Busca pelo sucessor de Jesus testa diretoria do Flamengo
Se o Flamengo tentar contatar alguém de fora, terá que convencer o mesmo a lidar com aquilo que, supostamente, contribuiu para Jorge Jesus ir embora.
O português foi.
A COVID-19, as restrições para viajar, a falta de perspectiva de melhora de casos, os problemas de gestão do futebol, tudo continua.
Tenho dúvidas se foi isso que convenceu o ídolo a trocar de ares. Topou renovar o contrato sabendo dos problemas, usou frases fortes, disse que pretendia ganhar o mundial, fez pacto com os jogadores, e que poucos clubes seriam capazes de convencê-lo a sair da Gávea.
Mas abriu mão de tudo pelo Benfica. Se for remunerado com valores que estão sendo divulgados, receberá enorme acréscimo nos ganhos.
O presidente prometeu elenco capaz de lutar pela Champions League, algo improvável diante da realidade financeira do clube. Como disse e repito, se a ideia era ter equipe capaz de ganhar títulos nacionais e continentais, algo que o treinador sempre disse ser fator motivador, teria continuado o trabalho.
O treinador conhece os meandros do futebol português. Por isso, nem ele acreditaria que receberia oferta tão robusta.
Por isso descartava, em seu discurso na maior parte do tempo, retornar ao seu país.
De qualquer forma, após a oferta que supera em muito o pago na antecessor, usou o direito de qualquer trabalhador e optou por ganhar mais.
A saída foi contraditória apenas sob a ótica esportiva, mas totalmente compreensível. A sua obra permanece intacta.
Conseguiu, em campo, o status de lenda flamenguista. Mexeu com todo o futebol em nosso país. Tem mais troféus que derrotas.
O adeus em nada interfere nos méritos elogiáveis.
A bomba agora está nas mãos da diretoria. Terá que provar capacidade. Caso se equivoque, a gente verá que Jorge Jesus foi grande e casual acerto, ou que a demissão do Pelaipe foi bobagem.
Terá que achar alguém com ideias de jogo parecidas, que seja capaz de utilizar pleno potencial dos atletas e desenvolver o time, pois foram trazidos mais jogadores acima da média em nosso padrão.
Precisará do técnico que lide com o nosso idioma, o que restringe opções, conquiste a confiança do elenco, e que aceite moradia onde a pandemia está sem controle.
Receberá em troca o melhor grupo de atletas do continente, além da torcida de cerca de 40 milhões, a mesma que espera resultados iguais ou superiores aos da última temporada.
Fonte: Vitor Birner
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