Londres recebeu um dos jogos do ano no último domingo em qualquer esporte, e não estou falando de Wimbledon

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


Era mais que uma questão de talento ou qualidade técnica, era também de resistência. Dois oponentes lutam por horas e horas sob o sol de um domingo de verão londrino em busca do título. O equilíbrio era tamanho que foi necessária a aplicação de uma nova regra para desempatar a decisão. Não, não é Novak Djokovic x Roger Federer na decisão de Wimbledon. Foi a batalha entre Inglaterra e Nova Zelândia na final da Copa do Mundo de Críquete, provavelmente o maior jogo da história da competição e um dos maiores da história da modalidade.

Para completos iniciantes no críquete, como provavelmente são 90% dos leitores desse texto, é difícil entender o quão equilibrado foi o jogo. Mas a matemática dá uma ajuda. A Copa do Mundo adota o formato ODI (one-day international), com 50 overs de 6 arremessos. Ou seja, são 300 arremessos recebidos por cada time. E os dois lados terminaram iguais em 241 corridas.

Quão raro é isso? Já foram realizados mais de 4 mil partidas de ODI entre seleções, em apenas 40 o placar terminou empatado (menos de 0,01%). Em Copas do Mundo, esse foi o quinto caso.

Mas a própria forma como esse empate se desenhou foi especialmente angustiante. A Nova Zelândia estabeleceu a meta, e, durante todo seu innings (turno ofensivo), a Inglaterra -- que é chamada apenas de “Inglaterra”, mas representa ingleses e galeses -- tinha dificuldade em seguir no mesmo ritmo de corridas/overs. Só conseguiu igualar no final com duas jogadas surreais, com o defensor neozelandês pisando na borda do campo com a bola na mão (transformando uma eliminação em seis corridas) e com um arremesso da defesa batendo no bastão de um inglês que se atirava desesperadamente para se salvar, desviando a bola para fora do campo. Mais seis corridas.

Jogadores durante a final da Copa do Mundo de críquete
Jogadores durante a final da Copa do Mundo de críquete Getty Images

Com o placar empatado, hora do superover. Mais um empate, dessa vez em 15 corridas. Até a edição de 2015 do Mundial, o título seria dividido. Mas, neste ano, o Conselho Internacional de Críquete determinou que o troféu ficaria com a seleção que tivesse mais rebatidas para fora do campo. Seria como definir o campeão da NBA por cestas de três após empate no tempo normal e na prorrogação do jogo 7. Melhor para a Inglaterra.

Uma decisão cardíaca como essa, mesmo após nove horas de jogo, mostrou quão espetacular o críquete pode ser, mesmo em seus formatos mais longos. Mostrou também como a Inglaterra ainda se importa com o esporte, a ponto de a Sky (TV fechada) abrir mão da exclusividade dos direitos de transmissão para que a também BBC pudesse mostrar a partida. A audiência somada dos dois canais teve pico semelhante à da final de Wimbledon.

Isso não muda o fato de que o futuro do esporte caminha para o formato mais curto, o twenty20, com partidas de aproximadamente três horas de duração. Mas talvez essa final tenha ajudado a reposicionar o críquete em sua terra de origem. E, com ele forte na Inglaterra, ele tem um impulso extra para seguir crescendo globalmente. O que não é pouco para o esporte que já é um dos mais populares do planeta.

Fonte: Ubiratan Leal

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Dúvidas MLB 33: beisebol na Europa, avanços técnicos no beisebol e Athletics deixando Las Vegas

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é sobre regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Como está a prática do beisebol na Europa?
Cyssu Pantaleão, Vila Velha-ES

O beisebol não tem grande penetração na Europa, mas isso não significa que ele seja inexistente ou irrelevante. A Holanda tem uma liga profissional com nível técnico respeitável, tanto que a seleção holandesa foi semifinalista de duas edições do World Baseball Classic (a Copa do Mundo de beisebol), em 2013 e 17. E, nessas seleções, os jogadores da MLB vindos do Caribe Holandês – sobretudo Curaçao e Aruba – eram apenas parte do time. Uma quantidade considerável de jogadores vinham da Honkbal Hoofdklasse, a liga holandesa.

Yankees e Red Sox se enfrentaram em Londres, em esforço da MLB para aumentar a popularidade do beisebol na Europa
Yankees e Red Sox se enfrentaram em Londres, em esforço da MLB para aumentar a popularidade do beisebol na Europa Getty Images

O beisebol faz parte da vida esportiva holandesa há décadas. Tanto que os grandes clubes de futebol, como Ajax e Feyenoord, chegaram a ter departamentos de beisebol e Johan Cruyff, quando adolescente, se dividia como atacante do futebol do Ajax no inverno e catcher do beisebol do Ajax no verão. Quando a profissionalização foi se aproximando, acabou escolhendo o futebol. Mas seu equipamento de catcher até hoje está exposto no museu do clube.

A segunda força europeia é a Itália. Em competições internacionais, os italianos são competitivos porque muitas vezes contam com americanos de origem italiana. Mas, mesmo dentro de suas fronteiras, a Itália conta com uma liga profissional que compete com a holandesa pelo posto de mais forte da Europa. Alguns brasileiros já foram defender clubes italianos, inclusive.

Além desses dois, vale mencionar o Reino Unido, a França, a Espanha (que conta com muitos cubanos e dominicanos que imigraram) e a Tchéquia (que disputou o último Mundial com elenco praticamente todo de sua liga local e teve uma participação digna, vencendo uma partida contra a China).

Além do pitch clock, qual outro avanço técnico ou estratégico tem causado impacto nesses últimos anos?
Fabio Guilherme, @fabionetuno

O beisebol é um esporte de alto rendimento como qualquer outro, está sempre em transformação e evolução, com jogadores e treinadores buscando novidades táticas e técnicas para superar os adversários. Algumas delas ficam fechadas dentro de salas de planejamento da direção ou dos centros de treinamento e acabam nem chegando ao conhecimento do público.

Mas, para não deixar sem resposta, vamos a alguns itens que cresceram nos últimos anos:

- Estudo de rotações dos arremessos para explorar melhor o potencial dos arremessadores;
- Crescimento do uso de arremessos de efeito;
- Novas estratégias para uso dos arremessadores de suporte (relievers) nas entradas finais;
- Surgimento do “arremessador inicial”, um reliever que faz a primeira entrada antes do abridor de verdade entrar;
- Posicionamento da defesa personalizado para cada duelo arremessador-rebatedor, considerando os locais mais prováveis para a bola ser rebatida (a proibição do shift neste ano limitou um pouco isso, mas ainda existe).

Os Athletics em Las Vegas ficarão mais competitivos? E por que Oakland vem perdendo todas as franquias?
Luks, @BlogLuks

É muito comum um time, quando muda de cidade, receber uma injeção de investimento de seus donos para fazer uma boa campanha e conquistar o torcedor da nova cidade. Por isso, é de se esperar que os A’s tenham times melhores em seus primeiros anos em Las Vegas do que apresentam neste ano. Até porque o trabalho da franquia é sempre voltado a ter alguns anos competitivos, reformular o elenco, ficar entre os piores da MLB e, depois, voltar a ser forte. Mesmo se os Athletics seguirem em Oakland, é provável que o ciclo se complete e a equipe esteja evoluindo perto de 2026.

Torcedor do Oakland Raiders protestando contra a mudança do time para Las Vegas
Torcedor do Oakland Raiders protestando contra a mudança do time para Las Vegas Thearon W. Henderson/Getty Images

Sobre por que Oakland vem perdendo franquias, é uma questão puramente econômica. Trata-se de uma cidade com população com renda média inferior a outras, até porque a parte mais rica de sua região metropolitana (São Francisco) já está nas mãos de outros times. Por isso, os donos de equipes de Oakland (Raiders e Athletics) foram buscar mercados mais ricos que não tivessem uma equipe na liga.

Nessa conta, eu não considero tanto os Warriors porque era um único time para toda a região da Baía de São Francisco. O time ainda atende ao público de Oakland e São Francisco igualmente. A diferença é que o ginásio ficava em uma cidade, agora fica na outra. Mas o torcedor de Oakland não perdeu seu time, apenas tem de se deslocar mais para ver seus jogos.

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Semana MLB: Agora o chefão da MLB se diz arrependido de não punir jogadores dos Astros por roubo de sinais

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


Vai ser uma série quente. Neste fim de semana, Los Angeles Dodgers e Houston Astros realizam três jogos na que se transformou em uma das maiores rivalidades da MLB. As duas equipes fizeram a World Series em 2017, com título dos texanos em um apertadíssimo 4 a 3 na série. Mas, desde que foi revelado que os Astros usavam um esquema com uso de tecnologia para roubo de sinais – uma prática ilegal –, os torcedores dos Dodgers não engolem aquela derrota. A ponto de serem comuns brigas isoladas entre torcedores das duas equipes quando elas se encontram desde então.

A temperatura pode ficar ainda mais quente agora. Rob Manfred, comissário da MLB, disse em entrevista nesta semana que se arrepende de ter oferecido imunidade aos jogadores do Houston que colaborassem com a investigação. Isso o teria deixado de mãos atadas para distribuir punições aos atletas, que tinham participação direta na elaboração e aplicação do esquema de roubo de sinais.

José Altuve comemora vitória dos Astros nos playoffs de 2017
José Altuve comemora vitória dos Astros nos playoffs de 2017 Elsa/Getty Images

A MLB aplicou uma multa de US$ 5 milhões e retirou dos Astros as duas primeiras escolhas do draft em 2020 e 21, além de suspender por um ano o general manager Jeff Luhnow e o técnico AJ Hinch. Ao longo dos anos, a principal cobrança dos torcedores – dos demais times, claro – foi a falta de punições que parecessem mais definitivas. Sobretudo cassar o título, no caso da franquia, e suspender ou cassar prêmios, no caso dos jogadores. 

Obs.: em 2017, José Altuve foi eleito MVP da Liga Americana e George Springer foi o MVP da World Series. Os dois prêmios foram mantidos. O MVP da final da Liga Americana foi Justin Verlander, que, por ser arremessador, não se beneficiou diretamente do esquema de roubo de sinais

De fato, Manfred tem um bom argumento para se defender por não retirar o título dos Astros, aplicando apenas a multa de US$ 5 milhões. O regulamento interno da MLB não prevê a cassação de um título em nenhuma circunstância, estipulando nos tais US$ 5 milhões a multa máxima por alguma infração. Uma regra falha, claramente, mas servia como álibi.

O problema maior é na questão da não-punição aos jogadores, pois esse foi um problema que o cartola criou para si próprio. Manfred ofereceu imunidade aos atletas porque considerava que seria a forma mais eficiente de descobrir tudo o que acontecia nos Astros. Uma posição bastante contestável, pois o esquema foi a público porque o repórter Evan Drellich, do site The Athletic, soube dos roubos por meio de suas fontes e investigou até conseguir um jogador que aceitasse dar entrevista sobre o assunto. No caso, Mike Fiers. O arremessador, na época (2020) defendendo o Oakland Athletics e atualmente sem clube, revelou detalhes do sistema de roubos sem que oferecessem imunidade alguma a ele. Se a MLB se mobilizasse por uma investigação profunda, conseguiria ainda mais informações sem precisar anistiar ninguém.

Robert Manfred, comissário da MLB, e Tony Clark, diretor da Associação de Jogadores da MLB
Robert Manfred, comissário da MLB, e Tony Clark, diretor da Associação de Jogadores da MLB Getty Images

No final das contas, é improvável que algum jogador dos Astros acabasse punido. O sindicato de atletas recorreria de qualquer suspensão que os jogadores recebessem e teria boas chances de ganhar, pois a liga talvez não conseguisse enquadrar os responsáveis em nenhuma infração prevista no regulamento. De qualquer maneira, Manfred poderia fazer que os prêmios fossem retirados (eles são concedidos por uma entidade independente, a Associação de Jornalistas de Beisebol dos EUA) e, mesmo que nada desse certo, ainda sairia aos olhos do público com a imagem de quem tentou aplicar uma punição mais pesada.

Falar agora que está arrependido é mais fácil. Ainda que ele tenha escolhido uma semana quente para isso.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre a importância do catcher, Gabe Kapler, times que nunca mudaram de nome e autonomia dos relievers. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

O NÚMERO DA SEMANA

1957
O Cincinnati Reds teve, na década de 1970, um dos melhores times de todos os tempos: a Big Red Machine. A Grande Máquina Vermelha conquistou duas World Series e tem três jogadores no Hall da Fama – só não tem um quarto porque Pete Rose foi banido do beisebol por apostar em partidas. Nem essa equipe conseguiu 11 vitórias seguidas. A última vez que os Reds tinham conquistado uma sequência dessa havia sido em 1957, quando a franquia tinha mudado de nome para Redlegs (Pernas Vermelhas) com medo de acharem que seu nome original (Vermelhos) tivesse conotação comunista. 

Bem, os Reds de 2023 conseguiram igualar essa marca nas duas últimas semanas. Uma arrancada de uma equipe improvável, que acabou assumindo a liderança da Liga Nacional Central e se colocou como candidata aos playoffs.

PERSONAGEM DA SEMANA

Michael Harris
O último domingo (18) foi Dia dos Pais nos Estados Unidos. Para celebrar o momento, o Atlanta Braves havia convidado Charles Culberson, pai de Charlie Culberson, para fazer o arremesso cerimonial antes da partida. No entanto, parece que o pessoal do marketing não conversou direito com o departamento técnico. Na manhã do domingo, Charlie foi dispensado pela franquia. 

Claro que ficou uma saia justa, mas os Braves quiseram manter a homenagem. Precisando de um pai de emergência, o clube procurou algum que morasse na região de Atlanta. Acharam Michael Harris, pai de Michael Harris II. Ele foi chamado às pressas e pôde fazer o arremesso cerimonial. Depois, ainda ficou para o jogo e viu seu filho conseguiu cinco rebatidas (um home run) em cinco oportunidades válidas no bastão, sendo destaque na vitória por 14 a 6 sobre o Colorado Rockies.

VÍDEO DA SEMANA

Demorou quatro anos, mas a MLB voltará a realizar partidas de temporada regular em solo europeu. A London Series, que foi criada em 2019 com dois clássicos entre New York Yankees e Boston Red Sox, terá sua segunda edição neste fim de semana. E também com um clássico: Chicago Cubs x St. Louis Cardinals. Como há quatro anos, os jogos serão realizados no London Stadium, casa do West Ham na Premier League. 

A ideia da liga é transformar os jogos na Europa em parte permanente no calendário, mas a London Series de 2020 foi cancelada pela pandemia – já estavam previstos dois Cubs x Cardinals – e voltará apenas agora. Em 2025 a MLB já anunciou que a série europeia será Paris.


O QUE VEM POR AÍ

Vai ter College World Series na ESPN! LSU Tigers e Florida Gators disputarão o título do beisebol universitário neste fim de semana em uma série melhor de três (se tivermos jogo 3, será na segunda) no Charles Schwab Field em Omaha.

A LSU é a grande surpresa da decisão. Os Tigers venceram dois de três confrontos contra oa favorita Wake Forest, incluindo um espetacular 2 a 0 definido com home run na 11ª entrada nesta quinta. Os Gators surgem como favoritos, pois já chegaram como o número 2 no ranking nacional (atrás apenas de Wake Forest) e reforçaram essa posição ao se manterem invictos na CWS. 

Talvez o nome que chame mais a atenção na finalíssima é Jac Caglianone, jogador que tenta uma carreira de arremessador e rebatedor, como Shohei Ohtani (Caglianone foi destaque na edição passada do Semana MLB). No entanto, as duas equipes têm jogadores considerados entre as principais promessas dessa geração, e que devem aparecer no próximo draft da MLB, marcado para 9 de julho.

Veja abaixo os dias e horários da final da College World Series na ESPN e no Star+.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 23/jun
20h - Texas Rangers x New York Yankees (ESPN 2 e Star+)

Sábado, 24/jun
14h - Chicago Cubs x St. Louis Cardinals (ESPN 2 e Star+)
17h - Seattle Mariners x Baltimore Orioles (Star+)
20h - NCAA (beisebol): College World Series, final: LSU x Florida, jogo 1 (ESPN 3 e Star+)

Domingo, 25/jun
11h - Chicago Cubs x St. Louis Cardinals (Star+)
16h - NCAA (beisebol): College World Series, final: LSU x Florida, jogo 2 (ESPN 2 e Star+)
20h - Houston Astros x Los Angeles Dodgers (ESPN 2 e Star+)

Segunda, 26/jun
20h - Minnesota Twins x Atlanta Braves (ESPN 2 e Star+)
20h - NCAA (beisebol): College World Series, final: LSU x Florida, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)

Terça, 27/jun
22h30 - Chicago White Sox x Los Angeles Angels (ESPN 3 e Star+)

Quarta, 28/jun
22h30 - Tampa Bay Rays x Arizona Diamondbacks (Star+)

Quinta, 29/jun
21h - Philadelphia Phillies x Chicago Cubs (Star+)

Sexta, 30/jun
20h - Boston Red Sox x Toronto Blue Jays (ESPN 2 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+
(Jogos da College World Series estão na grade das partidas da MLB)

Sexta, 23/jun
21h30 - LMB: Acereros de Monclova x Tecolotes de los Dos Laredos
22h30 - LMB: Guerreros de Oaxaca x Sultanes de Monterrey

Sábado, 24/jun
14h40 - Athletes Unlimited: Softbol
17h - Athletes Unlimited: Softbol
19h - LMB: Tigres de Quintana Roo x Diablos Rojos de México
21h30 - LMB: Acereros de Monclova x Tecolotes de los Dos Laredos

Domingo, 25/jun
14h - Athletes Unlimited: Softbol
16h30 - Athletes Unlimited: Softbol
17h - LMB: Tigres de Quintana Roo x Diablos Rojos de México

Segunda, 26/jun
23h30 - LMB: Diablos Rojos de México x Toros de Tijuana

Terça, 27/jun
20h - Athletes Unlimited: Softbol
22h30 - LMB: Acereros de Monclova x Rieleros de Aguascalientes
22h30 - LMB: Generales de Durango x Sultanes de Monterrey

Quarta, 28/jun
19h30 - Triple Crown: Softbol
21h30 - LMB: Águila de Veracruz x Tigres de Quintana Roo
22h30 - Triple Crown: Softbol
22h30 - LMB: Mariachis de Guadalajara x Saraperos de Saltillo

Quinta, 29/jun
19h30 - Triple Crown: Softbol
21h30 - LMB: Águila de Veracruz x Tigres de Quintana Roo
22h30 - Triple Crown: Softbol
22h30 - LMB: Mariachis de Guadalajara x Saraperos de Saltillo
22h30 - LMB: Generales de Durango x Sultanes de Monterrey

Sexta, 30/jun
22h30 - LMB: Guerreros de Oaxaca x Águila de Veracruz
22h30 - LMB: Olmecas de Tabasco x Generales de Durango

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Dúvidas MLB 32: a importância do catcher, Gabe Kapler, times que nunca mudaram de nome e autonomia dos relievers

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


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Seria correto afirmar que o catcher é o cara de maior importância do time de defesa por ter visão total da jogada?
Rodrigo Ribeiro, @rooliver1977

Quase. Teoricamente, o arremessador faz parte da formação de defesa de um time e o desempenho dele é o que tem mais influência no resultado final da equipe. Mas, excetuando o arremessador, é correto ver o catcher como a figura mais relevante da defesa. Ele não apenas tem a visão do campo todo (e, por isso, ajuda a visualizar as estratégias defensivas no campo interno e a evitar roubos de base), mas ele tem impacto direto no rendimento dos arremessadores, ao ajudar a escolher cada arremesso que seu time faz durante o jogo.

O brasileiro Yan Gomes
O brasileiro Yan Gomes Getty

Gabe Kapler é bom técnico ou é impressão?
Julio, @cesares_j

É uma figura controversa. O Kapler dá para comparar com o Fernando Diniz, pois ele questiona muitas das práticas consagradas no dia a dia do beisebol e passou a buscar formas diferentes de montar seu time, gerir o elenco e de visualizar as estratégias durante as partidas. Com isso, ele por vezes consegue um desempenho surpreendente de suas equipes, mas é acusado de invencionice quando dá errado.

Pelo San Francisco Giants, suas ideias funcionaram muito em 2021, não deram certo em 2022 e voltaram a dar resultados neste ano.

Quais franquias da MLB jamais mudaram de nome ou cidade?
Mario Pittilanga, @M_Pittilanga

Anota aí: Arizona Diamondbacks, Colorado Rockies, Detroit Tigers, Kansas City Royals, New York Mets, Philadelphia Phillies, San Diego Padres, Seattle Mariners e Toronto Blue Jays. O Chicago White Sox chegou a se chamar Chicago White Stockings, que significa basicamente a mesma coisa (meias brancas) e foi apenas uma modernização do termo. Os demais tiveram outros apelidos  e/ou mudaram de cidade ao longo de sua vida.

O Kansas City Royals já nasceu com o nome atual
O Kansas City Royals já nasceu com o nome atual Getty

Os jogadores do bullpen não deveriam ter a mesma autonomia de arremessos que o arremessador principal? Porque?
Felipe Dutra, @fedutra66

Cada jogador é um jogador, cada um tem suas características. Há jogadores de bullpen que simplesmente não conseguem jogar em alto nível durante várias entradas. Ou falta repertório mais vasto para variar suas estratégias ao longo do jogo (é o mais comum), ou falta mesmo resistência física para ficar muito tempo sem perder rendimento (mais comum com veteranos). Jogar só uma ou duas entradas permite a ele ser eficiente mesmo com um repertório de arremessos mais enxuto e a arremessar com muita força, compensando a falta de repertório com velocidade.

Mas há também jogadores de bullpen que aguentam abrir uma partida, fazer várias entradas. Apenas não fazem porque são iniciantes, que ainda estão esperando uma oportunidade para assumir uma posição de mais responsabilidade, ou porque não são tão bons quanto os colegas que já formam a rotação. 

Há um último fator em relação à preparação. Um abridor normalmente precisa de quatro dias para se preparar para uma partida: um dia de descanso, um dia para começar a soltar a musculatura, um dia para voltar a fazer arremessos e um dia para estudar o adversário enquanto deixa o braço no ponto ideal. Um arremessador de bullpen, quando vai abrir um jogo, precisa de alguns dias sem entrar em campo justamente para entrar nessa rotina de preparação. Então, não é muito recomendado pegar um reliever do nada e colocá-lo como titular.

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Semana MLB: Torcida dos A’s tenta “boicote reverso” para manter time em Oakland, e recebe (mais uma) má notícia no dia seguinte

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


A mudança do Oakland Athletics para Las Vegas parece questão de tempo. Mas os torcedores estão dispostos a buscar caminhos para manter o time na Califórnia. Na última terça (dia 13), os seguidores a terceira equipe com mais títulos da MLB decidiram partir para uma estratégia incomum: promover um “boicote reverso”. 

Oakland Coliseum, (por enquanto) casa dos Athletics
Oakland Coliseum, (por enquanto) casa dos Athletics Getty

Ao invés de se afastar do time, a torcida decidiu mostrar que existe, é capaz de lotar o estádio em um dia de semana e é fanática. Funcionou. O jogo atraiu 27.759 torcedores, maior público dos A’s em casa no ano. O ambiente foi festivo, e os torcedores puderam relembrar a todos por que a galera de Oakland – em qualquer esporte – ficou famosa por ser uma das mais malucas dos Estados Unidos. 

O clima, porém, não foi apenas de festa. Quem foi ao Coliseu estava estabelecendo um novo elemento nas discussões sobre a permanência ou não dos Athletics na Baía de São Francisco. Era a campanha: “Sell the Team”. 

O foco dos torcedores não está mais em convencer John Fisher, dono dos A’s, a manter a franquia na cidade. O momento seria de convencê-lo a vender o clube para alguém que acreditasse no futuro do time em Oakland. Considerando que Fisher nunca mostrou uma relação afetiva especial com os Athletics – trata-se apenas de um investimento, até porque o empresário cresceu como torcedor do San Francisco Giants –, ele teria a oportunidade de faturar com a venda e, eventualmente, até aproveitar o dinheiro para criar um novo time quando a liga expandir para 32.

Torcedor de Oakland já teve de lidar com saída do time para Las Vegas com os Raiders, da NFL
Torcedor de Oakland já teve de lidar com saída do time para Las Vegas com os Raiders, da NFL Thearon W. Henderson/Getty Images

A repercussão do boicote reverso foi grande, mas as boas notícias duraram pouco. No dia seguinte, a Assembleia Legislativa e o Senado de Nevada aprovaram o pacote de incentivos para um estádio de beisebol para os Athletics em Las Vegas. Do US$ 1,5 bilhão necessários para a construção do complexo, US$ 380 milhões virão dos contribuintes do estado. Na quinta, o governador Joe Lombardo sancionou o projeto. Agora o único passo que falta para oficializar a mudança dos A’s é a aprovação de três quartos dos clubes da MLB. Seria uma grande surpresa se Fisher não conseguisse esse apoio dos demais donos de franquias.

No final das contas, o boicote reverso deve ficar marcado como um evento de despedida antecipado, um adeus de uma das torcidas mais folclóricas da MLB a seu time após mais de 50 anos.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre qual o maior rival dos Yankees, qual a hora do jogo para se torcer mais, o caminho dos jogadores jovens até a MLB e se há bastões personalizados. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

O NÚMERO DA SEMANA

US$ 811.107
Essa foi a renda do Oakland Athletics na partida do boicote reverso. O valor tornou- se público porque a própria franquia anunciou que doaria todo o montante para o Banco de Alimentos Comunitário do Condado de Alameda (onde fica Oakland) e para o Fundo de Educação de Oakland. Para nós brasileiros, a reação inicial tende a ser um “ah, legal da parte deles”. Mas vai além disso. Não é prática nas ligas americanas anunciar a renda das partidas, pois as franquias não abrem suas contas. Por isso, o anúncio dos A’s acaba se tornando uma informação importante para se ter como referência de quanto fatura uma equipe da MLB com bilheteria.

PERSONAGEM DA SEMANA

Jac Caglianone
O segundanista está escalado como o abridor da partida do Florida Gators contra o Virginia Cavaliers nesta sexta, primeiro dia da College World Series. Mas ele também estará em algum lugar no alinhamento ofensivo da equipe. Caglianone é um caso evidente do impacto de Shohei Ohtani nas gerações que estão chegando, uma influência que o próprio jogador dos Gators admite. 

Ainda que seja comum ver jogadores que rebatam e arremessem ao mesmo tempo no beisebol universitário, a maioria é claramente superior em uma das funções e vai abandonando a outra. Mas Caglianone tem encaminhado sua carreira para manter essa versatilidade no profissionalismo. Por enquanto, vem conseguindo: foi o líder de home runs de toda a NCAA, com 31, e teve 3,78 de ERA.

VÍDEO DA SEMANA

Momento em que a torcida dos Athletics explode no coro para John Fisher vender a franquia.


O QUE VEM POR AÍ

A College World Series masculina vai começar. O torneio reúne oito campeões regionais dos Estados Unidos e define qual o melhor time do beisebol universitário do país. Todos os jogos serão realizados em Omaha, Nebraska, e terão transmissão ao vivo no Star+. As universidades classificadas são Florida, LSU, Oral Roberts, Stanford, TCU, Tennessee, Virginia e Wake Forest (a favorita ao título). 

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 16/jun
20h - New York Yankees x Boston Red Sox (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 17/jun
15h - Detroit Tigers x Minnesota Twins (Star+)

Domingo, 18/jun
20h - New York Yankees x Boston Red Sox (ESPN 4 e Star+)

Segunda, 19/jun
21h - Arizona Diamondbacks x Milwaukee Brewers (ESPN 4 e Star+)

Terça, 20/jun
19h30 - Baltimore Orioles x Tampa Bay Rays (ESPN 2 e Star+)

Quarta, 21/jun
22h30 - Los Angeles Dodgers x Los Angeles Angels (ESPN 2 e Star+)

Quinta, 22/jun
20h - Seattle Mariners x New York Yankees (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 23/jun
20h - Texas Rangers x New York Yankees (ESPN 2 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 16/jun
15h - NCAA (beisebol): College World Series, Oral Roberts x TCU
20h - NCAA (beisebol): College World Series, Virginia x Florida

Sábado, 17/jun
15h - NCAA (beisebol): College World Series, Stanford x Wake Forest
20h - NCAA (beisebol): College World Series, Tennessee x LSU
23h - LMB: Home Run Derby

Domingo, 18/jun
14h - Athletes Unlimited: Softbol
15h - NCAA (beisebol): College World Series, Jogo a definir
16h30 - Athletes Unlimited: Softbol
20h - NCAA (beisebol): College World Series, Jogo a definir
23h10 - LMB: Juego de las Estrellas

Segunda, 19/jun
15h - NCAA (beisebol): College World Series, Jogo a definir
20h - NCAA (beisebol): College World Series, Jogo a definir
22h - LMB: Sultanes de Monterrey x Diablos Rojos de México
22h30 - LMB: Mariachis de Guadalajara x Tecolotes de los Dos Laredos

Terça, 20/jun
15h - NCAA (beisebol): College World Series, Jogo a definir
20h - NCAA (beisebol): College World Series, Jogo a definir
22h30 - LMB: Toros de Tijuana x Algodoneros de Unión Laguna
22h30 - LMB: Leones de Yucatán x Guerreros de Oaxaca

Quarta, 21/jun
15h - NCAA (beisebol): College World Series, Jogo a definir
20h - NCAA (beisebol): College World Series, Jogo a definir
22h30 - LMB: Generales de Durango x Acereros de Monclova
22h30 - LMB: Tigres de Quintana Roo x Pericos de Puebla

Quinta, 22/jun
15h - NCAA (beisebol): College World Series, Jogo a definir
20h - NCAA (beisebol): College World Series, Jogo a definir
22h - LMB: Leones de Yucatán x Guerreros de Oaxaca
22h30 - LMB: Toros de Tijuana x Algodoneros de Unión Laguna
22h30 - LMB: Olmecas de Tabasco x Bravos de León

Sexta, 23/jun
21h30 - LMB: Acereros de Monclova x Tecolotes de los Dos Laredos
22h30 - LMB: Guerreros de Oaxaca x Sultanes de Monterrey

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Torcida dos A’s tenta “boicote reverso” para manter time em Oakland, e recebe (mais uma) má notícia no dia seguinte

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Dúvidas MLB 31: maior rivalidade dos Yankees, hora de torcer mais, o caminho dos jogadores jovens até a MLB e bastões personalizados

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é sobre regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

É possível a rivalidade Mets e Yankees superar a rivalidade Yankees e Red Sox?
Jean Série B, Bahia

Muito difícil, mas existe um caminho para se imaginar isso em longuíssimo prazo. A rivalidade entre Yankees e Red Sox é maior por vir desde o início do século passado e, principalmente, pelo fato de as duas equipes sempre estarem na mesma liga e na mesma divisão, se enfrentando quase 20 vezes por ano e brigando diretamente por vaga em playoffs. 

Estádio de Londres preparado para receber o primeiro jogo da MLB, um Yankees x Red Sox, em território europeu
Estádio de Londres preparado para receber o primeiro jogo da MLB, um Yankees x Red Sox, em território europeu Getty Images

A rivalidade com os Mets existe basicamente pelo fato de as duas equipes serem da mesma cidade e, por isso, os torcedores se provocam no dia a dia no trabalho, na escola, na rua. Mas, em campo, é raro um confronto entre Yankees e Mets ter um grande significado além do orgulho de zoar o amigo no dia seguinte (uma exceção foi na World Series de 2000).

No entanto, a MLB já deu pistas que pode acabar com a separação entre Liga Nacional e Liga Americana no final da década, quando a liga expandir para 32 franquias. Aí, a tendência seria criar Conferências Leste e Oeste, como na NBA e na NHL. Se isso realmente acontecer, Yankees e Mets estariam na mesma divisão e fariam confrontos direto por vagas em playoffs. Caso as duas equipes sigam fortes e disputando muitos jogos acalorados, em algumas décadas a rivalidade poderia ter o mesmo nível de intensidade de um Yankees x Red Sox.

Os torcedores de beisebol no geral ficam mais nervosos quando seu time está no ataque ou na defesa?
Gesimiel Moisés, Ilhéus-BA

O termo “nervoso” não é muito claro, dá para ter interpretações diferentes. Se for apenas ao pé da letra, como “tensão”, vai depender demais da situação do jogo e dar virtudes e defeitos de cada time. Se a equipe está vencendo, é normal ficar mais tenso quando o time arremessa (pois é a chance de o adversário reagir). Se o placar é desfavorável, o nervosismo vem na hora do ataque, por ser a oportunidade de se recuperar.

Mas há uma outra forma de tentar entender essa pergunta. Se a ideia é saber quando a torcida costuma ficar mais “animada”, aí existe uma tendência clara para o momento de atacar. Claro que uma terceira eliminação em uma entrada decisiva sempre levanta o público para incentivar o arremessador, mas a arquibancada costuma crescer mais quando seu time está no bastão. Sobretudo para dar energia aos jogadores para conseguirem uma sequência de rebatidas. 

No Japão, algumas torcidas só saem dos assentos (para comprar comida ou bebida, por exemplo) quando o time está arremessando. Quando o time ataca, é hora de estar no seu lugar vendo o jogo e torcendo.

Qual o caminho que geralmente os aspirantes seguem até se tornarem jogadores profissionais de beisebol?
Wandemberg Creton, @WCreton7354

Há três caminhos bem diferentes, vamos colocar de forma simplificada para visualizar bem.

Americanos, canadenses e porto-riquenhos: o caminho comum dos esportes americanos. O garoto disputa competições escolares. Se mostrar muito talento, pode ser draftado quando se formar no ensino médio. Caso contrário, segue para disputar o beisebol universitário, onde podem ser recrutados pelas franquias profissionais também.

Draft da MLB em 2020
Draft da MLB em 2020 Alex Trautwig/MLB Photos/Getty Images

Latino-americanos: lembra mais o modelo de africanos no futebol (mas já acontece também na América Latina). As franquias americanas têm olheiros e até centros de treinamento para jovens nos principais países. Quando um garoto de talento é identificado, ainda adolescente, já assina um contrato profissional e passa a jogar em um desses CTs da equipe. Quando ele se desenvolve, é transferido para a América do Norte.

Japoneses e sul-coreanos: lembra o modelo mais comum do futebol. O jogador aparece em um time de seu país. Quando uma equipe americana considera que ele pode ser um reforço interessante, faz uma proposta para contratá-lo. Nesse caso, precisa pagar um valor ao time local do atleta (como o valor da “compra” do jogador) e acertar o salário com ele. A principal diferença em relação ao futebol é que, no beisebol, o time japonês ou sul-coreano precisa colocar oficialmente o jogador à disposição para ofertas (caso ele ainda tenha contrato em vigor, claro).

Os bastões são feitos sob medida para cada rebatedor?
Carlos Gonçalves, Piracicaba-SP

O bastão é uma ferramenta individual de trabalho do atleta, como uma chuteira no futebol. Ou seja, cada jogador tem o seu bastão, que normalmente é fornecido pelo fabricante com o qual ele tem contrato.

Isso não significa que o bastão seja feito 100% sob medida. Os jogadores normalmente têm preferências por algumas configurações, como empunhadura mais fina ou mais grossa ou bastão mais longo ou mais curto (dentro dos limites máximo e mínimo previstos pela regra, óbvio). A partir daí, o fornecedor oferece o modelo que se encaixa mais dentro dessa escolha.

Em casos especiais, jogadores mais detalhistas e que tenham nome mais pesado podem pedir para o fabricante produzir um bastão com uma configuração mais personalizada, com ajustes como espessura e comprimento. Mas não dá para comparar com o futebol ou o basquete, em que as grandes estrelas têm calçados feitos sob medida para pé do jogador.

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Dúvidas MLB 31: maior rivalidade dos Yankees, hora de torcer mais, o caminho dos jogadores jovens até a MLB e bastões personalizados

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Semana MLB: Como as Noites do Orgulho LGBTQIA+ viraram motivo de crise dentro dos times

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

A Major League Baseball e suas franquias organizam vários eventos temáticos ao longo da temporada. Muitos são apenas pela diversão, como Star Wars Night ou o Bark at the Park (em que os torcedores podem levar seus cachorros). Outros são ligados a temas culturais ou sociais, como a celebração da cultura latino-americana ou o Dia das Mães (que a liga usa como gancho para fazer campanha pelo combate ao câncer de mama). Neste mês, um dos eventos previstos é a Pride Night, a noite de celebração LGBTQIA+. É esperado que grupos conservadores ataquem esse evento, mas a situação chegou a novos níveis neste ano.

O caso mais evidente foi do Los Angeles Dodgers. A franquia contratou as “Sisters of Perpetual Indulgence” para se apresentarem na sua Pride Night, programada para 16 de junho. O grupo é composto por artistas drag queens vestidas de freiras e usando humor para expor os preconceitos comuns da sociedade e os recursos arrecadados são destinados à caridade. O senador Marco Rubio, da Flórida, encaminhou uma carta ao comissário da MLB, Rob Manfred, questionando se o evento seria inclusivo a cristãos. 

A partir da repercussão e pressão, os Dodgers decidiram retirar o convite ao grupo. As “Sisters” se disseram ofendidas, mas acabaram convidadas pela prefeitura de Anaheim para se apresentarem na Pride Night do Los Angeles Angels. Dois dias depois, os Dodgers entraram em contato com as “Sisters”, pediram desculpas e refizeram o convite para seu evento.

Clayton Kershaw, arremessador dos Dodgers
Clayton Kershaw, arremessador dos Dodgers Getty

Até aí, o assunto envolvia apenas dirigentes e políticos querendo aparecer para seu eleitorado. Mas Clayton Kershaw, principal estrela do time, disse que não gostava do modo de trabalho das “Sisters”, que ele considerava estarem apenas “ofendendo uma religião”. O arremessador aproveitou e anunciou o retorno do Dia da Fé Cristã e da Família, um evento que os Dodgers organizavam antes da pandemia de Covid-19. Kershaw disse que a recriação desse evento seria a melhor resposta aos ataques que a diretoria recebia e que ele próprio não ia boicotar a Pride Night.

O assunto cresceu tanto que Mike Pence, vice-presidente dos Estados Unidos durante o mandato de Donald Trump, fez críticas públicas aos Dodgers e à MLB.

Mas a Pride Night também motivou atritos em outras equipes. No Toronto Blue Jays, o arremessador Anthony Bass postou no Instagram uma mensagem defendendo que empresas que apoiam a causa LGBTQIA+ fossem boicotadas. Ele apagou a publicação horas depois e tentou se explicar, mas a torcida canadense não aceitou o pedido de desculpas. O jogador foi vaiado pelos torcedores dos Blue Jays sempre que ia para o aquecimento (ele é reliever) ou entrava em campo. No dia da Pride Night em Toronto, no último dia 9, Bass foi dispensado pelo time.

O próximo problema pode ocorrer no Boston Red Sox, cuja Pride Night está programada para esta terça (dia 13). A comissão técnica decidiu promover o arremessador Matt Dermody para o time principal na última quinta. No entanto, encontraram um tuíte de dois anos atrás, quando o reliever ainda estava nas ligas menores, em que ele afirmou que os homossexuais vão para o inferno. A direção dos Meias Vermelhas disse que Dermody reconheceu seu erro, mas ainda há dúvidas sobre a reação da torcida, sobretudo no dia 13.

Esses são os casos mais públicos. Certamente o tema é tratado dentro dos vestiários e corredores das equipes. Tanto que vários jogadores fizeram questão de aparecer nos treinos usando roupas com símbolos da causa LGBTQIA+ para reforçarem sua opinião sobre o caso.

Que um dia esse evento anual seja tratado com a naturalidade que merece. Aliás, que volte a ser tratado com a naturalidade que merece. Pois as pride Nights acontecem há anos, e só agora viraram alvo de tantos ataques.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre suspensões automáticas na MLB, por que o time da casa por último no placar e quem inventou o “C” de Chicago Bears e Cincinnati Reds como símbolo. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

O NÚMERO DA SEMANA

40,3%
O venezuelano Luis Arraez teve uma semana espetacular entre 3 e 7 de junho. Rebateu 14 vezes em 21 duelos válidos no bastão, um aproveitamento de 66,6% no período. Com isso, seu aproveitamento geral na temporada subiu para 40,3%, o que já chamou a atenção de toda a liga. Afinal, os 40% são uma barreira histórica no aproveitamento no bastão. Foi atingida 27 vezes, mas mais da metade delas no século 19. O último a bater essa marca foi Ted Williams, em 1941. Desde então, esse é um feito listado normalmente como inalcançável no beisebol moderno. Ainda falta muito para o jogador do Miami Marlins, mas só de chegar aos 40% depois de mais de dois meses de temporada, já é uma façanha de respeito.

PERSONAGEM DA SEMANA

Jacob deGrom
Mais uma vez, Jacob deGrom ficará um longo tempo fora dos montinhos por lesão. O arremessador do Texas Rangers foi para o departamento médico ainda no final de abril, e na última segunda foi anunciado que ele terá de passar pela cirurgia Tommy John. Por ser a segunda vez pela qual DeGrom é submetido ao procedimento, o tempo de recuperação deve ser maior, de um ano e meio a dois anos. Ou seja, ele só voltaria na temporada 2025. Ele já teria 36 anos, e não soa exagerado questionar se ainda veremos esse craque no melhor de sua forma. Uma pena, pois é um jogador do talento para marcar sua geração, comandar seus times a várias campanhas vitoriosas e ser eternizado no Hall da Fama, mas talvez seu físico o impeça de alcançar tudo isso.

VÍDEO DA SEMANA

No último dia 3, Aaron Judge fez essa defesa espetacular na partida entre o New York Yankees e o Los Angeles Dodgers. No embalo da corrida, o capitão do time nova-iorquino acabou derrubando a cerca que separa o bullpen do campo (não se engane como a cerca abre, aquela NÃO era a porta do bullpen). Parecia apenas uma jogada espetacular, tanto que Judge continua na partida.

No entanto, ele acabou batendo com força em um calço de concreto no chão, o que causou uma lesão no ligamento do dedão do pé. Os Yankees ainda não têm previsão para o retorno de seu capitão, mas há o temor que a recuperação leve até quatro semanas.


O QUE VEM POR AÍ

Semana de muitos clássicos nos canais ESPN e no Star+. Só envolvendo os Yankees, serão três transmissões de clássicos contra o Boston Red Sox e mais duas do dérbi nova-iorquino contra os Mets. Além disso, o fã de esporte poderá ver mais um duelo entre o atual campeão, o Houston Astros, e o Los Angeles Angels, seu rival de divisão e equipe dos dois jogadores mais completos do beisebol mundial. E há até espaço para um duelo de divisão pouco transmitido para o Brasil, com o surpreendente Pittsburgh Pirates visitando o Chicago Cubs do brasileiro Yan Gomes. Com NHL e NBA chegando perto de suas definições, é uma ótima pedida para se afundar na MLB.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 09/jun
20h - Boston Red Sox x New York Yankees (Star+)

Sábado, 10/jun
17h - Kansas City Royals x Baltimore Orioles (Star+)

Domingo, 11/jun
20h - Boston Red Sox x New York Yankees (ESPN 2 e Star+)

Segunda, 12/jun
21h - Los Angeles Angels x Texas Rangers (ESPN 3 e Star+)

Terça, 13/jun
20h - New York Yankees x New York Mets (ESPN 4 e Star+)

Quarta, 14/jun
20h - New York Yankees x New York Mets (ESPN 2 e Star+)

Quinta, 15/jun
21h - Pittsburgh Pirates x Chicago Cubs (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 16/jun
20h - New York Yankees x Boston Red Sox (ESPN 3 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 09/jun
20h - NCAA (beisebol): Playoffs
21h - NCAA (softbol): College World Series, final, jogo 3
21h30 - LMB: Tecolotes de los Dos Laredos x Sultanes de Monterrey

Sábado, 10/jun
13h - NCAA (beisebol): Playoffs
18h - LMB: Leones de Yucatán x Diablos Rojos de México
20h - LMB: Piratas de Campeche x Rieleros de Aguascalientes

Domingo, 11/jun
13h - NCAA (beisebol): Playoffs
19h - LMB: Tecolotes de los Dos Laredos x Sultanes de Monterrey

Segunda, 12/jun
13h - NCAA (beisebol): Playoffs
16h - NCAA (beisebol): Playoffs
19h - Athletes Unlimited: Softbol
19h - NCAA (beisebol): Playoffs
21h30 - Athletes Unlimited: Softbol
22h - NCAA (beisebol): Playoffs
22h30 - LMB: Tigres de Quintana Roo x Toros de Tijuana

Terça, 13/jun
19h30 - Athletes Unlimited: Softbol
21h30 - LMB: Tecolotes de los Dos Laredos x Leones de Yucatán
21h30 - LMB: Generales de Durango x Mariachis de Guadalajara
22h - Athletes Unlimited: Softbol

Quarta, 14/jun
21h30 - LMB: Tecolotes de los Dos Laredos x Leones de Yucatán
21h30 - LMB: Tigres de Quintana Roo x Rieleros de Aguascalientes

Quinta, 15/jun
19h30 - Athletes Unlimited: Softbol
21h30 - LMB: Saraperos de Saltillo x Acereros de Monclova
21h30 - LMB: Tigres de Quintana Roo x Rieleros de Aguascalientes
22h - Athletes Unlimited: Softbol

Sexta, 16/jun
15h - NCAA (beisebol): College World Series, Jogo a definir
20h - NCAA (beisebol): College World Series, Jogo a definir

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração


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Semana MLB: Como as Noites do Orgulho LGBTQIA+ viraram motivo de crise dentro dos times

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Dúvidas MLB 30: Suspensões automáticas na MLB, por que o time da casa por último no placar e quem inventou o “C” de Chicago Bears e Cincinnati Reds como símbolo

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é sobre regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Quem copiou o logo de quem: o Chicago Bears do Cincinnati Reds ou o Cincinnati Reds do Chicago Bears?
Bruno Monteiro, Taubaté-SP

Uma dúvida bastante comum, inclusive nos Estados Unidos. Até porque o Minnesota Twins, o Chicago Cubs e, na NFL, o Chicago Cardinals (atual Arizona Cardinals) também usaram o mesmo tipo de “C”. Aliás, o “wishbone C” (referência à fúrcula, um osso com o formato desse “C”) também é usado por vários e vários times universitários e colegiais.

O 'C' usado pelo Chicago Bears é bastante popular no esportes americano
O 'C' usado pelo Chicago Bears é bastante popular no esportes americano Getty Images

Nas grandes ligas profissionais, não há dúvida que o beisebol chegou na frente no uso desse “C”. Os Reds o adotam desde 1905, os Cubs usaram entre 1916 e a década de 1930, o Cleveland Indians (atual Guardians) teve esse símbolo entre 1936 e a década de 1970 e os Twins têm essa fonte no “TC” de seu boné desde 1961.

Os Bears passaram a usar o “wishbone C” apenas um ano após os Twins, em 1962. Desse modo, o pioneiro do uso dessa letra na NFL foi os Cardinals, na década de 1920. Muito tempo atrás, mas ainda assim há menos tempo que os Reds e os Cubs.

Mas isso não significa que o Cincinnati Reds seja o criador desse símbolo. De acordo com Paul Lukas, um pesquisador especializado na história dos uniformes dos esportes americanos, o uso mais antigo do “wishbone C” é dos times da Universidade de Chicago, com registros que vêm de 1898.

Tem alguma punição prevista pela MLB com recorrência de expulsões de jogadores e treinadores por reclamação ou acha muito difícil acontecer uma punição dessa forma?
Leonardo Ceragioli, @leohhhh

Não existe. Nas grandes ligas americanas em geral, a expulsão vale apenas para aquele jogo, sem suspensão para outras partidas. Claro, se o jogador passa demais do limite e se envolve em uma briga, ou comete alguma trapaça ou mesmo comete algum tipo de agressão (mesmo verbal) muito grave, ele pode ser punido com um gancho de algumas partidas. Mas não é automático como no caso de cartão vermelho no futebol.

A briga entre Bryce Harper e Hunter Strickland rendeu quatro jogos de suspensão para Harper e seis para Strickland
A briga entre Bryce Harper e Hunter Strickland rendeu quatro jogos de suspensão para Harper e seis para Strickland Getty

É difícil que isso mude. Primeiro, porque não há um clamor entre torcedores, mídia e jogadores por uma mudança. Segundo, porque ela teria de ser incluída dentro de um acordo trabalhista da liga com o sindicato de jogadores. É uma medida que teria pouca popularidade entre os atletas e, para impor essa novidade, a liga teria de gastar muitos cartuchos na negociação. E, se for para barganhar por uma medida impopular entre os jogadores, as franquias vão fazer por algo que traga ganhos mais práticos (ou seja, condições mais vantajosas para salários ou contratações).

Por que americano tem a mania de colocar o time da casa em segundo na ordem dos nomes?
Tenho Dúvida, @1duvidatenho

Não existe uma versão oficial, mas geralmente se credita esse costume ao beisebol. Na MLB, o time da casa sempre é o último a rebater, ele que vai ao bastão na parte de baixo de cada entrada. Por isso, é comum o placar nos estádios ficar com o nome do time visitante em cima e o do mandante em baixo. Isso teria criado a cultura de ver o time visitante na frente, o que teria se espalhado pelos demais esportes.

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Semana MLB: Quebradeira de canais regionais acende alerta na MLB

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


A notícia chega, e nem surpreende. Não surpreende porque já aconteceu com outros antes, e todos sabem que é questão de tempo para ocorrer com mais gente em breve. Nesta semana, foi a vez do San Diego Padres não receber sua parcela pela venda dos direitos de transmissão de suas partidas para o Diamond Sports Group. O mesmo problema já vitimou Texas Rangers, Arizona Diamondbacks, Cleveland Guardians e Minnesota Twins. E pode atingir o Cincinnati Reds em breve (na verdade, os Reds até levaram calote, mas depois o pagamento foi feito. Por enquanto). É mais um capítulo de uma grave crise em um grupo de comunicação que pode forçar a MLB a redesenhar toda a forma de trabalhar seus direitos de transmissão para o mercado americano.

Primeiro, vamos entender como funcionam os direitos de TV do beisebol nos EUA. A MLB vende algumas faixas de horário para transmissões em rede nacional. A Apple TV tem um jogo na sexta, a Fox fica com uma rodada dupla no sábado e o All-Star Game, a ESPN levou o jogo noturno de domingo, um jogo no Opening Day e o Home Run Derby, a TBS transmite um jogo na terça e a MLB Network tem um jogo por dia. Os playoffs são divididos entre esses grupos. Há ainda alguns jogos vendidos para plataformas de streaming, como o ESPN+ e o Peacock (da NBC).

[]

Os demais jogos são transmitidos por canais esportivos regionais. Cada clube faz um acordo com um canal de sua cidade (em alguns casos, as franquias são donas ou acionistas do canal), que pode transmitir todos os jogos da equipe. Esses canais estão em pacotes de TV por assinatura e se tornaram a principal fonte de faturamento dos clubes, pois a esmagadora maioria de suas partidas são transmitidas neles.

O mercado de canais esportivos regionais é dominado por poucos grupos. A Time Warner tem os canais de Los Angeles Dodgers e New York Mets. A AT&T está com Pittsburgh Pirates, Colorado Rockies, Houston Astros e Seattle Mariners. A NBC Comcast conta com as partidas de San Francisco Giants, Oakland Athletics, Chicago White Sox, Philadelphia Phillies e uma participação minoritária na emissora dos Mets. Mas a maioria das equipes estavam no guarda chuva do Diamond Sports Group, que pertence à Sinclair e tem (ou tinha) os contratos com Rangers, Reds, Padres, Diamondbacks, Guardians, Twins, Tampa Bay Rays, St. Louis Cardinals, Milwaukee Brewers, Miami Marlins, Los Angeles Angels, Kansas City Royals, Detroit Tigers e Atlanta Braves. Além disso, a Sinclair ainda tem parcerias nos canais de Chicago Cubs e New York Yankees.

Obs.: Boston Red Sox tem parceria com um outro grupo, o Toronto Blue Jays pertence a um grupo de mídia do Canadá (que, claro, transmite seus jogos) e Baltimore Orioles e Washington Nationals são sócios de seu próprio canal.

É evidente que a MLB tem uma relação muito forte com a Sinclair. A empresa domina o setor de canais regionais nos Estados Unidos, e viu na compra de parte da Fox pela Disney a chance de entrar no esporte. No negócio bilionário, a Fox americana manteve seu canal de TV aberta, seus canais esportivos de alcance nacional (Fox Sports 1 e 2) e seu canal de notícia. Mas vendeu o estúdio de cinema e os Fox Sports regionais. No entanto, a divisão antitruste do Departamento de Justiça dos EUA determinou que os canais esportivos regionais fossem vendidos. A Sinclair comprou todo o pacote de canais por US$ 10,6 bilhões, colocando as emissoras dentro da subsidiária Diamond Sports Group e renomeando todas como Bally.

O problema é que a aposta foi muito ousada. O mercado de TV por assinatura começou a cair nos Estados Unidos (como no resto do mundo, diga-se), com a migração gradual do público para outras plataformas ou mesmo a dificuldade econômica devido à pandemia. O Diamond passou a ter problemas financeiros e pediu para entrar em um programa de falência em março deste ano.

As franquias da MLB envolvidas com o Diamond estão exigindo na Justiça o pagamento das parcelas atrasadas. Quando recebem a negativa, pedem a devolução dos direitos de transmissão das partidas, o que ocorreu nesta semana com os Padres. Como plano de emergência, para o torcedor não ficar sem acesso aos jogos, a MLB tem assumido as transmissões (mantendo a equipe da Bally), distribuindo via streaming no MLB.TV e em outros canais regionais (eventualmente até em TV aberta). Além disso, a liga acabou com o bloqueio para não-assinantes do canal do time dentro de sua cidade.

Em um primeiro momento, a MLB tem absorvido o impacto da quebra do Diamond. No entanto, um desafio já se apresenta para o futuro: como levar os jogos ao público sem perder receita. O modelo de canais esportivos regionais tinha vários problemas, como o fato de que nem todos tinham acesso a eles (alguns canais só estavam disponíveis em uma operadora de TV a cabo, que nem sempre tinham cobertura em todos os bairros da cidade). Mas também é verdade que a televisão já é uma plataforma consagrada, que boa parte do público e até dos anunciantes se acostumaram e, por isso, consegue faturar mais com assinaturas e venda de anúncios. O streaming para transmissões esportivas, apesar de ser um meio promissor, ainda está dando seus primeiros passos.

Não seria surpreendente se a MLB tivesse queda de faturamento com venda de direitos nos próximos anos por causa disso. Mas a importância dos canais regionais para sua receita pode forçar a liga a acelerar a consolidação de um novo modelo de transmissão. E, no futuro, ela pode se adiantar em relação a outras ligas que também trabalham com canais regionais, como NBA e NHL.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre critérios de desempate, pick off na terceira base e tempo de aquecimento no bullpen. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

O NÚMERO DA SEMANA

2.126
Número de vitórias na carreira alcançadas por Dusty Baker na última quinta (dia 1º). Com isso, o comandante do Houston Astros se tornou o oitavo técnico mais vitorioso da história, ultrapassando Joe McCarthy. Ele ficou a 32 do sétimo colocado, Bucky Harris, e deve ganhar mais esta posição ainda em 2023.

PERSONAGEM DA SEMANA

Jon Singleton
Jon Singleton fez sua estreia no time principal do Milwaukee Brewers neste sábado. Não foi apenas a primeira partida do primeira base na MLB nesta temporada, foi a primeira em oito anos. O jogador não entrava em campo nas grandes ligas desde 2015, sua segunda temporada pelo Houston Astros, e parecia que sua carreira nos Estados Unidos já tinha acabado.

O primeira base era considerado uma das principais promessas das ligas menores no começo da década de 2010 e chegou a fechar um contrato de US$ 10 milhões com os Astros em 2014. No entanto, Singleton teve problemas com drogas – ele próprio assumiu o vício anos depois –, foi mandado para as ligas menores de volta e acabou suspenso várias vezes por não passar em exames antidoping. Após o terceiro teste positivo, em 2018, o Houston dispensou o jogador. 

Singleton foi fazer a carreira no beisebol mexicano, onde reencontrou seu jogo. Em 2021, ele tinha 32,1% de aproveitamento no bastão e 15 home runs em 46 jogos pelos Diablos Rojos de México quando foi procurado pelos Brewers. Em 2023, o primeira base tinha 25,8% de aproveitamento e 10 home runs em 49 jogos pelo Nashville Sounds, equipe triple-A do Milwaukee.

VÍDEO DA SEMANA

Sarah Langs é uma das figuras mais amadas no meio da MLB. A jornalista se tornou referência como pesquisadora de estatísticas (tanto históricas quanto para explicar os jogos atuais) e sempre empolga os demais com a forma apaixonada como trata o beisebol. Ela anunciou no ano passado que sofre de ELA (esclerose lateral amiotrófica), e se tornou um símbolo na luta contra a doença, ainda incurável e fatal. Em 2 de junho, a MLB celebra o Dia de Lou Gehrig. A data marca o aniversário de morte de um dos maiores jogadores de todos os tempos, vítima de ELA (que até hoje é conhecida nos EUA como “Doença de Lou Gehrig”), e serve de gancho para a liga reforçar as campanhas de arrecadação de recursos para a pesquisa contra a doença. Agora, Langs se tornou um dos rostos dessas campanhas, e a ESPN americana preparou esse especial sobre a trajetória dela (vídeo em inglês).


O QUE VEM POR AÍ

A turma do softbol tem bons motivos para ficar de olho no Star+. A College World Series feminina já está rolando em Oklahoma City, e a finalíssima será disputada de quarta a sexta, dias 7 a 9 de junho. Estão na disputa Alabama, Florida State, Oklahoma (atual campeão e melhor campanha em toda a temporada), Oklahoma State, Stanford, Tennessee, Utah e Washington.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 02/jun
20h - Toronto Blue Jays x New York Mets (Star+)

Sábado, 03/jun
14h - Tampa Bay Rays x Boston Red Sox (Star+)

Domingo, 04/jun
20h - New York Yankees x Los Angeles Dodgers (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 05/jun
20h - Houston Astros x Toronto Blue Jays (ESPN 4 e Star+)

Terça, 06/jun
20h - New York Mets x Atlanta Braves (ESPN 3 e Star+)

Quarta, 07/jun
17h - Seattle Mariners x San Diego Padres (ESPN 3 e Star+)

Quinta, 08/jun
22h30 - Chicago Cubs x Los Angeles Angels (Star+)

Sexta, 09/jun
20h - Boston Red Sox x New York Yankees (Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 02/jun
13h - NCAA (beisebol): Playoffs
20h - NCAA (softbol): College World Series, Stanford x Alabama
21h30 - LMB: Acereros de Monclova x Águila de Veracruz
21h30 - LMB: Generales de Durango x Rieleros de Aguascalientes
22h30 - NCAA (softbol): College World Series, Utah x Oklahoma State

Sábado, 03/jun
13h - NCAA (beisebol): Playoffs
20h - LMB: Bravos de León x Algodoneros de Unión Laguna
20h - NCAA (softbol): College World Series, jogo a definir
22h30 - LMB: Leones de Yucatán x Toros de Tijuana

Domingo, 04/jun
13h - NCAA (beisebol): Playoffs
20h - LMB: Leones de Yucatán x Toros de Tijuana

Segunda, 05/jun
13h - NCAA (softbol): College World Series, jogo a definir
14h - NCAA (beisebol): Playoffs
15h30 - NCAA (softbol): College World Series, jogo a definir
20h - NCAA (softbol): College World Series, jogo a definir
16h - NCAA (beisebol): Playoffs
20h30 - LMB: Sultanes de Monterrey x Tecolotes de los Dos Laredos
22h30 - NCAA (softbol): College World Series, jogo a definir

Terça, 06/jun
20h30 - LMB: Algodoneros de Unión Laguna x Tigres de Quintana Roo
21h30 - LMB: Tecolotes de los Dos Laredos x Acereros de Monclova

Quarta, 07/jun
20h30 - LMB: Algodoneros de Unión Laguna x Tigres de Quintana Roo
21h - NCAA (softbol): College World Series, final, jogo 1
21h30 - LMB: Diablos Rojos de México x Mariachis de Guadalajara

Quinta, 08/jun
20h30 - NCAA (softbol): College World Series, final, jogo 2
21h30 - LMB: Piratas de Campeche x Leones de Yucatán
21h30 - LMB: Pericos de Puebla x Sultanes de Monterrey
22h - LMB: Saraperos de Saltillo x Olmecas de Tabasco

Sexta, 09/jun
20h - NCAA (beisebol): Playoffs
21h - NCAA (softbol): College World Series, final, jogo 3
21h30 - LMB: Tecolotes de los Dos Laredos x Sultanes de Monterrey

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Quebradeira de canais regionais acende alerta na MLB

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Dúvidas MLB 29: Critérios de desempate, pick off e aquecimento no bullpen

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é sobre regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Quantos arremessos o pitcher faz em média no bullpen até estar aquecido e não se desgastar?
Carlos E. R. Teixeira, Rio de Janeiro

Depende demais do arremessador e até da circunstância do jogo. Existe um padrão (atenção, não é uma regra, é mais um padrão genérico) de que os abridores normalmente necessitam de mais tempo de aquecimento do que relievers pela rotina de trabalho e pela carga que terão no jogo. Ainda assim, o que realmente conta é o indivíduo: há arremessadores que precisam de menos lançamentos para se sentirem preparados, há outros que precisam de mais.

Além disso, o número de arremessos pode mudar de acordo com a urgência em entrar. Se o reliever está se aquecendo preventivamente, para o caso de o companheiro no montinho apresentar problemas, ele faz mais arremessos, mas com intensidade mais baixa para controlar o desgaste. Se ele está aquecendo porque vai efetivamente entrar após a passagem de mais um ou dois rebatedores, ele faz lançamentos mais intensos para acelerar o aquecimento.

De qualquer maneira, entre 15 e 20 arremessos no bullpen, com intensidade progressiva, é considerado um patamar “normal”. E o arremessador, quando entra em campo, tem direito a mais oito arremessos para terminar seu aquecimento antes de o jogo recomeçar.

Quando não tinha que aquecer, os relievers podem fazer dancinhas para celebrar home runs no bullpen
Quando não tinha que aquecer, os relievers podem fazer dancinhas para celebrar home runs no bullpen ESPN

Quais são os critérios de desempate no beisebol? As corridas contam?
Fábio Emilio Costa, São Bernardo do Campo-SP

Considerando que a pergunta foi “no beisebol”, aí a resposta é: depende do campeonato. Tem torneio que adota saldo de corridas ou corridas cedidas como critérios de desempate. Isso é mais comum para torneios curtos, como Mundiais. 

Agora, se a dúvida é sobre a MLB, as corridas NÃO contam. Os critérios de desempate nas grandes ligas são, pela ordem:

1) Confronto direto entre os times;
2) Campanha dos times dentro de suas divisões;
3) Campanha dos times contra as duas outras divisões de sua liga;
4) Campanha na segunda metade dos jogos dentro de sua liga;
5) Campanha na segunda metade dos jogos dentro de sua liga + um (o último jogo da primeira metade);
6) Campanha na segunda metade dos jogos dentro de sua liga + dois (os dois últimos jogos da primeira metade);
7) Se continuar empatado, vai sempre acrescentando um jogo a mais na conta até que um saia vencedor.

Parece complicado, mas é raro o desempate passar do primeiro critério. A maior parte dos empates envolve times da mesma divisão, e eles se enfrentam em número ímpar (13). Ou seja, sempre haverá uma equipe com vantagem no confronto direto nesses casos.

Já aconteceu o pick off na terceira base? Por que não é tão comum?
Niebson de sousa, Caucaia-CE

Já aconteceu, mas depende muito de o corredor estar extremamente desatento ou acontecer alguma coisa em campo que o faça se afastar demais da base. Como o jogador que chegou à terceira base já está muito perto de completar a corrida e a perspectiva de roubar o home plate é sempre pequena, não há motivos para o corredor se afastar tanto da base. Assim, é difícil uma situação em que o arremessador tente eliminá-lo com um pick off.

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Dúvidas MLB 29: Critérios de desempate, pick off e aquecimento no bullpen

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Semana MLB: Orioles são exemplo de como um bom bullpen faz diferença

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


A Divisão Leste da Liga Americana é frequentemente vista como a mais forte de toda a MLB. Diante de dois dos times mais ricos da liga, um terceiro que virou modelo de como ser competitivo gastando pouco e outro que normalmente começa a temporada com chances reais de brigar por playoff, vinha sobrando para o Baltimore Orioles ser o saco de pancadas do grupo. Isso já mudou na temporada passada, quando os O’s mostraram evolução real. Mas, em 2023, a equipe deu um salto. Após quase dois meses de campeonato, tem a terceira melhor campanha de toda a MLB, e venceu uma série fora de casa diante do rival New York Yankees. O quanto disso é real?

Os Orioles vêm se preparando há anos para formar uma base jovem que pudesse recolocar o time entre os mais fortes do beisebol (o Baltimore foi uma potência entre o final dos anos 60 e o começo dos 80). Esse grupo de promessas é formado especialmente por rebatedores, com destaque para Ryan Mountcastle, Adley Rutschman, Gunnar Henderson e Austin Hays. Mas o que tem feito a diferença não é o ataque, mas os arremessadores. Sobretudo os que entram durante o jogo.

A rotação dos Orioles tem sido bastante decepcionante. É apenas a 23ª da MLB em ERA e a 25ª em home runs e em aproveitamento no bastão dos adversários. Seria suficiente para tirar qualquer possibilidade do time de brigar por vitórias. No entanto, o ataque é decente, fica entre os dez melhores das grandes ligas na maioria das estatísticas mais relevantes, e acaba deixando a equipe ainda com chances. Aí, fica a cargo do bullpen dar o impulso final. E isso tem acontecido.

Com o fechador Félix Bautista (ERA de 1,44) e Yennier Canó (0,68), os O’s têm uma dupla que fecha a porta de qualquer adversário nas duas últimas entradas. Para preparar o terreno aos dois, o Baltimore ainda tem Bryan Baker (2,78) e Danny Coulombe (2,41). Essa base deixa os Orioles com o segundo melhor bullpen em ERA, strikeouts, em home runs cedidos e vitórias e quinto em corridas cedidas. Os números só não são melhores porque os arremessadores de apoio ainda cedem muitos walks.

Torcida do Baltimore vibra no Oriole Park
Torcida do Baltimore vibra no Oriole Park Getty Image

Isso mostra qual o caminho que os Orioles devem seguir para brigar por algo maior ainda neste ano. A diretoria tem sido extremamente conservadora na contratação de jogadores mais rodados, mas é nítido como o elenco atual já é competitivo, mas pode ser vencedor se receber o reforço de dois nomes para a rotação (um para ser o ás, outro que pode ser “apenas bom e confiável”) e um rebatedor mais experiente para ajudar o ataque ainda jovem. Com isso, e o bullpen que limita o ataque adversário a apenas 6 entradas produtivas, dá para pensar em playoff neste ano. E como um ponto de partida para buscar saltos maiores nos próximos.

O NÚMERO DA SEMANA

US$ 380 milhões
Participação que o poder público cederia aos Athletics para a construção de seu estádio em Las Vegas. Esse montante não entraria no caixa do clube como repasse de verba, mas na forma de diversos incentivos fiscais e títulos públicos a partir de um projeto de lei apresentado nesta sexta no parlamento do estado de Nevada. A proposta precisa ser votada até 5 de junho, e faz parte da tentativa dos A’s de construir sua nova casa no terreno onde atualmente está o hotel-cassino Tropicana, na Strip (principal avenida de hotéis-cassinos de Las Vegas). 

PERSONAGEM DA SEMANA

Alek Manoah
O abridor do Toronto Blue Jays teve uma excelente temporada em 2022, com ERA de 2,24, primeira participação em um All-Star Game e o terceiro lugar na eleição de Cy Young da Liga Americana. Pois, neste ano, tudo tem dado errado. Após 11 partidas, tem ERA de 5,53, o sexto pior de toda a MLB. Considerando apenas o mês de maio, o ERA é de 6,45, o quarto pior das grandes ligas. Esses números se consolidaram na última quinta, quando o arremessador cedeu quatro corridas em apenas três entradas contra o Tampa Bay Rays. A má fase do arremessador tem custado caro ao time canadense. Manoah é o único membro da rotação dos Jays com retrospecto negativo (tem uma vitória e cinco derrotas).

VÍDEO DA SEMANA

Brian Anderson, terceira base do Milwaukee Brewers, acertou um foul ball direto na cabeça de seu companheiro Willy Adames, que estava apenas observando o jogo no banco da equipe. Adames foi ao hospital e liberado no dia seguinte, mas acabou colocado na lista de lesão por concussão e ficará fora de ação por sete dias.

O QUE VEM POR AÍ

Bryce Miller é uma das boas novidades da MLB neste começo de temporada. O abridor do Seattle Mariners estreou em 2 de maio e, após cinco partidas, tem 4 vitórias e uma derrota, 31 ? entradas arremessadas e apenas quatro corridas cedidas, o que resulta em um ERA de 1,15. O próximo jogo do arremessador está programado para esta segunda, contra o New York Yankees. O jogo terá transmissão na ESPN 3 e no Star+.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 26/mai
20h - Philadelphia Phillies x Atlanta Braves (ESPN 4 e Star+)

Sábado, 27/mai
23h - Miami Marlins x Los Angeles Angels (Star+)

Domingo, 28/mai
20h - Philadelphia Phillies x Atlanta Braves (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 29/mai
22h30 - New York Yankees x Seattle Mariners (ESPN 3 e Star+)

Terça, 30/mai
20h - Philadelphia Phillies x New York Mets (ESPN 4 e Star+)

Quarta, 31/mai
22h30 - New York Yankees x Seattle Mariners (ESPN 3 e Star+)

Quinta, 1/jun
21h - Los Angeles Angels x Houston Astros (Star+)

Sexta, 2/jun
20h - Toronto Blue Jays x New York Mets (ESPN 4 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 26/mai
12h - NCAA (beisebol): Playoffs: Boston College x Clemson
12h - NCAA (beisebol): Playoffs: Duke x Miami
20h - NCAA (beisebol): Playoffs: Notre Dame x Wake Forest
22h - LMB: Tigres de Quintana Roo x Olmecas de Tabasco
22h30 - LMB: Toros de Tijuana x Piratas de Campeche

Sábado, 27/mai
13h - NCAA (beisebol): Playoffs: South Carolina Upstate x Campbell
14h - NCAA (beisebol): Playoffs: Arkansas x Texas A&M
14h - NCAA (beisebol): Playoffs: North Carolina x Clemson
17h - NCAA (beisebol): Playoffs: Santa Clara x Portland
17h30 - NCAA (beisebol): Playoffs: Florida x Vanderbilt
18h - NCAA (beisebol): Playoffs: Arizona x Oregon
21h - LMB: Diablos Rojos de México x Leones de Yucatán
21h30 - LMB: Sultanes de Monterrey x Acereros de Monclova
23h - NCAA (beisebol): Playoffs: Arizona x Oregon

Domingo, 28/mai
13h - NCAA (beisebol): Playoffs: Confronto a definir
13h - NCAA (beisebol): Playoffs: Confronto a definir
16h - NCAA (beisebol): Playoffs: Confronto a definir
19h - NCAA (beisebol): Playoffs: Confronto a definir
21h - LMB: Sultanes de Monterrey x Acereros de Monclova

Segunda, 29/mai
21h30 - LMB: Diablos Rojos de México x Leones de Yucatán

Terça, 30/mai
21h30 - LMB: Acereros de Monclova x Olmecas de Tabasco
21h30 - LMB: Guerreiros de Oaxaca x Bravos de León

Quarta, 31/mai
21h30 - LMB: Diablos Rojos de México x Águila de Veracruz
22h30 - LMB: Tecolotes de los Dos Laredos x Toros de Tijuana

Quinta, 1/jun
21h30 - LMB: Sultanes de Monterrey x Saraperos de Saltillo
21h30 - LMB: Algodoneros de Unión Laguna x Mariachis de Guadalajara
21h30 - LMB: Tigres de Quintana Roo x Piratas de Campeche

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Yankees x Blue Jays, suspeita de roubo de sinais e como uma rivalidade surge

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

Equipes da mesma divisão naturalmente têm algum nível de rivalidade. São muitos jogos entre si, e vez ou outra como confronto direto por classificação para os playoffs. Assim, New York Yankees e Toronto Blue Jays já carregam alguma rixa ao longo dos anos. Sobretudo do lado canadense, considerando que os nova-iorquinos normalmente estão mais focados no Boston Red Sox. Mas, nesta semana, Ianques e Gralhas Azuis fizeram uma série que podem transformar essa rivalidade na mais quente da Liga Americana Leste em 2023.

A série teve quatro jogos, e já no primeiro começaram os problemas. A partida estava 6 a 0 para os Yankees na oitava entrada quando Aaron Judge foi para o bastão. Ao invés de adotar a postura padrão, de se posicionar e olhar para o arremessador, o capitão dos Yankees desviou seu olhar para o banco de sua equipe. Em seguida, rebateu um home run (seu segundo no jogo) e ampliou a vantagem nova-iorquina.


O fato de Judge olhar insistentemente para o banco dos Yankees chamou a atenção da transmissão da TV canadense. O comportamento gerou suspeita, como a de eventual roubo de sinais. O defensor externo dos Yankees negou, dizendo que, como capitão, observava seus companheiros porque, pouco antes, os ânimos estavam exaltados com uma reclamação com o árbitro.

Os Blue Jays não acreditaram muito, mas também não fizeram acusações diretas de trapaça. O próprio técnico do Toronto, John Schneider, disse que precisava rever a partida antes de acusar os Yankees. O treinador levantou a possibilidade de sua equipe ter entregado os arremessos devido a padrões de comportamento ou em vícios na mecânica do arremessador.

No dia seguinte, Jay Jackson, arremessador dos Blue Jays que cedeu o polêmico home run para Judge, admitiu que foi descuidado com sua mecânica no montinho. Ao ajeitar a bola na luva antes do arremesso, ele teria deixado a mão à mostra, o suficiente para que o técnico de primeira base dos Yankees pudesse ver a pegada, o que indicaria o tipo de arremesso. Se foi isso mesmo, os Yankees poderiam realmente descobrir os arremessos e sinalizar para Judge, mas de uma forma permitida pela regra.

Aaron Judge, pivô da polêmica entre Blue Jays e Yankees
Aaron Judge, pivô da polêmica entre Blue Jays e Yankees Sean M. Haffey/Getty Images Sport

De qualquer maneira, o segundo jogo da série também teve polêmica. Domingo Germán, abridor dos Yankees, foi perfeito nas três primeiras entradas. Quando entrou no campo para a quarta entrada, os árbitros foram checar a mão do arremessador a pedido dos Blue Jays. Foi encontrada uma substância pegajosa, o que levou à expulsão de Germán da partida.

Não foi a primeira vez que o mesmo arremessador foi pego com mão pegajosa. Germán também havia tido esse problema em partida contra o Minnesota Twins. Naquela oportunidade, a equipe de arbitragem não o expulsou, apenas pediu que lavasse a mão. Naquela oportunidade, o técnico dos Twins, Rocco Baldelli, protestou da decisão de não-expulsão do arremessador e ele próprio acabou expulso. Curiosamente, o quarteto de árbitros que deu uma segunda chance a Germán contra os Twins era o mesmo da partida contra os Blue Jays.

Ainda no segundo jogo da série, os Blue Jays reclamaram de Luis Rojas, técnico de terceira base dos Yankees, por ficar constantemente fora de sua área técnica. A suspeita é que poderia estar buscando algum ângulo diferente para observar o arremessador do Toronto. No quarto jogo, Aaron Boone, técnico dos Yankees, gritou para o banco adversário, chamando – com uso de palavrões – um membro da comissão técnica dos Jays de louco e mandando ele se sentar.

As insinuações e acusações incomodaram os Yankees, mas os nova-iorquinos acabaram vencendo três das quatro partidas da série, mesmo jogando no Canadá. O clima não foi bom, e Boone até disse, após o último jogo “Estou feliz que estamos indo embora”.

O próximo confronto entre Yankees e Blue Jays será apenas em 19 de setembro, em Nova York. Dá para imaginar que os lados guardarão esse rancor todo até lá? Claro que sim. Ainda mais porque podem ser partidas decisivas para as pretensões de playoffs dos dois lados.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre a criação de uma nova liga profissional na Ásia, se os times têm seus aviões, se há talento suficiente para 32 franquias e como surgiu a organização do calendário das ligas americanas. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

O NÚMERO DA SEMANA

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Thyago Vieira participou da pré-temporada com o Milwaukee Brewers, mas não conseguiu um lugar no time principal. A franquia decidiu deixá-lo mais um tempo no centro de treinamento para fazer ajustes nos seus arremessos. Parece que funcionou. O brasileiro estreou pelo Nashville Sounds (filial triple-A dos Brewers) em 27 de abril e, desde então, foram 6 jogos, 7 ? entradas, três rebatidas, um walk, uma bolada, nenhuma corrida cedida. Ou seja, ERA de zero. Se continuar com esse desempenho, é razoável a chance de ser chamado para o time principal dos Cervejeiros em algum momento da temporada.

Thyago Vieira em sua estreia na MLB, pelo Seattle Mariners
Thyago Vieira em sua estreia na MLB, pelo Seattle Mariners ESPN

PERSONAGEM DA SEMANA

Aaron Judge
A despeito das polêmicas da série contra o Toronto Blue Jays, Aaron Judge teve uma semana no nível da temporada passada. Foram sete home runs em sete jogos, entrando na briga pela liderança em home runs (foi para 13, um a menos que Adolís García, líder na Liga Americana, e quatro a menos que Pete Alonso, líder na MLB).

VÍDEO DA SEMANA

Francisco Lindor foi contratado para ser a principal estrela do New York Mets. No entanto, ainda não mostrou em Nova York o mesmo nível de jogo de sua época de Cleveland Indians. Nesta sexta, o porto-riquenho enfrentou seu ex-clube (agora renomeado Guardians) pela primeira vez. E fez valer a Lei do Ex: rebatida de walk off para selar uma virada espetacular na décima entrada


O QUE VEM POR AÍ

Los Angeles Dodgers e Atlanta Braves começaram a temporada quente, com aproveitamento acima de 60% e o distanciamento dos demais times na classificação da Liga Nacional. Nesta semana, as equipes realizam três encontros de altíssimo nível em Atlanta. A ESPN e o Star+ transmitem a abertura da série, na próxima segunda. Vale ficar de olho, são dois times que podem se encontrar nos playoffs (inclusive, fizeram a final da Liga Nacional em 2020 e 21, com um título para cada lado).

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 19/mai
20h - Chicago Cubs x Philadelphia Phillies (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 20/mai
23h - Minnesota Twins x Los Angeles Angels (Star+)

Domingo, 21/mai
20h - Cleveland Guardians x New York Mets (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 22/mai
20h - Los Angeles Dodgers x Atlanta Braves (ESPN 4 e Star+)

Terça, 23/mai
20h30 - New York Mets x Chicago Cubs (Star+)

Quarta, 24/mai
22h30 - Boston Red Sox x Los Angeles Angels (Star+)

Quinta, 25/mai
20h - Baltimore Orioles x New York Yankees (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 26/mai
20h - Philadelphia Phillies x Atlanta Braves (ESPN 4 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 19/mai
13h - NCAA (softbol): Playoffs: Confronto a definir
20h - NCAA (beisebol): Notre Dame x Boston College
21h - LMB: Piratas de Campeche x Diablos Rojos de México
21h - NCAA (beisebol): Arkansas x Vanderbilt
21h30 - LMB: Algodoneros de Unión Laguna x Generales de Durango

Sábado, 20/mai
9h - NCAA (softbol): Playoffs: confronto a definir
14h - NCAA (beisebol): North Carolina x Clemson
15h - NCAA (beisebol): Tennessee x South Carolina
20h - LMB: Tigres de Quintana Roo x Leones de Yucatán
22h30 - LMB: Saraperos de Saltillo x Toros de Tijuana

Domingo, 21/mai
13h - NCAA (softbol): Playoffs: confronto a definir
17h - LMB: Águila de Veracruz x Mariachis de Guadalajara

Segunda, 22/mai
20h30 - LMB: Diablos Rojos de México x Tigres de Quintana Roo

Terça, 23/mai
11h30 - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
12h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
15h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
16h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
18h30 - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
20h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
21h30 - LMB: Mariachis de Guadalajara x Acereros de Monclova
21h30 - LMB: Águila de Veracruz x Algodoneros de Unión Laguna
22h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir

Quarta, 24/mai
11h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
11h30 - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
12h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
15h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
16h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
18h30 - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
20h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
21h30 - LMB: Toros de Tijuana x Olmecas de Tabasco
21h30 - LMB: Rieleros de Aguascalientes x Sultanes de Monterrey
22h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir

Quinta, 25/mai
11h30 - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
12h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
15h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
16h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
18h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
18h30 - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
20h - NCAA (softbol): Playoffs: confronto a definir
20h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
21h - LMB: Generales de Durango x Pericos de Puebla
21h30 - LMB: Leones de Yucatán x Saraperos de Saltillo
21h30 - LMB: Águila de Veracruz x Algodoneros de Unión Laguna
21h30 - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
22h - NCAA (beisebol): Playoffs: confronto a definir
22h - NCAA (softbol): Playoffs: confronto a definir

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Yankees x Blue Jays, suspeita de roubo de sinais e como uma rivalidade surge

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Dúvidas MLB 28: nova liga profissional na Ásia, aviões dos times, talento suficiente para 32 franquias e calendário das ligas americanas

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

A Baseball United está criando uma liga em Dubai. Essa liga vai abarcar o Oriente Médio e o subcontinente indiano para desenvolver o beisebol em uma região onde o críquete já é muito popular. Você acredita que, definitivamente, o Rob Manfred (comissário da MLB) entendeu que o beisebol não é monopólio dos EUA e que globalizá-lo é ainda melhor para a internacionalização da Major League Baseball?
Fernando Franca, Brasília

São duas coisas diferentes. A MLB percebeu há uns anos que é preciso internacionalizar o esporte, mas só conseguiu entender completamente a dimensão que isso pode ter após o World Baseball Classic (Copa do Mundo) deste ano. Imagino que os investimentos da liga sejam cada vez mais consistentes em levar o beisebol para outras partes do mundo, com partidas da MLB ou eventos com apoio oficial.

Apresentação do Mumbai Cobras, franquia indiana da Baseball United
Apresentação do Mumbai Cobras, franquia indiana da Baseball United Divulgação / Baseball United

O Baseball United aparece como uma iniciativa dentre desse processo de internacionalização do beisebol, ainda que não tenha apoio oficial da MLB por enquanto. Tenho sérias dúvidas do quanto essa liga será sustentável e realmente popularizará o esporte no Oriente Médio e no Sul da Ásia, mas provavelmente teremos jogos de bom nível técnico e devem proporcionar uma diversão interessante a quem assistir.

Todos os times têm aviões próprios?
Jean Série B, @jeehh_carlos

Um avião é extremamente caro, ainda mais um avião comercial (necessário para transportar um time de beisebol inteiro por todo canto dos EUA e Toronto). Ele só dá retorno ao seu comprador se realizar o máximo possível de voos, inclusive no mesmo dia. Ou seja, não vale a pena ter um avião e tirá-lo do chão uma vez a cada três dias para transportar um time de uma série como visitante após a outra, para depois ainda ficar uma semana inteiro parado quando a equipe tiver uma sequência de jogos em casa.

O mais comum é as franquias terem acordos com companhias aéreas convencionais, que se comprometem a deixar sempre um avião esperando o time no horário em que estiver prevista uma viagem. Mas não significa que ele seja exclusivo do clube. A aeronave pode levar a delegação de uma cidade para a outra, e depois segue fazendo voos normais enquanto outra estará disponível dali três dias.

Uma ou outra franquia pode, eventualmente, aparecer com um avião exclusivo como forma de marketing. No passado isso até ocorreu algumas vezes, mas tem sido cada vez mais raro.

O agendamento dos esportes americanos são de propósito? Pois termina a NBA e a NHL já tem a MLB, terminando vem a NFL… Ou seja, as finais de diferentes esportes não disputam entre si.
Gerivaldo Santos, @GeSantos_5

Um pouco de propósito, um pouco naturalmente. A MLB e a NHL foram as duas primeiras ligas a se estruturarem na América do Norte. O beisebol é um esporte para se praticar no verão, a céu aberto e com calor (ele é impraticável com frio intenso e, pior, neve e chuva). Então, naturalmente a temporada da MLB ocupou o período mais quente do ano (de abril a outubro). O hóquei no gelo, como o nome já indica, é uma modalidade de inverno, e naturalmente a temporada faz mais sentido na época mais fria do ano (as finais ocorriam entre março e abril). Com o maior acesso a tecnologia para gelo artificial, pôde avançar para a primavera (maio e junho).

Jogo da NHL a céu aberto: impossível se não for no inverno
Jogo da NHL a céu aberto: impossível se não for no inverno Getty

Quando começou a se organizar, a NFL queria aproveitar a lacuna deixada pela MLB no calendário, ainda mais porque o futebol americano pode ser praticado no frio e muitos times usavam estádios da MLB quando o beisebol estava parado. Assim, a liga foi ocupando o período entre outubro e janeiro (cresceu depois).

O basquete tentava comer pelas beiradas. Por ser uma modalidade indoor, podia ser praticada no inverno. Ao mesmo tempo, não valia tanto a pena trombar de frente com a NFL. Como tem uma temporada mais longa, pode colocar seu campeonato começando no inverno, mas avançando para fazer as finais na primavera. Ficou encavalado com a NHL, mas a liga de hóquei no gelo foi vista como de apelo regional por muito tempo e o maior problema (competir com NFL e MLB) era evitado.

Assim, as ligas foram se acomodando no calendário de acordo com as possibilidades de sua modalidade, mas também considerando que era melhor (mais lucrativo) não trombar de frente com outra.

Você acha que já temos talento sobrando na liga para uma nova expansão? Pelo menos para 32 equipes?
Allan Souza Santos, @allans_santos

Essa é uma abordagem recorrente na imprensa norte-americana quando torce o nariz para eventuais expansões. Eu, particularmente, odeio esse tipo de visão. Quando a MLB expandiu pela última vez, em 1998, o mundo do beisebol era muito menor do que atualmente. A busca e o desenvolvimento de talentos ainda era restrito a Estados Unidos, Canadá, República Dominicana, México e Porto Rico. Poucos cubanos conseguiam entrar na liga, o trabalho na Venezuela ainda estava começando e países como Panamá e Nicarágua eram quase ignorados, com poucos atletas furando a bolha. Hoje, a MLB faz um trabalho muito consistente em todos esses países, ainda consolidou os caminhos para contratar talentos cubanos e evoluiu o intercâmbio com Japão, Coreia do Sul, Taiwan e até Austrália. Até o Brasil já conta com olheiros da liga.

Ou seja, há muito mais jogadores de alto nível no beisebol de hoje do que nos anos 1990, com capacidade muito maior para se distribuir por mais dois times. Se hoje já há equipes muito fracas, como o Oakland Athletics ou o Kansas City Royals, não é pela falta de talentos disponíveis, mas pela falta de investimento dessas franquias para tornar suas equipes mais competitivas.

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Dúvidas MLB 28: nova liga profissional na Ásia, aviões dos times, talento suficiente para 32 franquias e calendário das ligas americanas

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Semana MLB: Orlando também quer um time na MLB (e a chance é bem razoável)

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

A corrida por uma franquia na Major League Baseball está aberta. Nos últimos anos, Nashville, Portland e Montreal demonstraram interesse em receber um time na liga. Mas eram movimentos que pareciam distantes. Nas últimas semanas, o tema ficou mais quente. Primeiro, com Salt Lake City entrando na disputa por um lugar. Em seguida, foi a vez de Las Vegas praticamente assegurar um lugar, como a futura casa do Oakland Athletics. E a grande surpresa veio na última terça (dia 9), quando Orlando apresentou seu interesse em receber uma equipe de expansão da MLB.

A iniciativa da terra dos parques temáticos é liderada por Pat Williams, ex-jogador de ligas menores de beisebol, ex-general manager de Chicago Bulls e Philadelphia 76ers e um dos fundadores do Orlando Magic. Ele pretende usar sua experiência como executivo na NBA para navegar pelos tortuosos processos de negociação para a criação de uma nova franquia profissional.

Projeto do estádio do Orlando Dreamers
Projeto do estádio do Orlando Dreamers Divulgação / Orlando Dreamers

O projeto tem nome, Orlando Dreamers, mas isso não significa necessariamente que o novo time, se criado, o manterá. A equipe jogaria em um estádio a ser construído em um terreno desocupado ao lado do Sea World. O complexo teria centro comercial, escritórios, mil quartos de hotel e restaurantes e custaria US$ 1,7 bilhão (US$ 700 milhões viriam da iniciativa privada, o restante viria de um imposto já existente que visa o desenvolvimento de iniciativas turísticas na região). A ideia é transformar o estádio em uma referência de entretenimento no meio da região de mais movimento turístico na cidade.

Atrair turistas é um objetivo declarado dos Dreamers. Williams considera que, se 2% dos visitantes que passam por Orlando forem a um jogo de beisebol, já seria gente suficiente para o time estar no meio da classificação nas médias de público. Somando a isso a 1 milhão de torcedores locais (12,3 mil por partida), a franquia teria potencial de estar no top 10 de venda de ingressos.

Tudo isso parece bonito, mas qual a chance de o time realmente ser criado. Neste primeiro momento, o grupo de Orlando tem falado em “franquia de expansão”, mas é pouco provável que seja esse o destino da iniciativa. A MLB já tem dois times na Flórida, um deles – o Tampa Bay Rays – a 1h30 de carro de Orlando e está longe de ser um sucesso de público. Colocar dois times tão próximos só se justifica em mercados extremamente aquecidos, o que não é o caso.

Por isso, é evidente que o grupo por trás dos Dreamers está de olho nos Rays. De duas formas: convencer o time da Baía de Tampa a se mudar para Orlando (e é notório que os dirigentes das Arraias estão descontentes com o atual estádio da equipe e tentam convencer as autoridades locais a ajudarem na construção de uma nova casa) ou torcer para os Rays realmente se mudarem para outra cidade (Nashville? Montreal?) e abrir espaço no centro da Flórida para uma nova franquia.

A primeira opção é obviamente mais simples. Williams já chegou a conversar com os donos dos Rays sobre o tema. O fato de “Dreamers” não ser tratado como nome definitivo de um novo time já abre espaço para a manutenção da marca de uma equipe que venha de outra cidade.

A ideia de um Orlando Rays ou o Tampa Bay Rays se transformar em um Orlando Dreamers soa interessante. A franquia tem sofrido nas negociações na região da baía, e há dúvidas se um novo estádio traria o público que o time precisa. O mercado já está bem ocupado por duas equipes muito vitoriosas que foram mais competentes para fidelizar o torcedor de Tampa (Buccaneers na NFL e Lightning na NHL), e talvez já esteja saturado. Ainda assim, uma mudança para Orlando não seria tão radical, e o torcedor atual dos Rays poderia seguir a equipe na nova casa.

O risco de os Dreamers também sofrerem com outras franquias já estabelecidas na cidade – o Magic na NBA e o Orlando City na MLS – é menor. Essas equipes mandam suas partidas no centro da cidade, onde vive a maior parte da população local (mas muito distante da região de parques, hotéis e turistas). Com um estádio na região turística, os Dreamers evitam uma concorrência direta e se tornam mais atrativos a outro público.

Essa possibilidade de se tornar uma opção aos Rays torna o projeto do Orlando Dreamers relevante. Ainda mais porque, mesmo que seja infrutífero, no mínimo ele servirá de elemento de barganha para as Arraias negociarem um novo estádio em Tampa.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre Ohtani entre os mais bem pagos do mundo, jogadores mais “gordinhos”, ingressos em dia de grande arremessador e empates no beisebol asiático. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

O NÚMERO DA SEMANA

21
Entradas de Drew Rasmussen contra os Yankees sem ceder corrida. O arremessador chegou a essa marca após sete entradas zeradas na última quinta, na vitória de seu Tampa Bay Rays por 8 a 2. Apenas John Morris (22 ?) e Troy Percival (21 ?) tiveram sequências mais longas contra os nova-iorquinos em seus inícios de carreira.

PERSONAGEM DA SEMANA

Masataka Yoshida
O japonês foi a principal contratação do Boston Red Sox na temporada. Muitos consideraram a aposta (US$ 90 milhões por cinco anos) muito alta, mas o defensor externo está mostrando serviço. Depois de um início lento de temporada, ele esquentou. Desde 20 de abril, está com 39,5% de aproveitamento no bastão, com 5 home runs, 18 corridas impulsionadas, 0,9 de probabilidade de vitória adicionada (basicamente, ele valeu uma vitória inteira ao time no período) e um prêmio de Jogador da Semana da Liga Americana. Já é um nome a ficar de olho na corrida pelo prêmio de Estreante do Ano.

VÍDEO DA SEMANA

Yan Gomes ficou fora de ação por lesão. Retornou na última quarta contra o St. Louis Cardinals. E comandou o Chicago Cubs à vitória contra seu meio rival, com 3 rebatidas em 3 duelos e esse home run.


O QUE VEM POR AÍ

A rotação do New York Mets tem sido uma bagunça no início de temporada. Max Scherzer não vem jogado bem, e ainda sofreu uma punição por uso de substância aderente na mão. Justin Verlander demorou para estrear devido a lesão na pré-temporada. José Quintana e Carlos Carrasco também tiveram problemas com o departamento médico. Nesse cenário, Kodai Senga tem sido uma boa notícia. Seus números ainda não são espetaculares, mas o abridor se tornou uma atração quando sobe ao montinho devido a seu forkball, um arremesso raro na MLB que o japonês usa com grande eficiência. Até o momento, os rebatedores têm apenas 12,5% de aproveitamento contra essa bola. Por isso, vale ficar de olho, porque Senga está programado para ser o abridor contra os Rays na próxima quarta, jogo com transmissão da ESPN 4 e do Star+.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 12/mai
20h - Atlanta Braves x Toronto Blue Jays (Star+)

Sábado, 13/mai
14h - Cincinnati Reds x Miami Marlins (Star+)

Domingo, 14/mai
20h - St. Louis Cardinals x Boston Red Sox (ESPN 2 e Star+)

Segunda, 15/mai
20h - Seattle Mariners x Boston Red Sox (ESPN 3 e Star+)

Terça, 16/mai
21h - Atlanta Braves x Texas Rangers (ESPN 4 e Star+)

Quarta, 17/mai
20h - Tampa Bay Rays x New York Mets (ESPN 4 e Star+)

Quinta, 18/mai
20h - New York Yankees x Toronto Blue Jays (ESPN 4 e Star+)

Sexta, 19/mai
20h - Chicago Cubs x Philadelphia Phillies (ESPN 3 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 12/mai
13h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
14h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
15h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
16h30 - NCAA (softbol): Playoff de conferência
17h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
18h30 - NCAA (beisebol): Vanderbilt x Florida
19h - NCAA (beisebol): NC State x North Carolina
19h30 - NCAA (softbol): Playoff de conferência
20h30 - NCAA (softbol): Playoff de conferência
21h30 - NCAA (beisebol): Mississippi State x LSU
22h30 - LMB: Guerreros de Oaxaca x Águila de Veracruz
23h - LMB: Sultanes de Monterrey x Olmecas de Tabasco
23h - NCAA (softbol): Cal State Fullerton x Long Beach State
23h30 - NCAA (softbol): Playoff de conferência

Sábado, 13/mai
12h - NCAA (softbol): Playoff: Tulsa x UCF
13h - NCAA (beisebol): Kentucky x Tennessee
14h - NCAA (softbol): Playoff: Duke x Florida State
14h - NCAA (softbol): Playoff: Texas x Oklahoma
14h - NCAA (beisebol): Georgia Tech x Duke
16h - NCAA (beisebol): Auburn x Ole Miss
17h - NCAA (beisebol): Louisville x Virginia
20h - NCAA (beisebol): Clemson x Virginia Tech
22h - LMB: Tecolotes de los Dos Laredos x Generales de Durango
23h - NCAA (softbol): Playoffs: Utah x UCLA
23h30 - NCAA (beisebol): UC Santa Barbara x Long Beach State
23h30 - LMB: Mariachis de Guadalajara x Toros de Tijuana

Domingo, 14/mai
13h - NCAA (beisebol): Miami x Pittsburgh
13h - NCAA (beisebol): Penn State x Nebraska
14h - NCAA (beisebol): Georgia x Missouri
16h - NCAA (beisebol): Clemson x Virginia Tech
17h - NCAA (beisebol): Alabama x Texas A&M
19h - LMB: Acereros de Monclova x Tigres de Quintana Roo

Segunda, 15/mai
22h30 - LMB: Algodoneros de Unión Laguna x Saraperos de Saltillo

Terça, 16/mai
22h30 - LMB: Acereros de Monclova x Mariachis de Guadalajara
22h30 - LMB: Tecolotes de los Dos Laredos x Diablos Rojos de México

Quarta, 17/mai
22h30 - LMB: Acereros de Monclova x Mariachis de Guadalajara
22h30 - LMB: Tecolotes de los Dos Laredos x Diablos Rojos de México

Quinta, 18/mai
20h - NCAA (beisebol): Arkansas x Vanderbilt
20h - NCAA (beisebol): Florida State x Louisville
22h30 - LMB: Sultanes de Monterrey x Algodoneros de Unión Laguna
22h30 - LMB: Águila de Veracruz x Leones de Yucatán
23h - LMB: Pericos de Puebla x Olmecas de Tabasco

Sexta, 19/mai
Grade não definida

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Orlando também quer um time na MLB (e a chance é bem razoável)

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Dúvidas MLB 27: Ohtani entre os mais bem pagos do mundo, jogadores mais “gordinhos”, ingressos em dia de grande arremessador e empates no beisebol asiático

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Será que com o próximo contrato o Ohtani entra na lista de atletas mais bem pagos somando salário + patrocínios?
Jean Ramos, @JeanRS1414

Primeiro, é preciso ver o que ele teria de fazer para entrar no top 10. A revista Forbes divulgou uma lista de atletas mais bem pagos do mundo em 2023, somando salários e contratos de patrocínios [o próprio Jean a enviou quando fez a pergunta]. Ela consiste em:

1) Cristiano Ronaldo (futebol), US$ 136 milhões
2) Lionel Messi (futebol), US$ 130 milhões
3) Kylian Mbappé (futebol), US$ 120 milhões
4) LeBron James (basquete), US$ 119,.5 milhões
5) Canelo Álvarez (boxe), US$ 110 milhões
6) Dustin Johnson (golfe), US$ 107 milhões
7) Phil Mickelson (golfe), US$ 106 milhões
8) Stephen Curry (basquete), US$ 100,4 milhões
9) Roger Federer (tênis), US$ 95,1 milhões
10) Kevin Durant (basquete), US$ 89,1 milhões

Atualmente, Ohtani já é o jogador mais bem pago no beisebol. Em salário, ele recebe US$ 30 milhões, “apenas” o 15º mais bem pago da MLB (o líder é Max Scherzer, com US$ 43,3 milhões). O diferencial está nos patrocínios: o japonês fatura US$ 40 milhões por ano com parceiros, um oceano de distância do segundo colocado, Bryce Harper (“modestos” US$ 7 milhões).

Isso mostra uma diferença grande no faturamento de atletas do beisebol para outros esportes, sobretudo na comparação dentro das ligas americanas. Apesar de terem salários robustos e mais garantias trabalhistas que os atletas de NFL e NBA, os jogadores da MLB têm uma imagem nacional menos consolidada e, por isso, são menos atrativos para patrocínios milionários. Ohtani, uma superestrela no terceiro país mais rico do mundo, foge dessa regra.

Shohei Ohtani no All-Star Game
Shohei Ohtani no All-Star Game Getty Images

Assim, é até possível ele entrar no top 10. Considerando que uma transferência para uma franquia mais vencedora pudesse aumentar seus ganhos em patrocínio para US$ 50 milhões anuais, ele precisaria de um salário de US$ 40 milhões anuais para entrar no top 10 considerando a lista atual. É viável.

Quando é uma estrela no montinho os ingressos são mais caros? 
RÓÓÓÓÓÓGENIS, @Rbarbosalima

Praticamente impossível fazer isso. Os ingressos são colocados à venda antes mesmo de a temporada começar. Neste momento, não há a menor ideia de quem será o arremessador de determinado jogo. Mesmo a partida de abertura da temporada, que teoricamente tem o ás no montinho, está sujeita a ter uma variação se o jogador carregar uma lesão da pré-temporada. E mesmo na semana da partida, quando já se tem uma programação mais clara de quem serão os arremessadores das próximas duas séries, é possível que o treinador resolva mudar a ordem por motivos técnicos, táticos ou físicos.

Aí, imagina o desgaste com a torcida: a diretoria coloca preços mais altos na promessa de o time ter um Justin Verlander, um Gerrit Cole, um Shohei Ohtani ou um Jacob deGrom no montinho, e aí o torcedor vê entrar em campo o quinto homem da rotação ou um garoto desconhecido chamado das ligas menores. Por isso, o que os times fazem é variar o preço de acordo com o apelo do adversário ou o dia da semana. 

Onde há uma variação por causa do arremessador titular é no mercado de revenda de ingressos. Esse é muito mais sensível a variações de acordo com o aumento ou redução repentina de interesse dos torcedores em irem a determinado jogo.

Alguns rebatedores são meio gorditos. Sabendo que vão ter que correr, a forma física não deveria ser mais atlética?
Jorge Vasconcelos, @jorgeefv

Em teoria, sim. Mas nem sempre é a prioridade. Primeiro que é preciso deixar claro uma coisa: mesmo os jogadores fisicamente mais “robustos” são extremamente fortes. O uniforme de beisebol pode até fazer parecer que são apenas pessoas acima do peso, mas há uma enorme preparação física para que ele tenha força e atleticismo adequado para o esporte.

Geralmente, os jogadores tidos como “mais gordos” pelos torcedores são rebatedores de potência. A prioridade física deles é ter braços extremamente fortes e rápidos e tronco reforçado para girar o bastão com violência e precisão. E, se todo contato que ele fizer for realmente para o campo externo, ele não precisará ser rápido na hora de correr. Ou a bola passou pelo muro e virou home run, ou a bola bate no muro e ele pode chegar à primeira ou à segunda base sem dificuldade (ainda assim, praticamente todos são capazes de fazer um esforço para tentar uma rebatida tripla quando essa possibilidade aparece. Veja no vídeo abaixo). Além disso, esses jogadores atuam em posições defensivas que exigem pouco deslocamento, como primeira base ou rebatedor designado, em que nem precisam defender. 


Jogadores mais ágeis e rápidos são os que ocupam posições defensivas que exigem mais deslocamento (defensor central, shortstop, segunda base) e nem sempre são rebatedores de tanta potência. Assim, precisam compensar nas pernas o que não conseguem com os contatos.

Quais são as possibilidades do empate ocorrer no beisebol sul-coreano?
Wagner Gomes, Cabo Frio-RJ

Tanto na KBO quanto na NPB (liga japonesa), há um limite de três entradas extras durante a temporada regular e seis nos playoffs. Isso significa que, se o jogo seguir sem um vencedor ao final da 12ª entrada (ou da 15ª no mata-mata), é declarado um empate. Não é comum. Na temporada 2020 da KBO foram realizados 720 jogos, e apenas 12 (1,7%) terminaram empatados. Na temporada regular, todas as partidas tiveram vencedor.

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Dúvidas MLB 27: Ohtani entre os mais bem pagos do mundo, jogadores mais “gordinhos”, ingressos em dia de grande arremessador e empates no beisebol asiático

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Semana MLB: Transmissões de dérbi da Califórnia e rivalidades de divisão

Ubiratan Leal
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Semana tem duas transmissões do Chicago Cubs, incluindo o clássico contra os Cardinals
Semana tem duas transmissões do Chicago Cubs, incluindo o clássico contra os Cardinals Getty Image


O blogueiro está de folga nos próximos dias. Então, o Semana MLB fica excepcionalmente sem seu formato tradicional e vai direto ao que interessa: a programação de transmissões de beisebol. Semana cheia, com dérbi californiano e confrontos diretos de times da mesma divisão.

E fica o alerta: como também estão acontecendo os playoffs de NBB, NBA e NHL, é possível que a grade seja alterada caso alguma série do mata-mata dessas ligas seja definida prematuramente.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana teve questões sobre beisebol internacional (fora da MLB, no caso), sobretudo no México. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 5/mai
19h30 - New York Yankees x Tampa Bay Rays (ESPN 4 e Star+)

Sábado, 6/mai
15h - Miami Marlins x Chicago Cubs (Star+)

Domingo, 7/mai
20h - Los Angeles Dodgers x San Diego Padres (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 8/mai
20h30 - Los Angeles Dodgers x Milwaukee Brewers (Star+)

Terça, 9/mai
22h30 - Houston Astros x Los Angeles Angels (ESPN 4 e Star+)

Quarta, 10/mai
20h30 - St. Louis Cardinals x Chicago Cubs (ESPN 4 e Star+)

Quinta, 11/mai
20h - Tampa Bay Rays x New York Yankees (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 12/mai
20h - Atlanta Braves x Toronto Blue Jays (Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 5/mai
19h - NCAA (softbol): South Carolina x Tennessee
19h - NCAA (softbol): NC State x Pittsburgh
20h - NCAA (softbol): Oklahoma x Oklahoma State
21h - NCAA (beisebol): Vanderbilt x Alabama
21h - NCAA (beisebol): Boston College x Wake Forest
22h - LMB: Generales de Durango x Diablos Rojos de México
22h30 - LMB: Saraperos de Saltillo x Algodoneros de Unión Laguna
22h30 - LMB: Águila de Veracruz x Bravos de León
23h30 - NCAA (softbol): Washington x Stanford

Sábado, 6/mai
13h - NCAA (softbol): South Carolina x Tennessee
15h - NCAA (softbol): Alabama x Ole Miss
15h - NCAA (softbol): Louisville x Florida State
16h - NCAA (softbol): Florida x Kentucky
17h - NCAA (softbol): NC State x Pittsburgh
17h - NCAA (softbol): Georgia x LSU
18h - NCAA (softbol): Oklahoma x Oklahoma State
19h - NCAA (beisebol): Florida x Texas A&M
19h - NCAA (beisebol): Pittsburgh x Georgia Tech
20h - LMB: Acereros de Monclova x Sultanes de Monterrey
20h - NCAA (beisebol): Arkansas x Mississippi State
21h30 - LMB: Pericos de Puebla x Tecolotes de los Dos Laredos
22h - NCAA (beisebol): LSU x Auburn
23h - NCAA (softbol): Washington x Stanford

Domingo, 7/mai
13h - NCAA (softbol): Louisville x Florida State
13h - NCAA (softbol): Mississippi State x Auburn
15h - NCAA (softbol): Florida x Kentucky
15h - NCAA (softbol): NC State x Pittsburgh
15h - NCAA (beisebol): South Carolina x Kentucky
21h - LMB: Saraperos de Saltillo x Algodoneros de Unión Laguna

Segunda, 8/mai
22h30 - Toros de Tijuana x Acereros de Monclova

Terça, 9/mai
19h - NCAA (beisebol): Vanderbilt x Louisville
20h30 - NCAA (softbol): Confronto a definir
21h30 - LMB: Generales de Durango x Tigres de Quintana Roo
22h30 - LMB: Algodoneros de Unión Laguna x Guerreros de Oaxaca

Quarta, 10/mai
12h - NCAA (softbol): Confronto a definir
14h - NCAA (softbol): Confronto a definir
15h - NCAA (softbol): Confronto a definir
16h30 - NCAA (softbol): Confronto a definir
18h - NCAA (softbol): Confronto a definir
21h - NCAA (softbol): Confronto a definir
22h30 - LMB: Sultanes de Monterrey x Piratas de Campeche
22h30 - LMB: Diablos Rojos de México x Bravos de León

Quinta, 11/mai
12h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
12h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
14h30 - NCAA (softbol): Playoff de conferência
15h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
18h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
18h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
20h30 - NCAA (softbol): Playoff de conferência
21h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
21h - NCAA (beisebol): Auburn x Ole Miss
22h30 - LMB: Sultanes de Monterrey x Piratas de Campeche
22h30 - LMB: Diablos Rojos de México x Bravos de León
22h30 - LMB: Olmecas de Tabasco x Leones de Yucatán

Sexta, 12/mai
13h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
14h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
15h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
16h30 - NCAA (softbol): Playoff de conferência
17h - NCAA (softbol): Playoff de conferência
18h30 - NCAA (beisebol): Vanderbilt x Florida
19h - NCAA (beisebol): NC State x North Carolina
19h30 - NCAA (softbol): Playoff de conferência
20h30 - NCAA (softbol): Playoff de conferência
21h30 - NCAA (beisebol): Mississippi State x LSU
22h30 - LMB: Guerreros de Oaxaca x Águila de Veracruz
23h - LMB: Sultanes de Monterrey x Olmecas de Tabasco
23h - NCAA (softbol): Cal State Fullerton x Long Beach State
23h30 - NCAA (softbol): Playoff de conferência

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Dúvidas MLB 26: especial MLB no México e resto do mundo

Ubiratan Leal
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Tem muitos jogadores locais do México na liga? É um esporte que sai das fronteiras latinas dos EUA? Já houve alguma Copa do Mundo de países, além das olimpíadas?
Madô!, Belém

Considerando os elencos no dia da abertura da temporada, o México é o sexto país ou território com mais jogadores na MLB, com 15. Fica atrás apenas de Estados Unidos (óbvio), República Dominicana (104), Venezuela (22), Cuba (21) e Porto Rico (19). Além disso, há dezenas de jogadores nascidos nos EUA em famílias mexicanas, e muitos desses jogadores defendem a seleção mexicana.

Jogo do World Baseball Classic, o Mundial de beisebol
Jogo do World Baseball Classic, o Mundial de beisebol Getty


O que nos indica a resposta a outra parte do tuíte: sim, há uma Copa do Mundo (o World Baseball Classic).  A última edição foi realizada em março deste ano, e o México caiu apenas na semifinal, tomando uma virada na nona entrada contra o Japão. Os japoneses ficaram com o título ao bater os EUA na decisão por 3 a 2. O torneio foi definido por um strikeout em um duelo que reuniu os dois melhores jogadores do mundo: Shohei Ohtani arremessando e Mike Trout rebatendo.

Foi a quinta edição do torneio. O Japão conquistou três, os Estados Unidos e a República Dominicana ficaram com um cada.

E aí já te indica a parte que restava do tuíte: além do Caribe, o beisebol é muito forte na Ásia, sobretudo Japão, Coreia do Sul e Taiwan (onde é o esporte mais popular). Outros países que têm um nível de competitividade interessante no esporte são Holanda e Austrália.

Provavelmente o futebol é o esporte mais forte no México, mas qual é o segundo: beisebol ou boxe?
Pedro Lima Prado, @petrospratum

De fato, o futebol é disparado o esporte mais popular do México. O beisebol fica em segundo lugar, ainda que consiga até brigar cabeça a cabeça com o futebol no norte do país. O que pode surpreender surpreendeu muita gente é que uma pesquisa recente mostrou o futebol americano como o terceiro mais popular. É algo discutível, já que boxe e basquete (e a luta livre, se for colocada como esporte) normalmente são vistos como mais populares. De qualquer maneira, esse número se deve não apenas às iniciativas da NFL para levar a modalidade aos mexicanos, mas também a um tradicional cenário de futebol americano nas universidades do país. Escrevi sobre isso aqui.

Mural da fachada ocidental da biblioteca central da Unam com um jogador de futebol americano
Mural da fachada ocidental da biblioteca central da Unam com um jogador de futebol americano Divulgação

Nos jogos fora dos EUA, quem arca com as despesas: os clubes ou a MLB?
Luiz Correa, @luizcorrea1605

As partidas internacionais são eventos criados para divulgar o esporte globalmente. Essas partidas ocorrem prioritariamente por interesse da liga, não necessariamente dos times (ainda que muitos também gostem, por aproveitarem para divulgar sua imagem). Assim, a liga paga pelas despesas, mas não apenas isso: ela também paga uma compensação à equipe mandante pela perda de receita de bilheteria de um jogo e uma compensação financeira a todos os jogadores que viajarem para essas partidas.

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Dúvidas MLB 26: especial MLB no México e resto do mundo

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Semana MLB: O principal estádio de beisebol do Brasil volta a ter iluminação. O que isso muda?

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


Por que o Brasil não consegue ter uma liga de beisebol, mesmo que semi-profissional?

Sempre que a pergunta era feita para dirigentes do beisebol nacional, o primeiro motivo apontado era a falta de um bom estádio com iluminação artificial para receber jogos noturnos. É um dos pontos vulneráveis da infraestrutura da modalidade no País, porque não apenas restringe o calendário para as partidas como também dificulta jogadores que não vivem exclusivamente do esporte a treinarem depois do trabalho durante a semana.

Estádio de Beisebol Mie Nishi, em São Paulo, com iluminação no fim da tarde
Estádio de Beisebol Mie Nishi, em São Paulo, com iluminação no fim da tarde Ubiratan Leal / ESPN

Mas talvez isso esteja acabando. No último dia 15, o estádio Mie Nishi, em São Paulo, reinaugurou sua iluminação artificial. A CBBS até realizou um treino leve com a seleção brasileira – que está reunida para a disputa dos Jogos Pan-Americanos de Santiago – para celebrar esse novo momento. Sinal de novos tempos para o beisebol nacional?

Sim e não.

O evento do último dia 15 é um marco, mas ainda há muito o que fazer ainda. A estrutura inaugurada há duas semanas ainda é insuficiente para as necessidades reais do beisebol brasileiro. Agora é possível fazer treinos noturnos leves, mas ainda não está iluminado o suficiente para jogos ou mesmo para treinos de mais intensidade. Os atletas podem perder a bola de vista na luz ainda fraca e se exporem lesões. Além disso, o resto da infraestrutura do estádio também precisa melhorar muito para que se realize partidas oficiais. 

Para treinos do dia a dia, o uso ainda é limitado porque os clubes da Grande São Paulo – região com mais equipes no País, mas não a única a ter – provavelmente darão preferência a seus próprios campos ao invés de deslocarem dezenas de jogadores para o bairro do Bom Retiro na capital paulista. E a seleção brasileira já está bem servida com o centro de treinamento da CBBS em Ibiúna, a 65 km de São Paulo.

A nova iluminação ainda não é suficiente para tirar as sombras e permitir que se veja bem a bola em um jogo
A nova iluminação ainda não é suficiente para tirar as sombras e permitir que se veja bem a bola em um jogo []

A parte meio vazia do copo não significa que a reinauguração da iluminação do Mie Nishi não tenha efeito algum. Até porque a promessa da prefeitura da capital paulista – o estádio é municipal – é de que esse foi o primeiro passo para mais melhorias no local. O projeto inclui a construção de mais uma torre de iluminação (atualmente são três) e o aumento da potência das lâmpadas para que se chegue ao nível mínimo para partidas oficiais, além de reforma de instalações como vestiários e sala de imprensa no estádio.

E falar nisso já faz o olho de muita gente brilhar. Nada ainda é projeto real, com estudo de viabilidade colocado no papel e prazos definidos, mas não faltaram ideias de como é possível crescer. Em conversa com dirigentes do beisebol nacional, havia gente falando em se trabalhar para a criação de uma liga profissional ou semi-profissional no Brasil, com patrocinadores bancando quatro ou cinco times e um jogo toda noite no Mie Nishi entre novembro e janeiro, ou em reforçar mais a Taça Brasil, podendo organizar um torneio maior trazendo clubes de várias partes do País para a fase final na capital paulista.

Muitos sonhos ainda, nada concreto. Mas ao menos há um ponto de partida, e a comunidade do beisebol no Brasil precisa cobrar para que os próximos passos sejam dados e as tais ideias cheguem ao papel, e do papel vão para o campo.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre se é melhor ter um grande abridor ou um bullpen forte, se há partidas de vários esportes diferentes ao mesmo tempo na Filadélfia e os estreantes mais velhos da MLB. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

O NÚMERO DA SEMANA

1,79

Foi o DPF do Toronto Blue Jays durante a partida contra o Chicago White Sox na última terça (dia 25). Trata-se de um recorde da franquia desde que essa estatística passou a ser levantada, no ano passado.

“Mas o que é DPF?” Claro, claro, precisa explicar. É “Dogs Per Fan”, ou a quantidade de cachorros quentes vendidos por torcedor durante uma partida. Sim, criaram uma estatística até para isso, e ela é levantada nas partidas em casa às terças, quando há promoção de cachorros quentes. No dia 25, foram 51.279 cachorros quentes vendidos e 28.917 torcedores. Superou com sobras o xHD (expected hot dogs, sim, criaram essa estatística também) para a noite, que era de 33.109.

PERSONAGEM DA SEMANA

Liam Hendriks

O arremessador australiano já foi destacado no blog por concluir com sucesso seu tratamento contra o câncer no último dia 20. A notícia daquele momento é que o fechador do Chicago White Sox voltaria a jogar beisebol, mas seria preciso ainda realizar alguns exames e até avaliar seu estado físico e técnico antes de retomar a atividade de campo. Pois bem, nesta sexta (apenas oito dias depois!) ele já estava de volta, conseguindo quatro strikeouts em um jogo-treino de jogadores de base contra o Tampa Bay Rays.

VÍDEO DA SEMANA

Eliminação por bola voadora de Shohei Ohtani contra o Oakland Athletics na última quinta. Ficou perto de um home run, coisa de uns cinco metros. O japonês foi o abridor do Los Angeles Angels na partida e foi creditado com a vitória, e ele já tinha uma rebatida simples, uma dupla e uma tripla no jogo. Ou seja, faltaram apenas esses cinco metros para transformá-lo no primeiro arremessador a rebater para o ciclo (e seria um ciclo natural, com as rebatidas vindo na ordem crescente) na história.


O QUE VEM POR AÍ

O México está em alta no beisebol. Após a grande campanha no WBC (Copa do Mundo) em março, caindo apenas na semifinal, é a vez de os mexicanos receberem dois jogos da temporada regular da MLB. Neste sábado e domingo, San Francisco Giants e San Diego Padres fazem a Mexico Series, com dois jogos no estádio dos Diablos Rojos na Cidade do México. Os arremessadores serão Sean Manaea e Alex Cobb pelos Giants e Joe Musgrove e Yu Darvish pelos Padres. Eles terão trabalho para manter as bolas no campo nos 2.240 metros de altitude da capital mexicana. Espere placares altos.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 28/abr
20h - Atlanta Braves x New York Mets (Star+) 

Sábado, 29/abr
14h - Baltimore Orioles x Detroit Tigers (Star+)
19h - San Francisco Giants x San Diego Padres (ESPN 3 e Star+)

Domingo, 30/abr
17h - San Francisco Giants x San Diego Padres (Star+)
20h - Philadelphia Phillies x Houston Astros (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 1/mai
20h - Cleveland Guardians x New York Yankees (ESPN 4 e Star+)

Terça, 2/mai
20h - Toronto Blue Jays x Boston Red Sox (Star+)

Quarta, 3/mai
20h - Cleveland Guardians x New York Yankees (Star+)

Quinta, 4/mai
19h - Toronto Blue Jays x Boston Red Sox (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 5/mai
19h30 - New York Yankees x Tampa Bay Rays (ESPN 3 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 28/abr
17h30 - NCAA (softbol): Florida A&M x Jackson State
19h - NCAA (softbol): Florida State x Notre Dame
20h - NCAA (beisebol): Texas x TCU
20h - NCAA (beisebol): Alabama x LSU
21h - NCAA (beisebol): Duke x Virginia
22h30 - LMB: Acereros de Monclova x Algodoneros de Unión Laguna
22h30 - LMB: Mariachis de Guadalajara x Sultanes de Monterrey
22h30 - LMB: Olmecas de Tabasco x Águila de Veracruz
23h - NCAA (beisebol): UCLA x Stanford

Sábado, 29/abr
12h30 - NCAA (beisebol): Dartmouth x Brown
13h - NCAA (beisebol): Texas A&M x Arkansas
13h - NCAA (softbol): North Carolina x Georgia Tech
15h - NCAA (softbol): LSU x Alabama
15h - NCAA (softbol): Boston College x Louisville
15h - NCAA (beisebol): Mississippi State x Tennessee
15h30 - NCAA (beisebol): Dartmouth x Brown
16h - NCAA (softbol): Ole Miss x Florida
17h - NCAA (beisebol): Florida State x Notre Dame
18h - NCAA (softbol): Tennessee x Arkansas
18h - NCAA (softbol): Kentucky x Mississippi State
19h - LMB: Leones de Yucatán x Pericos de Puebla
20h - NCAA (beisebol): Texas x TCU
20h - NCAA (beisebol): Missouri x Florida
20h - NCAA (beisebol): North Carolina x Virginia Tech
21h - LMB: Diablos Rojos de México x Saraperos de Saltillo

Domingo, 30/abr
13h - NCAA (beisebol): Auburn x South Carolina
13h - NCAA (beisebol): Dartmouth x Brown
14h - NCAA (softbol): LSU x Alabama
15h - NCAA (softbol): Indiana x Michigan
16h - NCAA (beisebol): Florida State x Notre Dame
16h - NCAA (beisebol): Kentucky x Vanderbilt
17h - NCAA (softbol): Tennessee x Arkansas
19h - NCAA (softbol): Missouri x Texas A&M
20h - LMB: Mariachis de Guadalajara x Sultanes de Monterrey

Segunda, 1/mai
20h - NCAA (softbol): Tennessee x Arkansas
22h30 - LMB: Sultanes de Monterrey x Saraperos de Saltillo

Terça, 2/mai
20h - NCAA (beisebol): Kansas x Missouri
22h30 - LMB: Tecolotes de los Dos Laredos x Acereros de Monclova
22h30 - LMB: Mariachis de Guadalajara x Rieleros de Aguascalientes
22h30 - LMB: Leones de Yucatán x Olmecas de Tabasco

Quarta, 3/mai
19h - NCAA (softbol): Florida x Florida State
22h30 - LMB: Diablos Rojos de México x Algodoneros de Unión Laguna
22h30 - LMB: Bravos de León x Generales de Durango

Quinta, 4/mai
21h - NCAA (beisebol): Vanderbilt x Alabama
22h - LMB: Águila de Veracruz x Guerreiros de Oaxaca
22h30 - LMB: Diablos Rojos de México x Algodoneros de Unión Laguna
23h30 - LMB: Pericos de Puebla x Toros de Tijuana

Sexta, 5/mai
19h - NCAA (softbol): South Carolina x Tennessee
19h - NCAA (softbol): NC State x Pittsburgh
20h - NCAA (softbol): Oklahoma x Oklahoma State
21h - NCAA (beisebol): Vanderbilt x Alabama
21h - NCAA (beisebol): Boston College x Wake Forest
22h - LMB: Generales de Durango x Diablos Rojos de México
22h30 - LMB: Saraperos de Saltillo x Algodoneros de Unión Laguna
22h30 - LMB: Águila de Veracruz x Bravos de León
23h30 - NCAA (softbol): Washington x Stanford

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: O principal estádio de beisebol do Brasil volta a ter iluminação. O que isso muda?

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Dúvidas MLB 25: um grande abridor x bom bullpen, jogos simultâneos na Filadélfia e estreantes mais velhos

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

É melhor um pitcher que aguenta se manter em 7 ou 8 entradas, ou um time com uns bons relievers?
Torcedor Frustrado de Oakland, @sainterck

Não existe essa escolha. Apesar de abridores e relievers serem arremessadores, eles são complementares durante um jogo. Não adianta ser muito bom na rotação se o bullpen for muito ruim. E vice-versa. 

Roy Halladay foi líder de jogos completos em sete temporadas entre 2003 e 2011
Roy Halladay foi líder de jogos completos em sete temporadas entre 2003 e 2011 ESPN

Assim, o ideal é sempre ter o melhor possível nos dois lados. de qualquer forma, se um time conseguiu formar um bullpen extremamente eficiente, pode se dar ao luxo de ter abridores que não vão tão longe nas partidas. Da mesma forma que ter um arremessador titular que vá até a sexta ou sétima entrada com frequência (chegar constantemente na 8ª, como colocado na pergunta, é cada vez mais utópico) pode tirar pressão dos relievers. 

Mas não se esqueça o seguinte: o bullpen só teria realmente mais refresco se toda a rotação for composta por titulares que fazem seis ou sete entradas todo jogo. Isso é praticamente impossível hoje. Um time até pode ter um ou dois arremessadores com essa capacidade, jamais cinco. Então, ainda que um ou dois dias sejam mais tranquilos para os relievers, nos demais eles terão de cobrir muitas entradas.

Vi aqui que as arenas da Filadélfia ficam na mesma quadra. Tem jogos em arenas diferentes no mesmo dia e horário?
Romilson DG, Natal

De fato, o Citizens Bank Park (Phillies), Wells Fargo Center (76ers e Flyers) e Lincoln Financial Field (Eagles e Universidade de Temple) ficam próximos entre si. O local tem até nome, o South Philadelphia Sports Complex.

Ao contrário do que ocorre em Baltimore e em Kansas City, em que os estádios de beisebol e futebol americano compartilham o mesmo estacionamento (o que cria mais problemas com evento simultâneos), cada arena da Filadélfia tem grande área para os carros. Ainda assim, há cuidado para evitar muitos eventos simultâneos na região devido ao trânsito que poderia gerar com tantos torcedores se deslocando no mesmo sentido ao mesmo tempo.

Lincoln Financial Field, casa do Philadelphia Eagles e do time de futebol americano da Universidade de Temple
Lincoln Financial Field, casa do Philadelphia Eagles e do time de futebol americano da Universidade de Temple Getty

Por isso, parte da gestão do complexo fica com a Sports Complex Special Services District, uma organização criada justamente para estudar o impacto dos eventos do complexo no trânsito do Sul da Filadélfia. Assim, evita-se colocar muitos jogos com grande apelo ao mesmo tempo.

O que não significa que não ocorram. Por exemplo, em 11 de abril os Phillies receberam o Miami Marlins às 18h40 (horário local) e os Flyers enfrentaram o Columbus Blue Jackets 20 minutos depois. A estimativa de público somada dos dois jogos era de 51 mil, menos que um jogo lotado no Lincoln Financial Field (67,6 mil lugares). Ou seja, a região suportaria o trânsito. 

Ontem revi o filme que conta a história do Jim Morris, The Rookie (desafio do destino no Brasil). História incrível de superação. Já teve algum novato mais velho do que ele na MLB?
Jean Ramos, @JeanRS1414

Já, mas em outras eras do beisebol. Por muitas décadas, o estreante mais velho da MLB foi o arremessador Satchel Paige, um dos maiores de todos os tempos. Ele estreou na MLB em 1948, aos 42 anos. Seu lugar na história foi garantido não apenas pelos anos de Cleveland Indians e St. Louis Cardinals, mas também pelas muitas temporadas como um dos grandes nomes nas Ligas Negras. No entanto, as Ligas Negras passaram a ser oficializadas como grandes ligas em 2020. Assim, sua estreia em grandes ligas se tornou a primeira aparição pelo Chattanooga Black Lookouts, em 1926 (ele tinha 20 anos).

Se a marca de Paige for desconsiderada, o novo recordista se torna Chuck Hostetler, que fez sua primeira partida na MLB aos 40 anos. Mas aí também tem uma particularidade da época. Em 1944, vários jogadores deixaram o beisebol para servir ao exército americano durante a Segunda Guerra Mundial. Para substituí-los, os clubes tiveram de chamar jogadores de ligas menores, alguns que talvez nunca chegassem à MLB se não houvesse tantas vagas disponíveis. Foi o caso de Hostetler, que já não era mais visto como promessa, apenas um veterano que ganhava sua vida em ligas menores quando foi promovido pelo Detroit Tigers.

Jim Morris, que tinha 35 anos quando estreou em 1999 pelo Tampa Bay Devil Rays, é o quarto no ranking geral (sem contar Paige). À frente dele também estão Connie Marrero (39 anos em 1950) e Billy Williams (37 anos em 1969).

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Dúvidas MLB 25: um grande abridor x bom bullpen, jogos simultâneos na Filadélfia e estreantes mais velhos

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Semana MLB: Oakland perde mais um time para Las Vegas? Vem outro pacote de novas regras?

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


Um estádio na região da Strip, rua famosa pelos hotéis-cassinos gigantescos e pelo fluxo imenso de turistas dispostos a gastar muito dinheiro com o próprio entretenimento. Do outro lado, uma cidade que ainda luta para se reinventar economicamente enquanto é ofuscada por uma vizinha mais rica e glamourosa, que já tem seu representante na liga.

Várias considerações podem e devem ser feitas sobre o futuro dos Athletics, o impacto disso na MLB e a situação dos torcedores do time, mas é evidente que o cenário do parágrafo anterior é o que fala mais alto no ouvido dos donos da franquia. Do ponto de vista do mercado, levar o clube para Las Vegas parece uma solução muito mais apetitosa, rápida e fácil do que apostar em longo prazo numa construção de imagem e criação de cultura local em Oakland.

Por isso, não foi uma grande surpresa quando, na última quarta (dia 19), o site The Athletic publicou que os donos dos A’s haviam chegado a um acordo para o terreno onde seria construído um estádio para o time em Las Vegas, próximo à Strip. O único susto foi pelo fato de a notícia ter saído sem que se esperasse novidade no assunto, mas a definição por Las Vegas soou natural.

Las Vegas já tirou os Raiders de Oakland, agora está perto de tirar os As
Las Vegas já tirou os Raiders de Oakland, agora está perto de tirar os As Bryan Mullennix/Tetra images


“Ah, então agora é certeza que o Oakland Athletics vai virar Las Vegas Athletics?”

Calma, ainda não. Os A’s conseguiram um acordo para o terreno, mas ainda há algumas instâncias burocráticas para resolver com as autoridades de Las Vegas e Nevada para podermos cravar que o time realmente vai se mudar. Ainda assim, é um passo gigantesco para que isso ocorra. A franquia sempre disse que trabalhava com dois caminhos em paralelo, a ida a Las Vegas e a permanência em Oakland com um novo estádio, mas a segunda opção tem sofrido com longas negociações com a prefeitura e a população local. Ainda que, oficialmente, os Athletics ainda estejam abertos a conversar com a cidade californiana, fica evidente que trocar de sede é o destino mais provável e, até por isso, dá para imaginar que a relação em Oakland esfriou e um acerto de última hora ficou ainda mais distante.

A sensação geral é de que em breve teremos a MLB em Las Vegas, tanto que Dave Kaval, presidente dos A’s, já deu entrevista a respeito de como seria essa transição. Se as autoridades no Nevada acelerarem o processo, as obras poderiam começar já no ano que vem, com o novo estádio sendo inaugurado provavelmente em 2027.

O que aconteceria com a equipe até lá é incerto. O contrato de uso do Coliseu de Oakland termina no final de 2024. A franquia poderia renovar por mais dois anos para ficar na Califórnia enquanto terminam as obras em Las Vegas, ou mandar suas partidas no Las Vegas Ballpark, estádio do Las Vegas Aviators (time de ligas menores, coincidentemente filiado aos A’s) com capacidade para 10 mil torcedores. Ainda há a possibilidade de a prefeitura de Oakland simplesmente antecipar o fim do acordo dos Athletics com o Coliseu, e a equipe ter de buscar uma nova casa já para o ano que vem (e o estádio dos Aviadores seria a opção mais prática).

Obs.: Kaval já disse também que os Aviators não precisariam se mudar. O time de triple-A seguiria em Las Vegas, onde teve média de público de 6,9 mil pessoas em 2022 (apenas três mil a menos que os A’s no mesmo período, diga-se)

Tecnicamente, o processo todo não depende apenas das negociações com a prefeitura de Las Vegas e o governo de Nevada. Depende também do sinal verde da MLB. Ninguém imagina, porém, que isso seja um obstáculo. Rob Manfred, comissário da liga, afirmou ao Las Vegas Review-Journal que “apoia a mudança de foco dos A’s para Las Vegas e espera que o processo seja finalizado até o fim do ano”. 

Coliseu de Oakland, ainda casa dos Athletics
Coliseu de Oakland, ainda casa dos Athletics Reprodução


A posição da MLB é fácil de entender. Em longuíssimo prazo, o mercado de Oakland não ficará desatendido. Na medida em que as gerações passem, os novos torcedores crescerão como seguidores do San Francisco Giants (que certamente estão adorando a saída dos A’s da vizinhança). As cidades que pretendem entrar na corrida pela expansão da liga (Nashville, Charlotte, Portland, Montreal e Salt Lake City, por exemplo), gostaram de ver Las Vegas já arrumando uma franquia e saindo da disputa pelas novas. E a liga em si ainda entrará em um mercado que projeta muito a imagem de seus parceiros. Por exemplo, já se imagina a possibilidade de o estádio dos Athletics estar dentro de algum empreendimento temático de beisebol.

Nesse contexto, uma mudança já em 2024 é possível. E seria brutal. Mal daria tempo para o torcedor de Oakland se despedir de sua equipe, uma das mais folclóricas e com torcida das mais fanáticas – ainda que pouco numerosa – da MLB. Toda uma tradição de décadas, incluindo um tricampeonato da World Series nos anos 70, um tricampeonato da Liga Americana nos anos 80 e o pioneirismo na implantação de estatísticas avançadas no esporte de altíssimo nível, seria abalado. Até porque ainda não se sabe como a maior parte dos torcedores de Oakland reagirá. Se continuará seguindo a equipe em Las Vegas ou se simplesmente ficará órfão.

Mas o nome será mantido. Kaval afirmou que a marca “Athletics” é muito tradicional e seria preservada. Ou seja, nada de mudança de nome do time. Bom pelo fato de que, realmente, é um nome fortemente ligado à história do beisebol. No entanto, teria de haver uma reformulação total da imagem do time. Atualmente, ele tem muito pouco a ver com Las Vegas. E uma das franquias mais folclóricas da MLB perderia seu jeito de ser.

Torcedor do Oakland Raiders que não gostou da mudança do time para Las Vegas. Será que o dos A's terá a mesma reação?
Torcedor do Oakland Raiders que não gostou da mudança do time para Las Vegas. Será que o dos A's terá a mesma reação? Thearon W. Henderson/Getty Images

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre qual época da temporada há mais público nos estádios, se é comum haver tantas lavadas, porque mais rebatedores não tentam bunt ou walk e quais os melhores shortstops da MLB. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

O NÚMERO DA SEMANA

3

A MLB parece que ficou animada com o sucesso inicial das regras implementadas nesta temporada e já lançou um pacote de mais novidades. São três novas regras que serão testadas já neste ano na Atlantic League (liga independente que tem parceria com a MLB). São elas:

- Criação do corredor designado, jogador que entra apenas para correr e, depois, devolve o lugar ao jogador que substituiu. O corredor designado será indicado antes da partida;
- Reduzir de duas para apenas uma a quantidade de interrupções do relógio que o arremessador tem direito por duelo;
- Vincular o rebatedor designado ao arremessador titular. Quando o abridor for substituído, o rebatedor designado também terá de sair do jogo. O objetivo é valorizar o papel do arremessador titular, incentivando os treinadores a deixá-los mais tempo no montinho.

Dá para entender o que a liga quer atingir com essas regras, mas criam muitos artificialismos na natureza do jogo. Talvez seja melhor esperar o pacote de 2023 se consolidar – eventualmente com ajustes – antes de pensar em mexer em mais coisas.

PERSONAGEM DA SEMANA

Liam Hendriks
O arremessador australiano anunciou nesta semana que está livre do câncer. O fechador do Chicago White Sox iniciou o tratamento contra um linfoma em janeiro, passando por quimioterapia até o início deste mês. Ele pretende voltar a jogar ainda nesta temporada, mas não há previsão oficial de quando isso ocorrerá

VÍDEO DA SEMANA

Na última sexta (dia 14), o Chicago Cubs fez o primeiro jogo de uma série contra o Los Angeles Dodgers na Califórnia. Foi a primeira partida de Cody Bellinger contra o time que o lançou nas grandes ligas e pelo qual conquistou uma World Series e um prêmio de MVP. Claro, a torcida dos Dodgers o aplaudiu de pé na primeira vez que foi ao bastão. Quem não se sensibilizou foi o árbitro Jim Wolf, que marcou violação do relógio pela demora do rebatedor em se aprontar e marcou uma bola no duelo.


O QUE VEM POR AÍ

A Liga Mexicana de Béisbol começou na última quinta após muita expectativa. O investimento no beisebol mexicano cresceu bastante nos últimos anos e a qualidade das equipes cresceu bastante, atraindo muitos jogadores com passagem pela MLB. Para esta temporada, o cenário ficou ainda mais animador com a ótima campanha do México no WBC (Copa do Mundo), caindo apenas na nona entrada da semifinal. Mais uma vez, a LMB terá transmissão do Star+. Atenção especial para os brasileiros Tiago da Silva, arremessador dos Generales de Durango, e Leonardo Reginatto, defensor interno dos Rieleros de Aguascalientes. Mas também vale conferir os duelos entre Tigres de Quintana Roo e Diablos Rojos de México, maior clássico do país e com dois jogos transmitidos neste fim de semana (veja abaixo).

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 21/abr
19h30 - Chicago White Sox x Tampa Bay Rays (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 22/abr
14h - Toronto Blue Jays x New York Yankees (Star+)

Domingo, 23/abr
20h - New York Mets x San Francisco Giants (ESPN 4 e Star+)

Segunda, 24/abr
20h - Chicago White Sox x Toronto Blue Jays (Star+)

Terça, 25/abr
19h30 - Seattle Mariners x Philadelphia Phillies (ESPN 3 e Star+)

Quarta, 26/abr
22h30 - St. Louis Cardinals x San Francisco Giants (Star+)

Quinta, 27/abr
15h - San Diego Padres x Chicago Cubs (Star+) 

Sexta, 28/abr
20h - Atlanta Braves x New York Mets (Star+) 

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 21/abr
19h - NCAA (softbol): Notre Dame x Boston College
19h - NCAA (beisebol): Vanderbilt x Tennessee
20h30 - NCAA (beisebol): Baylor x Texas Tech
21h - NCAA (beisebol): Virginia Tech x Florida State
21h30 - LMB: Generales de Durango x Tecolotes de los Dos Laredos
22h - NCAA (softbol): Auburn x Alabama
23h30 - NCAA (softbol): Arizona x Oregon
23h30 - LMB: Rieleros de Aguascalientes x Acereros de Monclova
23h30 - LMB: Saraperos de Saltillo x Mariachis de Guadalajara

Sábado, 22/abr
13h - NCAA (softbol): Pittsburgh x Clemson
13h - NCAA (softbol): South Carolina x Georgia
13h - NCAA (beisebol): Vanderbilt x Tennessee
15h - NCAA (softbol): Florida State x Virginia Tech
15h - NCAA (softbol): Texas A&M x Ole Miss
15h30 - NCAA (beisebol): Harvard x Brown
16h - NCAA (beisebol): LSU x Ole Miss
17h - NCAA (softbol): Florida x Tennessee
17h - NCAA (softbol): Auburn x Alabama
17h - NCAA (beisebol): Wake Forest x Pittsburgh
19h - NCAA (softbol): Arkansas x Kentucky
19h - NCAA (softbol): Michigan State x Illinois
19h - NCAA (beisebol): Alabama x Missouri
19h - LMB: Tigres de Quintana Roo x Diablos Rojos de México
20h - NCAA (beisebol): Louisville x Duke
21h - NCAA (softbol): Mississippi State x LSU
21h - LMB: Sultanes de Monterrey x Algodoneros de Unión Laguna
0h - NCAA (softbol): Arizona State x UCLA

Domingo, 23/abr
13h - NCAA (beisebol): Purdue x Maryland
13h - NCAA (beisebol): Harvard x Brown
14h - NCAA (beisebol): Vanderbilt x Tennessee
16h - NCAA (beisebol): Southern Illinois x Indiana State
17h - LMB: Tigres de Quintana Roo x Diablos Rojos de México
17h - NCAA (softbol): Auburn x Alabama
17h - NCAA (softbol): Louisville x Virginia
20h - NCAA (softbol): Florida x Tennessee

Segunda, 24/abr
20h - NCAA (softbol): Florida x Tennessee
22h30 - LMB: Diablos Rojos de México x Sultanes de Monterrey

Terça, 25/abr
19h - NCAA (beisebol): East Carolina x NC State
19h - NCAA (beisebol): Coastal Carolina x Wake Forest
20h - NCAA (beisebol): Louisville x Kentucky
22h30 - LMB: Pericos de Puebla x Tigres de Quintana Roo
22h30 - LMB: Acereros de Monclova x Generales de Durango
23h - LMB: Guerreiros de Oaxaca x Leones de Yucatán

Quarta, 26/abr
20h - NCAA (softbol): Mercer x Georgia
22h30 - LMB: Águila de Veracruz x Piratas de Campeche
22h30 - LMB: Tecolotes de los Dos Laredos x Mariachis de Guadalajara
22h30 - LMB: Acereros de Monclova x Generales de Durango

Quinta, 27/abr
20h - NCAA (beisebol): Mississippi State x Tennessee
20h - NCAA (beisebol): Miami x Louisville
21h - NCAA (beisebol): Texas A&M x Arkansas
22h30 - LMB: Acereros de Monclova x Generales de Durango
23h - LMB: Bravos de León x Olmecas de Tabasco
23h30 - LMB: Algodoneros de Unión Laguna x Toros de Tijuana

Sexta, 28/abr
17h30 - NCAA (softbol): Florida A&M x Jackson State
19h - NCAA (softbol): Florida State x Notre Dame
20h - NCAA (beisebol): Texas x TCU
20h - NCAA (beisebol): Alabama x LSU
21h - NCAA (beisebol): Duke x Virginia
22h30 - LMB: Acereros de Monclova x Algodoneros de Unión Laguna
22h30 - LMB: Mariachis de Guadalajara x Sultanes de Monterrey
22h30 - LMB: Olmecas de Tabasco x Águila de Veracruz
23h - NCAA (beisebol): UCLA x Stanford

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Oakland perde mais um time para Las Vegas? Vem outro pacote de novas regras?

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Dúvidas MLB 24: dias de mais público, bunts e walks, lavadas e melhores shortstops

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Quais os meses com as maiores médias de público? Tenho a impressão que os primeiros e os últimos meses da temporada são os melhores em público nos estádios
Jean Ramos, @JeanRS1414

Na verdade, não. É tradicional o estádio lotar no primeiro jogo em casa e ter bons públicos na primeira série em casa, assim como um time que briga por vaga nos playoffs terá muito apoio da torcida na reta final da temporada regular. Mas existem dois recortes tradicionais de quando há mais e menos público: por dia da semana e por mês. Em geral, fins de semana têm públicos melhores que dias úteis (OK, essa informação é meio óbvia). Em relação a meses do ano, os meses de verão (junho a agosto) costumam ter estádios mais cheios. Primeiro, porque a temperatura é mais agradável para ver jogos em um espaço aberto. Segundo, porque as crianças estão de férias das escolas e não precisam voltar cedo para casa. Terceiro, porque não há concorrência de outra grande liga nessa época do ano.

Fenway Park, casa do Boston Red Sox, lotado em abertura da temporada
Fenway Park, casa do Boston Red Sox, lotado em abertura da temporada Getty

Comecei a acompanhar a MLB nos playoffs do ano passado. E nessa tenho visto muitos jogos com o placar com essa diferença grande. É sempre assim?
Thaís, @athaiscrisley

Não é sempre, mas é mais recorrente em temporada regular. O beisebol é um esporte marcado por um perde-ganha grande (expliquei em outro Dúvidas MLB, aqui) e é comum uma partida desandar para uma equipe, que sofre uma lavada imprevista. Nos playoffs, os treinadores tentam conter essas derrotas com substituições mais agressivas, mas nem sempre vale a pena em temporada regular. Quase sempre o time está no meio de uma maratona e desgastar jogadores para evitar uma lavada em um dia pode comprometer as condições de jogo para os dias seguintes. Não é que o técnico desista da partida, ele apenas trabalha de maneira mais conservadora e vê se é suficiente naquele dia. Às vezes não funciona e temos essas lavadas.

Por que os rebatedores do final do alinhamento não tentam walks ou bunts ao invés de ir pra rebatida que quase sempre ou é strikeout ou queimada dupla?
Victor Miguel, @Joaomiguel_on

Uma coisa por vez. Não é tão simples “tentar um walk”. Um walk se trabalha para conseguir e praticamente todo rebatedor vai aceitar um walk se tiver a oportunidade. A questão é conseguir levar a contagem para 3 bolas e receber um arremesso em que ele tenha convicção que está fora da zona de strike. Nem sempre o arremessador oferece essa possibilidade, mas vem uma bola dentro da zona de strike que pode virar uma bela rebatida. Além disso, mesmo os rebatedores de pior aproveitamento de um time da MLB não são tão ruins a ponto de descartarem suas chances de rebaterem. Eles sabem fazer isso, são capazes disso. Caso contrário, não estariam na MLB.

Sobre o bunt, há duas situações: o toque para rebatida e o de sacrifício, que visa impulsionar um companheiro. Nos dois casos, é preciso que o rebatedor seja bom na técnica do bunt (poucos são) e só é viável em situações específicas. O bunt para rebatida exige um rebatedor que seja muito rápido, para chegar na primeira base antes de a defesa queimá-lo. O toque de sacrifício exige que o time tenha um corredor na primeira base e possa dar uma eliminação ao adversário.

Fui shortstop no time de Araçatuba dos 4 aos 10 anos. Quais são os melhores da liga?
Marcelo Ryu, Araçatuba-SP

Anota aí, sem uma ordem específica: Carlos Correa (Minnesota Twins), Francisco Lindor (New York Mets), Trea Turner (Philadelphia Phillies), Xander Bogaerts (San Diego Padres), Corey Seager (Texas Rangers), Tim Anderson (Chicago White Sox), Dansby Swanson (Chicago Cubs), Jeremy Peña (Houston Astros) e Wander Franco (Tampa Bay Rays).

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Dúvidas MLB 24: dias de mais público, bunts e walks, lavadas e melhores shortstops

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