Felício passou em vestibular nos EUA e foi de reserva do Fla a homem de confiança nos Bulls

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Cristiano Felício, jogador dos Bulls
Cristiano Felício, jogador dos Bulls

O Brasil já pode ver em Cristiano Felício, do Chicago Bulls, a esperança do país na continuidade na NBA. O pivô de 24 anos está tendo mais uma temporada na qual estabeleceu seu espaço regular na rotação dos Bulls.

A franquia de Chicago, seis vezes campeã da NBA, venceu o primeiro jogo da série de primeira rodada dos playoffs da Conferência Leste diante do Boston Celtics. O resultado foi surpreendente, já que os Celtics tiveram a melhor campanha da Conferência, enquanto os Bulls foram só oitavo.

O segundo jogo da série acontece nesta terça-feira, às 21h (Brasília), com transmissão ao vivo da ESPN e WatchESPN.

Felício atuou em 66 partidas na fase regular com médias de 4,8 pontos e 4,7 rebotes em 15,8 minutos de quadra.

Reserva de Robin Lopez, Felício é um jogador que inspira confiança do técnico Fred Hoiberg na segunda unidade. "Para um cara de 124kg, da forma como ele se mexe, ele pode marcar qualquer um", afirmou Hoiberg.

"Eu acho que o céu é o limite para Cristiano", disse o técnico dos Bulls, em fevereiro.

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O começo da carreira de Felício no basquete não foi fácil. Ele deixou o Brasil aos 17 anos para jogar em um programa de desenvolvimento de talentos nos Estados Unidos, a CCSE Prep Academy. A entidade teve problemas, e o presidente dela, Francis Ngissah, foi condenado a 10 anos de prisão por agressão.

O brasileiro mesmo assim seguiu seu caminho no sonho do basquete. Ele passou no vestibular nos Estados Unidos pela Universidade de Oregon. No entanto, não pode cursar porque segundo o órgão que rege os esportes universitários nos EUA, a NCAA, não é permitido qualquer tipo de pagamento aos bolsistas.

E a faculdade descobriu que o Minas Tênis Clube, equipe de Felício na adolescência, havia pagado passagens e alimentação para o atleta em jogos no Brasil, o que mudava seu status de amador.

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Ele teve que voltar ao Brasil, onde assinou com o Flamengo em 2013 e ganhou dois títulos do NBB sendo reserva. Em 2014, se declarou para o Draft da NBA e passou sem ser selecionado. Até que foi chamado para testes nos EUA e assinou com os Bulls em 2015.

Felício impressionou a comissão técnica dos Bulls, que deu a ele um contrato de dois anos não garantido. Ao fim desta temporada, ele será um agente livre. Mas o que se especula na imprensa norte-americana é que Felício vai renovar seu vínculo com Chicago.

De desconfiança e não draftado a uma presença constante numa das franquias mais tradicionais do basquete, Cristiano Felício certamente venceu na vida e tem muito a brilhar ainda na NBA.

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