Em solenidade, Perrella critica antiga gestão; Gilvan se defende e exalta títulos

Agência Gazeta Press
Itair Machado será braço direito de Wagner Pires de Sá
Itair Machado será braço direito de Wagner Pires de Sá Divulgação

Com seu nome envolvido em escândalos de corrupção, o senador Zezé Perrella desistiu de tentar a presidência do Cruzeiro. Restou a ele então a presidência do Conselho Deliberativo do Clube – eleito por aclamação. Em solenidade de posse, na noite desta segunda-feira, ele criticou a última gestão e salientou as dívidas deixadas.

“A primeira coisa que temos de fazer é deixar claro para o torcedor a verdadeira condição financeira do Cruzeiro. O presidente que está saindo diz que o Cruzeiro deve R$ 28 milhões. Mas, só no Refis, que é o Profut, são R$ 220 milhões. Ele deixou de recolher R$ 150 milhões de impostos em seis anos. Nós sabemos o que foi ganhar esses campeonatos nos últimos anos. A dívida, segundo informações que temos, mas ainda temos de apurar, gira em torno de R$ 400 milhões. Eu deixei o clube com R$ 100 milhões de dívida. Desses 100 milhões, todos pactuados no Refis, um que custava pouco mais de R$ 50 mil por mês. Essa dívida de 220 milhões é somente no Profut, parece que ele não reconhece como dívida, mas custa mais de R$ 1 milhão por mês em prestação aos cofres do clube. A situação não é cômoda, e o Wagner terá muita dificuldade”, destacou.


Perrella ainda comparou sua gestão com a de Gilvan.

“Ninguém tem obrigação de ser competente ou ser um bom dirigente no que tange a parte administrativa. Eu sempre tive preocupações, primeiramente com as contas do clube. Me acusavam de vender muito jogador, mas eu vendia e comprava bem, por isso conquistamos mais de 20 títulos e deixamos o clube absolutamente tranquilo. Nós tínhamos uma dívida de curto prazo, de médio prazo, de R$ 30 milhões, e somente Montillo era mais do que isso”, acrescentou.

Gilvan fala de conquistas

O presidente Gilvan de Pinho Tavares passou a faixa para Wagner Pires de Sá e em seu discurso de despedida preferiu exaltar os pontos positivos de sua gestão.

“Tenho certeza e a consciência tranquila de que não os decepcionei. Me dediquei ao máximo e consegui, durante dois mandatos, seis anos à frente do Cruzeiro, trazer para nossa galeria de troféus dois Brasileiros seguidos. Coisa quase impossível de conseguir. E ainda em 2014 conseguimos o Mineiro e fomos vices da Copa do Brasil. Agora, ao encerrar nosso mandato, tivemos a felicidade de conquistar a Copa do Brasil, que trouxe para a nossa galeria um troféu tantas vezes ganho pelo clube”, ressaltou.

Sobre as acusações em torno da sua gestão, Gilvan alertou que apenas o Palmeiras não tem problemas financeiros e culpou o momento econômico do país para a dívida celeste aumentar.

“O Cruzeiro eleito o melhor ranqueado no futebol brasileiro. Em 2018 o Cruzeiro vai ocupar essa posição. Saio honrado de que, embora seja criticado pelas finanças do clube, não existe no Brasil nenhum clube, exceção do Palmeiras, que não tenha passado por dificuldades. Eu sei e minha família sabe, nosso pessoal do setor financeiro, das noites indormidas que a gente passa no período de pagar jogadores. A crise que atingiu o país atingiu muito mais o futebol do que quase tudo no país”, finalizou.

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