1971 – A vida continua e o fim dos meus 10 anos intensos no Corinthians
O ano de 1971 foi muito importante para a continuidade da minha vida particular e atlética. Nesse ano houve mudanças na direção do Corinthians, e o basquete infelizmente foi afetado. O presidente Wady Helu, nosso grande incentivador, foi substituído, vindo daí a debacle.
Vários jogadores deixaram o clube, mas, a pedido do novo diretor de basquete, Sr. Orlando Tabuso (ex-árbitro), continuei a defendê-lo, só que dessa vez como jogador e técnico. A partir dali, encerrei as minhas atividades como técnico da base, indo para a equipe principal.
Comecei um novo trabalho elaborando novos planos para a continuidade da nossa equipe. Alguns jogadores ficaram e outros novos vieram para completar o elenco, inclusive com jogadores saídos da base. O resultado surtiu efeito e eu ainda continuava em plena forma.
Vencemos a grande maioria dos campeonatos disputados, sempre contando com participação da nossa fiel torcida. Vencemos um torneio internacional disputado no Ginásio do Ibirapuera com a participação de uma equipe norte-americana, além de Sírio e Palmeiras.
Essa vitória reacendeu o entusiasmo para a continuidade do basquete corintiano mas, com problemas financeiros e atrasos nos pagamentos das ajudas de custo, a equipe foi se desmanchando. A partir desses problemas, comecei a pensar em deixar o clube.
No mês de janeiro de 1971, prestei vestibular na Fefisa (Faculdade de Educação Física de Santo André) e fui aprovado. Esse pensamento vinha há algum tempo sendo adiado, até por que, à serviço da seleção, tive que abandonar os estudos, sendo assim, corri atrás do meu futuro.
Estava em plena forma e, mais uma vez, a pedido do meu amigo e técnico Edson Bispo, fui convocado para os Jogos Pan-Americanos em Havana/Cuba, mas rejeitei o chamado. Os estudos naquele momento eram mais importantes, precisava terminar o curso e seguir em uma profissão.
Por mais um ano dei a minha colaboração para a manutenção daquela equipe vencedora do Corinthians, mas já dava pra perceber que as coisas não seriam mais as mesmas. O clube atravessava problemas financeiros e, aos poucos, os departamentos "amadores" foram desfeitos.
Na metade do ano de 1972, fui convidado para jogar no Tênis Clube de Campinas, com propostas de trabalho e atlética. Seria a continuidade do meu trabalho no Corinthians, onde eu seria técnico e jogador. Aceitei o convite e deixei o Corinthians após 10 anos de intensa dedicação.
1971 – A vida continua e o fim dos meus 10 anos intensos no Corinthians
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