Ex-dono da Traffic diz que pagou propina a Teixeira e relembra subornos já em 1991 a ex-presidente da Conmebol

ESPN.com.br
J. Hawilla em reunião com a Traffic em 2009
J. Hawilla em reunião com a Traffic em 2009 FERNANDO PILATOS/Gazeta Press

Ex-presidente da Traffic, uma das empresas que pagou suborno no escândalo chamado Fifagate, J. Hawilla esteve na Suprema Corte do Brooklyn, em Nova York (EUA), para dar seu testemunho no julgamento contra cartolas sul-americanos, entre eles o ex-chefão da CBF José Maria Marin.

De acordo com o portal UOL, o empresário e jornalista chegou ao local com um balão de oxigênio e também com dois intérpretes, pois não fala inglês.

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Em sua fala, J. Hawilla - que fez delação premiada com a Justiça dos Estados Unidos e ajudou no estouro do Fifagate - admitiu ter pago suborno através do ex-presidente da Conmebol Nicolás Leóz, hoje preso em sua residência no Paraguai, mas que teve seu pedido de extradição feito pelo país norte-americano.

Ele disse que a primeira vez em que pagou propina a Leóz foi em 1991. Depois, o que se tornou uma constante, tanto sua empresa quanto a argentina TyC distribuíram subornos pelos direitos de transmissão da Libertadores e da Copa América.

"Não lembro o valor total, mas foi entre US$ 400 mil e US$ 600 mil. Foi um erro. Eu não devia ter pago e me arrependo, mas se não pagasse eu poderia perder os direitos. Foi um erro porque abriu precedente para que toda vez que fôssemos assinar um contrato ele (Nicolás Leóz) pedia dinheiro. Nos tornamos reféns. Se não pagasse, eles poderiam dificultar a montagem das tabelas e os horários dos jogos. Quando se assina um contrato, não basta pagar. Tem que ter colaboração para agradar às TVs e aos patrocinadores", disse J. Hawilla.

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Outros nomes citados pelo ex-dono da Traffic foram os de Ricardo Teixeira, mandatário do futebol brasileiro de 1989 a 2012, e Julio Grondona, morto em 2014.

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