5ºs JOGOS PANAMERICANOS
1967- 5ºs JOGOS PANAMERICANOS
LOCAL: WINNIPEG/CANADÁ
PERÍODO: 24/07 à 06/08 de 1967
PAÍSES PARTICIPANTES: 29
DELEGAÇÃO BRASILEIRA: 132 atletas
ATLETAS PARTICIPANTES: 2467
MODALIDADE: Basquetebol masculino
CLASSIFICAÇÃO FINAL: 1º- EUA, 2º- México, 3º- Panamá, 4º-Cuba, 5º- Porto Rico, 6º- Argentina, 7º- Brasil, 8º- Peru- 9º- Canadá, 10º- Colômbia
Infelizmente sou obrigado a dizer que a participação do basquete brasileiro nessa competição foi um enorme fracasso. Pouco tempo para treinar e uma convocação equivocada feita em cima da hora levaram o basquete brasileiro a um péssimo 7º lugar, após ter sido bicampeão do mundo.
O técnico indicado pela CBB foi o ex jogador Edson Bispo dos Santos, meu companheiro de seleção em grandes jornadas, inclusive pivô titular do Brasil na conquista do 1º titulo mundial alcançado em Santiago, no Chile. Sem ter tempo para treinar, levou uma seleção brasileira desfigurada.
Na última hora pediu-me para fazer parte da sua seleção. Eu estava inativo, sem estado atlético perfeito para disputar um campeonato daquela envergadura, mas como era meu amigo, aceitei. Treinei em São Paulo apenas uma única vez e já embarquei para o Canadá.
Ao técnico não cabe nenhuma culpa, mas sim à CBB, que não preparou-se para esse evento como das outras vezes. Jogamos muito mal e com uma equipe totalmente desentrosada. A maioria dos jogadores, fora de forma, não deu conta do recado e o resultado não podia ser outro.
Voltamos para o Brasil com um sétimo lugar muito criticado pela imprensa brasileira. E com razão. No jogo contra Cuba, em que podíamos perder até por 15 pontos e nos classificarmos para a fase final, acabamos perdendo por 16. Sem dúvida essa foi a minha pior participação em seleção brasileira.
Confesso que até preferia não contar essa passagem vivida em minha carreira de esportista tão vitoriosa. Mas aqui está uma prova que, mesmo para um atleta de ponta como eu fui, haverá sempre a necessidade de estar preparado para enfrentar os grandes desafios.
O ano de 1967 foi para mim um ano de muitas atribuições, não só dentro das quadras, mas também na vida pessoal. Estava com 30 anos e, com a família crescendo, precisava pensar no futuro. Trabalhava demais e isso me desconcentrava da seleção, fora os deveres com o Corinthians.
Não é fácil a vida de um atleta de ponta. Cada vez mais ele precisará estar preparado, se não o fracasso baterá em sua porta sem deixar qualquer aviso. Mas não foi o meu fim. Reagi e consegui mais à frente jogar um basquetebol ascendente, sempre com muita dedicação e amor.
Infelizmente não consegui encontrar na internet dados numéricos e estatísticos que possam mostrar maiores detalhes da nossa participação. Restam apenas dados oriundos da minha cabeça, com amargas lembranças de uma seleção brasileira desprovida de força e competência.
Fonte: Wlamir Marques
5ºs JOGOS PANAMERICANOS
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