebol está diante de um momento histórico, já que implementação do VAR marca a transparência nas decisões dos árbitros da partida, o que dá credibilidade à modalidade afastando, ainda, as sempre frequentes suspeitas de manipulação de resultados. A implantação gradual do VAR em todas as federações vinculadas a FIFA é necessária para o melhor desenvolvimento do futebol.

Entretanto, nesse primeiro momento, algumas obscuridades do protocolo do VAR como, por exemplo, as hipóteses de não anulabilidade das partidas, fará com que as discussões sobre a efetividade do VAR sejam extensas até que este atinja o modelo ideal adequado especificamente ao futebol. Há de se debater, por muito, as hipóteses de erro de direito que serão naturalmente suscitadas ao passo que o VAR vá ganhando lastro de atuação.

Cabe aos operadores do direito, bem como aos profissionais de arbitragem, a lidar com as iniciais obscuridades, a fim de identificar o modelo ideal do VAR aplicado ao esporte bretão.

Fonte: Sálvio Spinola

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O uso errado do árbitro de vídeo pode anular uma partida de Copa do Mundo?

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Partiu Rússia - Arbitragem brasileira

Sálvio Spinola
Sálvio Spinola

Trio brasileiro que irá trabalhar na Copa do Mundo de 2018
Trio brasileiro que irá trabalhar na Copa do Mundo de 2018 Getty Images

Galeão com parada em Frankfurt e destino final Moscou. Esse é o roteiro da viagem dos árbitros brasileiros que atuarão na Copa, saindo neste sábado (02/06),  do Rio de Janeiro.

Sandro Meira Ricci, Emerson de Carvalho e Marcelo Van Gasse vão para o segundo mundial com o desafio de representar a arbitragem brasileira e ter ótimas atuações.

Árbitros que já atuaram na Copa do Mundo de 2014 e fizeram história com o uso da tecnologia gol-não gol pela primeira vez em um Mundial, no jogo França 3 x 0 Honduras, realizado no Beira-Rio.

Gol da França foi validado pela tecnologia na Copa de 2014
Gol da França foi validado pela tecnologia na Copa de 2014 Getty Images

O Brasil será representado pelo goiano Wilton Sampaio na grande novidade desta Copa: o VAR (Árbitro de Vídeo).

Wilton Sampaio será árbitro de vídeo na Copa de 2018
Wilton Sampaio será árbitro de vídeo na Copa de 2018 Getty Images


Na ESPN teremos vários programas com análise e acompanhamento das arbitragens nos jogos da Copa. Durante as partidas participarei do programa Tempo Real, onde você Fã de Esportes poderá ver as análises dos lances e opiniões dos comentaristas na TV e nas redes sociais.


Após os jogos estarei nos programas comentando as decisões dos árbitros e explicando o protocolo do árbitro de vídeo.

Que a arbitragem brasileira tenha uma ótima atuação neste Mundial.

Fonte: Sálvio Spinola, blogueiro do ESPN.com.br

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Adequação das regras ao VAR

Sálvio Spinola
Sálvio Spinola


Nesta semana, a CBF divulgou as alterações das regras realizadas pela FIFA, veja no link https://www.cbf.com.br/noticias/arbitragem/fifa-oficializa-mudancas-nas-regras-do-futebol

Na reunião da International Board, realizada na sede da FIFA, em 3 de março, foi confirmado a inclusão do VAR (Vídeo Assistente Referee) nas regras do futebol, além de outras situações que também estavam em testes, como por exemplo a quarta substituição em jogos com prorrogação.

Normalmente em ano de Copa do Mundo não se faz mudanças drásticas nas regras de futebol, e este ano foram feitas apenas alguns ajustes ao texto para adequar ao sistema de árbitro de vídeo. No link, as alterações/ajustes divulgadas pelo IFAB http://static-3eb8.kxcdn.com/documents/657/135604_220418_Circular_13_2018_v1.0_ES.pdf

VAR em ação em Club Brugge x Anderlecht, em maio de 2018
VAR em ação em Club Brugge x Anderlecht, em maio de 2018 Getty Images

Não houve mudança na regra do impedimento, apenas um ajuste para definir em que momento o sistema de tecnologia tem que captar a imagem para definir a linha de impedimento. É no momento “zero”, no contato com a bola para o passe/toque, e não no momento “um”, na saída da bola. Apenas uma definição para deixar claro no “frame” da câmera lenta. Nada vai mudar no jogo.

Fonte: Sálvio Spinola

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Não é Não: Arbitragem Feminina

Sálvio Spinola
Sálvio Spinola
Ana Paula, Silvia Regina e Aline Lambert em ação em jogo do Campeonato Brasileiro, em 2003
Ana Paula, Silvia Regina e Aline Lambert em ação em jogo do Campeonato Brasileiro, em 2003 Gazeta Press

Já passou da época das entidades pararem de iludir as mulheres na arbitragem.

As mulheres são iludidas no sonho de estarem no campo de futebol e se realizando profissionalmente. Promessas e mais promessas e nada evoluiu na arbitragem feminina brasileira.

Campeonato feminino sendo apitado por árbitros, e as árbitras, para atuarem no campeonato masculino, precisam alcançar índice masculino nos testes físicos. Difícil, muito difícil.

CBF e Federações não criam comissão de arbitragem feminina.

Árbitras são comandadas por homens, e são vários os casos de assédio pelo Brasil. Quem comanda tem a caneta para escalar e o poder de manipulação do sonho das árbitras.

Basta!!

Não é Não.

Que as mulheres ocupem totalmente as escalas em jogos femininos.

Por uma arbitragem feminina melhor, com mais espaço no futebol e com respeito!!

Fonte: Sálvio Spinola, do ESPN.com.br

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Não é Não: Arbitragem Feminina

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CBF vira 'Pôncio Pilatos' e lava as mãos para o VAR

Sálvio Spinola
Sálvio Spinola

Em setembro de 2015, a arbitragem estava no olho do furacão, reclamações e mais reclamações. E a CBF, através do Secretário Valter Feldman, encontrou a solução para tudo: o VAR. Implantaria árbitro de vídeo e resolveria o problema da arbitragem. Vejam o vídeo https://www.cbf.com.br/noticias/a-cbf/arbitragem-eletronica-no-brasileirao-2016#.Wnjh2ainE2w

Nada foi feito 1.

O Brasileirão de 2016 pegava fogo, e os erros de arbitragem se multiplicavam. A CBF, de novo pelo seu Secretário Walter Feldman, encontrou solução: trocar o comando da arbitragem e implantar o árbitro de vídeo, colocando o antigo chefe do apito, Sérgio Correa, como Coordenador do Projeto Árbitro de Vídeo.

Nada foi feito 2.

Brasileirão de 2017, 24ª rodada, vitória do Corinthians sobre o Vasco, gol de mão do atacante Jô. Após muitas reclamações, a CBF encontrou a solução para o problema: implantar o árbitro de vídeo na rodada seguinte.

A ideia era um “puxadinho” na tecnologia, sem preparo nenhum e sem seguir o protocolo do IFAB – International Board.

Não foi possível implantar por questões técnicas, mas foi prometido para a rodada 30, após o treinamento dos árbitros e adequação técnica.

Nada foi feito 3.

Fevereiro deste ano, reunião técnica para o Brasileirão de 2018, a CBF leva o assunto para pauta e pede aprovação aos clubes com várias informações que induzem a não aprovação: custo elevado, não ter certeza da funcionalidade, mesmo com o VAR pode ter erros de arbitragem, os estádios não estão preparados e outros pontos negativos.

Resultado da enquete: maioria dos clubes reprovam a implantação do VAR.

Arbitragem é de responsabilidade da entidade organizadora e não dos clubes. Se a CBF não está preparada ou não tem condições de implantar o VAR, venha a público e fale que não vai utilizar. A arbitragem deve ser independente e autônoma e não passar pelo crivo dos clubes, aos quais cabe exigir legitimidade no resultado e qualificação da arbitragem.

A CBF usou os clubes e lavou as mãos.

Fonte: Sálvio Spinola, para o ESPN.com.br

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CBF vira 'Pôncio Pilatos' e lava as mãos para o VAR

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Clássicos paulista e carioca, Atlético-MG, Inter e mais: Sálvio analisa as polêmicas de arbitragem da rodada

Sálvio Spinola
Sálvio Spinola

Assista às análises de Sálvio Spinola sobre as polêmicas de arbitragem do fim de semana!

Bragantino x Palmeiras

Santos x Ituano

Barcelona x Alavés

Atlético-MG x Patrocinense

Corinthians x São Paulo


Flamengo x Vasco


Internacional x Avenida


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Bola de Prata 2017 na arbitragem brasileira

Sálvio Spinola
Sálvio Spinola
Pênalti para o Vasco, lance 'absurdo' contra o São Paulo e mais: Sálvio analisa todos os lances da rodada

Mais uma temporada terminando. É o momento para analisarmos os erros e os acertos dos árbitros.

No Brasileirão de 2017, a arbitragem foi melhor do que em 2016.

A estrutura que a CBF montou para a arbitragem brasileira não existe em nenhum lugar do mundo. É um exagero.

São muitos departamentos: Comissão de Arbitragem, Departamento de Arbitragem, Corregedoria, Departamento de Vídeo Arbitragem, Ouvidoria, instrutor de Arbitragem, analista de arbitragem, analista de vídeo, prêmio para os melhores da rodada, prêmio para o melhor do ano, ENAF-Escola Nacional de Arbitragem, psicologia e preparador físico.

E mesmo com essa estrutura, os erros nas escalas foram constantes. Não projetaram árbitros para o futuro. É absurdo na última rodada do torneio escalarem árbitro consagrado, Anderson Daronco, em jogo que não vale nada. Perde-se a oportunidade de dar experiência aos bons talentos que apitaram Séries B e C do Nacional.

É muita coisa e falta o essencial: formação do árbitro. Enquanto a CBF não assumir o papel de formar o árbitro, tirando esta responsabilidade das federações, a arbitragem brasileira não vai melhorar.

Muito cacique mandando na arbitragem para pouco “índio”, no caso, os árbitros.

E com tanta estrutura, com tantos departamentos, falta o que em quase todas as Confederações têm: Departamento de Arbitragem Feminina comandado por mulher. Por quê? Só uma coisa explica não criarem este departamento: poder sobre as árbitras.

 Destaco os melhores em 2017:

Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro – MG. Com arbitragem em 19 jogos.

Assistente: Kleber Lúcio Gil – SC, bandeirou 14 jogos.

Revelação do campeonato: Rafael Traci do PR, árbitro com 36 anos, apitou 17 jogos e mostrou ótimo controle de jogo e excelente interpretação das faltas. Árbitro que pode crescer muito.

Fonte: Sálvio Spinola, blogueiro do ESPN.com.br

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