O que pode acontecer com os Astros depois do escândalo de roubo de sinais?

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal
Austin Barnes, catcher do Los Angeles Dodgers, passa sinais para Alex Wood em jogo contra o Houston Astros na World Series de 2017
Austin Barnes, catcher do Los Angeles Dodgers, passa sinais para Alex Wood em jogo contra o Houston Astros na World Series de 2017 ESPN

A informação surgiu como denúncia, mas todos foram rápidos em aceitá-las como verdade. Mesmo os responsáveis não fizeram esforço até agora para negar a acusação. Parece ser um senso comum de que o Houston Astros realmente desenvolveu um esquema com uso de recursos eletrônico para roubo de sinais dos catchers adversários. Uma prática que teria ocorrido em 2017, temporada do título dos texanos, e que possivelmente teria se estendido por 2018 (vice-campeão da Liga Americana) e até 2019 (campeão da Liga Americana, derrotado na World Series).

LEIA MAIS: Ex-jogador diz que time campeão da MLB em 2017 usou trapaça na campanha do título

Para entender o caso e em que pé está a situação, fiz um pequeno Perguntas Mais Frequentes.

Os Astros realmente roubaram sinais?

Tudo indica que sim. A suspeita já era disseminada pelos demais times da MLB, mas ganhou força com o depoimento de Mike Fiers. O arremessador -- que fez parte do elenco dos Astros em 2017 -- não apenas confirmou a existência de um esquema com recursos eletrônicos para roubo de sinais, mas ele detalhou seu funcionamento. Pesquisas em vídeos de arquivo batem com o relato de Fiers. O tuíte abaixo é um exemplo claro.


O que o clube alega?

Nada. Exato, nada. O Houston Astros ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, revelado há duas semanas. A postura dá a entender ainda mais que a franquia silenciosamente admite o ocorrido e trata apenas de controlar os danos nos bastidores. Membros da diretoria e da comissão técnica, quando procurados por jornalistas, não aceitam dar entrevistas, mas dizer “em off” o conhecido “ah, mas todo mundo faz”.

E todo mundo faz?

Sim e não. É difícil cravar que cada uma das 30 franquias da MLB tenha algum tipo de esquema para roubar sinais dos adversários, mas é bastante possível que várias façam isso. A questão é a forma como isso ocorre. Usar o corredor na segunda base para olhar os sinais e repassá-lo de alguma forma ao rebatedor é visto como algo legítimo, dentro da ética do jogo e que se deve mais a falha do catcher. Ter um funcionário fora de campo fazendo isso já é inaceitável, mas é tido como uma infração “apenas grave”. A forma como os Astros estariam fazendo exigiria todo um sistema de vídeo, com profissionais dedicados a ler os sinais (mesmo quando a dupla catcher-arremessador estiver usando códigos mais complexos) e monitor dentro dos vestiários, passa de qualquer limite. O Boston Red Sox fez isso há dois anos, usando smartwatches para passar a informação, e foi punido como recado para que as demais franquias não repetissem o ato. E os Astros repetiram. De forma ainda mais profunda.

Mas como os Astros perderam os quatro jogos em casa na World Series?

O time texano usará isso como álibi, talvez dando a entender que as infrações reveladas por Fiers ao site The Athletic se referiam apenas à temporada de 2017. Mas é fato conhecido na liga que o Washington Nationals, já desconfiando dos Astros, desenvolveram cinco códigos diferentes de sinais e fizeram revezamento entre eles -- muitas vezes trocando entre uma entrada e outra -- nas partidas em Houston.

Qual a repercussão do caso?

Enormes. A mídia e os torcedores têm tratado como se fosse o maior atentado à lisura do esporte desde o escândalo de doping no começo da década passada. Primeiro, porque envolveu um time que tem sido competitivo ano após ano e que chegou a conquistar o título na temporada em questão. Segundo, porque aumentou a desconfiança de que se trata de algo disseminado pela liga. Mal comparando, é equivalente ao escândalo da bola murcha do New England Patriots nos playoffs de 2015. Entre os jogadores, há quem veja Fiers como traidor por falar sobre algo que deveria ser um segredo de vestiário (a justificativa de Fiers para falar à imprensa foi ver vários colegas arremessadores perderem o emprego após partidas ruins contra adversários que podem estar trapaceando), mas a maioria demonstra indignação com o fato. Ainda assim, não se fala muito em “título manchado” ou “os Astros são farsantes e trapaceiros”. Talvez não falem muito por imaginar que seu próprio clube ou seus próprios companheiros já participaram ou participam desse tipo de esquema.

O que a liga pode fazer?

A MLB está investigando o caso, então as consequências dependerão do que for descoberto e do tamanho da responsabilidade de cada um. Pelo tamanho do esquema, é altamente improvável que seja uma prática isolada de dois ou três funcionários, sem que dirigentes e membros importantes da comissão técnica tenham conhecimento ou participação. A punição mais imediata deve girar em torno de multa e perda de escolhas do draft para a franquia. Mas onde pode ficar feio é na suspensão de figuras altas na hierarquia dos Astros, como o técnico AJ Hinch e o general manager Jeff Luhnow. Retirada do título ou banimento dos playoffs por uma ou mais temporadas são hipóteses muito remotas.

Pode respingar em outros clubes?

Sim. Durante as investigações, os Astros devem tomar como linha de defesa a prova de que todo mundo comete essa infração. Se o Houston conseguir provar algo, é capaz de outro time também sofrer alguma sanção, ainda que mais leve que a dos texanos. Mas onde também pode respingar é na suspensão de pessoas que trabalhavam nos Astros nos últimos anos e que atualmente estão em outras franquias. Por exemplo, já há especulação que Alex Cora, atual técnico do Boston Red Sox e auxiliar de Hinch no Houston em 2017, seria um agente importante no esquema de roubo de sinais. O mesmo já se diz de Carlos Beltrán, que fazia o último ano de sua carreira como jogador pelos Astros em 2017 e foi recentemente contratado como técnico do New York Mets. Expandindo para a área de gestão, há ex-profissionais dos Astros em vários clubes da MLB, que receberam convites justamente após o bom resultado do Houston nos campos.

Fonte: Ubiratan Leal

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Semana MLB: Ranking das séries de divisão (com grade de transmissões)

Ubiratan Leal
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As séries de wildcard foram menos empolgantes do que se imaginava. Tivemos jogos apertados em Minnesota Twins x Toronto Blue Jays e Milwaukee Brewers x Arizona Diamondbacks, mas todos os quatro confrontos terminaram com mini-varrida, 2 a 0 para um dos lados. O que acabou deixando a última quinta como um dia a mais sem nenhuma partidinha de beisebol.

Mas agora começam as Séries de Divisão, equivalente às semifinais de cada liga. Confrontos em melhor de cinco, já trazendo as melhores campanhas da temporada regular para a conversa. 

Para dar um resumo do que esperar de cada jogo, vamos trazer algo diferente: um ranking dos confrontos mais interessantes. Não há um critério muito claro, mas apenas o apelo geral da partida. E é série de divisão, aí estão os oito melhores times do ano na MLB. Então, todas as partidas são interessantes a seu modo.

4 - HOUSTON ASTROS x MINNESOTA TWINS

Duas equipes que ganharam suas divisões, mas estiveram longe de encantar. Os Astros são os atuais campeões e têm uma dinastia na Liga Americana, mas não conseguiram deslanchar na temporada. O ataque foi errático, dependendo muito de Yordan Álvarez e Kyle Tucker, e o time sofreu com lesões de arremessadores importantes. Acabou levando a divisão no último dia da temporada regular.

Os Twins tiveram uma temporada quase despercebida, tamanha a sua superioridade diante dos adversários de divisão. A classificação foi tranquila, mas isso também fez que o time não fosse exigido. Mas apresenta uma evolução clara nos seus arremessadores e tem em Carlos Correa (ex-Astros, uma atração do confronto) um líder que eleva o nível dos companheiros em playoffs.

Para os otimistas, é importante registrar que o Houston talvez tenha sofrido de falta de engajamento do elenco para mais uma longa temporada regular, e o nível de jogo pode subir no mata-mata. E o Minnesota, que despertava desconfiança por ter feito poucas partidas com pressão ao longo do ano, soube bater de frente contra o talentoso time do Toronto Blue Jays e conseguiu uma merecida classificação. 

Carlos Correa (número 1) comemora vitória na World Series de 2017, quando defendia os Astros
Carlos Correa (número 1) comemora vitória na World Series de 2017, quando defendia os Astros Getty

3 - LOS ANGELES DODGERS x ARIZONA DIAMONDBACKS

Há um charme especial quando dois times da mesma divisão se encontram nos playoffs, mas não há um histórico de rivalidade tão grande entre Dodgers e Dbacks. Além disso, as duas equipes não tiveram uma real disputa na temporada, e muita gente acha que essa é a série com maior chance de varrida (em favor dos angelenos) dessa fase. Mas há uma esperança de termos um confronto legal.

Apesar de tecnicamente muito superiores, os Dodgers estão com muitos desfalques na rotação. Dos abridores, apenas Clayton Kershaw é confiável, e ainda assim é um jogador com histórico de muita oscilação em playoffs. Se os arremessadores do Arizona (sobretudo Zac Gallen e Merrill Kelly) conseguirem limitar o ótimo ataque californiano, é possível que tenhamos confrontos equilibrados. Até porque os Diamondbacks mostraram poder de recuperação na fase anterior, contra o favorito Milwaukee Brewers.

2 - BALTIMORE ORIOLES x TEXAS RANGERS

Duas franquias que não se classificavam há alguns anos para os playoffs (ambos desde 2016), tiveram temporadas terríveis há pouco tempo (foram as duas piores campanhas de toda a MLB em 2021), mas cresceram demais e chegam com força. Os Orioles apostando em um grupo jovem e talentoso, que arremessa muito bem e tem jogadores-chave no ataque. Os Rangers também têm seus nomes formados em casa, mas investiu forte em contratações e conta com rebatedores muito perigosos. 

Não há rivalidade especial entre essas equipes, mas a sensação é de que teremos partidas espetaculares, com torcidas muito quentes devido ao tempo em que não viam jogos de beisebol em outubro.

Torcida do Baltimore Orioles vai matar a saudade de playoffs
Torcida do Baltimore Orioles vai matar a saudade de playoffs Getty Image

1 - ATLANTA BRAVES x PHILADELPHIA PHILLIES

É “a” série que todos esperavam para esta fase. Primeiro, são rivais de divisão. Segundo, o confronto reúne o melhor time da MLB no geral com uma equipe que pode ser vista como a mais perigosa para o cenário de playoffs. Terceiro, elas se enfrentaram no ano passado, e fica um sabor de revanche no ar.

Os Braves têm um time que parece irresistível. Há talento em todas as áreas, ataque, defesa e montinho (abrindo e bullpen). Mas o elenco teve algumas baixas por lesão, e a rotação parece vulnerável neste momento. É a brecha que os Phillies podem encontrar. 

O Philadelphia tem seus problemas, como uma rotação pouco confiável nos seus arremessadores 4 e 5, uma defesa sujeita a chuvas e trovoadas e um ataque que muitas vezes conta demais com dois ou três rebatedores. Para temporada regular, é problema. Para playoff, nem tanto. Só com três arremessadores confiáveis na rotação, mais três no bullpen e rebatedores que não somem em jogos grandes é possível ser altamente copeiro. E é assim que os Phillies bateram o Atlanta nos playoffs do ano passado (3 a 1) e podem aprontar de novo neste ano.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sábado, 7/out
14h - Texas Rangers x Baltimore Orioles, jogo 1 (Star+)
17h30 - Minnesota Twins x Houston Astros, jogo 1 (ESPN 3 e Star+)
19h - Philadelphia Phillies x Atlanta Braves, jogo 1 (Star+)
22h - Arizona Diamondbacks x Los Angeles Dodgers, jogo 1 (ESPN 2 e Star+)

Domingo, 8/out
17h - Texas Rangers x Baltimore Orioles, jogo 2 (Star+)
21h - Minnesota Twins x Houston Astros, jogo 2 (Star+)

Segunda, 9/out
19h - Philadelphia Phillies x Atlanta Braves, jogo 2 (ESPN 4 e Star+)
22h - Arizona Diamondbacks x Los Angeles Dodgers, jogo 2 (ESPN 4 e Star+)

Terça, 10/out
17h - Houston Astros x Minnesota Twins, jogo 3 (ESPN 4 e Star+)
21h - Baltimore Orioles x Texas Rangers, jogo 3 (ESPN 4 e Star+)

Quarta, 11/out*
15h - Houston Astros x Minnesota Twins, jogo 4 (ESPN 2 e Star+)
18h - Atlanta Braves x Philadelphia Phillies, jogo 3 (ESPN 4 e Star+)
20h - Baltimore Orioles x Texas Rangers, jogo 4 (ESPN 2 e Star+)
22h - Los Angeles Dodgers x Arizona Diamondbacks, jogo 3 (ESPN 4 e Star+)

Quinta, 12/out*
18h - Atlanta Braves x Philadelphia Phillies, jogo 4 (ESPN 3 e Star+)
22h - Los Angeles Dodgers x Arizona Diamondbacks, jogo 4 (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 13/out*
17h - Minnesota Twins x Houston Astros, jogo 5 (ESPN 3 e Star+)
21h - Texas Rangers x Baltimore Orioles, jogo 5 (Star+)

Sábado, 14/out
19h - Philadelphia Phillies x Atlanta Braves, jogo 5 (ESPN 2 e Star+)22h - Arizona Diamondbacks x Los Angeles Dodgers, jogo 5 (ESPN 2 e Star+)

*A partir dos jogos 4, é sempre possível que eles não sejam realizados por definição prematura da série. Nesses casos, é possível que as outras partidas do dia tenham seus horários alterados para acomodar melhor as necessidades do público e da TV americana

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Ranking das séries de divisão (com grade de transmissões)

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Semana MLB: Guia da fase de wildcard (com grade de transmissões)

Ubiratan Leal
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Três jogos, um depois do outro. Duas derrotas e está fora. Duas vitórias, e uma vaga nas Séries de Divisão está esperando. Não dá para respirar direito na fase de wildcard dos playoffs da MLB, que começam nesta terça com uma rodada quádrupla que começa às 17h e termina perto da 0h (ou mais, se o jogo tiver entradas extras).

Sem mais enrolação, veja abaixo um mini-roteiro das quatro séries e a grade de programação da primeira fase da pós-temporada da MLB.

LIGA AMERICANA

TAMPA BAY RAYS x TEXAS RANGERS

Confrontos na temporada: Rays 4 a 2

O vencedor pega: o Baltimore Orioles

Onde os Rays levam vantagem: Poucos times arremessam tão bem quanto os Rays, seja com a rotação, seja com o bullpen. Além disso, é um time acostumado a disputar playoffs, e já tem larga experiência sobre como elaborar estratégia para partidas de mata-mata. Ainda mais porque o Texas não terá seus nomes mais pesados abrindo partidas, com Jacob deGrom e Max Scherzer contundidos.

Onde os Rangers levam vantagem: Os Rangers têm um dos ataques mais poderosos da MLB. É verdade que os arremessadores dos Rays podem anular esses rebatedores (em playoff, a tendência é o montinho prevalecer sobre os bastões), mas um jogador em noite inspirada – e não faltam opções, com Corey Seager, Adolis García, Marcus Semien, Josh Jung… – pode decidir a partida para o Texas. O mesmo não se pode falar do Tampa Bay, que dependem muito de Yandy Díaz.

Randy Arozarena, do Tampa Bay Rays
Randy Arozarena, do Tampa Bay Rays Getty Images

MINNESOTA TWINS x TORONTO BLUE JAYS

Confrontos na temporada: 3 a 3

O vencedor pega: o Houston Astros

Onde os Twins levam vantagem: Os Twins têm problemas crônicos com a rotação, mas evoluiu bastante nesta temporada. Com Sonny Gray e Pablo López, o Minnesota conta com uma dupla de abridores que podem decidir uma série melhor de três ou de cinco. O bullpen também é eficiente, ainda que os canadenses tenham vantagem nesse quesito.

Uma questão que pode ajudar é o fato de todos em Minneapolis saberem há muitas semanas que os Twins chegariam aos playoffs. A equipe pôde dosar o uso de seus jogadores para estar em melhor forma na pós-temporada, mesmo que isso custasse algumas vitórias na temporada regular.

Por fim, o ataque dos Blue Jays não é confiável. Nos dias bons, é capaz de superar qualquer arremessador, mas também se deixa dominar com uma frequência maior do que o esperado pelo nível de talento que possui. Isso fica mais claro quando o Toronto precisa de bons rebatedores canhotos, uma lacuna no time canadense, e em confrontos contra adversários de nível de playoff, nos quais os Jays tiveram retrospecto ruim no ano.

Onde os Blue Jays levam vantagem: Os Blue Jays têm problemas na sua rotação, mas isso fica mais evidente em uma série mais longa. Para uma série de três jogos, como a da fase de wildcard, o Toronto tem nomes suficientes para ser bastante competitivo. Além disso, o bullpen está entre os melhores da Liga Americana e o ataque tem jogadores capazes de decidir um jogo grande.

Os Gaios-Azuis também podem tirar proveito do embalo. Ainda que seja uma vantagem dos Twins terem se classificado com antecedência (apontei isso logo acima), é verdade que os canadenses brigaram pela classificação até o penúltimo dia da temporada regular e estão com mais ritmo de competição. Se souber aproveitar o embalo e não sentir o desgaste das semanas a mais de jogos com alta pressão, o Toronto pode se impor.

LIGA NACIONAL

MILWAUKEE BREWERS x ARIZONA DIAMONDBACKS

Confrontos na temporada: Diamondbacks 4 a 2

O vencedor pega: o Los Angeles Dodgers

Onde os Brewers levam vantagem: É uma versão da Liga Nacional do Tampa Bay Rays, com a diferença de ser um pouco menos eficiente, mas tem mais talentos individuais. O time arremessa incrivelmente bem, e tem um técnico (Craig Counsell) tido como um dos melhores estrategistas da liga. Com Corbin Burnes, Brandon Woodruff (não jogará contra os Dbacks) e Freddy Peralta, os Cervejeiros têm um trio de abridores que podem frear qualquer adversário em uma série de playoff. Pensando pontualmente nesse duelo contra os Diamondbacks, o time do Arizona têm mostrado perda de fôlego nas últimas duas semanas, quase perdendo uma classificação que parecia garantida.

Onde os Diamondbacks levam vantagem: Projetando o duelo arremessadores do Arizona x rebatedores do Milwaukee, as Serpentes podem ter vantagem. O ataque dos Brewers depende muito de William Contreras e Christian Yelich, enquanto que Zac Gallen e Merrill Kelly vêm de grandes temporadas no montinho. O ataque dos Dbacks também têm boas opções, mas precisa reverter a má fase da reta final da temporada regular.

Phillie Phanatic e Bryce Harper
Phillie Phanatic e Bryce Harper Getty Images

PHILADELPHIA PHILLIES x MIAMI MARLINS

Confrontos na temporada: Marlins 7 a 6

O vencedor pega: o Atlanta Braves

Onde os Phillies levam vantagem: Os Phillies têm um time feito para os playoffs. Tem rebatedores decisivos – Bryce Harper, Kyle Schwarber, Trea Turner –, abridores muito fortes – Aaron Nola e Zack Wheeler – e jogadores-chave no bullpen – José Alvarado e Craig Kimbrel (se mantiver a boa fase de setembro). Além disso, ficou em situação segura na tabela já no meio de setembro, podendo dosar o uso de alguns jogadores para estarem descansados no momento dos playoffs.

Onde os Marlins levam vantagem: O Miami tem bons jogadores, capazes de fazer estrago contra qualquer adversário. A questão é que os Phillies são melhores em todos os quesitos. O que os Marlins têm de vantagem é jogar sem pressão, podendo tirar proveito disso se a série se mostrar mais difícil do que o Philadelphia projetava. O que não é impossível, pois o Miami já mostrou ser capaz de competir contra as equipes mais fortes (tinha vantagem no confronto direto contra quase todos os concorrentes pelas vagas de wildcard).

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Terça, 3/out
16h - Texas Rangers x Tampa Bay Rays, jogo 1 (ESPN 3 e Star+) 
17h30 - Toronto Blue Jays x Minnesota Twins, jogo 1 (ESPN 2 e Star+)
20h - Arizona Diamondbacks x Milwaukee Brewers, jogo 1 (Star+)
21h - Miami Marlins x Philadelphia Phillies, jogo 1 (ESPN 2 e Star+)

Quarta, 4/out
16h - Texas Rangers x Tampa Bay Rays, jogo 2 (ESPN 4 e Star+)
17h30 - Toronto Blue Jays x Minnesota Twins, jogo 2 (ESPN 2 e Star+)
20h - Arizona Diamondbacks x Milwaukee Brewers, jogo 2 (ESPN 3 e Star+)
21h - Miami Marlins x Philadelphia Phillies, jogo 2 (ESPN 2 e Star+)

Quinta, 5/out*
16h - Texas Rangers x Tampa Bay Rays, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)
17h30 - Toronto Blue Jays x Minnesota Twins, jogo 3 (Star+)
20h - Arizona Diamondbacks x Milwaukee Brewers, jogo 3 (Star+)
21h - Miami Marlins x Philadelphia Phillies, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)

*ATENÇÃO: As partidas da quinta foram marcadas com os mesmos horários dos dois dias anteriores. Mas, se uma ou mais séries forem decididas na quarta, é muito grande a chance de as partidas da quinta terem seus horários alterados para acomodar melhor as necessidades do público e da TV americana

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração 

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Semana MLB: Guia da fase de wildcard (com grade de transmissões)

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Semana MLB: Como está a briga pelos playoffs a uma semana do final da temporada regular

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal
Troféu da World Series
Troféu da World Series Getty

A MLB é uma das ligas mais equilibradas do mundo, e um sinal disso é que, mesmo após mais de 150 jogos, vários times continuam embolados na briga por vaga nos playoffs a uma semana do final da temporada regular. Um cenário que está particularmente interessante neste ano, com algumas disputas acirradas envolvendo equipes separadas por poucas vitórias e diversos confrontos diretos ainda programados.

Sem enrolar muito, veja como estão as disputas pelas 12 vagas no mata-mata, que equipes estão na briga e o que cada uma delas tem pela frente na última semana da temporada regular. Lembrando que o confronto direto é o primeiro critério de desempate no caso de duas ou mais equipes terminarem juntas na classificação (para ver os demais, clique aqui).

LIGA AMERICANA

Divisão Leste

1º Baltimore Orioles (95 vitórias - 59 derrotas)
2º Tampa Bay Rays (94-61)

Confronto direto: Orioles 8 x 5 Rays

A margem dos Orioles não é grande na tabela, mas a chance de ser mantida na última semana é bem razoável. A tabela dos últimos dias é bem favorável ao Baltimore, que enfrenta apenas equipes já eliminadas, enquanto que os Rays têm duas séries (cinco jogos) duríssimas contra o Toronto Blue Jays, que ainda briga por cada centímetro na busca por uma vaga no wildcard.

Divisão Central

O Minnesota Twins (82-72) já levou

Divisão Oeste

1º Texas Rangers (85-68)
2º Houston Astros (85-69)
3º Seattle Mariners (84-69)

Confrontos diretos: Rangers 6 x 1 Mariners (faltam 6), Astros 9 x 4 Rangers, Mariners 8 x 2 Astros (faltam 3 confrontos)

Essa é a briga mais legal, até porque vale por três: o vencedor da disputa pela divisão garante a vaga nos playoffs, um lugar direto na série de divisão e ainda larga os outros dois na disputa maluca pelo wildcard. Para melhorar, ainda teremos nove confrontos diretos nos últimos dias da temporada regular, todos envolvendo o Seattle. Neste momento, os Astros estão em tendência de queda, com sequência de maus resultados que permitiram aos concorrentes entrarem na briga por uma divisão que já soava sob controle. No entanto, o Houston é o time mais experiente nos momentos decisivos, e pode recorrer a isso diante de dois rivais muito fortes e mais embalados.

Wildcard

1º Tampa Bay Rays (94-61)
2º Toronto Blue Jays (86-68)
- Texas Rangers (85-68)
3º Houston Astros (85-69)
4º Seattle Mariners (84-69)

Confrontos diretos: Blue Jays 4 x 3 Astros, Blue Jays 3 x 3 Mariners, Rangers 6 x 1 Blue Jays, Rangers 6 x 1 Mariners (faltam 6), Astros 9 x 4 Rangers, Mariners 8 x 2 Astros (faltam 3 confrontos)

Obs.: o New York Yankees (78-76) tem chances mínimas, mas dependeria de uma combinação extremamente improvável

Blue Jays e Rangers trazem rivalidade da década passada, quando teve jogo que virou até briga
Blue Jays e Rangers trazem rivalidade da década passada, quando teve jogo que virou até briga Richard W. Rodriguez/Getty Images

Os Rays já garantiram o primeiro wildcard no caso de não ganharem a Divisão Leste. A briga, na prática, envolve Blue Jays, Rangers, Astros e Mariners por duas vagas, sendo que o melhor dos três times do Oeste se classifica como campeão da divisão.

O Toronto parece bem na disputa. Afinal, ultrapassou os três concorrentes na última semana e não tem nenhum confronto direto. No entanto, seus jogos não são tranquilos, pois pega os Rays (que lutam pela divisão) e os Yankees (que estão jogando pelo orgulho de terminar acima de 50%), e tem desvantagem no confronto direto contra a maioria dos concorrentes. De qualquer maneira, como o trio do Oeste ainda fará nove confrontos diretos, um vai segurar o outro e é possível aos Gaios Azuis se classificarem se tiverem um desempenho mediano nos jogos que faltam.

Entre o pessoal do Oeste, vale o comentário do item acima.

LIGA NACIONAL

Divisão Leste

O Atlanta Braves (99-55) já levou

Divisão Central

1º Milwaukee Brewers (88-66)
2º Chicago Cubs (80-74)

Confronto direto: Brewers 5 x 5 Cubs (faltam 3)

Ainda há três confrontos entre as equipes, mas a chance dos Cubs é muito pequena. Teria de ganhar todos os jogos e os Brewers perderem apenas um. O Milwaukee já pode preparar a celebração do título da divisão.

Divisão Oeste

O Los Angeles Dodgers (94-59) já levou

Wildcard

1º Philadelphia Phillies (85-69)
2º Arizona Diamondbacks (81-73)
3º Chicago Cubs (80-74)
4º Miami Marlins (79-75)
5º Cincinnati Reds (79-76)
6º San Francisco Giants (77-77)
7º San Diego Padres (76-78)

Confrontos diretos: Phillies 4 x 3 Diamondbacks, Phillies 5 x 1 Cubs, Phillies 4 x 3 Reds, Phillies 5 x 2 Padres, Diamondbacks 6 x 1 Cubs, Diamondbacks 7 x 6 Giants, Diamondbacks 7 x 6 Padres, Cubs 4 x 3 Padres, Cubs 5 x 1 Giants, Marlins 7 x 6 Phillies, Marlins 4 x 2 Diamondbacks, Marlins 4 x 2 Cubs, Marlins 3 x 3 Reds, Marlins 3 x 3 Giants, Reds 4 x 3 Diamondbacks, Reds 7 x 6 Cubs, Reds 3 x 3 Padres, Giants 4 x 2 Phillies, Giants 4 x 3 Reds, Padres 4 x 2 Marlins

Obs.: o Pittsburgh Pirates (73-81) ainda tem chances mínimas, mas dependeria de uma combinação extremamente improvável

Phillie Phanatic pode se preparar para outubro, porque os Phillies estão bem perto da classificação
Phillie Phanatic pode se preparar para outubro, porque os Phillies estão bem perto da classificação Getty Images

Aqui é uma maçaroca total. Para simplificar, vamos ao que é mais realista e excluir os Phillies e Padres da discussão. O Philadelphia só perde a classificação no caso de uma hecatombe, deixando os demais na briga por duas vagas. Enquanto isso, o San Diego estava virtualmente eliminado até ter um renascimento nos últimos dez dias e se aproximar do pelotão, mas ainda depende de um milagre (ainda que isso pareça mais viável para os… padres).

Assim, a disputa fica mais entre Diamondbacks, Cubs, Marlins, Reds e Giants. O Arizona parece o mais consistente desse grupo. Venceu cinco dos últimos seis jogos e dez dos últimos 14. A tabela prevê partidas duras contra Yankees e Astros, e esse é o único complicador maior da equipe no momento.

O cenário para os Cubs é bem menos otimista. Apesar de a campanha ser quase a mesma dos Dbacks, a trajetória do Chicago na última semana é preocupante. Até o final da primeira quinzena de setembro, a classificação estava sob controle e o foco parecia ser a perseguição aos Brewers na Divisão Central. Até que perderam seis de sete confrontos diretos contra o Arizona, perderam uma série contra os Pirates e agora estão no sufoco. Ainda assim, o time teoricamente deveria jogar melhor e pode recuperar a confiança nesta última semana, até porque enfrentará Braves e Brewers já classificados e provavelmente poupando jogadores para os playoffs.

Os Marlins são os mais imprevisíveis desse pelotão. É uma equipe capaz de vencer séries contra Dodgers, Braves (de varrida) e Phillies (fora de casa), e perder duas de três em casa para o New York Mets. Tudo isso aconteceu neste mês de setembro. A tabela ajuda com duelos contra Mets e Pirates nos últimos seis dias de temporada, mas não pode perder terreno neste fim de semana, com uma série contra os Brewers (que ainda precisam oficializar o título da divisão). Outro fator positivo ao Miami são os confrontos diretos, com vantagem do time da Flórida contra todos os concorrentes que estão acima deles na classificação.

Os Reds têm uma grande vantagem sobre os rivais: a tabela é bastante generosa na reta final da temporada. São duelos contra Pirates, Cleveland Guardians e St. Louis Cardinals, é bem viável imaginar uma sequência de seis ou sete vitórias nesses oito jogos. O lado ruim: o Cincinnati já teve nove jogos seguidos contra Cardinals, Detroit Tigers e New York Mets entre 8 e 17 de setembro e quase não consegue 50% de aproveitamento (venceu cinco). Os Vermelhos têm se mantido no limite da disputa, mas tem parecido faltar fôlego para uma arrancada final.

Os Giants surgem como azarões. A tabela não ajuda, com seis jogos contra os Dodgers (que já estão classificados, mas é um dos grandes clássicos dos esportes americanos, nunca é um jogo tranquilo). Para piorar, a fase do San Francisco é ruim. O time chegou em setembro com uma campanha de 70-64, mas teve apenas sete vitórias (quatro delas contra o fraco Colorado Rockies) em 20 partidas neste mês. 

O Semana MLB é um post em forma de newsletter sobre os principais temas (e a programação de TV) da MLB. Toda sexta (vez ou outra atrasa para o sábado) uma nova edição

O NÚMERO DA SEMANA

1993
Foi a última temporada em que nem New York Yankees, Boston Red Sox e St. Louis Cardinals disputaram os playoffs. Neste ano, Red Sox e Cardinals já estão eliminados. Os Yankees têm chances mínimas, e elas podem acabar já neste fim de semana. Para se ter uma ideia de como é difícil esses quatro times irem tão mal ao mesmo tempo, isso só havia ocorrido quando apenas quatro equipes se classificavam para o mata-mata.

Obs.: em 1994 não houve disputa da pós-temporada. Mas, pela classificação do momento em que a temporada foi interrompida (11 de agosto, 70,3% do calendário já cumprido), os Yankees estavam se classificando

PERSONAGEM DA SEMANA

Ysmalia Graterol
A mãe do arremessador Brusdar Graterol foi uma atração. Primeiro, pelo vídeo que viralizou dela e o filho no aeroporto de Los Angeles, se encontrando pela primeira vez em sete anos (ela não conseguia visto para entrar nos EUA, e Brusdar eles haviam acertado que o jogador evitaria voltar à Venezuela por questão de segurança). Em seguida, a mamãe Graterol ainda conheceu sua nora e neta.


Na terça (dia 19), ela teve a oportunidade de ver pela primeira vez seu filho arremessar em uma partida da MLB, fazendo uma oitava entrada perfeita contra os Tigers. Ambos choraram, claro.


No dia seguinte, foi a vez de ela ir ao montinho, para fazer o arremesso cerimonial da partida. E mandou um belíssimo strike, mostrando que ainda tem a habilidade que a tornou jogadora de softbol na juventude.


VÍDEO DA SEMANA

Finalizar uma partida que vale classificação para os playoffs com um jogador de posição arremessando? Aconteceu nesta sexta. Os Brewers venciam os Marlins por 16 a 1, vantagem grande o suficiente para o técnico Craig Counsell colocar o primeira base Rowdy Tellez para arremessar a nona entrada. Mesmo mandando bolas abaixo de 60 milhas/hora, ele não cedeu corrida alguma e poderá dizer aos netos que conseguiu as três eliminações que classificaram seu time à pós-temporada.


QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobrepor que não jogar só 7 entradas, campo de liga infantil, melhores do passado e do presente e bola que o catcher não pega. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

O QUE VEM POR AÍ

Ah, impossível não ficar de olho nos confrontos diretos por vaga nos playoffs, sobretudo a corrida da Liga Americana Oeste (que também vale pelo wildcard). Os canais ESPN e o Star+ transmitem dois duelos entre Astros e Mariners e um entre Rangers e Mariners. Confira abaixo.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 22/set
21h - Seattle Mariners x Texas Rangers (Star+)

Sábado, 23/set
14h - Atlanta Braves x Washington Nationals (Star+)

Domingo, 24/set
20h - San Francisco Giants x Los Angeles Dodgers (Star+)

Segunda, 25/set
22h30 - Houston Astros x Seattle Mariners (ESPN 3 e Star+)

Terça, 26/set
20h - Chicago Cubs x Atlanta Braves (ESPN 2 e Star+)

Quarta, 27/set
22h30 - Houston Astros x Seattle Mariners (ESPN 2 e Star+)

Quinta, 28/set
22h30 - Texas Rangers x Seattle Mariners (Star+)

Sexta, 29/set
20h - Tampa Bay Rays x Toronto Blue Jays (ESPN 2 e Star+)

 

Sábado, 30/set
19h - @Chicago Cubs x Milwaukee Brewers(Star+)

Domingo, 1/out
16h - @Texas Rangers x Seattle Mariners(Star+)

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Como está a briga pelos playoffs a uma semana do final da temporada regular

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Dúvidas MLB 38: cadê os catchers canhotos, como funciona a rotação e o bullpen e o Green Monster ajuda ou atrapalha

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

O Dúvidas MLB é publicado toda terça (às vezes atrasa e fica para a quarta), respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é sobre regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Tem na Liga algum catcher canhoto? Porque sempre observo eles arremessando ou devolvendo a bola com a mão direita.
Ailton J Guastella, @ailtonjg

A pergunta é bastante interessante, e é a típica conversa de bar bastante comum entre amantes de beisebol nos EUA. Há vários catcher que rebatem do lado esquerdo, como Blake Sabol (San Francisco Giants), Bo Naylor (Cleveland Guardians) e Ben Rortvedt (New York Yankees), enquanto que Cal Raleigh (Seattle Mariners) e Adley Rutchman (Baltimore Orioles) são ambidestros no bastão. Mas, de fato, não há um catcher que lance com a mão esquerda desde Benny Distefano, pelo Pittsburgh Pirates em 1988. 

Não há um motivo oficial para isso, mas raramente se incentiva um lançador canhoto a seguir na posição de catcher. Primeiro, porque um receptor que lança a bola com a mão esquerda teria mais dificuldade com um rebatedor destro (a maioria) ali na sua frente. Potencialmente, o jogador no bastão atrapalharia uma tentativa de evitar um roubo da segunda ou terceira base. Além disso, um catcher que coloque a luva na mão esquerda (ou seja, use a direita para arremessar) fica com um ângulo melhor para receber um lançamento do campo externo e fazer uma eliminação de corredor no home plate.  

Isso não significa que um jovem canhoto que tenha aptidão para catcher não terá chance na MLB. Como catchers normalmente têm lançamento forte e boa visão estratégica do jogo, os canhotos são direcionados para o montinho. Como arremessador, a chance de eles prosperarem na carreira é maior.

O catcher brasileiro Yan Gomes, destro
O catcher brasileiro Yan Gomes, destro Getty

Como funciona o revezamento dos arremessadores durante o jogo e de um jogo para o outro?
Cesar Oliveira, @G_utinh

Arremessar uma bola de beisebol no nível da MLB é um esforço enorme para o braço. Um abridor faz de 80 a 100 arremessos em uma partida, e precisa de quatro dias para se recuperar. Como as grandes ligas fazem os times jogarem todos os dias, cada equipe tem cinco arremessadores titulares, e eles abrem as partidas em esquema de rodízio (é a rotação). Eventualmente, um time pode ter uma rotação de seis arremessadores (aí eles dão um dia a mais de descanso a cada um) ou de quatro (aí, em um dos dias os homens do bullpen – o banco de reservas de arremessadores – se revezam para cumprir as nove entradas).

Durante o jogo é questão de estratégia do técnico. Normalmente, o abridor é um arremessador que tem repertório e resistência suficiente para fazer mais de cinco entradas. Quando ele cansa ou começa a ter dificuldades, entra em ação o bullpen. Os reservas são selecionados de acordo com os rebatedores que irão ao bastão naquele momento, com o técnico escolhendo os braços que eles acreditam se encaixarem melhor para fazer as eliminações. Cada arremessador que sair do banco tem de fazer um mínimo de três duelos (não há máximo) antes de ser substituído de novo.

Normalmente, os arremessadores que fazem a oitava e a nona entrada são os melhores ou mais confiáveis do bullpen, pois podem finalizar a partida sem ceder uma corrida tardia. Há sempre um ou dois relievers capazes de fazer várias entradas, entrando nos dias em que o abridor tiver de sair muito mais cedo que o programado.

O Green Monster no Fenway Park, mais ajuda ou atrapalha quando a bola bate lá e volta pro jogo?
João Gabriel, @joaogabriel1925

Depende da trajetória que a bola vinha fazendo. Primeiro, é preciso visualizar o que é o Green Monster: é um paredão no campo esquerdo do Fenway Park, muito mais alto que um muro normal, mas localizado a uma distância bem menor do home plate. 

Fenway Park com a bandeira americana cobrindo o Green Monster
Fenway Park com a bandeira americana cobrindo o Green Monster Getty

Em rebatidas fortes que viajam com um arco pronunciado, o Monstro Verde atrapalha o arremessador. Nesses casos, a bola normalmente iria para o alto e cairia ainda dentro do campo em um estádio convencional, gerando uma eliminação por bola voadora. Com o muro ali, a bola bate no topo do paredão e volta, se tornando uma rebatida simples ou dupla. Em alguns casos, o contato que se transformaria em eliminação no campo externo pode até virar um home run no Fenway.

Em rebatidas fortes que viajam em uma trajetória mais reta até chegarem ao muro, o monstro ajuda o arremessador. Se fosse um estádio com medidas convencionais, a bola seguiria voando e viraria um home run. Com o muro ali, se transforma em uma rebatida simples ou dupla.

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Semana MLB: Direção dos Red Sox acha seu bode expiatório

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

Uma série de quatro jogos em casa contra o New York Yankees era a oportunidade para o Boston Red Sox embalar para buscar uma improvável vaga nos playoffs. O rival vinha mal, e o momento dos Meias Vermelhas permitia sonhar em uma varrida ou, pelo menos, três vitórias. Mas foram os nova-iorquinos que venceram três partidas, e as chances de pós-temporada para os bostonianos se tornaram apenas matemáticas.

Foi o suficiente para a diretoria virar a chave e já começar a se mexer. Na verdade, nem precisou terminar a série contra os Yankees para isso. Após perder os dois primeiros clássicos, os Red Sox anunciaram a demissão de Chaim Bloom, general manager da equipe. Uma medida que parecia jogar nas costas de Bloom a responsabilidade por mais uma campanha fraca da equipe. Nada mais injusto.

O arremessador Chris Sale é uma das raras figuras que ainda restam dos Red Sox pré-Chaim Bloom
O arremessador Chris Sale é uma das raras figuras que ainda restam dos Red Sox pré-Chaim Bloom Getty

É compreensível que o torcedor dos Red Sox fique irritado com as decisões tomadas pelo general manager. Ele é a figura pública da direção, acaba personalizando o sentimento negativo ou positivo que uma torcida tenha sobre as decisões que o clube toma. Mas Bloom teve de trabalhar com muitas limitações, e a imagem de seu trabalho acabou vinculada a isso. 

Os Red Sox contrataram Dave Dombrowski como general manager em 2015. Quando uma franquia contrata Dombrowski, o recado é claro: “a missão é ganhar o título a qualquer custo”. E é isso o que ele fez. Montou um time caro, cheio de estrelas e medalhões, e competitivo, mesmo raspando o caixa dos donos da franquia – que estavam conscientes disso e deram um orçamento generoso – e cedendo as principais promessas da base da equipe. Deu certo, e o Boston foi campeão em 2018.

Missão cumprida, hora de mudar a chave. Os Red Sox demitiram Dombrowski em 2019 e contrataram Bloom para reconstruir o time. O problema é que o novo gerente esportivo encontrou um cenário devastador, como é comum a quem sucede Dombrowski (Detroit Tigers que o diga). Com os donos mandando economizar na folha salarial e sem talento jovem e barato para promover da base, Bloom foi obrigado a tomar medidas muito impopulares, a começar pela negociação de Mookie Betts, principal ídolo da torcida, para o Los Angeles Dodgers.

O campo externo campeão de 2018, com Andrew Benintendi, Mookie Betts e Jackie Bradley Jr, já estava todo desfeito em 2021
O campo externo campeão de 2018, com Andrew Benintendi, Mookie Betts e Jackie Bradley Jr, já estava todo desfeito em 2021 Getty

Nessas quase quatro temporadas em que esteve no comando dos Red Sox, Bloom teve sempre de dosar a necessidade de manter o time minimamente competitivo no presente com a reconstrução da base para que o futuro fosse mais otimista. E sem liberação para oferecer salários polpudos para manter os craques que ficavam sem contrato, como JD Martínez e Xander Bogaerts.

Na temporada em que os Red Sox são sinal de evolução, com o ótimo desempenho de Masataka Yoshida (contratado do Japão) e as promoções de jovens como Triston Casas, Brayan Bello e Ceddanne Rafaela, Bloom é demitido. Roeu o osso, e deixou o filé para algum outro dirigente degustar. Como se os anos de desmanche do time fossem escolha dele, e não ordem dos donos da franquia.

O Semana MLB é um post em forma de newsletter sobre os principais temas (e a programação de TV) da MLB. Toda sexta (vez ou outra atrasa para o sábado) uma nova edição

O NÚMERO DA SEMANA

26 a 7
Placar somado nos quatro jogos em que o Texas Rangers varreu o Toronto Blue Jays no Canadá. A série mudou toda a tendência das duas equipes: os Blue Jays vinham em alta e os Rangers com sequência de derrotas. Após os jogos, e com placares contundentes, 

PERSONAGEM DA SEMANA

David Stearns
O general manager que ajudou a transformar o Milwaukee Brewers em uma força da Liga Nacional Central está com novo clube. Ele havia deixado os Cervejeiros ao final de 2022, e já se imaginava que acabaria acertando com outra franquia em algum momento. Essa nova casa é o New York Mets, que precisará muito do olhar mais apurado de Stearns (torcedor dos Mets de infância, diga-se) para desenvolver jogadores e construir elencos competitivos sem gastar tanto dinheiro. Pode ser uma nova era no Queens.

VÍDEO DA SEMANA

O Hanshin Tigers tem uma das mais fanáticas – talvez a mais fanática – torcidas do beisebol japonês. E uma torcida que criou uma curiosa tradição: se atirar no rio Dotonburi para celebrar as (raras) conquistas do clube. Nesta quinta, a equipe da Grande Osaka conquistou a Liga Central na temporada regular. Isso apenas garante uma vaga na final dos playoffs da Liga Central, mas os torcedores não se importaram. Ignorando os 1.300 policiais destacados para impedir que as pessoas se jogassem no nas águas poluídas do canal, vários se atiraram no sem medo. Para entender melhor a história, veja esse fio que fiz no Twitter.


O QUE VEM POR AÍ

A briga pelas duas últimas vagas do wildcard da Liga Americana está apertadíssima. Seattle Mariners, Blue Jays e Rangers disputam jogo a jogo, sendo que o Houston Astros – tecnicamente fora da disputa por liderar a Divisão Oeste – não pode bobear demais, pois pode perfeitamente ser ultrapassado por Mariners ou Rangers. Nesse cenário, a semana traz vários confrontos importantíssimos nessa disputa, como os Astros recebendo o Baltimore Orioles (melhor campanha da Liga Americana), os Blue Jays enfrentando os Yankees (que ainda têm chances mínimas) e o confronto direto entre Texas e Seattle. Os canais ESPN e o Star+ transmitem partidas dessas três séries. Imperdível.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 15/set
20h - Boston Red Sox x Toronto Blue Jays (ESPN 2 e Star+)

Sábado, 16/set
19h30 - New York Yankees x Pittsburgh Pirates (Star+)

Domingo, 17/set
20h - Chicago Cubs x Arizona Diamondbacks (ESPN 4 e Star+)

Segunda, 18/set
22h30 - Seattle Mariners x Oakland Athletics (ESPN 3 e Star+)

Terça, 19/set
21h - Baltimore Orioles x Houston Astros (ESPN 2 e Star+)

Quarta, 20/set
20h - Toronto Blue Jays x New York Yankees (ESPN 2 e Star+)

Quinta, 21/set
23h - San Francisco Giants x Los Angeles Dodgers (Star+)

Sexta, 22/set
21h - Seattle Mariners x Texas Rangers (Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 15/set
23h - LMB (Final): Pericos de Puebla x Algodoneros de Unión Laguna, jogo 6 

Sábado, 16/set
22h - LMB (Final): Pericos de Puebla x Algodoneros de Unión Laguna, jogo 7

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Direção dos Red Sox acha seu bode expiatório

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Semana MLB: Yankees e Red Sox se enfrentam em último suspiro na luta pelos playoffs

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

O Semana MLB é um post em forma de newsletter sobre os principais temas (e a programação de TV) da MLB. Toda sexta (vez ou outra atrasa para o sábado) uma nova edição. Como o blogueiro destá de folga neste feriadão, a edição desta semana tem apenas a programação de TV

Yankees e Red Sox antes de clássico em Londres
Yankees e Red Sox antes de clássico em Londres Getty Images

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 8/set
20h - Baltimore Orioles x Boston Red Sox (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 9/set
21h - San Diego Padres x Houston Astros (Star+)

Domingo, 10/set
21h - Colorado Rockies x San Francisco Giants (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 11/set
20h - New York Yankees x Boston Red Sox (ESPN 4 e Star+)

Terça, 12/set
19h30 - Atlanta Braves x Philadelphia Phillies (ESPN 4 e Star+)

Quarta, 13/set
23h - San Diego Padres x Los Angeles Dodgers (ESPN 2 e Star+)

Quinta, 14/set
20h - New York Yankees x Boston Red Sox (ESPN 4 e Star+)

Sexta, 15/set
20h - Boston Red Sox x Toronto Blue Jays (ESPN 2 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 8/set
22h30 - LMB (Final): Pericos de Puebla x Algodoneros de Unión Laguna, jogo 1

Sábado, 9/set
22h - LMB (Final): Pericos de Puebla x Algodoneros de Unión Laguna, jogo 2

Segunda, 11/set
22h - LMB (Final): Algodoneros de Unión Laguna x Pericos de Puebla, jogo 3

Terça, 12/set
22h - LMB (Final): Algodoneros de Unión Laguna x Pericos de Puebla, jogo 4

Quarta, 13/set
22h - LMB (Final): Algodoneros de Unión Laguna x Pericos de Puebla, jogo 5

Sexta, 15/set
23h - LMB (Final): Pericos de Puebla x Algodoneros de Unión Laguna, jogo 6 

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Dúvidas MLB 37: sinais catcher-arremessador, o que não é revisável no replay, jogadas mais raras no beisebol e origem do rebatedor designado

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

O Dúvidas MLB é publicado toda terça (às vezes atrasa e fica para a quarta), respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é sobre regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

O catcher quando passa os sinais de qual arremesso para o pitcher, ele que decide ou alguém passa para ele antes?
Felipe Jacques Pereira, @PredadorFelipe2

Em geral, a decisão final é sempre do arremessador. O catcher sugere o arremesso de acordo com o que ele estudou do colega que está no montinho e das tendências do rebatedor que está no bastão. Mas o arremessador pode rejeitar a sugestão, e o catcher vai oferecendo outras opções até uma agradar o arremessador. 

Arremessador dos Dodgers vê sinais de seu catcher
Arremessador dos Dodgers vê sinais de seu catcher ESPN

Mas isso é a teoria. Na prática, muitos catchers são experientes e conhecem tanto do jogo que os arremessadores tendem a aceitar a sugestão de primeira, só rejeitando quando for pedido algum arremesso com o qual ele não se sente tão confiante. Além disso, é possível que o treinador de arremessadores passe algum sinal do banco com uma orientação a partir de algo que a comissão técnica identificou.

De qualquer modo, é importante salientar que os sinais e a sugestão são coisas do momento do arremesso, mas dentro de uma estratégia de jogo que já foi definida e conversada antes da partida (aí envolvendo catcher, arremessadores e comissão técnica). Então, as sugestões costumam acontecer dentro de um caminho pré-definido.

O que não é revisável pelo replay center em Nova York?
Rafael C. Gonçalves, @rafaelcg11

A marcação mais importante que não pode ser revisada é de bolas e strikes, o que gera toda a polêmica em torno da adoção de sistema eletrônico para analisar os arremessos. Mas a marcação de bolas ou strikes não envolve apenas cantar onde passou o arremesso, acaba tornando não-revisável a marcação de foul tip (quando o arremesso dá uma raspada de leve no bastão) e check swing (quando o rebatedor começa a girar o bastão e segura no meio do caminho). Também não é revisável foul ball dentro do campo interno (se a bola passou por dentro ou fora da primeira ou da terceira base), se uma bola foi defendida ou chegou a quicar rapidamente no chão antes da defesa (se for no campo interno), interferência do corredor e obstrução

Inside-the-park home run e queimada tripla são as jogadas mais raras do jogo? E qual das duas é mais rara?
Pedro Lima Prado, @PetrosPratum

Primeiro, vamos responder à segunda pergunta. Até o momento da publicação deste texto, foram registrados 975 inside-the-park home runs e 735 queimadas triplas (a mais recente está no vídeo abaixo). Ou seja, dessas duas jogadas, a triple play é mais rara.

Mas há outras jogadas muito mais raras que essas: rebater para o ciclo (344), entrada de três arremessos (200 ocorrências na história da MLB), entrada imaculada (114), rebater quatro home runs em um jogo (18) e queimada tripla sem assistência (15). 


De onde surgiu a ideia do rebatedor designado?
Alan Bezerra, Taboão da Serra-SP

A ideia em si é bem antiga, vem desde quando começaram a perceber que os arremessador rebatiam mal. Ou seja, desde o final do século 19. Mas a primeira vez que se falou mais seriamente em incluir um rebatedor especialista para substituir o arremessador no bastão veio em 1906, em uma sugestão de Connie Mack, dono e técnico do Philadelphia Athletics (atual Oakland) por muitas décadas. John Heydler, presidente da Liga Nacional, tentou adoção da regra em 1929. Mas a ideia foi perdendo força e ficou esquecida até o final da década de 1960, quando os arremessadores se tornaram tão dominantes que a MLB passou a ter jogos de pouquíssimas corridas. Por isso, foram mudadas algumas regras na época, e o rebatedor designado foi aprovado pela Liga Americana em 1973.

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Semana MLB: A MLB precisa acordar para o beisebol feminino (ou para o softbol)

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


A Copa do Mundo de futebol feminino foi disputada em julho e agosto, e (felizmente) foi bastante lembrado como a modalidade foi proibida no Brasil por décadas. O futebol, porém, não foi a único esporte proibido para mulheres na lei do governo Vargas. Veja o texto da lei que proibiu o futebol:

“Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com sua natureza, devendo, para este efeito, o Conselho Nacional de Desportos baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país. (...) 

Não é permitida a prática de lutas de qualquer natureza, do futebol, futebol de salão, futebol de praia, polo aquático, polo, rugby, halterofilismo e baseball”

Sim, o beisebol também foi criminalizado para as mulheres no Brasil. Em outros países não foi proibido por lei, mas também foi visto como pesado demais para elas, que deveriam se restringir ao softbol. E assim criou-se a ideia equivocada que softbol é a versão feminina do beisebol (a propósito, existe softbol masculino).

Um preconceito que existe até hoje, mesmo nos Estados Unidos. E que vai se tornando um ponto vulnerável na maneira como o beisebol de alto nível se promove na sociedade norte-americana.

Monica Abbot, uma das maiores jogadores da história do softbol feminino
Monica Abbot, uma das maiores jogadores da história do softbol feminino Getty

Nesta semana, foram anunciados os times que formarão a Professional Women’s Hockey League, liga de hóquei no gelo profissional que terá seus primeiros jogos em janeiro do ano que vem. A PWHL terá forte apoio da NHL, que fará ações de marketing e até jogos em conjunto para promover a liga feminina. Uma atitude até mais agressiva que a NBA quando ajudou a estabelecer a WNBA, hoje uma realidade.

Enquanto isso, a MLB faz pouco para ajudar a crescer o beisebol feminino ou mesmo a consolidar alguma liga de sofbol feminino profissional. A NPF (National Pro Fastpitch) fechou as portas em 2021 e neste ano tivemos a primeira temporada da WPF (Women’s Professional Fastpitch). Muito pouco considerando o potencial das modalidades.

O softbol é bastante consolidado entre mulheres no nível colegial (ensino médio) e universitário. Inclusive, a Women’s College World Series tem transmissão em rede nacional e ótimos índices de audiência. O beisebol não tem o mesmo espaço. No ensino fundamental, muitas garotas jogam beisebol ao lado dos meninos, mas a maioria é obrigada a migrar ao softbol pela falta de competições de beisebol feminino a partir do ensino médio.

A criação de uma liga profissional de beisebol feminino com apoio da MLB poderia mudar esse cenário. Incentivaria garotas a seguirem no beisebol quando chegam à adolescência, além de ajudar a consolidar a popularidade do esporte no público feminino. 

Há interesse para isso. Enquanto as mulheres jogavam na Copa do Mundo de futebol na Austrália e na Nova Zelândia, mulheres jogavam beisebol nos Estados Unidos pela primeira fase do Mundial da modalidade. Sim, ele existe, e está em sua nona edição (o Japão foi campeão nas seis últimas, os EUA nas duas primeiras). Há jogadoras interessadas em praticar profissionalmente a modalidade, basta terem oportunidade. O custo de manter o campeonato não seria alto para os padrões da MLB, ainda mais pensando que seria uma liga inicialmente pequena, com algo como seis ou oito franquias. E não seria difícil encontrar estádios de ligas menores que estão subutilizados e poderiam receber os jogos.

Caso a MLB prefira um caminho mais seguro, poderia simplesmente abraçar a WPF e apostar com mais peso no softbol feminino, como uma liga irmã. Já ajudaria a dar seguimento a uma modalidade que já tem popularidade no nível escolar e universitário.

O importante é o beisebol perceber que investir em uma liga feminina é importante. Há uma demanda reprimida, e o retorno é bem palpável. O basquete percebeu isso há muito tempo. O hóquei no gelo descobriu agora.

O Semana MLB é um post em forma de newsletter sobre os principais temas (e a programação de TV) da MLB. Toda sexta (vez ou outra atrasa para o sábado) uma nova edição

O NÚMERO DA SEMANA

30-60
Ronald Acuña Jr se tornou, na última quinta (dia 31), o primeiro jogador da história da MLB a ter 30 home runs e 60 bases roubadas na mesma temporada. E fez isso em grande estilo: rebatendo um grand slam na vitória de seu Atlanta Braves sobre o Los Angeles Dodgers, no encontro dos dois melhores times da liga no momento. Curiosamente, nem foi a coisa mais improtante que o venezuelano fez naquele dia. Mais cedo, ele havia se casado.


PERSONAGEM DA SEMANA

Jasson Domínguez
O dominicano nem tinha estreado profissionalmente nas ligas menores e já era conhecido no meio do beisebol. Seu talento era tão fora da curva que ele recebeu o apelido de Marciano. Acabou contratado pelo New York Yankees e rapidamente ascendeu dentro da base da franquia. No começo de agosto, chegou ao Scranton-Wilkes Barre Railriders, time de triple-A (equivalente à equipe B) dos Yankees, e teve 44,4% de aproveitamento no bastão. O desempenho foi tão assustador que a franquia decidiu rapidamente promover o dominicano ao time principal. E, em sua estreia pela MLB, nesta sexta (dia 1º), rebateu um home run em cima de Justin Verlander na sua primeira ida ao bastão na carreira.

VÍDEO DA SEMANA

Alex Cobb, do San Francisco Giants, tinha conseguido 26 eliminações sem ceder nenhuma rebatida. Faltava apenas uma eliminação para conseguir um no-hitter. Mas Spencer Steer, do Cincinnati Reds, acabou com a alegria a dois strikes da façanha histórica.


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O QUE VEM POR AÍ

A melhor briga da MLB neste começo de setembro é a da Liga Americana Oeste. Seattle Mariners, Texas Rangers e Houston Astros disputam jogo a jogo a primeira posição da divisão (e das das vagas de wildcard da liga). Nesta semana, Astros e Rangers fazem uma série decisiva em Dallas. A ESPN transmite o segundo dos três jogos, na próxima terça (dia 5). E será um belo duelo no montinho, com Dane Dunning enfrentando Framber Valdez.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 1/set
21h - New York Yankees x Houston Astros (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 2/set
19h30 - Chicago Cubs x Cincinnati Reds (Star+)

Domingo, 3/set
20h - New York Yankees x Houston Astros (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 4/set
19h30 - Philadelphia Phillies x San Diego Padres (ESPN 4 e Star+)

Terça, 5/set
21h - Houston Astros x Texas Rangers (ESPN 4 e Star+)

Quarta, 6/set
22h30 - Baltimore Orioles x Los Angeles Angels (ESPN 4 e Star+)

Quinta, 7/set
19h30 - Seattle Mariners x Tampa Bay Rays (Star+)

Sexta, 8/set
20h - Baltimore Orioles x Boston Red Sox (ESPN 3 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sábado, 2/set
15h - LMB (playoffs): Leones de Yucatán x Pericos de Puebla, jogo 3
19h - LMB (playoffs): Leones de Yucatán x Pericos de Puebla, jogo 4

Domingo, 3/set
19h - LMB (playoffs): Leones de Yucatán x Pericos de Puebla, jogo 5

Terça, 5/set
22h30 - LMB (playoffs): Pericos de Puebla x Leones de Yucatán, jogo 6

Quarta, 6/set
22h30 - LMB (playoffs): Pericos de Puebla x Leones de Yucatán, jogo 7

Sexta, 8/set
22h30 - LMB (Final): Jogo a definir, jogo 1

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: A MLB precisa acordar para o beisebol feminino (ou para o softbol)

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Semana MLB: Como nova lesão afeta o Ohtani-arremessador

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


O braço de Shohei Ohtani já vinha dando sinais. Na semana passada, ele pulou um jogo de sua passagem na rotação devido a uma fadiga no braço direito. O japonês voltou na última quarta, em uma partida contra o Chicago Cubs. Na segunda entrada, os problemas se manifestaram. A velocidade dos arremessos estava cerca de 4 milhas/hora a menos que sua média, um sinal preocupante. Ele deixou o campo e foi para os exames. O resultado não podia ser muito pior: ruptura do ligamento colateral ulnar. Uma lesão que normalmente é tratada com a operação Tommy John.

A cirurgia já foi vista como um tabu, como um sinal de que a vida útil do arremessador estaria perto do fim. Não é mais assim. Vários arremessadores fizeram a operação nas últimas décadas, retornaram aos campos e tiveram muitas temporadas no mais alto nível. Ainda assim, dá um pequeno arrepio ler o nome de “Tommy John” em uma notícia de lesão. Porque, mesmo que o jogador volte bem, sua recuperação levará pelo menos um ano. E no caso do ás dos Angels pode ser pior, por se tratar de uma possível segunda intervenção no mesmo cotovelo.

Shohei Ohtani no All-Star Game de 2021
Shohei Ohtani no All-Star Game de 2021 Getty Images

Ainda não se sabe se Ohtani fará a cirurgia. A gravidade da lesão ainda não foi avaliada totalmente e há uma chance de o japonês tentar um tratamento conservador. Uma eventual segunda Tommy John pode ser complicada por depender do que ficou da primeira, e a taxa de recuperação total é menor – ainda que há bons exemplos de arremessadores em alto nível que a fizeram duas vezes, como Nathan Eovaldi, Daniel Hudson e Pete Fairbainks.

O que já se pode projetar é que Ohtani dificilmente arremessará em 2024. Como ele também rebate, provavelmente seguirá jogando como rebatedor designado, como fez em 2019 (após sua primeira TJ). Mas o quanto ele poderá arremessar depois disso, mesmo recuperado?

A primeira questão é médica, se ele terá recuperação total. Mas o temor é técnico. Ohtani assinará um novo contrato a partir do ano que vem, e é possível que seu novo time – ou os Angels, se ele decidir ficar – pode considerar que seu lado arremessador está com dias contados. Mesmo que ele imponha garantias de que poderá subir ao montinho, talvez o faça com mais restrições do que atualmente.

Se esse cenário entrar no meio das discussões com clubes interessados, pode custar alguns milhões de dólares a Ohtani, ou fazer que ele escolha uma proposta a outra com base em qual lhe dará mais liberdade como arremessador.

O Semana MLB é um post em forma de newsletter sobre os principais temas (e a programação de TV) da MLB. Toda sexta (vez ou outra atrasa para o sábado) uma nova edição

O NÚMERO DA SEMANA

0,31
Quantidade de violações de relógio por jogo em agosto. Para se ter uma ideia, em março e abril, primeiro meses de temporada regular, o número foi de 0,74. 

PERSONAGEM DA SEMANA

Stephen Strasburg
De acordo com o Washington Post, em informação confirmada por outros veículos depois, Stephen Strasburg anunciará sua aposentadoria em 9 de setembro. Um fim prematuro para um arremessador de 35 anos e contrato até 2026, com um talento que o transformou em uma rara figura nacional ainda no beisebol universitário. Strasburg foi uma figura fundamental no título da World Series de 2019, conquistando o prêmio de MVP da decisão. No entanto, arremessou apenas oito jogos desde então: dois em 2020, cinco em 21 e um em 22. Tudo devido a recorrentes lesões. Ele não encerra a carreira como um potencial Hall da Fama como seu talento permitiria, mas será lembrado como um dos maiores da história dos Nationals. E, sem que muitos percebam, um dos maiores da história dos playoffs, com 1,46 de ERA em 55,1 entradas. 

Stephen Strasburg
Stephen Strasburg Getty

VÍDEO DA SEMANA
Mookie Betts é ovacionado pela torcida do Boston Red Sox em seu primeiro jogo no Fenway Park desde a saída para o Los Angeles Dodgers


QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobrepor que não jogar só 7 entradas, campo de liga infantil, melhores do passado e do presente e bola que o catcher não pega. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

O QUE VEM POR AÍ
Para quem gosta de um duelo de arremessadores, a partida entre Arizona Diamondbacks e Los Angeles Dodgers na próxima terça (dia 29) promete. Salvo alguma mudança, os Dbacks terão Merrill Kelly no montinho. O abridor está em grande fase, com ERA de apenas 2,08 no mês de agosto (período que inclui uma partida contra os Dodgers, sem ceder corrida em seis entradas). Do outro lado, os californianos devem contar com Clayton Kershaw, candidato a Cy Young da Liga Nacional nesta temporada e que não cede mais de duas corridas no mesmo jogo desde maio. A partida terá transmissão na ESPN 3 e no Star+.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 25/ago
20h - Cleveland Guardians x Toronto Blue Jays (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 26/ago
21h - Cincinnati Reds x Arizona Diamondbacks (Star+)

Domingo, 27/ago
20h - Atlanta Braves x San Francisco Giants (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 28/ago
20h - Texas Rangers x New York Mets (ESPN 4 e Star+)

Terça, 29/ago
23h - Arizona Diamondbacks x Los Angeles Dodgers (ESPN 3 e Star+)

Quarta, 30/ago
23h - Arizona Diamondbacks x Los Angeles Dodgers (ESPN 3 e Star+)

Quinta, 31/ago
22h30 - San Francisco Giants x San Diego Padres (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 1/set
21h - New York Yankees x Houston Astros (ESPN 3 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 25/ago
20h30 - Little League (beisebol): Home Run Derby
23h - LMB (playoffs): Algodoneros de Unión Laguna x Toros de Tijuana, jogo 4

Sábado, 26/ago
13h30 - Little League (beisebol): Little League World Series
16h30 - Little League (beisebol): Little League World Series
22h - LMB (playoffs): Algodoneros de Unión Laguna x Toros de Tijuana, jogo 5

Domingo, 27/ago
12h - Little League (beisebol): Little League World Series, disputa do 3º lugar
16h - Little League (beisebol): Little League World Series, final

Segunda, 28/ago
23h30 - LMB (playoffs): Toros de Tijuana x Algodoneros de Unión Laguna, jogo 6

Terça, 29/ago
23h30 - LMB (playoffs): Toros de Tijuana x Algodoneros de Unión Laguna, jogo 7

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Como nova lesão afeta o Ohtani-arremessador

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Dúvidas MLB 36: por que não jogar só 7 entradas, campo de liga infantil, melhores do passado e do presente e bola que o catcher não pega

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


O Dúvidas MLB é publicado toda terça (às vezes atrasa e fica para a quarta), respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é sobre regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Por que a MLB preferiu incluir o pitch clock ao invés de diminuir o número de entradas?
Vinicius Ramon Moura, @ViniciusRa37296

É uma diferença de conceitos: a MLB queria que os jogos se desenrolassem mais rápido ou que fossem mais curtos? Ainda que fosse possível reduzir as duas situações a “quer que o jogo demore menos tempo”, o objetivo da liga – e de todos os torcedores – não era encurtar o jogo. Para isso, bastaria realmente diminuir o número de entradas. 

No entanto, o beisebol não vinha levando 3 horas porque é o tempo natural de uma partida. Há algumas décadas, um jogo demorava 2h30. A diferença é que, nos últimos 20 anos, os times perceberam os benefícios de enrolarem mais, demorarem mais entre cada arremesso. E foram explorando essa possibilidade. O pico foi em 2021, com 3h11 de média por partida.

Justin Verlander decidindo um arremesso
Justin Verlander decidindo um arremesso LG Patterson/MLB Photos via Getty Images

E esse era o problema do beisebol. A duração dos jogos era só um retrato final, mas o público americano em si não vê problema em uma partida de 3 horas (os jogos da NFL duraram 3h12 na temporada passada, mais que o recorde da MLB). A questão é que eram mais de 3 horas com muito tempo morto, em que pouca coisa acontecia, e não 3 horas repletas de ação de um duelo que se prolongou porque está muito acirrado.

Se a MLB cortasse as duas últimas entradas, a duração da partida cairia para algo em torno de 2h30. Mas adiantaria? Seriam 2h30 de um jogo cheio de tempo morto do mesmo jeito. Além disso, acarretaria diversos problemas, pois muitos rebatedores iriam menos vezes ao bastão, o uso de bullpen seria muito mais confortável (ou seja, potencial para menos corridas) e ainda criaria desigualdade histórica para as estatísticas.

Nunca foi cogitada seriamente a ideia de reduzir o jogo para sete entradas. Todos os esforços nos últimos anos buscavam reduzir o tempo morto da partida, fazer que um jogo de beisebol tivesse a mesma coisa que sempre teve, mas adensado em menos tempo. Por isso a preferência pelo relógio de arremessos.

Qual a diferença de tamanho de um campo de Little League World Series e um profissional?
João Pedro, @jpdaldin

A distância entre as bases é de 18,3 metros, a marca do arremessador no montinho fica a 14 metros do home plate e a cerca do campo externo está a 60,96 metros. Para se ter uma ideia, no beisebol profissional as bases estão a 27,4 metros umas da outras e o arremessador fica a 18,44 metros do home plate. As dimensões do campo externo não são fixas, mas, na MLB, precisam ter no mínimo 121,9 metros no campo central e 99 metros nos campos direito e esquerdo..

Qual o melhor lançador e melhor rebatedor da história de beisebol na sua opinião? E quais em 2023?
Jane Machado, @JaneMac33001689

É uma questão muito subjetiva. Entre rebatedores, Babe Ruth é normalmente visto como o maior da história, ainda que muitos defendam Willie Mays como o mais completo de todos os tempos e Barry Bonds como o melhor rebatedor puro (doping à parte). No caso de arremessadores, não chega a existir um nome que se destaque como uma quase unanimidade. A lista de principais nomes costuma incluir – sem nenhuma ordem – Cy Young, Sandy Koufax, Nolan Ryan, Walter Johnson, Greg Maddux, Randy Johnson, Christy Mathewson, Pedro Martínez, Bob Gibson, Clayton Kershaw, Roger Clemens e Tom Seaver. 

Por uma questão de gosto pessoal e dentro do que pude ver em vídeos do passado, ficaria com Mays e Maddux.

Babe Ruth jogou entre 1914 e 35
Babe Ruth jogou entre 1914 e 35 Getty Images

Entre os jogadores na ativa, Aaron Judge, Mike Trout, Shohei Ohtani, Bryce Harper, Freddie Freeman, Mookie Betts, Juan Soto e Yordan Álvarez devem estar em uma lista de melhores rebatedores, com alguns outros nomes também podendo entrar de acordo com a preferência pessoal de cada um. Entre arremessadores, Kershaw, Jacob deGrom, Gerrit Cole, Max Scherzer, Justin Verlander, Max Fried, Corbin Burnes, Ohtani, Zack Wheeler, Spencer Strider, Kevin Gausman e Shane McClanahan estão entre os melhores no momento, podendo mais um ou outro entrar na lista.

Por uma questão de preferência pessoal, escolheria Judge e Verlander.

Quando o rebatedor chega à primeira base porque o catcher deixa a bola de strike 3 passar, uma eventual corrida desse corredor vai para a conta do arremessador?
Marcela Bittar A. Lima, @Bittarmarcela9

Depende. Quando o catcher não pega um arremesso, pode ser marcado wild pitch (arremesso selvagem, indomável) ou passed ball (bola que passou). No primeiro caso, o anotador oficial da partida considerou o arremesso difícil de defender (normalmente quando bate na terra ou vai muito alto) e a responsabilidade é do arremessador. No segundo, era uma bola que um catcher deveria defender sem tanta dificuldade, e aí a “culpa” é do receptor.

Se o rebatedor chegou em base porque o catcher deixou passar uma bola defensável, uma eventual corrida não vai para a conta do arremessador.

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Dúvidas MLB 36: por que não jogar só 7 entradas, campo de liga infantil, melhores do passado e do presente e bola que o catcher não pega

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Semana MLB: Yankees precisam fazer uma limpa geral?

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


Qual foi a última vez que o New York Yankees terminou uma temporada com mais derrotas do que vitórias? Nenhum leitor será julgado se não souber ou não lembrar. O maior campeão da MLB não tem campanha negativa desde 1992, quando teve 76 vitórias e 86 derrotas. Nenhuma franquia das principais ligas da América do Norte tem uma sequência positiva tão grande. Mas, neste momento, ela está caindo. Após a derrota para o rival Boston Red Sox nesta sexta, os Yankees caíram para 60 vitórias e 61 derrotas.

Se essa tendência seguir e os nova-iorquinos terminarem o ano com campanha negativa, isso não deve ser visto apenas como uma curiosidade estatística. Pode ser um marco, um símbolo de que o projeto atual da franquia está perdendo a capacidade de construir uma equipe realmente vencedora. E de que seria momento de mudar muita coisa.

[]

Brian Cashman assumiu o posto de general manager (diretor esportivo) dos Yankees em 1998. Ele já recebeu uma base forte, que havia conquistado o título em 1996. Mas é inegável que ele se mostrou hábil para dar continuidade ao trabalho, levando o time ao tricampeonato entre 1998 e 2000, e aos vices em 2001 e 03. Depois, conseguiu renovar boa parte do grupo para reconstruir um time campeão em 2009. Desde então, a família Steinbrenner foi segurando um pouco a verba para contratações, mas Cashman sempre deu um jeito de montar uma equipe que brigasse pelos playoffs (desde 2010, só ficou fora do mata-mata em 13, 14 e 16). 

O problema é que, aos poucos, a receita parece repetitiva e desgastada. Ao contrário do que ocorria constantemente entre 1996 e 2009, quando vários jogadores cresciam quando vestiam a camisa branca com listras azuis finas, parece que o efeito é o contrário. A equipe nunca é fraca, mas parece sempre que seus jogadores não vão entregar o suficiente quando a temporada afunilar. Mesmo no ano passado, quando chegou à final da Liga Americana, era evidente que não havia condições de competir com o Houston Astros. Os nova-iorquinos acabaram varridos. 

Isso pode ser erro do departamento de avaliação de atletas, pode ser problemas no comando do dia a dia do time, que não cria uma cultura vencedora dentro do elenco.  

Na atual temporada, os Yankees não têm nenhum rebatedor com mais de 30% de aproveitamento. Giancarlo Stanton, que já foi MVP da Liga Nacional, está com 20,2% no bastão. DJ LeMahieu, que teve 32% entre 2016 e 20, está com 24,5%. Quando precisa de força, os Bombers também não respondem: só Judge tem mais de 20 home runs (Shohei Ohtani e Matt Olson, líderes da MLB, estão com 43).

Giancarlo Stanton tem US$ 143 milhões para receber nos cinco anos que ainda restam de contrato
Giancarlo Stanton tem US$ 143 milhões para receber nos cinco anos que ainda restam de contrato Alex Trautwig/MLB Photos via Getty Image

No montinho, a coisa não vai melhor. Gerrit Cole é o principal candidato a Cy Young da Liga Americana, mas todos os demais membros da rotação têm ERA acima de 4,5. Luis Severino, talento formado em casa e grande promessa há uns anos, está com assustadores 7,98. A situação só não é mais delicada porque o bullpen segura as pontas, é o melhor da MLB.

No beisebol, é comum uma equipe muito forte no papel acabar fracassando em um ano porque muitas coisas deram errado. O New York Mets e o San Diego Padres são exemplos até mais explícitos disso neste ano. No entanto, a queda dos Yankees chama mais a atenção por ser uma franquia tradicionalmente mais estável e que costuma elevar o nível de atuação dos jogadores, não o contrário.

Neste momento, há um abismo enorme na qualidade do elenco e no nível de jogo dos Yankees em relação a várias outras equipes da MLB, como Atlanta Braves, Los Angeles Dodgers, Houston Astros, Texas Rangers e Baltimore Orioles. Mesmo o Toronto Blue Jays e o Philadelphia Phillies, que oscilam, parecem mais preparados para vencer que os nova-iorquinos.

A torcida já percebeu isso, mas os Yankees não são muito afeitos a mudanças de rumo drásticas. Cashman, que tem sua posição contestada pela imprensa, tem contrato até o final de 26. Boone tem vínculo até o final de 24. Por isso, trocas radicais no comando só viriam com um fracasso visto como inaceitável. Ficar com uma campanha negativa poderia ter esse efeito.

O NÚMERO DA SEMANA

6
Uma forma de celebrar arremessadores ou rebatedores que tiveram uma temporada espetacular é a Tríplice Coroa. Liderar sua liga em três estatísticas que, em teoria, mostram que o jogador foi completo na sua função. Para o pessoal do montinho: vitórias, ERA e strikeouts. Para a turma do bastão: aproveitamento, corridas impulsionadas e home runs. Apenas 40 vezes isso aconteceu na MLB, 13 entre arremessadores e 27 entre rebatedores. Só estar entre os líderes dessas categorias já é algo notável, mesmo que não lidere. Pois Shohei Ohtani está no top 6 da Liga Americana em todas as estatísticas da Tríplice Coroa de rebatedores e de arremessadores. Histórico.

PERSONAGEM DA SEMANA

Nolan Schanuel
Um dos motivos para o draft da MLB não chamar tanto a atenção quanto o da NBA e o da NFL é o fato de, no beisebol, o jogador recrutado demorar para chegar ao time principal. Torcedores de basquete e futebol americano rapidamente vibram com uma boa escolha de sua franquia porque já imaginam o reforço estreando na temporada seguinte. Pois os Angels atropelaram todo mundo nesta semana. O primeira base Nolan Schanuel foi chamado para o time principal apenas um mês e meio após ser draftado. Schanuel assinou seu contrato logo após ser recrutado, e acabou colocado no time Double-A (equipe C) dos Anjos em poucas semanas. Foi tão bem logo de cara (37% de aproveitamento em 21 jogos) que foi chamado para as grandes ligas.

VÍDEO DA SEMANA

Nona entrada, nenhum eliminado, corredores na primeira e na terceira bases. Situação bastante delicada para os Angels contra o Tampa Bay Rays. Difícil uma queimada tripla aparecer em momento mais propício.


Obs.: o jogo foi para entradas extras e os Angels, que além da queimada tripla já tinham um grand slam de Ohtani na partida, perderam

O QUE VEM POR AÍ

A briga pelos wildcards da Liga Americana está espetacular, e teremos vários confrontos interessantes envolvendo equipes que estão nesse pelotão. Talvez a série mais instigante reúna Houston Astros e Boston Red Sox. Os Astros ainda perseguem o Texas Rangers pela liderança da Divisão Oeste, mas não conseguem alcançar os rivais locais. Enquanto isso, os Red Sox estão embalados pela boa sequência na última semana e querem atropelar correndo por fora. Não está previsto nenhum superconfronto de arremessadores, mas a partida da quarta (transmissão da ESPN 3 e do Star+) deve ter Justin Verlander no montinho pelos texanos.

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PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 18/ago
20h - San Francisco Giants x Atlanta Braves (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 19/ago
14h - Boston Red Sox x New York Yankees (Star+)

Domingo, 20/ago
20h - Philadelphia Phillies x Washington Nationals (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 21/ago
22h30 - Texas Rangers x Arizona Diamondbacks (ESPN 3 e Star+)

Terça, 22/ago
20h - Toronto Blue Jays x Baltimore Orioles (ESPN 2 e Star+)

Quarta, 23/ago
21h - Boston Red Sox x Houston Astros (ESPN 3 e Star+)

Quinta, 24/ago
22h30 - Cincinnati Reds x Arizona Diamondbacks (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 25/ago
20h - Cleveland Guardians x Toronto Blue Jays (ESPN 3 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL (E WIFFLEBALL) NO STAR+

Sexta, 18/ago
14h - Little League (beisebol): Little League World Series

Sábado, 19/ago
13h - Little League (beisebol): Little League World Series
23h30 - LMB (playoffs): Algodoneros de Unión Laguna x Toros de Tijuana, jogo 1

Domingo, 20/ago
10h - Little League (beisebol): Little League World Series
23h - LMB (playoffs): Algodoneros de Unión Laguna x Toros de Tijuana, jogo 2

Segunda, 21/ago
14h - Little League (beisebol): Little League World Series

Terça, 22/ago
14h - Little League (beisebol): Little League World Series
23h - LMB (playoffs): Toros de Tijuana x Algodoneros de Unión Laguna, jogo 3

Quarta, 23/ago
14h - Little League (beisebol): Little League World Series
23h - LMB (playoffs): Toros de Tijuana x Algodoneros de Unión Laguna, jogo 4

Quinta, 24/ago
16h - Little League (beisebol): Little League World Series
20h - Little League (beisebol): Little League World Series
23h - LMB (playoffs): Toros de Tijuana x Algodoneros de Unión Laguna, jogo 5

Sexta, 25/ago
20h30 - Little League (beisebol): Home Run Derby

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Semana MLB: Por que a torcida dos Orioles defendeu um narrador contra seu próprio time

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

O Baltimore Orioles é uma das melhores histórias da MLB nesta temporada. O tradicionalíssimo time – uma das potências do beisebol nas décadas de 1960, 70 e 80 – passou muitos anos entre os piores da liga, mas ressurgiu com uma base jovem e lidera a Liga Americana. Mas, nesta semana, a torcida se uniu para gritar “Free Kevin Brown”, em uma clara contestação à diretoria do clube.

Torcida do Baltimore Orioles
Torcida do Baltimore Orioles Getty Image

A história começou no final de julho. Brown é narrador dos jogos do Baltimore na MASN, canal esportivo regional que tem os Orioles como acionistas majoritários. Antes de uma partida contra o Tampa Bay Rays, ele mostrou como o time vinha bem na temporada, lançando uma estatística curiosa: em 2023, os Orioles já tinham vencido o mesmo número de jogos no Tropicana Field (estádio dos Rays) que nas três temporadas anteriores somadas. Os números até apareceram na tela preparada pela produção do canal.

Brown ainda narrou, pela rádio de Baltimore, a série seguinte dos Orioles. E, depois, sumiu das partidas.


Não se sabia o motivo de o narrador ter saído das escalas das transmissões, mas o site Awful Announcing descobriu – e outros veículos confirmaram o furo depois – que o motivo do afastamento havia sido a estatística apresentada no começo da transmissão contra os Rays. John Angelos, dono da franquia, teria ficado irritado e mandado Brown sair dos jogos. 

A reação foi das piores, por todos os lados. Em todas as transmissões da MLB no dia em que a notícia estourou, narradores das outras equipes criticaram os Orioles. A torcida do Baltimore também não gostou, pois Brown era um narrador querido na cidade e não viu na informação algo derrogatório contra a imagem da instituição.

Isso mostra uma diferença nas transmissões “oficiais” nos Estados Unidos e no que estamos acostumados a ver no Brasil. Por aqui, o torcedor quer que a transmissão oficial torça aberta e efusivamente por seu clube. Nos EUA, é evidente que os canais regionais que transmitem os jogos carregam um pouco em favor do time local, mas o público espera e exige um grau de isenção a ponto de não esconder do fã informações importantes (mesmo que negativas) sobre o time. Por isso, na primeira partida dos Orioles em Baltimore, a torcida pediu o retorno de Brown.


No final, Angelos teve de se dobrar. Brown voltou às transmissões nesta sexta. O narrador não quis polemizar e disse que tem boa relação com a direção da franquia, mas a sensação é de que ele apenas quis virar a página e retomar seu trabalho. 

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Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre por que os Angels não ganham com Ohtani e Trout e por que mudaram de nome, quando os times treinam e número de arremessadores no elenco. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

O NÚMERO DA SEMANA

4
Quantidade de arremessadores da MLB que fizeram ensino médio na Fullerton Union High School, em Fullerton (Grande Los Angeles). Foram eles Walter Johnson, Steve Busby, Mike Warren e Michael Lorenzen. Curiosamente, todos eles arremessaram ao menos um no-hitter na MLB. Essa relação ficou completa no último dia 9, quando Lorenzen, calou o ataque do Washington Nationals na vitória de seu Philadelphia Phillies por 7 a 0. 

PERSONAGEM DA SEMANA

Keynan Middleton
O reliever chegou ao New York Yankees no último dia da janela de transferências como um reforço para o bullpen. Nada que merecesse tanto barulho, apenas um braço a mais para ajudar os nova-iorquinos. Mas bastou o arremessador ser perguntado sobre o que ele achava do ambiente de seu novo time para virar um dos assuntos da liga. Não pelos Yankees, mas pelo que ele acabou dizendo de sua ex-equipe, o Chicago White Sox. Middleton afirmou que, nos Meias Brancas, era comum estreantes ficarem dormindo no bullpen durante as partidas, arremessadores faltarem nos treinos de funções defensivas e jogadores em geral não aparecerem em reuniões da comissão técnica. E ninguém era punido. Claro, a direção do Chicago negou, mas Lance Lynn, outro arremessador que deixou o time no meio desta temporada (foi para o Los Angeles Dodgers), foi perguntado sobre o assunto e disse que estava no time há muito mais tempo que Middleton e reforçou que o ex-colega não estava errado, dando a entender que os problemas já existiam em temporadas anteriores. 

VÍDEO DA SEMANA

Não podia deixar de ser a briga de José Ramírez com Tim Anderson no Cleveland Guardians x Chicago White Sox. Após Ramírez nocautear Anderson, essa briga já se transformou em um clássico da MLB.

O QUE VEM POR AÍ

A Divisão Central da Liga Nacional não atraiu tanta atenção ao longo da temporada. O Pittsburgh Pirates assumiu a ponta no início, depois foi ultrapassado pelo Milwaukee Brewers, que cedeu a liderança ao Cincinnati Reds antes de retomá-la. Ainda que a troca na primeira posição seja algo interessante, nenhuma das equipes convencia tanto. Mas a briga está esquentando. O Chicago Cubs, um dos times mais populares da MLB, acreditou em uma recuperação e reforçou seu elenco no fechamento do mercado. E está com uma boa sequência de vitórias, se aproximando dos Brewers. Por isso, a série do Milwaukee contra os Dodgers merece atenção, pois é a oportunidade de o atual líder mostrar se tem fôlego para sustentar a ponta. As partidas de quarta e quinta têm transmissão da ESPN e do Star+. 

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PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 11/ago
20h - Atlanta Braves x New York Mets (ESPN 4 e Star+)

Sábado, 12/ago
14h - Atlanta Braves x New York Mets (Star+)

Domingo, 13/ago
20h - Atlanta Braves x New York Mets (ESPN 2 e Star+)

Segunda, 14/ago
20h - New York Yankees x Atlanta Braves (ESPN 3 e Star+)

Terça, 15/ago
21h - Los Angeles Angels x Texas Rangers (ESPN 4 e Star+)

Quarta, 16/ago
23h - Milwaukee Brewers x Los Angeles Dodgers (ESPN 4 e Star+)

Quinta, 17/ago
23h - Milwaukee Brewers x Los Angeles Dodgers (ESPN 4 e Star+)

Sexta, 18/ago
20h - San Francisco Giants x Atlanta Braves (ESPN 3 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL (E WIFFLEBALL) NO STAR+

Sexta, 11/ago
14h - Little League (beisebol): Playoffs regionais
16h - Little League (beisebol): Playoffs regionais
17h - Little League (softbol): Little League World Series
18h - Little League (beisebol): Playoffs regionais
20h - Little League (beisebol): Playoffs regionais
20h - Little League (softbol): Little League World Series
22h - Little League (beisebol): Playoffs regionais
22h - LMB (Playoffs): Diablos Rojos de México x Tigres de Quintana Roo

Sábado, 12/ago
22h - LMB (Playoffs): Diablos Rojos de México x Tigres de Quintana Roo

Domingo, 13/ago
22h - LMB (Playoffs): Diablos Rojos de México x Tigres de Quintana Roo

Terça, 15/ago
22h - LMB (Playoffs): Tigres de Quintana Roo x Diablos Rojos de México

Quarta, 16/ago
14h - Little League (beisebol): Little League World Series
22h - LMB (Playoffs): Tigres de Quintana Roo x Diablos Rojos de México

Quinta, 17/ago
14h - Little League (beisebol): Little League World Series

Sexta, 18/ago
14h - Little League (beisebol): Little League World Series

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Dúvidas MLB 35: por que os Angels não ganham e mudaram de nome, quando os times treinam e número de arremessadores no elenco

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


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Com tantos jogos, viagens e tudo mais, como funciona a questão de treinamento na MLB? É mais focado na recuperação? E como funciona um treinamento de beisebol?
Rodrigo DuContra, @SRodeigo

Os times normalmente treinam à tarde, no próprio estádio do jogo. Agora, beisebol é como qualquer esporte de alto rendimento, não existe treinar apenas pensando em recuperação física, e ignorar a necessidade de melhorias técnicas. Pelo contrário. No beisebol, por ser um esporte de menos desgaste físico que a maioria dos outros, o foco é ainda mais no desenvolvimento técnico dos jogadores. 

Há uma parte do treino que é equivalente ao de qualquer esporte, com exercícios físicos focados em fortalecer as partes do corpo mais exigidas durante uma partida (no caso do beisebol: tronco, braços e capacidade de arranque) e estudo do adversário. Além disso, trabalha-se para manter a qualidade na execução de fundamentos (lançamentos, rebatidas e pegar a bola). Quando o jogador está com problemas, o tempo de treino se dedica a identificar onde está o problema no fundamento e como fazer ajustes.

Por que os Angels viraram “Los Angeles” se o estádio continua em Anaheim?? Tem a ver com onde a sede do time se localiza?
Marcela Bittar A. Lima, @Bittarmarcela9

É muito uma questão de marketing, de como o clube quer vender a sua marca. A franquia foi fundada como Los Angeles Angels em 1961 e jogava em Los Angeles, mas passou a adotar California Angels em 65, quando se mudou para Anaheim, tentando se apresentar como um representante do estado e seduzir o torcedor de Orange County (condado na região metropolitana de Los Angeles onde fica Anaheim).

O clube ficou como California Angels por muito tempo, mas precisava reformar seu estádio (era compartilhado com o Los Angeles Rams, mas se tornaria exclusivo de beisebol quando os Rams se mudaram para St. Louis). A prefeitura de Anaheim topou ajudar a bancar a reconstrução, mas exigiu que o time adotasse o nome da cidade para promovê-la. Assim, a equipe se tornou o Anaheim Angels em 1997.

Rod Carew com a camisa do California Angels
Rod Carew com a camisa do California Angels Getty

Em 2005, a franquia trocou de dono, e o novo proprietário achava que usar “Anaheim” no nome restringia muito o potencial comercial do negócio. Parecia ser um time apenas de uma cidade menor e pouco conhecida nacional e internacionalmente. Assim, ele quis retomar o “Los Angeles” no nome, promovendo a equipe como uma representante de uma cidade mundialmente famosa.

No entanto, ele tinha obrigação de manter o “Anaheim” no nome por contrato com a prefeitura. A solução foi usar “Los Angeles Angels of Anaheim” entre 2005 e 2015, quando os Angels voltaram a ser apenas Los Angeles Angels.

Por que que os Angels não chegam nos playoffs desde 2014 mesmo com Ohtani e Trout? É por causa do bullpen?
Segia, @segia_

O bullpen não ajuda muito e até pode ser apontado como uma razão importante, mas a culpa toda não é dele. A rotação não tem sido uma maravilha nesses anos, assim como os demais jogadores de posição (os rebatedores) também ficam abaixo do esperado.

Em todos os setores (ataque, rotação e bullpen), há erros claros de avaliação de mercado por parte da diretoria ao longo dos anos. Isso fez que muito dinheiro fosse gasto em jogadores que não se encaixavam no time ou não eram bons o suficiente. Além disso, há problemas constantes de lesão nos jogadores de ataque e o trabalho na formação de jovens é ruim, dificultando a reposição dos atletas que não responderem à altura.

Quantos arremessadores em média de um time?
Irineu Jr, Curitiba

O regulamento prevê essa situação. Cada time tem 26 jogadores no elenco ativo (28 em setembro) e apenas metade pode ser formada por arremessadores. Se houver um jogador que arremessa e rebate, como Shohei Ohtani, ele não conta como arremessador. Isso não significa que o time tenha necessariamente de ter 13 arremessadores no elenco, esse é o valor máximo. Por uma questão estratégica, o técnico pode preferir um ou dois arremessadores a menos para ter mais opções no ataque. De qualquer maneira, são casos pontuais: em geral, os times ficam com os 13 arremessadores mesmo.

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Dúvidas MLB 35: por que os Angels não ganham e mudaram de nome, quando os times treinam e número de arremessadores no elenco

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Semana MLB: Quem chegou e quem saiu em cada time da MLB no fechamento da janela

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

O New York Mets vendeu, mas de forma controlada. O Los Angeles Angels comprou, tentando dar uma ida aos playoffs a Shohei Ohtani. O San Diego Padres comprou, mas sem loucuras. O Chicago Cubs foi um pouco mais ousado na busca por reforços. New York Yankees e Boston Red Sox irritaram seus torcedores por ficarem mais olhando do que negociando. E, enfim, a janela de transferências da MLB se fechou, acabando com algumas dúvidas que pairavam sobre qual seria o comportamento de cada franquia para a reta final da temporada.

Justin Verlander está de volta ao Houston Astros
Justin Verlander está de volta ao Houston Astros Getty

As transações que mais chamaram a atenção foram as idas de Max Scherzer e Justin Verlander do New York Mets para o Texas (um para Dallas, outro para Houston). Negociações bombásticas, mas que não mudam o fato de que foi uma janela mais discreta e com menos superestrelas envolvidas que a do ano passado, por exemplo.

Ainda assim, a quantidade de times que parecem buscar uma arrancada no final é grande, o que dá sinais de uma disputa bem interessante pelos e nos playoffs. Veja abaixo um resumo de quem chegou e quem saiu de cada time. A lista inclui os jogadores mais importante ou que podem ter algum impacto em curto e médio prazo.

LIGA AMERICANA

DIVISÃO LESTE

Baltimore Orioles
Chegaram: Jack Flaherty (arremessador, Cardinals), Shintaro Fujinami (arremessador, Athletics) e Logan Rinehart (arremessador, Mariners)
Saíram: Chris Vallimont (arremessador, Guardians) e Spenser Watkins (arremessador, Astros)

Boston Red Sox
Chegaram: Andrés Núñez (arremessador, Royals), Mauricio Llovera (arremessador, Giants), Luis Urías (defensor interno, Brewers) e Tayler Scott (arremessador, Dodgers)
Saíram: Kiké Hernández (coringa, Dodgers)

New York Yankees
Chegaram: Keynan Middleton (arremessador, White Sox) e Spencer Howard (arremessador, Rangers)
Saíram: ninguém

Tampa Bay Rays
Chegaram: Aaron Civale (arremessador, Guardians), Robert Stephenson (arremessador, Pirates), Manuel Rodríguez (arremessador, Cubs), Adrian Sampson (arremessador, Cubs) e Alex Jackson (catcher, Brewers)
Saíram: Luis Patiño (arremessador, White Sox), Ben Gamel (defensor externo, Padres) e Ben Heller (arremessador, Braves)

Toronto Blue Jays
Chegaram: Jordan Hicks (arremessador, Cardinals), Paul DeJong (shortstop, Cardinals), Génesis Cabrera (arremessador, Cardinals) e Mason McCoy (defensor interno, Mariners)
Saíram: Juan González (catcher, White Sox)

DIVISÃO CENTRAL

Chicago White Sox
Chegaram: Edgar Quero (catcher, Angels) Ky Bush (arremessador, Angels), Trayce Thompson (defensor externo, Dodgers), Korey Lee (catcher, Astros), Mike Mayers (arremessador, Royals), Luis Patiño (arremessador, Rays), Juan González (catcher, Blue Jays) e Kean Wong (segunda base, Mariners)
Saíram: Lucas Giolito (arremessador, Angels), Reynaldo López (arremessador, Angels), Lance Lynn (arremessador, Dodgers), Joe Kelly (arremessador, Dodgers), Jake Burger (terceira base, Marlins) e Kendall Graveman (arremessador, Astros)

Cleveland Guardians
Chegaram: Noah Syndergaard (arremessador, Dodgers), Kyle Manzardo (primeira base, Rays), Kahlil Watson (shortstop, Marlins), Jean Segura (terceira base, Marlins) e Chris Vallimont (arremessador, Orioles)
Saíram: Josh Bell (primeira base, Marlins), Aaron Civale (arremessador, Rays), Amed Rosario (shortstop, Dodgers) e Richie Palacios (shortstop, Cardinals)

Detroit Tigers
Chegaram: Blair Calvo (arremessador, Rockies), Joe Rizzo (terceira base, Marlins), Lee Hao-Yu (defensor interno, Phillies)
Saíram: Michael Lorenzen (arremessador, Phillies)

Kansas City Royals
Chegaram: Cole Ragans (arremessador, Rangers), Roni Cabrera (defensor externo, Rangers) e Nelson Velázquez (defensor externo, Cubs)
Saíram: Aroldis Chapman (arremessador, Rangers), Scott Barlow (arremessador, Padres), Ryan Yarbrough (arremessador, Dodgers), José Cuas (arremessador, Cubs), Nicky López (defensor interno, Braves), Tucker Davidson (arremessador, Angels) Andrés Núñez (arremessador, Red Sox) e Mike Mayers (arremessador, White Sox)

Aroldis Chapman agora defende o Texas Rangers
Aroldis Chapman agora defende o Texas Rangers Icon Sportswire/Getty Images

Minnesota Twins
Chegaram: Dylan Floro (arremessador, Marlins) e Taylor Floyd (arremessador, Brewers)
Saíram: Jorge López (arremessador, Marlins)

DIVISÃO OESTE

Houston Astros
Chegaram: Justin Verlander (arremessador, Mets), Kendall Graveman (arremessador, White Sox), Spenser Watkins (arremessador, Orioles) e Joel Kuhnel (arremessador, Reds)
Saíram: Korey Lee (catcher, White Sox)

Los Angeles Angels
Chegaram: Lucas Giolito (arremessador, White Sox), Reynaldo López (arremessador, White Sox), C.J. Cron (primeira base, Rockies), Randal Grichuk (defensor externo, Rockies), Eduardo Escobar (defensor interno, Mets), Mike Moustakas (defensor interno, Rockies) e Dominic Leone (arremessador, Mets)
Saíram: Edgar Quero (catcher, White Sox), Ky Bush (arremessador, White Sox), Jake Madden (arremessador, Rockies), Mason Albright (arremessador, Rockies) e Jeremiah Jackson (defensor interno, Mets)

Oakland Athletics
Chegaram: Joe Boyle (arremessador, Reds), Yacksel Ríos (arremessador, Braves)
Saíram: Jace Peterson (defensor interno, Diamondbacks) e Shintaro Fujinami (arremessador, Orioles)

Seattle Mariners
Chegaram: Dominic Canzone (defensor externo, Diamondbacks), Josh Rojas (defensor interno, Diamondbacks), Ryan Bliss (defensor interno, Diamondbacks), Eduard Bazardo (arremessador, Orioles) e Trent Thornton (arremessador, Blue Jays)
Saíram: Paul Sewald (arremessador, Diamondbacks), Trevor Gott (arremessador, Mets), Chris Flexen (arremessador, Mets), AJ Pollock (defensor externo, Giants), Jack Larsen (defensor externo, Giants), Pat Valaika (shortstop, Dodgers) e Kean Wong (segunda base, White Sox)

Texas Rangers
Chegaram: Max Scherzer (arremessador, Mets), Jordan Montgomery (arremessador, Cardinals), Chris Stratton (arremessador, Cardinals), Aroldis Chapman (arremessador, Royals), Austin Hedges (catcher, Pirates), Kevin Plawecki (catcher, Padres) e Luis Valdez (arremessador, Dodgers)
Saíram: John King (arremessador, Cardinals), Cole Ragans (arremessador, Rangers), Spencer Howard (arremessador, Yankees) e Taylor Hearn (arremessador, Braves)

LIGA NACIONAL

DIVISÃO LESTE

Atlanta Braves
Chegaram: Pierce Johnson (arremessador, Rockies), Brad Hand (arremessador, Rockies), Nicky Lopez (defensor interno, Royals), Yonny Chirinos (arremessador, Rays) e Ben Heller (arremessador, Rays)
Saíram: Taylor Hearn (arremessador, Royals) e Yacksel Ríos (arremessador, Athletics)

Miami Marlins
Chegaram: David Robertson (arremessador, Mets), Jake Burger (terceira base, White Sox), Josh Bell (primeira base, Guardians), Ryan Weathers (arremessador, Padres) e Jorge López (arremessador, Twins)
Saíram: Jean Segura (segunda base, Guardians), Kahlil Watson (shortstop, Guardians), Garrett Cooper (primeira base, Padres), Sean Reynolds (arremessador, Padres), Dylan Floro (arremessador, Twins) e Joe Rizzo (terceira base, Tigers)

New York Mets
Chegaram: Drew Gilbert (defensor externo, Astros), Ryan Clifford (defensor externo, Astros), Ronald Hernandez (catcher, Marlins), Marco Vargas (defensor interno, Marlins), Justin Jarvis (arremessador, Brewers), Phil Bickford (arremessador, Dodgers), Adam Kolarek (arremessador, Dodgers), Jeremiah Jackson (defensor interno, Angels), Trevor Gott (arremessador, Mariners) e Chris Flexen (arremessador, Mariners)
Saíram: Justin Verlander (arremessador, Astros), Max Scherzer (arremessador, Rangers), David Robertson (arremessador, Marlins), Mark Canha (defensor externo, Brewers), Tommy Pham (defensor externo, Diamondbacks), Dominic Leone (arremessador, Angels) e Eduardo Escobar (defensor interno, Angels)

Philadelphia Phillies
Chegaram: Michael Lorenzen (arremessador, Tigers) e Rodolfo Castro (defensor interno, Pirates)
Saíram: Lee Hao-Yu (defensor interno, Tigers) e Bailey Falter (arremessador, Pirates)

Washington Nationals
Chegaram: Kevin Made (shortstop, Cubs) e DJ Herz (arremessador, Cubs)
Saíram: Jeimer Candelario (terceira base, Cubs)

DIVISÃO CENTRAL

Chicago Cubs
Chegaram: Jeimer Candelario (terceira base, Nationals), José Cuas (arremessador, Royals), Josh Roberson (arremessador, Rays) e PJ Higgins (catcher, Diamondbacks)
Saíram: Kevin Made (shortstop, Nationals), DJ Herz (arremessador, Nationals), Nelson Velázquez (defensor externo, Royals), Manuel Rodríguez (arremessador, Rays), Adrian Sampson (arremessador, Rays) e Vinny Nittoli (arremessador, Mets)

Cincinnati Reds
Chegaram: Sam Moll (arremessador, Athletics)
Saíram: Joe Boyle (arremessador, Athletics) e Joel Kuhnel (arremessador, Astros)

Milwaukee Brewers
Chegaram: Mark Canha (defensor externo, Mets), Carlos Santana (primeira base, Pirates), Andrew Chafin (arremessador, Diamondbacks), Evan McKendry (arremessador, Rays) e Bradley Blaloc (arremessador, Red Sox)
Saíram: Justin Jarvis (arremessador, Brewers), Peter Strzelecki (arremessador, Diamondbacks), Alex Jackson (catcher, Rays), Luis Urías (defensor interno, Red Sox), Tyson Miller (arremessador, Dodgers) e Taylor Floyd (arremessador, Twins)

Pittsburgh Pirates
Chegaram: Jackson Wolf (arremessador, Padres), Alfonso Rivas (primeira base, Padres), Estuar Suero (arremessador, Padres), Bailey Falter (arremessador, Phillies), Jhonny Severino (defensor interno, Brewers), Alika Williams (shortstop, Rays) e Andre Jackson (arremessador, Dodgers)
Saíram: Rich Hill (arremessador, Padres), Choi Ji-Man (primeira base, Padres), Rodolfo Castro (defensor interno, Phillies), Carlos Santana (primeira base, Brewers), Robert Stephenson (arremessador, Rays) e Austin Hedges (catcher, Rangers)

St. Louis Cardinals
Chegaram: César Prieto (segunda base, Orioles), John King (arremessador, Rangers), Adam Kloffenstein (arremessador, Blue Jays), Matt Svanson (arremessador, Blue Jays), Richie Palacios (shortstop, Guardians) e Sammy Hernandez (catcher, Blue Jays)
Saíram: Jack Flaherty (arremessador, Orioles), Jordan Montgomery (arremessador, Rangers), Chris Stratton (arremessador, Rangers), Jordan Hicks (arremessador, Blue Jays), Paul DeJong (shortstop, Blue Jays) e Génesis Cabrera (arremessador, Blue Jays)

DIVISÃO OESTE

Arizona Diamondbacks
Chegaram: Paul Sewald (arremessador, Mariners), Tommy Pham (defensor externo, Mets), Peter Strzelecki (arremessador, Brewers), Jace Peterson (defensor interno, Athletics) e Francisco Ortiz (catcher, Rockies)
Saíram: Dominic Canzone (defensor externo, Mariners), Josh Rojas (defensor interno, Mariners), Jeremy Rodríguez (shortstop, Mets), Andrew Chafin (arremessador, Brewers), Chad Patrick (arremessador, Athletics) e PJ Higgins (catcher, Cubs)

Colorado Rockies
Chegaram: Jake Madden (arremessador, Angels), Mason Albright (arremessador, Angels), Alec Barger (arremessador, Braves), Connor van Scoyoc (arremessador, Angels) e Justin Bruihl (arremessador, Dodgers)
Saíram: CJ Cron (primeira base, Angels), Randal Grichuk (defensor externo, Angels), Pierce Johnson (arremessador, Braves), Brad Hand (arremessador, Braves), Mike Moustakas (defensor interno, Angels), Blair Calvo (arremessador, Tigers) e Francisco Ortiz (catcher, Diamondbacks)

Após oito anos na Liga Americana, Lance Lynn volta à Liga Nacional. Agora, com a camisa dos Dodgers
Após oito anos na Liga Americana, Lance Lynn volta à Liga Nacional. Agora, com a camisa dos Dodgers Getty Images

Los Angeles Dodgers
Chegaram: Lance Lynn (arremessador, White Sox), Joe Kelly (arremessador, White Sox), Amed Rosario (shortstop, Guardians), Kiké Hernández (coringa, Red Sox), Ryan Yarbrough (arremessador, Royals), Ricky Vanasco (arremessador, Rangers), Tyson Miller (arremessador, Brewers), Pat Valaika (shortstop, Mariners)
Saíram: Trayce Thompson (defensor externo, White Sox), Noah Syndergaard (arremessador, Guardians), Nick Robertson (arremessador, Red Sox), Devin Mann (defensor interno, Royals), Luis Valdez (arremessador, Rangers), Phil Bickford (arremessador, Mets), Adam Kolarek (arremessador, Mets), Tayler Scott (arremessador, Red Sox) e Justin Bruihl (arremessador, Rockies)

San Diego Padres
Chegaram: Rich Hill (arremessador, Pirates), Choi Ji-Man (primeira base, Pirates), Scott Barlow (arremessador, Royals), Garrett Cooper (primeira base, Marlins), Sean Reynolds (arremessador, Marlins) e Ben Gamel (defensor externo, Rays)
Saíram: Jackson Wolf (arremessador, Pirates), Alfonso Rivas (primeira base, Pirates), Estuar Suero (defensor externo, Pirates), Henry Williams (arremessador, Royals), Jesus Ríos (arremessador, Royals), Ryan Weathers (arremessador, Marlins) e Kevin Plawecki (catcher, Rangers)

San Francisco Giants
Chegaram: AJ Pollock (defensor externo, Mariners), Mark Mathias (defensor interno, Mariners), Marques Johnson (arremessador, Red Sox) e Jack Larsen (defensor externo, Mariners)
Saíram: Mauricio Llovera (arremessador, Red Sox)

O Semana MLB é um post em forma de newsletter sobre os principais temas (e a programação de TV) da MLB. Toda sexta (vez ou outra atrasa para o sábado) uma nova edição

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 4/ago
20h - New York Mets x Baltimore Orioles (Star+)

Sábado, 5/ago
15h - Atlanta Braves x Chicago Cubs (Star+)

Domingo, 6/ago
20h - Los Angeles Dodgers x San Diego Padres (ESPN 4 e Star+)

Segunda, 7/ago
22h30 - San Francisco Giants x Los Angeles Angels (ESPN 4 e Star+)

Terça, 8/ago
20h - Chicago Cubs x New York Mets (Star+)

Quarta, 9/ago
22h30 - Los Angeles Dodgers x Arizona Diamondbacks (ESPN 3 e Star+)

Quinta, 10/ago
19h30 - Washington Nationals x Philadelphia Phillies (Star+)

Sexta, 11/ago
20h - Atlanta Braves x New York Mets (ESPN 4 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL (E WIFFLEBALL) NO STAR+

Sexta, 4/ago
11h - Little League (beisebol): Playoffs regionais
13h30 - Senior League (softbol): Playoffs regionais
18h - Junior League (softbol): Playoffs regionais
17h - ESPN The Ocho: Wiffleball
19h30 - Athletes Unlimited Softball
22h - Athletes Unlimited Softball
22h30 - LMB: Piratas de Campeche x Bravos de León
23h30 - LMB: Generales de Durango x Toros de Tijuana

Sábado, 5/ago
11h - Little League (beisebol): Playoffs regionais
15h30 - Athletes Unlimited Softball
17h - Senior League (beisebol): Playoffs regionais
18h - Intermediate League (beisebol): Playoffs regionais
18h - Athletes Unlimited Softball
18h - Junior League (softbol): Playoffs regionais
18h30 - Senior League (softbol): Playoffs regionais
20h - LMB: Tigres de Quintana Roo x Guerreros de Oaxaca
21h - Senior League (softbol): Playoffs regionais
22h30 - LMB: Algodoneros de Unión Laguna x Acereros de Monclova

Domingo, 6/ago
11h - Little League (beisebol): Playoffs regionais
11h - Little League (softbol): Playoffs regionais
15h - Athletes Unlimited Softball
17h30 - Athletes Unlimited Softball
20h - Senior League (softbol): Playoffs regionais
21h - LMB: Generales de Durango x Toros de Tijuana
22h - Intermediate League (beisebol): Playoffs regionais

Segunda, 7/ago
11h - Little League (beisebol): Playoffs regionais
11h - Little League (softbol): Little League World Series

Terça, 8/ago
11h - Little League (beisebol): Playoffs regionais
11h - Little League (softbol): Little League World Series
22h - LMB: Playoffs

Quarta, 9/ago
11h - Little League (softbol): Little League World Series
12h - Little League (beisebol): Playoffs regionais
14h - Little League (softbol): Little League World Series
17h30 - Athletes Unlimited Softball
20h - Athletes Unlimited Softball
22h - LMB: Playoffs

Quinta, 10/ago
14h - Little League (beisebol): Playoffs regionais
14h - Little League (softbol): Little League World Series
18h - Athletes Unlimited Softball

Sexta, 11/ago
14h - Little League (beisebol): Playoffs regionais
16h - Little League (beisebol): Playoffs regionais
17h - Little League (softbol): Little League World Series
18h - Little League (beisebol): Playoffs regionais
20h - Little League (beisebol): Playoffs regionais
20h - Little League (softbol): Little League World Series
22h - Little League (beisebol): Playoffs regionais
22h - LMB: Playoffs

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Quem chegou e quem saiu em cada time da MLB no fechamento da janela

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Semana MLB: Os Mets estão cedendo jogadores, mas não esperem uma reconstrução do elenco

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

A janela de transferências da MLB está se fechando, e as franquias têm poucos dias para decidir se vão reforçar suas equipes para crescer na reta final da temporada ou se negociam seus melhores jogadores já pensando no futuro. Nesse cenário o New York Mets aparecia como uma incógnita. O desempenho em campo sugere um clube que deveria ceder seus atletas. No entanto, era difícil imaginar um elenco tão caro e sobre o qual há tantas expectativas abrir mão da disputa.

Até que, nesta quinta, foi anunciada a troca do fechador David Robertson por duas promessas do Miami Marlins. Dois dias depois, foi a vez de Max Scherzer sair, rumo ao Texas Rangers. 

[]

Sim, os Mets estão vendendo na janela que se fechará em 1º de agosto. Só não devemos esperar uma reformulação total, um desmanche do caríssimo elenco para reconstruir o grupo com base em jovens. É muito mais provável, até pela personalidade do dono da equipe, o bilionário Steve Cohen, que seja apenas um ajuste para tentar brigar pelo título já no ano que vem. A questão é se isso será bem feito. 

O atual time dos Mets decepciona como um todo. Salvo um ou outro jogador (Robertson, Brandon Nimmo e Kodai Senga, por exemplo), dá para achar nomes que decepcionam em qualquer recorte que se faça: arremessadores, rebatedores, jovens, veteranos, estrelas, jogadores sem tanta grife… Ainda assim, dá para dizer que há muita gente de talento no grupo, e que dá para imaginar que alguns deles possam jogar em altíssimo nível com alguns ajustes.

Que ajustes seriam esses? Cohen até como forma de fazer barulho, saiu gastando na contratação de medalhões por todo lado. Ótimos jogadores, como Francisco Lindor, Scherzer e Justin Verlander. Mas isso acabou criando muita pressão sobre eles, e a queda de rendimento fez o time cair como um todo.

Scherzer saiu, mas não dá para imaginar Lindor, Pete Alonso e Jeff McNeil saindo tão cedo. E nem precisa. O que os Mets precisam é tirar a pressão, montar um time mais equilibrado e que veja as vitórias surgirem com naturalidade, e não como consequência obrigatória dos investimentos de seu dono. É hora de investir em jovens para dar mais sustentação para as estrelas mais caras.

O sistema de formação dos Mets é considerado bom pelos especialistas na área. E, se os Mets acertarem a mão na escolha dos jovens que vierem no lugar dos atletas negociados nesta janela, pode até passar a “muito bom”. Isso pode dar ao clube mais espaço para respirar, e mais chance de buscar soluções internas quando houver buracos no elenco.

O que deixa o torcedor desconfiado é que isso tudo depende de acerto nas escolhas da direção da franquia. E às vezes isso é pedir demais.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre beisebol nos Jogos Olímpicos, softbol profissional, o fanatismo do torcedor da MLB e qual o time mais antigo. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

O NÚMERO DA SEMANA

9%
Aumento da média de público da MLB em 2023 em relação ao ano passado. Desde 1998, quando os Estados Unidos se mobilizaram para acompanhar a corrida pelo recorde de home runs entre Mark McGwire e Sammy Sosa que a liga não tinha um crescimento tão grande em um ano. Apenas três times tiveram queda na sua média de público neste ano: Detroit Tigers, Washington Nationals e Chicago White Sox. Ainda é preciso mais informações sobre o comportamento do público, mas parte da mídia americana vê como impacto da implementação do relógio de arremessos, reduzindo o tempo médio das partidas em 20 minutos.

Minute Maid Park, estádio do Houston Astros, lotado
Minute Maid Park, estádio do Houston Astros, lotado ESPN

PERSONAGEM DA SEMANA

Shohei Ohtani
Eu sei, já virou repetitivo, mas o japonês não para de realizar novas façanhas em campo. Na última quinta, em uma rodada dupla de seu Los Angeles Angels contra o Detroit Tigers, Ohtani arremessou um jogo completo cedendo apenas uma rebatida (quase um no-hitter!) e nenhuma corrida na primeira partida e rebateu dois home runs na segunda. Entre o último dos 111 arremessos do jogo 1 e o home run do jogo 2 foram apenas 79 minutos

VÍDEO DA SEMANA

Matt Duffy, do Kansas City Royals, achou que faria uma eliminação tranquila em cima de Steven Kwan, do Cleveland Guardians. Até que…


O QUE VEM POR AÍ

Teremos uma rara oportunidade de acompanhar o que dá para chamar de “beisebol de quintal”. Dentro do The Ocho, momento anual em que a ESPN abre sua grade para modalidades esportivas para lá de alternativas, haverá a transmissão do wiffleball, formato de beisebol com bola e bastão de plásticos para se jogar no quintal de uma casa americana comum. Mais leve, a bola tende a viajar em trajetórias malucas, de dar inveja à Jabulani.

O Semana MLB é um post em forma de newsletter sobre os principais temas (e a programação de TV) da MLB. Toda sexta (vez ou outra atrasa para o sábado) uma nova edição

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 28/jul
21h - Tampa Bay Rays x Houston Astros (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 29/jul
22h - Cincinnati Reds x Los Angeles Dodgers (Star+)

Domingo, 30/jul
20h - New York Yankees x Baltimore Orioles (ESPN 2 e Star+)

Segunda, 31/jul
20h - Tampa Bay Rays x New York Yankees (ESPN 2 e Star+)

Terça, 1/ago
19h30 - Philadelphia Phillies x Miami Marlins (Star+)

Quarta, 2/ago
23h - Oakland Athletics x Los Angeles Dodgers (ESPN 3 e Star+)

Quinta, 3/ago
21h - Cincinnati Reds x Chicago Cubs (Star+)

Sexta, 4/ago
20h - New York Mets x Baltimore Orioles (Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL (E WIFFLEBALL) NO STAR+

Sexta, 28/jul
12h - Little League (softbol): Playoffs regionais
20h - Athletes Unlimited Softbol
22h - LMB: Algodoneros de Unión Laguna x Pericos de Puebla
22h - LMB: Diablos Rojos de México x Guerreros de Oaxaca

Sábado, 29/jul
11h - Senior League (beisebol): Playoffs regionais
14h - Senior League (beisebol): Playoffs regionais
15h30 - Athletes Unlimited Softball
16h - PGF (softball): Playoffs Sub-18
18h - Athletes Unlimited Softball
20h - PGF (softball): High School Futures Game
20h - LMB: Leones de Yucatán x Sultanes de Monterrey
20h30 - Senior League (beisebol): Playoffs regionais
22h - LMB: Mariachis de Guadalajara x Generales de Durango
23h - PGF (softball): High School Seniors Game

Domingo, 30/jul
11h - Senior League (beisebol): Playoffs regionais
13h - Intermediate League (beisebol): Playoffs regionais
13h - Athletes Unlimited Softball
13h - Junior League (softbol): Playoffs regionais
15h30 - Athletes Unlimited Softball
19h - LMB: Rieleros de Aguascalientes x Tigres de Quintana Roo

Segunda, 31/jul
11h - Senior League (beisebol): Playoffs regionais
13h - Intermediate League (beisebol): Playoffs regionais
14h30 - Junior League (softbol): Playoffs regionais
22h30 - LMB: Toros de Tijuana x Saraperos de Saltillo

Terça, 1/ago
13h - Intermediate League (beisebol): Playoffs regionais
14h30 - Junior League (softbol): Playoffs regionais
16h - Senior League (softbol): Playoffs regionais
22h30 - LMB: Algodoneros de Unión Laguna x Leones de Yucatán
22h30 - LMB: Diablos Rojos de México x Piratas de Campeche

Quarta, 2/ago
13h - Intermediate League (beisebol): Playoffs regionais
14h30 - Junior League (softbol): Playoffs regionais
17h - Senior League (beisebol): Playoffs regionais
21h30 - LMB: Olmecas de Tabasco x Tigres de Quintana Roo
22h30 - LMB: Sultanes de Monterrey x Águila de Veracruz

Quinta, 3/ago
11h - Little League (beisebol): Playoffs regionais
16h - Junior League (softbol): Playoffs regionais
17h30 - Senior League (softbol): Playoffs regionais
19h - Intermediate League (beisebol): Playoffs regionais
21h30 - LMB: Olmecas de Tabasco x Tigres de Quintana Roo
21h30 - LMB: Guerreros de Oaxaca x Tecolotes de los Dos Laredos
22h30 - LMB: Sultanes de Monterrey x Águila de Veracruz

Sexta, 4/ago
11h - Little League (beisebol): Playoffs regionais
13h30 - Senior League (softbol): Playoffs regionais
18h - Junior League (softbol): Playoffs regionais
17h - ESPN The Ocho: Wiffleball
19h30 - Athletes Unlimited Softball
22h - Athletes Unlimited Softball
22h30 - LMB: Piratas de Campeche x Bravos de León
23h30 - LMB: Generales de Durango x Toros de Tijuana

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração


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Semana MLB: Os Mets estão cedendo jogadores, mas não esperem uma reconstrução do elenco

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Dúvidas MLB 34: beisebol nos Jogos Olímpicos, softbol profissional, o fanatismo do torcedor da MLB e qual o time mais antigo

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é sobre regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Qual esporte americano a torcida pode ser comparada com a torcida do nosso futebol no quesito de paixão, loucura? Os torcedores de beisebol são fanáticos?
Gerivaldo Santos, @GeSantos_5

O americano é fanático por seus times, apenas que a forma de manifestar isso nem sempre é igual à dos brasileiros. Por exemplo, a MLB tem 162 jogos na temporada regular, a NBA e a NHL têm pouco mais de 80 cada. Isso significa que as equipes jogam muito, e jogam com muita frequência. Além disso, essas ligas têm pontuações mais altas e são decididas em playoffs, com séries que podem ir a sete jogos.

Torcedores da MLB fantasiados de bananas
Torcedores da MLB fantasiados de bananas ESPN

Não dá para exigir que o torcedor de beisebol, basquete e hóquei no gelo exploda de alegria ou se desespere de raiva a cada vitória ou derrota de seu time, ou a cada ponto feito ou tomado, como faz o torcedor de futebol latino-americano ou europeu. Ele é fanático a ponto de dar médias de públicos enormes, a ponto de dar audiência de TV que justifique os investimentos bilionários nas compras de direitos de transmissão e a ponto de comprar material de seu time como nenhum outro torcedor no mundo. Só não vai se esgoelar a cada jogada. Isso ele reserva para os jogos decisivos.

Por isso, na NFL dá para sentir um clima um pouco mais parecido. São apenas 16 partidas na temporada regular e o mata-mata é em jogo único. Assim, cada momento se torna mais decisivo para a equipe. Se pegarmos o Canadá, dá para dizer que os jogos da NHL também têm um pouco dessa característica.

De qualquer maneira, os esportes universitários geralmente têm um clima muito mais parecido com o do nosso futebol do que as ligas profissionais. A relação de paixão pelos times universitários é mais intensa e geralmente há uma banda e um grupo que canta músicas que todos os torcedores reconhecem, ajudando a criar o clima de estádio semelhante ao latino-americano.

Porque o beisebol não fazia parte das Olimpíadas antes de 1992?
Pepê Santos, São Paulo

A relação do beisebol com os Jogos Olímpicos nunca foi tranquila. Antes de 1992, havia dúvidas do Comitê Olímpico Internacional se a modalidade era globalizada o suficiente. Além disso, o COI tinha suas desconfianças (justificadas) por saber que o torneio olímpico de beisebol jamais teria os melhores jogadores do mundo, os que atuam na MLB. Seria sempre um torneio com atletas de segundo escalão, e de um esporte que não é tão globalizado quanto o futebol (que tem atletas de segundo escalão, mas é tão popular mundialmente que dá retorno mesmo assim).

Outro problema do beisebol olímpico, e é o motivo para a dificuldade de recolocar o esporte nos Jogos, é o tamanho dos elencos. São 25 jogadores em cada time. Um torneio de 12 seleções – número padrão para os esportes coletivos – necessitaria de 300 atletas, muito para um evento que tenta evitar o gigantismo para reduzir custos.

O softbol tem o mesmo glamour que o beisebol na MLB?
Oracio Antonio Correa Neto, @OracioCorr93313

No profissional, não passa nem perto. A National Pro Fastpitch, liga profissional de softbol, fechou as portas em 2022 e nunca teve atenção da grande mídia nos Estados Unidos. Uma nova liga, a Women’s Professional Fastpitch foi lançada neste ano, com apenas quatro franquias e uma temporada curta, de junho a agosto. 

Onde o softbol tem atraído olhares é no universitário. O softbol é a segunda principal modalidade universitária entre as mulheres e a Women’s College World Series tem boa audiência na TV (e está crescendo). O suficiente para justificar mais investimento na WPF.

Grande jogada do softbol universitário
Grande jogada do softbol universitário Reprodução/ESPN

Qual esporte americano a torcida pode ser comparada com a torcida do nosso futebol no quesito de paixão, loucura? Os torcedores de beisebol são fanáticos?
Gerivaldo Santos, @GeSantos_5

O americano é fanático por seus times, apenas que a forma de manifestar isso nem sempre é igual à dos brasileiros. Por exemplo, a MLB tem 162 jogos na temporada regular, a NBA e a NHL têm pouco mais de 80 cada. Isso significa que as equipes jogam muito, e jogam com muita frequência. Além disso, essas ligas têm pontuações mais altas e são decididas em playoffs, com séries que podem ir a sete jogos.

Não dá para exigir que o torcedor de beisebol, basquete e hóquei no gelo exploda de alegria ou se desespere de raiva a cada vitória ou derrota de seu time, ou a cada ponto feito ou tomado, como faz o torcedor de futebol latino-americano ou europeu. Ele é fanático a ponto de dar médias de públicos enormes, a ponto de dar audiência de TV que justifique os investimentos bilionários nas compras de direitos de transmissão e a ponto de comprar material de seu time como nenhum outro torcedor no mundo. Só não vai se esgoelar a cada jogada. Isso ele reserva para os jogos decisivos.

Por isso, na NFL dá para sentir um clima um pouco mais parecido. São apenas 16 partidas na temporada regular e o mata-mata é em jogo único. Assim, cada momento se torna mais decisivo para a equipe. Se pegarmos o Canadá, dá para dizer que os jogos da NHL também têm um pouco dessa característica.

De qualquer maneira, os esportes universitários geralmente têm um clima muito mais parecido com o do nosso futebol do que as ligas profissionais. A relação de paixão pelos times universitários é mais intensa e geralmente há uma banda e um grupo que canta músicas que todos os torcedores reconhecem, ajudando a criar o clima de estádio semelhante ao latino-americano.

Quais são os times mais antigos da MLB?
Guilherme Henrique, Florianópolis

Há três respostas possíveis. Se for pela data de fundação original, é o Chicago Cubs. A franquia foi fundada em 1870 e está na mesma cidade desde então. No entanto, os Cubs – na época chamados White Stockings – interromperam sua atividade em 1872, após o Grande Incêndio de Chicago, e só retomou em 1874.

Enquanto os White Stockings se reestruturaram, o Boston Red Stockings foi criado em 1871. Os Red Stockings depois mudaram de nome para Boston Braves, e depois se trocaram de sede para Milwaukee e Atlanta. Então, dá para dizer que o Atlanta Braves é a equipe mais antiga a jogar beisebol continuamente.

As duas equipes jogavam na National Association e, com a crise econômica da liga, lideraram o movimento para a criação da Liga Nacional, em 1876. Então, se considerarmos os times dentro do ambiente da MLB, Braves e Cubs empatam por terem surgido junto com a liga.

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Semana MLB: Os Yankees precisam voltar a agir como predadores no mercado (a começar por buscar Ohtani)

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


O mercado de transferências funciona como a cadeia alimentar, ao menos em modalidades em que há grande diferença econômica entre os clubes. Caso do beisebol. Os clubes mais pobres perdem jogadores mais alguns um pouco menos pobres, que perdem para os medianos, que perdem para os médio-grandes, que perdem para os grandões. Esses últimos são os grandes predadores desse ambiente. Eventualmente até perdem um ou outro jogador (nem toda caça é bem sucedida), mas costumam entrar nas negociações com mais poder de barganha e com mais ambição.

A renovação de Aaron Judge foi o único grande investimento dos Yankees para 2023
A renovação de Aaron Judge foi o único grande investimento dos Yankees para 2023 Sean M. Haffey/Getty Images Sport

Na MLB, esse papel sempre é ocupado pelo New York Yankees. Eventualmente uma ou outra equipe pode se equiparar financeiramente, mas os nova-iorquinos sempre estão entre os principais candidatos a brigar pelos jogadores mais caros. A torcida e a imprensa de Nova York também vêem dessa forma, e há cobrança para a diretoria manter essa postura. Desenvolver jogadores em casa é legal, mas, onde a categoria de base não atender, o dinheiro tem de buscar.

No entanto, a franquia tem sido mais discreta nesse aspecto. Por mais que tenha feito investimentos grandes para contratar Giancarlo Stanton e Gerrit Cole e renovar com Aaron Judge, parece pouco. O time atual é competitivo, mas a lesão de Judge mostrou como o ataque sente falta de mais jogadores de peso para segurar a responsabilidade. Na cabeça do torcedor, esse perfil de elenco é sinal de falta de ambição, ainda mais se comparando com o caminhão de dinheiro que o New York Mets, o rival de cidade, tem gastado (ainda que os resultados sejam até piores).

Por isso, os Yankees precisam retomar a postura de quem integra o topo da cadeia alimentar no mercado da MLB. Ainda que isso custe muitos milhões de dólares a mais na folha salarial, recuperaria a credibilidade dessa gestão com o torcedor e, no final das contas, aumentaria a chance de títulos.

Nesse cenário, a abertura dos Los Angeles Angels para ouvir propostas por Shohei Ohtani aparece como uma grande oportunidade. Ir atrás do japonês mostraria a ambição que o torcedor e a imprensa de Nova York tanto cobram da diretoria ianque. Além disso, Ohtani se encaixaria bem em um ataque que precisa de um rebatedor de força canhoto e um final de campeonato forte poderia servir de teste para os Yankees saberem se vale fazer uma investida ainda mais ousada para tentar um novo contrato e ter o jogador por longo prazo a partir do ano que vem.

O NÚMERO DA SEMANA

36 anos (e um dia)
Idade de Yan Gomes na última quinta. Um dia depois de seu aniversário, o brasileiro conseguiu duas rebatidas triplas na partida de seu Chicago Cubs contra o St. Louis Cardinals. Com isso, se tornou no jogador mais velho dos Cubs a conseguir duas triplas desde 1905, quando Jack McCarthy obteve o feito aos 36 anos e 19 dias.


PERSONAGEM DA SEMANA

Christian Encarnación-Strand
O defensor externo estreou pelo Cincinnati Reds na última segunda (dia 17) e se tornou o jogador de nome mais longo da história da MLB. Seu nome completo tem 27 letras (contando o hífen), batendo a marca de Simeon Woods Richardson (21). Se contarmos apenas o sobrenome, Encarnación-Strand também está bem à frente, com 18 (três à frente de Woods Richardson). Ele só não está na frente em maior nome na camisa, pois seu sobrenome completo não cabe nas costas e, por isso, ficou apenas com Encarnación (11 letras, quatro a menos que Woods Richardson). 

VÍDEO DA SEMANA

Na última sexta (dia 21), o jogo entre Boston Red Sox e New York Mets foi interrompido na quarta entrada devido a uma chuva. O clima não permitiu que a partida fosse retomada no mesmo dia e, se você tinha dúvidas se caiu tanta água assim em Boston, veja como estavam as escadas que levam à arquibancada do Fenway Park.


O QUE VEM POR AÍ

New York Yankees e New York Mets fazem temporadas decepcionantes, e que já despertam preocupação de não terminar com classificação aos playoffs. Os Yankees ainda estão em situação mais contornável, mas os Mets não conseguem uma sequência que coloque a equipe com campanha positiva e na briga pelo wildcard da Liga Nacional. Por isso, a pequena série de dois jogos nesta semana pode ser importante. Uma mini-varrida poderia ajudar a dar o embalo para recuperar terreno na classificação nesse começo de segunda metade da temporada. As partidas estão marcadas para terça e quarta, com duelos programados entre Justin Verlander e Domingo Germán e entre José Quintana e Carlos Rondón.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 21/jul
20h - Boston Red Sox x New York Mets (ESPN 2 e Star+)

Sábado, 22/jul
17h - Los Angeles Dodgers x Texas Rangers (Star+)

Domingo, 23/jul
20h - New York Mets x Boston Red Sox (ESPN 2 e Star+)

Segunda, 24/jul
21h - Texas Rangers x Houston Astros (ESPN 2 e Star+)

Terça, 25/jul
19h30 - Miami Marlins x Tampa Bay Rays (ESPN 2 e Star+)

Quarta, 26/jul
17h - Toronto Blue Jays x Los Angeles Dodgers (ESPN 2 e Star+)
20h - Atlanta Braves x Boston Red Sox (ESPN 2 e Star+)

Quinta, 27/jul
21h - Cleveland Guardians x Chicago White Sox (ESPN 2 e Star+)

Sexta, 28/jul
21h - Tampa Bay Rays x Houston Astros (ESPN 2 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 21/jul
22h - LMB: Águila de Veracruz x Guerreros de Oaxaca
22h30 - LMB: Piratas de Campeche x Leones de Yucatán

Sábado, 22/jul
13h - Little League (softbol): Playoffs regionais
20h - LMB: Toros de Tijuana x Sultanes de Monterrey

Domingo, 23/jul
11h - Little League (softbol): Playoffs regionais
19h - LMB: Diablos Rojos de México x Tigres de Quintana Roo
20h - LMB: Piratas de Campeche x Leones de Yucatán

Segunda, 24/jul
11h - Little League (softbol): Playoffs regionais
22h30 - LMB: Toros de Tijuana x Sultanes de Monterrey

Terça, 25/jul
11h - Little League (softbol): Playoffs regionais
22h30 - LMB: Sultanes de Monterrey x Bravos de León
22h30 - LMB: Mariachis de Guadalajara x Diablos Rojos de México

Quarta, 26/jul
11h - Little League (softbol): Playoffs regionais
22h30 - LMB: Sultanes de Monterrey x Bravos de León
22h30 - LMB: Mariachis de Guadalajara x Diablos Rojos de México

Quinta, 27/jul
11h - Little League (softbol): Playoffs regionais
22h30 - LMB: Sultanes de Monterrey x Bravos de León
22h30 - LMB: Leones de Yucatán x Acereros de Monclova
22h30 - LMB: Águila de Veracruz x Rieleros de Aguascalientes

Sexta, 28/jul
12h - Little League (softbol): Playoffs regionais
20h - Athletes Unlimited: Softbol
22h - LMB: Algodoneros de Unión Laguna x Pericos de Puebla
22h - LMB: Diablos Rojos de México x Guerreros de Oaxaca

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Os Yankees precisam voltar a agir como predadores no mercado (a começar por buscar Ohtani)

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Semana MLB: Por que uma saída de Ohtani é mais realista agora

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

O Los Angeles Angels nunca considerou negociar Shohei Ohtani. Além de ser o jogador mais importante da equipe, ele ainda é um ímã de dinheiro: atrai mais público e muitos milhões em patrocinadores japoneses. Por isso, chega a surpreender quando o repórter Jon Morosi, da MLB Network, informa que “ainda que improvável”, o clube está disposto a ouvir o mercado.

Shohei Ohtani
Shohei Ohtani Getty Images

O momento é delicado. Os Angels chegaram à parada do All-Star Game em uma sequência muito ruim, com uma vitória nos últimos dez jogos. Isso fez o time cair de um 44-37 que ainda o deixava bem posicionado na briga por uma vaga nos playoffs para um 45-46 que deixa uma sensação de mais uma temporada longe do mata-mata. Com o mercado se fechando em 2 de agosto, temos duas semanas para o time californiano definir se ainda vai tentar a classificação ou aceita mais um ano sem pós-temporada.

Nisso, negociar Ohtani começa a fazer sentido. O contrato do japonês termina nesta temporada. A franquia sempre deu a entender que quer mantê-lo para os próximos anos, e mantê-lo em casa até o final do atual vínculo poderia fazer a diferença na hora de fechar um novo acordo a partir de 2024. No entanto, as tentativas dos Angels em reforçarem o resto do elenco, a ponto de entregaram um time mais competitivo para Ohtani e Mike Trout, as duas superestrelas da equipe, falham ano após ano. E cada vez mais o mercado imagina que Ohtani acabará acertando com um outro clube.

Se for para perder o japonês a partir de 2024, talvez valesse a pena já perder agora. Nesse caso, os Angels ainda receberiam jogadores em troca, e poderiam reforçar mais a base para dar, nem que seja somente para Trout, um time competitivo para lutar pelo título. Com a temporada que Ohtani vem fazendo, ele está com muito valor no mercado, e poderia valer uma troca com duas ou três promessas bem cotadas. Algo que o time californiano está precisando muito.

O NÚMERO DA SEMANA

2 de 2
A corrida para terminar a temporada com 40% de aproveitamento já fez muita gente olhar para a habilidade de Luis Arraez de fazer bons contatos. Ainda assim, o All-Star Game acaba sendo uma boa oportunidade para muitos verem isso ao vivo, já que não são tantos que acompanham os jogos do Miami Marlins. Pois o venezuelano esfregou sua técnica na cara da qualquer cético que ainda restasse. Ele foi 2 de 2 no bastão. Mas não o 2 de dois tradicional, com duas rebatidas em dois duelos válidos. Ele foi 2 de 2 com duas rebatidas em dois arremessos recebidos. Aproveitamento máximo.

PERSONAGEM DA SEMANA

Julio Rodríguez
O defensor externo do Seattle Mariners foi a grande figura dos eventos do All-Star Game disputado no estádio de sua equipe. O dominicano foi colocado para interagir com outros ídolos de Seattle, como Marshawn Lynch (NFL) e Ken Griffey Jr (MLB). Além disso, bateu o recorde de home runs em uma única rodada do Home Run Derby (vídeo abaixo) e ainda teve a chance de dar a vitória de walk off à Liga Americana no All-Star Game. Não conseguiu, mas a expectativa criada por um desfecho épico deu ares de jogo decisivo a um amistoso.


VÍDEO DA SEMANA

Elias Díaz rebate o home run que dá a vitória à Liga Nacional na oitava entrada do All-Star Game


O QUE VEM POR AÍ

Se o torcedor do New York Yankees tem esperança de ver seu time tentando negociar para ter Shohei Ohtani, esta semana pode ser decisiva. Os nova-iorquinos vão à Califórnia para uma série de três jogos contra os Angels. Oportunidade de, mais uma vez, sentir de perto o impacto que o japonês pode ter. Só não será maior porque Ohtani não está programado para abrir nenhuma das partidas da série. A ESPN 4 e o Star+ transmitem o duelo da quarta.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 14/jul
19h - San Diego Padres x Philadelphia Phillies (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 15/jul
16h - Arizona Diamondbacks x Toronto Blue Jays (Star+)

Domingo, 16/jul
20h - Houston Astros x Los Angeles Angels (ESPN 2 e Star+)

Segunda, 17/jul
21h - Tampa Bay Rays x Texas Rangers (ESPN 4 e Star+)

Terça, 18/jul
22h30 - New York Yankees x Los Angeles Angels (ESPN 4 e Star+)

Quarta, 19/jul
22h30 - Minnesota Twins x Seattle Mariners (ESPN 2 e Star+)

Quinta, 20/jul
21h - St. Louis Cardinals x Chicago Cubs (ESPN 2 e Star+)

Sexta, 21/jul
20h - Boston Red Sox x New York Mets (ESPN 2 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 14/jul
22h - LMB: Olmecas de Tabasco x Diablos Rojos de México
22h30 - LMB: Mariachis de Guadalajara x Algodoneros de Unión Laguna

Sábado, 15/jul
20h - LMB: Saraperos de Saltillo x Sultanes de Monterrey
21h - LMB: Leones de Yucatán x Piratas de Campeche

Domingo, 16/jul
20h - LMB: Rieleros de Aguascalientes x Generales de Durango

Segunda, 17/jul
23h - LMB: Diablos Rojos de México x Olmecas de Tabasco

Terça, 18/jul
22h30 - LMB: Sultanes de Monterrey x Rieleros de Aguascalientes
22h30 - LMB: Pericos de Puebla x Águila de Veracruz

Quarta, 19/jul
22h30 - LMB: Sultanes de Monterrey x Rieleros de Aguascalientes
22h30 - LMB: Pericos de Puebla x Águila de Veracruz

Quinta, 20/jul
22h30 - LMB: Bravos de León x Mariachis de Guadalajara
22h30 - LMB: Pericos de Puebla x Águila de Veracruz
23h30 - LMB: Saraperos de Saltillo x Toros de Tijuana

Sexta, 21/jul
22h - LMB: Águila de Veracruz x Guerreros de Oaxaca
22h30 - LMB: Piratas de Campeche x Leones de Yucatán

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Por que uma saída de Ohtani é mais realista agora

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Semana MLB: Um roteiro rápido para acompanhar o Draft, o Home Run Derby, o All-Star Game e os ESPYs

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal


Semana cheia com os eventos especiais de meio de temporada da MLB, tudo em sequência: Draft no domingo, Home Run Derby na segunda, All-Star Game na terça e ESPYs (o “Oscar do esporte americano”) na quarta. Sem enrolar muito, vamos a um rápido guia para você poder acompanhar tudo isso (no final do post está a programação de transmissões, claro).

DRAFT (atualizado em relação a um guia já publicado em 2021)

Como funciona o draft da MLB?
A estrutura básica lembra o da NBA: os seis primeiros lugares na ordem são sorteados, com mais chances para os times de pior campanha na temporada anterior. A partir da sétima escolha, segue a ordem da classificação da temporada regular do ano passado. Uma diferença é que não é permitido negociar essas escolhas, como é bastante comum no basquete e no futebol americano. Outra diferença é que, ao final da primeira e da segunda rodada, alguns times ainda têm escolhas extras, concedidas para compensar equipes de mercados menores ou que perderam algum bom jogador que virou agente livre.

Quem pode ser draftado?
Essa é outra diferença importante. Na NBA e na NFL, os jogadores se inscrevem para o draft, sinalizando o interesse em ingressar na liga. Na MLB não há esse processo. Desse modo, as franquias podem draftar qualquer jovem que esteja saindo do ensino médio ou que esteja nos últimos dois anos da faculdade. Ele não precisa se inscrever, por isso, é comum um garoto não aceitar o recrutamento.

Por que ele não aceitaria?
Pelos mais diversos motivos, mas os mais comuns são: ele também é promessa em outra modalidade (normalmente futebol americano) e prefere tentar a sorte nesse outro esporte, ele prefere terminar a faculdade antes ou ele foi selecionado em uma rodada ruim e acha que, se ficar mais um ou dois anos no beisebol universitário, terá mais chances de ser chamado em uma das primeiras rodadas (e, claro, receber um bônus maior pelo contrato) no futuro. Um caso diferente foi o de Carter Stewart, que rejeitou a seleção do Atlanta Braves em 2018 para assinar um contrato com o beisebol japonês, onde teria perspectiva de chegar mais rápido ao time principal.

Bryce Harper e Stephen Strasburg, primeiras escolhas do draft em 2010 e 2009 pelo Washington Nationals
Bryce Harper e Stephen Strasburg, primeiras escolhas do draft em 2010 e 2009 pelo Washington Nationals Getty

E isso vale para os estrangeiros?
São recrutáveis apenas os jovens que estejam no sistema escolar ou universitário de Estados Unidos, Canadá e Porto Rico. Estrangeiros que estejam estudando em alguma instituição desses países são draftáveis (caso do brasileiro Yan Gomes, que jogava no time da Universidade do Tennessee). Atletas de outros países que não estejam estudando são contratados como free agents (ou, no caso de japoneses, de acordo com as regras estabelecidas em  um acordo entre a MLB e a NPB). Jogadores de qualquer nacionalidade que já passaram da elegibilidade no draft e atuam em ligas independentes também são contratados como free agents.

Quantas rodadas são?
Uma cacetada. Quem está acostumado com as duas rodadas do draft da NBA ou com as sete do draft da NFL, vai ficar tonto pensando que o da MLB tem 20 rodadas. 

Por que se fala pouco do draft da MLB em comparação com o da NFL e o da NBA?
No beisebol, o jogador demora mais para desenvolver seu talento. É raro um jovem sair do ensino médio ou da universidade capaz de ser produtivo na MLB. Eles passam alguns anos atuando em ligas menores (categoria de desenvolvimento) até provarem que conseguiram atingir o nível das grandes ligas. Desse modo, o jogador que sai do draft levará algumas temporadas para realmente reforçar a equipe que o escolheu, e muitas vezes isso nem acontece (ou porque ele não se desenvolve o suficiente, ou porque ele acaba negociado com outro time durante sua passagem pelas ligas menores).

E, como os jogadores não terão impacto imediato na MLB, a lógica da escolha é diferente da NBA ou da NFL. Ao invés de a franquia escolher jogadores de posições que estão mais carente no time principal, eles priorizam preencher as lacunas de suas categorias de base. 

Então por que estão falando tanto disso agora?
Bem, nos últimos anos o draft da MLB começou a ser visto de nova forma. Com a melhoria da capacidade de avaliação das franquias da MLB e o crescimento do beisebol universitário, cada vez mais os jogadores draftados chegam “quase prontos” ao beisebol profissional. O desenvolvimento que antes levava quatro ou cinco temporadas agora leva duas ou três em alguns casos, o que faz o torcedor perceber melhor o quanto um recrutamento bem feito realmente melhora seu time em médio prazo. Ainda mais porque várias franquias utilizaram o draft e o trabalho em ligas menores como forma de construir equipes campeãs (Kansas City Royals em 2015, Chicago Cubs em 2016, Houston Astros em 2017). 

Assim, veja como ficou a sequência de escolhas da primeira rodada, incluindo a primeira rodada normal e nove escolhas extras (balanço da liga e compensatória):

1) Pittsburgh Pirates
2) Washington Nationals
3) Detroit Tigers
4) Texas Rangers
5) Minnesota Twins
6) Oakland Athletics
7) Cincinnati Reds
8) Kansas City Royals
9) Colorado Rockies
10) Miami Marlins
11) Los Angeles Angels
12) Arizona Diamondbacks
13) Chicago Cubs
14) Boston Red Sox
15) Chicago White Sox
16) San Francisco Giants
17) Baltimore Orioles
18) Milwaukee Brewers
19) Tampa Bay Rays
20) Toronto Blue Jays
21) St. Louis Cardinals
22) Seattle Mariners
23) Cleveland Guardians
24) Atlanta Braves
25) San Diego Padres
26) New York Yankees
27) Philadelphia Phillies
28) Houston Astros
29) Seattle Mariners
30) Seattle Mariners
31) Tampa Bay Rays
32) New York Mets
33) Milwaukee Brewers
34) Minnesota Twins
35) Miami Marlins
36) Los Angeles Dodgers
37) Detroit Tigers
38) Cincinnati Reds
39) Oakland Athletics

Ué, por que Mets e Dodgers aparecem só depois da 30ª escolha, se são apenas 30 franquias?
Essas duas equipes perderam dez posições na primeira rodada por passarem a primeira taxa de luxo (parâmetro estabelecido pela liga para conter as folhas salariais dos times mais ricos) em mais de US$ 40 milhões.

E quem são as principais promessas? 
Os drafts simulados dos principais veículos foram quase unânimes nas cinco primeiras escolhas. Apenas seis jogadores aparecem como favoritos, o que indica um draft sem tantas surpresas no topo. A expectativa é mais pela ordem em que esses jogadores serão chamados.

MLB.com:

1) Wyatt Langford (defensor externo, Florida)
2) Paul Skenes (arremessador, LSU)
3) Dylan Crews (defensor externo, LSU)
4) Max Clark (defensor externo, Franklin High School)
5) Walker Jenkins (defensor externo, South Brunswick High School)

ESPN

1) Paul Skenes
2) Dylan Crews
3) Wyatt Langford
4) Max Clark
5) Walker Jenkins

The Athletic:

1) Wyatt Langford
2) Paul Skenes
3) Dylan Crews
4) Max Clark
5) Jacob González (shortstop, Ole Miss)

HOME RUN DERBY

Segue o formato dos últimos anos. Os oito concorrentes são separados em quatro confrontos, com os vencedores indo às semifinais e, depois, quem sobrevive disputa a finalíssima. Em cada duelo, o jogador tem três minutos para rebater o máximo de home runs possível, com direito a um pedido de tempo de 45 segundos. Se o rebatedor conseguir um home run de mais de 440 pés (134,11 metros) de distância, ganha mais 30 segundos de tempo extra para aumentar sua marca.

Randy Arozarena, do Tampa Bay Rays
Randy Arozarena, do Tampa Bay Rays Getty Images

No caso de igualdade, os jogadores disputam um desempate de 60 segundos. Se o empate permanecer, são disputadas rodadas de três giros de bastão para cada um até que alguém saia vencedor. O campeão ganha US$ 1 milhão.

Os confrontos serão:

Luis Robert Jr (White Sox) x Adley Rutschman (Orioles)
Adolis García (Rangers) x Randy Arozarena (Rays)
Mookie Betts (Dodgers) x Vladimir Guerrero Jr (Blue Jays)
Pete Alonso (Mets) x Julio Rodríguez (Mariners)

ALL-STAR GAME

Os times titulares foram eleitos pelo público, enquanto que os reservas e arremessadores vieram de votação entre os jogadores e definição da própria liga. Confira os dois times (os jogadores com asterisco foram selecionados, mas não disputarão o jogo por pedir dispensa ou estarem lesionados).

Liga Nacional

Titulares: Jonah Heim (catcher, Rangers), Yandy Díaz (primeira base, Rays), Marcus Semien (segunda base, Rangers), Josh Jung (terceira base, Rangers), Corey Seager (shortstop, Rangers), Mike Trout (defensor externo, Angels)*, Randy Arozarena (defensor externo, Rays), Aaron Judge (defensor externo, Yankees)* e Shohei Ohtani (rebatedor designado, Angels)

Reservas: Salvador Pérez (catcher, Royals), Adley Rutschman (catcher, Orioles), Vladimir Guerrero Jr. (defensor interno, Blue Jays), Whit Merrifield (defensor interno, Blue Jays), Bo Bichette (defensor interno, Blue Jays), José Ramírez (defensor interno, Guardians), Wander Franco (defensor interno, Rays), Luis Robert Jr. (defensor externo, White Sox), Austin Hays (defensor externo, Orioles), Yordan Álvarez (defensor externo, Astros)*, Adolis García (defensor externo, Rangers), Kyle Tucker (defensor externo, Astros), Julio Rodríguez (defensor externo, Mariners) e Brent Rooker (rebatedor designado, Athletics)

Abridores: Shohei Ohtani (Angels), Gerrit Cole (Yankees), Luis Castillo (Mariners), Sonny Gray (Twins), Nathan Eovaldi (Rangers), Kevin Gausman (Blue Jays), Shane McClanahan (Rays)*, Framber Valdez (Astros)*, Michael Lorenzen (Tigers), George Kirby (Mariners), Pablo López (Twins) e Jordan Romano (Blue Jays)

Relievers: Kenley Jansen (Red Sox), Emmanuel Clase (Guardians)*, Félix Bautista (Orioles), Yennier Cano (Orioles) e Carlos Estévez (Angels)

Freddie Freeman, dos Dodgers
Freddie Freeman, dos Dodgers Todd Kirkland/Getty Images

Liga Nacional

Titulares: Sean Murphy (catcher, Braves), Freddie Freeman (primeira base, Dodgers), Luis Arraez (segunda base, Marlins), Nolan Arenado (terceira base, Cardinals), Orlando Arcia (shortstop, Braves), Ronald Acuña Jr. (defensor externo, Braves), Mookie Betts (defensor externo, Dodgers), Corbin Carroll (defensor externo, Diamondbacks) e JD Martinez (rebatedor designado, Dodgers)

Reservas: Will Smith (catcher, Dodgers), Elias Díaz (catcher, Rockies), Matt Olson (defensor interno, Braves), Ozzie Albies (defensor interno, Braves), Austin Riley (defensor interno, Braves), Dansby Swanson (defensor interno, Cubs)*, Pete Alonso (defensor interno, Mets), Geraldo Perdomo (defensor interno, Diamondbacks), Lourdes Gurriel Jr. (defensor externo, Diamondbacks), Nick Castellanos (defensor externo, Phillies), Juan Soto (defensor externo, Padres) e Jorge Soler (rebatedor designado, Marlins)

Abridores: Zac Gallen (Diamondbacks), Spencer Strider (Braves)*, Bryce Elder (Braves)*, Justin Steele (Cubs), Mitch Keller (Pirates), Josiah Gray (Nationals), Clayton Kershaw (Dodgers)*, Marcus Stroman (Cubs)*, Kodai Senga (Mets), Alex Cobb (Giants) e Corbin Burnes (Brewers)

Relievers: Alexis Díaz (Reds), Josh Hader (Padres), Devin Williams (Brewers)*, Camilo Doval (Giants), David Bednar (Pirates) e Craig Kimbrel (Phillies)

As equipes serão comandadas por Rob Thomson (Phillies, Liga Nacional) e Dusty Baker (Astros, Liga Americana), técnicos campeões das duas ligas no ano passado.

ESPYs

O dia seguinte ao All-Star Game da MLB é, tradicionalmente, o único do ano sem nenhuma partida das quatro principais ligas dos EUA. Momento perfeito para a realização do ESPYs, premiação organizada pela ESPN norte-americana para os melhores do esporte no ano anterior. Veja os indicados no beisebol e softbol:

- Melhor atleta masculino: Aaron Judge (Yankees)
- Atleta que mais estourou: Julio Rodríguez (Mariners)
- Atleta que deu a volta por cima: Justin Verlander (Astros / Mets)
- Melhor time: Oklahoma Sooners (softbol universitário)
- Melhor atleta universitária feminina: Jordy Bahl (softbol da Oklahoma)
- Melhor atleta da MLB: Paul Goldschmidt (Cardinals), Aaron Judge (Yankees), Shohei Ohtani (Angels), Justin Verlander (Astros)

Aaron Judge bateu o recorde de home runs em uma temporada da Liga Americana em 2022
Aaron Judge bateu o recorde de home runs em uma temporada da Liga Americana em 2022 []

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 7/jul
20h - Chicago Cubs x New York Yankees (ESPN 4 e Star+)

Sábado, 8/jul
14h - Chicago Cubs x New York Yankees (Star+)
20h - MLB Futures Game (Star+)

Domingo, 9/jul
20h - Draft 2023 (Star+)

Segunda, 10/jul
21h - Home Run Derby (ESPN 2 e Star+)

Terça, 11/jul
20h30 - All-Star Game (ESPN 2 e Star+)

Quarta, 12/jul
21h - ESPYs (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 14/jul
19h - San Diego Padres x Philadelphia Phillies (ESPN 3 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 7/jul
22h - LMB: Bravos de León x Diablos Rojos de México
22h - LMB: Águila de Veracruz x Pericos de Puebla

Sábado, 8/jul
20h - LMB: Tigres de Quintana Roo x Sultanes de Monterrey
22h - LMB: Leones de Yucatán x Olmecas de Tabasco

Domingo, 9/jul
21h - LMB: Piratas de Campeche x Algodoneros de Unión Laguna

Segunda, 10/jul
23h30 - LMB: Acereros de Monclova x Toros de Tijuana

Terça, 11/jul
22h30 - LMB: Saraperos de Saltillo x Águila de Veracruz
23h30 - LMB: Guerreros de Oaxaca x Toros de Tijuana

Quarta, 12/jul
21h30 - LMB: Sultanes de Monterrey x Tecolotes de los Dos Laredos
22h30 - LMB: Pericos de Puebla x Leones de Yucatán

Quinta, 13/jul
22h - LMB: Acereros de Monclova x Diablos Rojos de México
22h30 - LMB: Saraperos de Saltillo x Águila de Veracruz
22h30 - LMB: Algodoneros de Unión Laguna x Generales de Durango

Sexta, 14/jul
22h - LMB: Olmecas de Tabasco x Diablos Rojos de México
22h30 - LMB: Mariachis de Guadalajara x Algodoneros de Unión Laguna

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Um roteiro rápido para acompanhar o Draft, o Home Run Derby, o All-Star Game e os ESPYs

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Semana MLB: O jogador que recebeu mais de US$ 10 milhões de salário 35 anos após sua aposentadoria

Ubiratan Leal
Ubiratan Leal

Todo 1° de julho a comunidade do beisebol celebra o Dia de Bobby Bonilla, data em que o New York Mets paga mais uma parcela do acordo de rescisão do contrato do jogador. O ex-defensor externo, que encerrou a carreira em 2003, recebe US$ 1,19 milhão (valor atual) todo ano até 2035, um negócio que virou símbolo das trapalhadas extracampo dos Mets.

Mas ele não é o único. E nem é o valor mais alto. A diferença é o fato de Bonilla receber como acordo de rescisão, que já que a maioria dos casos se dá por cláusula estabelecida na época da assinatura do contrato.

É o caso de Bret Saberhagen, que recebe US$ 250 mil dos Mets desde 2005 (continuará recebendo até 2029). O mesmo ocorre com Manny Ramírez (US$ 2 milhões por ano do Boston Red Sox entre 2011 e 26), Ken Griffey Jr (US$ 3,59 milhões do Cincinnati Reds de 2009 a 24) e Max Scherzer (US$ 15 milhões do Washington Nationals de 2022 a 28).

Mas o caso mais chamativo era o de Bruce Sutter. Ele defendeu o Atlanta Braves de 1985 a 88. O arremessador era uma estrela, digna de um contrato de US$ 9,1 milhões por seis anos. No entanto, e recebeu "apenas" US$ 4,8 milhões. Por quê? Bem, porque ele pediu para o resto do dinheiro – corrigido, claro – ser pago em parcelas anuais de US$ 1,2 milhão de 1991 até 2022, quando ele também recebeu uma pagamento final de US$ 9,1 milhões.

Sutter teve vários problemas físicos nos Braves e acabou encerrando a carreira após o quarto ano de contrato. Mas ele garantiu sua aposentadoria assim, recebendo mais de US$ 1 milhão durante 32 anos.

Infelizmente, o arremessador morreu em outubro do ano passado, pouco depois de receber os US$ 10,3 milhões da última parcela do acordo. Tinha 69 anos, mas sua trajetória comum dos maiores fechadores de todos os tempos está imortalizada no Hall da Fama do beisebol.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre beisebol na Europa, avanços técnicos no beisebol e Athletics deixando Las Vegas. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

O NÚMERO DA SEMANA

493
Shohei Ohtani rebateu um home run de 493 pés (150,2 metros) nesta sexta, na derrota do Los Angeles Angels para o Arizona Diamondbacks por 6 a 2. Foi o home run mais longo da carreira de Ohtani e o mais longo de qualquer jogador na atual temporada da MLB.

PERSONAGEM DA SEMANA

David e Dominic Fletcher
O jogo entre Los Angeles Angels e Arizona Diamondbacks desta sexta não foi marcante apenas pelo home run monstruoso de Ohtani. A partida marcou o encontro dos irmãos Fletchers em um jogo da MLB. David (Angels) e Dominic (Dbacks) já haviam se enfrentado em ligas menores, mas nunca nas grandes ligas.


Coincidentemente, o jogo ocorreu justamente no Angel Stadium, estádio que os Fletchers frequentavam como outras tantas famílias que cresceram no Condado de Orange. Só não foi completo porque o pai não pode testemunhar o momento. Tim Fletcher faleceu há duas semanas.

VÍDEO DA SEMANA

Domingo Germán arremessou o 24º jogo perfeito da história da MLB. Foi na última quarta (dia 28), na vitória do New York Yankees sobre o Oakland Athletics. Havia 11 anos que não ocorria um arremessador ou um time não conseguia passar toda a partida sem ceder uma base sequer ao adversário. Curiosamente, Germán havia cedido dez corridas em sua partida anterior.

O QUE VEM POR AÍ

Quem gosta de um bom duelo de arremessadores precisa ficar ligado na ESPN 2 ou no Star+ na próxima terça. Será a oportunidade de ver um ótimo confronto entre Shohei Ohtani e Joe Musgrove, abridores programados para a partida entre Los Angeles Angels e San Diego Padres. Ambos tiveram oscilações até maio, mas estão em grande fase. Ohtani tem ERA de 2,76 desde 21 de maio, enquanto Musgrove está com 2,13 desde 26 do mesmo mês.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 30/jun
20h - Boston Red Sox x Toronto Blue Jays (ESPN 2 e Star+)

Sábado, 1/jul
17h - Miami Marlins x Atlanta Braves (Star+)

Domingo, 2/jul
18h30 - Show da Escolha do All-Star Game (Star+)
20h - San Francisco Giants x New York Mets (ESPN 2 e Star+)

Segunda, 3/jul
20h - Baltimore Orioles x New York Yankees (ESPN 4 e Star+)

Terça, 4/jul
19h30 - Los Angeles Angels x San Diego Padres (ESPN 2 e Star+)

Quarta, 5/jul
23h - Pittsburgh Pirates x Los Angeles Dodgers (ESPN 2 e Star+)

Quinta, 6/jul
22h30 - New York Mets x Arizona Diamondbacks (ESPN 2 e Star+)

Sexta, 7/jul
20h - Chicago Cubs x New York Yankees (ESPN 4 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 30/jun
22h30 - LMB: Guerreros de Oaxaca x Águila de Veracruz
22h30 - LMB: Olmecas de Tabasco x Generales de Durango

Sábado, 1/jul
21h - LMB: Tecolotes de los Dos Laredos x Tigres de Quintana Roo
22h30 - LMB: Saraperos de Saltillo x Acereros de Monclova

Domingo, 2/jul
21h - LMB: Sultanes de Monterrey x Toros de Tijuana

Segunda, 3/jul
22h30 - LMB: Saraperos de Saltillo x Acereros de Monclova

Terça, 4/jul
22h30 - LMB: Mariachis de Guadalajara x Acereros de Monclova
22h30 - LMB: Bravos de León x Guerreros de Oaxaca

Quarta, 5/jul
21h30 - LMB: Diablos Rojos de México x Tecolotes de los Dos Laredos
22h30 - LMB: Olmecas de Tabasco x Pericos de Puebla

Quinta, 6/jul
22h - LMB: Olmecas de Tabasco x Pericos de Puebla
22h30 - LMB: Mariachis de Guadalajara x Acereros de Monclova
22h30 - LMB: Toros de Tijuana x Rieleros de Aguascalientes

Sexta, 7/jul
22h - LMB: Bravos de León x Diablos Rojos de México
22h - LMB: Águila de Veracruz x Pericos de Puebla

Obs: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: O jogador que recebeu mais de US$ 10 milhões de salário 35 anos após sua aposentadoria

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