Justiça decreta prisão de 11 envolvidos na máfia dos ingressos; Whelan está foragido

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Raymond Whelan, diretor executivo da Match, está foragido
Raymond Whelan, diretor executivo da Match, está foragido

A Justiça do Rio de Janeiro decretou, nesta sexta-feira, a prisão preventiva de 11 das 12 pessoas envolvidas na máfia da venda ilegal de ingressos para a Copa do Mundo de 2014. A decisão foi tomada após denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e tem como objetivo evitar que os acusados fujam ou tenham interferência no processo de investigação.

Raymond Whelan, diretor executivo da Match (empresa ligada à Fifa responsável pela venda de ingressos), está sendo procurado pela polícia, mas deixou o hotel em que estava hospedado em Copacabana e já é considerado foragido pela Justiça. O britânico tinha sido preso na última terça-feira, mas conseguiu habeas corpus e foi solto.

Imagens de circuito interno do hotel Copacabana Palace, às quais a polícia teve acesso, mostram Whelan  deixando o local uma hora antes do novo mandadode prisão ter sido expedido. A Polícia Federal e os aeroportos já foram informados sobre a condição do executivo inglês.

O único denunciado que não teve prisão preventiva requerida foi o advogado José Massih, que colaborou com as investigações. Os 12 acusados vão responder por organização criminosa, cambismo, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

Além de Whelan e Massih, também foram denunciados Mohamadou Lamine Fofana, conhecido como "Lamine"; Alexandre Marino Vieira; Antonio Henrique de Paula Jorge, o "Henrique"; Marcelo Pavão da Costa Carvalho; Sergio Antonio de Lima, o "Serginho"; Julio Soares da Costa Filho; Fernanda Carrione Paulucci; Ernani Alves da Rocha Junior, o "Junior"; Alexandre da Silva Borges, vulgo "Xandy"; e Ozeas do Nascimento.

Esquema ilegal

A Polícia chegou ao nome do suspeito graças à gravação de 900 registros telefônicos autorizada pela Justiça na 'Operação Jules Rimet', que, na semana passada, já havia levado 11 pessoas à cadeia.

As ligações e mensagens eram originárias ou tinham como destino o número de um celular oficial da Fifa. Nas chamadas rastreadas, foi feita a associação de Whelan com o franco-argelino Lamine Fofana, que até então era tido como o principal líder do esquema

A operação Jules Rimet é resultado de pelo menos um mês de investigações da polícia e do Ministério Público e apreendeu mais de cem ingressos, além de dinheiro e máquinas para pagamento com cartão de créditos.

As entradas eram destinadas a patrocinadores da Fifa, membros de comissões técnicas das seleções e clientes de camarotes.

Segundo a Polícia Civil, o lucro da quadrilha chegava até a R$ 1 milhão por jogo, podendo totalizar R$ 200 mi ao final do Mundial. Todos os envolvidos e presos no caso vão responder por crimes de lavagem de dinheiros, associação criminosa e cambismo.

A Match tem ligação com o sobrinho do presidente da Fifa. Phillipe Blatter é CEO da Infront Sports & Media AG, empresa que detém 5% de participação na Match. Os dois filhos de Ray Whelan são sócios da Match, mas não foram presos.

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