Adam Silver, comissário da NBA Getty

Uma mudança importante pode acontecer em breve na NBA. De acordo com o que apurou a ESPN americana, a liga está buscando estabelecer novas regras com relação ao funcionamento da loteria do Draft e colocá-las para votação ainda antes do início da temporada 2017/18.

A ideia central faria basicamente com que todos os times que ficassem fora dos playoffs de uma temporada tivessem chances um pouco mais iguais de ficarem com a primeira escolha do Draft. A grande motivação por trás disso seria tentar combater o "tank", estratégia na qual uma equipe visa ao acúmulo de derrotas justamente para ter uma campanha ruim e, consequentemente, maior chance de receber a primeira escolha. 

No atual formato, quanto maior o número de derrotas, maior a probabilidade de vencer a loteria do Draft. A equipe que termina uma temporada com a pior campanha tem 25% de chance de ficar com a primeira escolha. A que teve a segunda pior, 19,9%. E a terceira, 15,6%. 

A proposta agora, além de diminuir a porcentagem, é deixar essas três equipes com a mesma probabilidade de ficar com a primeira escolha. 

Uma outra ideia que pode aparecer é evitar que um time tenha uma das três primeiras escolhas em anos consecutivos. Por exemplo: se essa regra já estivesse em vigor, o Philadelphia 76ers, que venceu a loteria do Draft em 2016, só poderia ter aparecido da quarta posição para baixo na ordem do recrutamento deste ano.

Se a mudança for aprovada, nenhuma outra mudança no sistema de loteria do Draft poderia ser feita até 2019. 

Admitindo o "tank"

A estratégia não tem sido incomum nos últimos anos, mas também não era algo que os times admitiam publicamente que estavam fazendo. Isso até maio, quando Mark Cuban, proprietário do Dallas Mavericks, resolveu abrir o jogo. 

"Assim que os Mavs ficaram sem chances de playoffs, fizemos todo o possível para perder jogos", disse ele, explicando que a estratégia para isso foi a de dar maior espaço para jovens jogadores que em condições normais não teriam tanto espaço assim. 

"Quando um cara entra em quadra, ele vai jogar com todo o coração que tem. Principalmente os mais jovens, que ainda tem algo a provar. Dorian Finney-Smith, Yogi Ferrell... não há nada que você possa falar a eles que os façam diminuir o ritmo", observou, esclarecendo que os jogadores não perdem de propósito.