1972- A vida continua (2), o trabalho na base e meu nome na lista dos Jogos Olímpicos de 1972
No mês de junho de 1972, me transferi para o Tênis Clube de Campinas. Foi uma transferência sem muita badalação, praticamente esperada no meio. Tinha propostas de outros clubes, mas decidi pelo Tênis. Ótima condição de trabalho. Também fui contratado pela prefeitura local.
Entretanto, ficou muito difícil exercer qualquer tipo de trabalho na prefeitura, pois eu estava no segundo ano da faculdade e residindo em São Paulo. Mesmo assim, dei início a uma escolinha de basquete no Tênis, em troca de um trabalho na prefeitura. Deu resultado.
Todas as segundas, quartas e sextas feiras, eu viajava de carro próprio para Campinas e voltava para São Paulo após os treinos. No dia seguinte acordava muito cedo pois, teria que ir para Santo André. Tinha aulas no período da manhã e à tarde descansava do esforço e da correria.
Antes do treino com a equipe adulta, eu ministrava aulas de basquete para aquela escolinha recém-formada. Comecei com poucos alunos, mas, a cada dia, aumentava o número de garotos ávidos em aprender a modalidade. Era um trabalho que sempre exerci com muito prazer.
Não era a primeira vez que eu exercia esse tipo de trabalho: na prefeitura de São Paulo também criei um núcleo de basquete no Centro Esportivo Thomaz Mazzoni da Vila Maria. No Corinthians, fiz o mesmo trabalho, ou seja, produzir valores para as grandes competições.
Assim eu levei o ano de 1972, com 35 anos e jogando ainda em alto nível, sempre procurando desenvolver as minhas qualidades como técnico. Fui ao encontro de novos métodos de treinamentos, até por que há uma grande diferença em ser dirigido e ser técnico de si mesmo.
Fui técnico e jogador nessas condições por três anos. Confesso que nunca senti qualquer tipo de problemas, sempre soube tratar meus jogadores com total respeito e carinho. Também nunca me faltaram com o devido respeito, fomos sempre muito mais amigos do que técnico e jogador.
A história do Tênis Clube de Campinas sempre foi marcada por grandes participações no Estado de São Paulo. Era considerada entre as 5 melhores do Estado e, com a minha vinda, passou a chamar muita atenção, recebendo inúmeros convites para apresentações.
Um fato novo surgiu nesse ano de 1972. Era ano olímpico, com os Jogos de Munique, na Alemanha. O basquete brasileiro estava classificado e se preparava para a competição. Na convocação, saiu o meu nome, só que dessa vez eu iria como atleta e assistente técnico do Kanela.
1972- A vida continua (2), o trabalho na base e meu nome na lista dos Jogos Olímpicos de 1972
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