Guerrilla Girls: um encontro entre arte e futebol

Bibiana Bolson
Bibiana Bolson

Mulheres precisam estar nuas para aparecerem no MASP?
Mulheres precisam estar nuas para aparecerem no MASP? Divulgação

É das paredes do MASP (Museu de Arte de São Paulo) que vem minha inspiração para a coluna de hoje. Muitas vezes, as coisas precisam estar ali, estampadas, para que a gente reflita sobre assuntos que, na verdade, sempre estiveram diante de nossos olhos e não víamos com a devida atenção. Falo da inspiradora exposição "Guerrilla Girls: Gráfica 1985-2017", a linda mostra que é guiada por duas letras: F, maiúsculo, de FEMINISMO, e o M, também gigante, de MULHER. 


Contextualizando:

O Guerrilla Girls, movimento coletivo criado em Nova York em 1985, influencia a arte com mensagens consistentes há bastante tempo, com atitude heterodoxa, bem humorada e visual chocante. O grupo, composto por artistas mulheres, usa números/manchetes/fatos para expor sexismo, racismo e corrupção no mundo da arte, na política e na cultura pop. É sobre aquilo que está nas entrelinhas, no subtexto, sobre o que se faz vista grossa, o injusto, conforme declarou em entrevista pra o Estado de São Paulo a guerrilheira que se apresenta como Käthe Kollwitz. 

No passeio cultural no Masp, os mais de 100 cartazes produzidos ao longo de três décadas expressam com esse humor "ácido" e com estatísticas a arrasadora realidade do preconceito às mulheres. E, se falamos de um real preconceito em várias esferas, é claro que arte também é atingida em cheio ao quantificamos as oportunidades que artistas femininas tiveram de expor sua arte nos maiores e mais renomados museus do mundo. 


E de como o corpo, a nudez feminina, se faz presente com intensidade nesses casos. Para se ter uma ideia, eis o contraste entre o pequeno número de artistas mulheres comparado ao grande número de nus femininos da coleção em exibição no Metropolitan Museum de Nova York (5% e 85% em 1989, e 4% e 76% em 2012) e no próprio MASP (6% e 60% em 2017).

 ****Destaco que, no Brasil, tivemos grandes expoentes femininos da arte: um privilégio de quem é berço das modernistas Tarsila do Amaral e Anita Malfatti e de outras que vieram depois como Lygia Clark, Lygia Pape e Mira Schendel, talvez mais desconhecidas para o grande público.

Essa exposição aparece em minha vida numa semana em que a força das mulheres se fez também presente numa reunião da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), uma oportunidade única de se discutir o futebol feminino e de se exigir melhores condições para a modalidade com a criação de um comitê para o desenvolvimento do esporte, baseado numa cartilha inicial muito bem elaborada.

Andressa, Cristiane e Marta na seleção
Andressa, Cristiane e Marta na seleção Getty

Estamos falando de inclusão, de oportunidade, de igualdade, de melhores condições, de transparência, de espaço, de investimento, de organização, de crescimento, falamos de tanta coisa, mas principalmente de MULHERES com "M" maiúsculo (e de Feminismo também). Penso que se essas guerreiras que hoje comandam esse movimento histórico que foi bater à porta da CBF fossem expor nas paredes do MASP ou de qualquer outro museu, suas lutas, seriam elas um pouco de "Guerrilla Girls do esporte".  

Há uma riqueza cultural tão grande em nossa história brasileira relacionando a identidade do nosso povo a esse esporte que move multidões... Somos abastecidos com informações sobre a bola desde os nossos primeiros "suspiros" no mundo. Futebol é tão parte de todos nós, gostando ou não da modalidade, que nada mais justo que tratemos o futebol feminino da mesma maneira que tratamos o masculino. 

Óbvio que mudanças levam tempo, mas verdade é que essas alterações precisam ser comandadas por pessoas qualificadas, que entendam do que falam para que possam também se fazerem compreendidas, cobrar por medidas e conseguir resultados esperados. Quem mais pode fazer isso senão aquelas que VIVEM intensamente o futebol feminino?!

Vale o sacrifício dessas atletas que preferem se aposentar da seleção brasileira a estarem em condições precárias. Lembro, ainda, que vale muito o esforço de uma ex jogadora como a querida amiga Amanda Moura que deixou uma carreira nos Estados Unidos, se qualificou e retornou ao Brasil influenciada por um conceito norte-americano de gestão esportiva para usar de sua expertise para aplicar na educação, nos projetos pensados para o futebol feminino, na base, nas próximas gerações e nas que já estão por aí brilhando sem o mesmo brilho/oportunidades que homens têm. Uma mineira que tem o sonho de levar o Brasil ao patamar de referência. É preciso acreditar!

Neste momento, é exatamente para isso que estamos torcendo. Diante de nossos olhos, o pedido de "vamos tratar o futebol feminino com a atenção que ele merece, país do futebol!". Um salve às Cristianes, Julianas, Amandas, Formigas e outras tantas envolvidas nessa luta! 

Women power!

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A queda do Lyon na Champions e o título do Barcelona: dor de cabeça e preocupação para hegemonia dos Estados Unidos

Mariana Spinelli
Mariana Spinelli

Mais uma edição da Champions League feminina chegou ao fim e, dessa vez, com  feitos históricos: o primeiro é a ausência do Lyon no pódio (heptacampeão e vencedor das últimas cinco edições de forma consecutiva) e o segundo é o título inédito do Barcelona, que se tornou o primeiro clube a ter uma Liga dos Campeões no masculino e feminino. Com o sucesso de audiência, de qualidade no futebol praticado e alcance do torneio, o correto seria todo mundo estar feliz, mas... 

Pensando no desenvolvimento da modalidade, os Estados Unidos precisam - já dizia Carla Diaz - abrir os olhos, e o recado é muito claro: o futebol feminino cresce a passos largos na Europa.

A queda da hegemonia do Lyon é o primeiro indício. Não há apenas um clube dominante no continente mais. Apenas um clube que investe, contrata e vence. A competitividade já vinha aumentando há tempos, mas estourou nesta temporada quando a equipe francesa foi eliminada pelo grande rival PSG. Conclusão: o futebol na França não é de um time só.

Mas aí o PSG foi eliminado pelo Barcelona, que conquistou o torneio pela primeira vez em na história. O time catalão já havia disputado a final em 2019, caiu nas semis em 2020 e, agora, levantou a 'orelhudinha' em 2021. Conclusão: não é só na França que se concentra a força da modalidade. 

Como isso afeta os Estados Unidos, o 'monstro' dos torneios de seleções? O tetracampeão mundial? As quatro vezes campeãs olímpicas? 

Pois bem, as respostas estão nos primeiros quatro parágrafos. O futebol feminino avança como um furacão na Europa e não vejo um limite próximo. Culturalmente o futebol é mais forte no continente (em termos de fanatismo, história e relação com os países), do que com os EUA. Naturalmente, o peso das camisas das equipes europeias é diferente. Financeiramente uma hora isso vai pesar. Pensa comigo: camisas com mais história + uma base de fãs já consolidada + rivalidade + clubes milionários por causa do futebol masculino + respeito mundial... Bom, a conta não é muito difícil de entender.

É verdade que os Estados Unidos ainda são os favoritos nos Jogos Olímpicos, por exemplo, mas, para a Copa de 2023, já vejo a hegemonia mais ameaçada. Bem mais ameaçada.

[]

Voltemos para 2019, na Copa da França.

As norte-americanas não tiveram vida fácil com a Espanha nas oitavas de final, nem com a França nas quartas e muito menos com a Inglaterra na semi (todos os jogos terminaram 2x1, alguns com diversos sustos). A régua das outras seleções já havia subido à época.

Para manter a hegemonia, os EUA (leia-se a Confederação) precisam tornar a liga nacional mais atraente - e não só uma panela para desenvolvimento de universitárias - e deixar as atletas de elite disputarem torneios ao redor do mundo. Não dá para manter tudo 'debaixo da asa'. 

E o crescimento do futebol feminino não fica restrito à Europa. O próprio desenvolvimento da modalidade no Brasil, com o fortalecimento do Brasileirão feminino, também promete gerar frutos a serem colhidos futuramente.

Mas, no fim, quem ganha é a gente. A graça do futebol está na imprevisibilidade. Saber quem vai ser campeão mesmo antes do torneio começar não faz bem para ninguém. Os Estados Unidos que se organizem porque 2023 promete aquilo que O Grande Pensador Rômulo Mendonça sempre diz: O CAOS! 

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No hay distancia! Barcelona tem o ingrediente necessário para disputar uma final de Champions feminina: raiva

Mariana Spinelli
Mariana Spinelli

Ainda tomada por adrenalina após o jogo entre Barcelona e PSG pela semifinal da Champions League feminina, tento explicar a fórmula do sucesso das catalãs. 


         

    

Martens faz dois, Barcelona vence o PSG de Formiga e está na final da Champions League feminina


A vitória por 2x1 em cima das francesas comprova algo dito pela camisa 11 do Barça, Alexia Putellas, após a eliminação na última temporada da UWCL contra o Wolfsburg: ‘No hay distancia’. A jogadora estava - com razão - muito brava após a queda na competição. Time podia ter ido mais longe. Não havia mais uma enorme distância entre o Barcelona e as grandes equipes europeias, o time, para ela, estava 100% pronto. Eu discordo. 

A derrota na última temporada colocou o último ingrediente que faltava para o Barcelona se firmar na Europa: raiva e sangue nos olhos. A competição engasgada na garganta. Vontade, raça, entrega.

Comparando o futebol das catalãs, que foram goleadas pelo Lyon na final de 2018/19, com o time que vai para a final agora, eu digo tranquilamente: Hay muita distancia.

Mapi León é uma fortaleza na zaga, Alexia comanda o meio, Patri é um cão de guarda, Jenni Hermoso é gol, Aitana é o futuro, Paños é um paredão no gol.

A evolução da equipe de Lluis Cortés é absurda e ele sabe disso. A comemoração após o apito final deste domingo, que garantiu a vaga na grande decisão, foi mais um descarrego, um desabafo, um grito que estava há muito tempo preso dentro do time.

Jogadoras do Barça comemoram vaga na final da Champions
Jogadoras do Barça comemoram vaga na final da Champions Getty

Triste por não ver Formiga, do PSG, em uma final de Champions, mas não há como negar e não se encantar com a história do Barcelona. 

Uma final antecipada...o futebol tem dessas. Alguém tinha que avançar.

A decisão é no dia 16 de maio, Chelsea e Bayern disputam a outra vaga.

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Entrevistei uma ex-Fifth Harmony! Ally Brooke reage à teoria Taylor Swift-Corinthians, cita Neymar e monta halftime show dos sonhos no Super Bowl

Mariana Spinelli
Mariana Spinelli

Torcedora do San Antonio Spurs, apaixonada com o ambiente da NBA e telespectadora assídua de Super Bowls, Ally Brooke, cantora e ex-membro do grupo Fifth Harmony, contou um pouco da sua relação com o esporte e como tudo isso se mistura com a cultura pop.

Natural de San Antonio, Texas, e em carreira solo desde 2018, você pode ter a visto na NBA. Mas, como? 

Em entrevista exclusiva à ESPN, Ally se declarou para o público brasileiro, falou de Neymar, halfitme show do Super Bowl, Spurs, Serena Williams e muito mais.


         
    

Ally Brooke, ex-Fifth Harmony, diz qual atleta gostaria de ser e monta show dos sonhos no Super Bowl com Dua Lipa no setlist

NBA

Como já citado no texto, a artista é torcedora dos Spurs e, apesar da baixa estatura (1,52m), Ally já esteve presente em partidas da liga de basquete norte-americana… cantando, é claro. 

“Não sou uma especialista em basquete e nem sei muito de técnica, mas eu amo assistir aos jogos in loco. Amo basquete, futebol, futebol americano… é muito divertido e sinto falta demais. Sou do Texas e os Spurs são herois para nós. Cantei o hino nacional no primeiro jogo que recebeu a torcida no estádio por lá após a bolha. Um clima familiar, caseiro… eu amo!”

MÚSICA E FUTEBOL

Traçando um paralelo com a indústria da música, que ainda é muito machista, com o futebol, Ally lamentou que as mulheres ainda precisam lutar e brigar por espaços que deveriam ser de igualdade. 

Para cantar ou para jogar, o talento deveria bastar.

“Qualquer um deveria fazer o que gosta. Se é cantar, se é jogar… especialmente mulheres. Se você tem a paixão pelo esporte, pelo futebol, você deveria ter a chance de fazer isso e seguir seus sonhos”.

Quando o assunto é futebol brasileiro, Ally não sabe muito, mas um nome ela reconhece... 

‘NEYMAR? O JOGADOR? É CLARO QUE CONHEÇO!’, disse a cantora muito empolgada.

“Se quiser me chamar para um jogo… eu topo! Não existe ‘multidão’ melhor do que uma multidão brasileira em um estádio de futebol”. 


Ally durante apresentação
Ally durante apresentação Manny Hernandez/Getty Images
SUPER BOWL

Como mexicana-americana, o Super Bowl LIV foi muito marcante para a artista. Além de ter sido sediado em Miami, Flórida, cidade com grande quantidade de latinos, as apresentações do show do intervalo foram de duas inspirações para Ally: Shakira e Jennifer Lopez.

“Aquela apresentação foi muito significativa, por tudo envolvido: minhas duas referências, latinas.... para mim foi uma das melhores apresentações do halftime show na história”, declarou.

Veja a resposta completa e uma imitação IMPECÁVEL da Shakira abaixo


         

    

Ally Brooke revela 'surto' com show de J-Lo e Shakira no Super Bowl, valoriza cultura latina e tira onda imitando colombiana

PROJETOS E BRASIL

Além de cantar, agora Ally também é escritora. Recentemente seu livro ‘Em Busca de Harmonia’ chegou ao Brasil com tradução em português.

“Uma das coisas mais difíceis de escrever o livro foi ser vulnerável, compartilhar minhas inseguranças, as coisas complicadas que passei na indústria como jovem e no Fifth Harmony. Compartilhei também as memórias de quando perdi alguém que amava, foi muito difícil. É difícil ainda até de ler esses capítulos porque parte meu coração, mas ao mesmo tempo me dá forças. Consigo ver tudo que passei, superei, como sou forte…”

E é notório o brilho nos olhos da artista quando ela cita o carinho e a relação com fãs brasileiros. 

“O Brasil é minha base de fãs mais forte. Sei que o momento da pandemia não é fácil, mas fiquem firmes. Vocês têm tantas pessoas rezando por vocês e mandando coisas boas e pensamentos. Amo vocês e mando o maior abraço virtual de todos. Não posso esperar até o dia de visitar vocês logo, vocês são os meus amores!”

Durante a entrevista, Ally foi apresentada à ‘Teoria Taylor Swift e Corinthians’ e recebeu o convite para ser a ‘artista da sorte’ de algum clube brasileiro.


         
    

Ally Brooke reage à teoria de Taylor Swift e Corinthians, dá risada e manda recado para clubes brasileiros

Sobre seu novo álbum, a cantora não quis entregar muita coisa, apenas disse que está por vir e que o público ficará satisfeito com o material - e, claro, que não vê a hora de trazer uma tour para o Brasil.

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Fato histórico: Libertadores com mulheres em campo

Renata Ruel
Renata Ruel
Mariana de Almeida durante Estudiantes x Lujan pela Copa da Argentina
Mariana de Almeida durante Estudiantes x Lujan pela Copa da Argentina Getty Images

As mulheres da arbitragem estão, finalmente, ganhando espaço no futebol masculino e agora terão sua vez na Libertadores.

Após alguns árbitros testarem positivo para COVID-19, inclusive a equipe brasileira que seria comandada por Anderson Daronco, a Conmebol realizou as alterações em dois jogos e com uma grande novidade: duas mulheres para serem assistentes.

Com essa troca de arbitragem foram escaladas Mariana de Almeida, na partida entre Racing (ARG) e Nacional (URU), e Daiana Milone, no jogo Defensa y Justicia (ARG) x Delfín (ECU). Ambas são argentinas e atuarão como assistentes.

É importante registrar que o regulamento da Conmebol permite que árbitros atuem em jogos de seus países.

A escala é histórica, entretanto, não será a primeira vez que uma mulher irá bandeirar a Copa Libertadores. A paulista Ana Paula Oliveira atuou em dois jogos por esta competição, em 2006, e pelas oitavas de final nas partidas de ida e volta entre Palmeiras e São Paulo.

As mulheres também têm trabalhado como assessoras pela Conmebol. Nomes como Silvia Regina, Ana Paula e Regildenia Moura estão nas escalas para avaliarem os árbitros.

O cenário geral é bem otimista para a categoria feminina. Edina Alves, em 2019, esteve na Copa do Mundo masculina sub-17. Nas grandes ligas masculinas da Europa observa-se mais oportunidades e, aqui no Brasil mesmo, nos jogos da CBF, nas séries de A à D, nunca se viu antes tantas mulheres escaladas no apito e na assistência.

Que seja o início de uma nova era, pois lugar de mulher é onde ela quiser e temos muitas profissionais competentes para trabalharem em todas as áreas do futebol, não só na arbitragem.

Fonte: Renata Ruel

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Brasileiras arrasam no Arnold Ohio, na categoria Bikini International

Rê Spallicci
Rê Spallicci
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As atletas brasileiras deram um show na edição de Ohio da Arnold Sports Festival 2020, realizado no último final de semana, em Columbus,EUA. Das seis primeiras colocadas da categoria bikini International, três atletas eram brasileiras: Elisa Pecini, no primeiro lugar, Angélica Teixeira, em segundo e Étila Santiago, na quinta posição.

Competindo há apenas três anos na Arnold, Isa Pecini vem colecionando resultados surpreendentes. Foi segundo lugar em sua primeira competição e, nas duas últimas, ficou com o título.

“Sou apenas uma pessoa que luta dia a dia por um esporte que eu amo, pela realização dos meus sonhos, e para dar orgulho àqueles que acreditam em”, comemorou Isa, em suas redes sociais.

Angélica Teixeira também vibrou com sua colocação. “Meu objetivo era vencer minha última competição, e o objetivo foi alcançado com sucesso! Estou orgulhosa do que levei para o palco. Eu nunca me senti tão bem lá em cima. Esse é o melhor prêmio que posso levar para casa”, revelou a atleta.

Em sua primeira vez no Arnold, a quinta colocada, Étila Santiago, era só gratidão por participar. “Já de cara, no primeiro Arnold, um dos maiores campeonatos do mundo, conseguimos o que almejávamos: entrar no pódio. Feliz demais com nossa evolução a cada desafio,” revelou.

Exposição cancelada e brasileiro com Procard

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Além da categoria bikini international, dominada pelas meninas brasileiras, a Arnold contou com as categorias Arnold Classic, Classic Physique, Men's Physique, Fitness International, Figure International, Women's Physique e Pro Wheelchair. Ah, e não poderia deixar de citar o Fábio Giga que foi o único brasileiro a vencer o Overall da categoria no Arnold Classic Ohio. Com a vitória, Giga ganhou o Procard!

Uma das baixas de edição foi o cancelamento da Exposição que tradicionalmente acompanha as competições, em virtude da preocupação com a proliferação do Corona Vírus. A Arnold Classic Expo foi adiada para uma data que ainda será anunciada. 

Arnold Schwarzenegger divulgou um vídeo nas redes sociais falando sobre o cancelamento:

“É um dia triste para mim e para todos da equipe. Mas sempre colocaremos a saúde de nossos fãs em primeiro lugar. Após discussões com autoridades do estado, adiaremos a exposição, pois não poderemos arriscar reunir 250 mil pessoas com o COVID18 (Corona Vírus).”

Às queridas Isa, Angélica e Étila meus parabéns pela conquista! Vocês representaram bem demais nosso país e todas nós atletas! E só de ver as meninas no palco já me dá aquela saudade de competir!! Logo, logo eu volto!

Busque seu propósito. Deixe seu legado.

Rê Spallicci

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A importância da atividade física no tratamento da depressão

Rê Spallicci
Rê Spallicci
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Eu sou uma apaixonada pelos exercícios físicos! E as razões para amá-los são infinitas! Todos sabem que os exercícios físicos são essenciais para a saúde do nosso corpo, que nos ajudam a manter ou perder peso, melhoram a autoestima, combatem e previnem uma série de doenças!

 Mas há outro fator da prática da atividade física que raramente se comenta, e que é tão essencial quantos os outros motivos que citei! É que muitos estudos mostram que as pessoas que se exercitam regularmente se beneficiam com um impulso positivo no humor e apresentam taxas mais baixas de depressão.

 Quais são os benefícios psicológicos do exercício?

 Melhorar a autoestima é um benefício psicológico fundamental da atividade física regular. Quando você se exercita, seu corpo libera substâncias químicas chamadas endorfinas. Estas interagem com os receptores em seu cérebro que reduzem sua percepção da dor, atuando como analgésicos

Elas também atuam como sedativos, além de desencadear uma sensação positiva no corpo. A sensação de concluir uma corrida ou treino, por exemplo, é frequentemente descrita como “eufórica”, e quem pratica exercícios de forma regular pode levar essa sensação de euforia para uma visão mais positiva e energizante da vida.

A prática de exercício de forma regular comprovadamente age para:

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O exercício é fundamental como auxiliar no tratamento da depressão

 Mas, além de todos os benefícios aí mencionados, estudos mostram que o exercício é um tratamento eficaz também no tratamento da depressão, mesmo que, muitas vezes, seja subutilizado pelos médicos.

Inicialmente, os estudos apontavam que exercícios aeróbicos (como correr, andar de bicicleta e nadar) eram os melhores por, comprovadamente, liberarem endorfina, mas novas pesquisas sugerem que o treinamento de força tem benefícios de bem-estar semelhantes.

 De acordo com uma revisão de testes clínicos anteriores, os exercícios de força, como fazer flexões ou musculação com aparelhos, podem também ajudar a reduzir significativamente os sintomas da depressão.

 Segundo a revisão, publicada na JAMA Psychiatry, pesquisadores da Universidade de Limerick, na Irlanda, analisaram os resultados de 33 experimentos, incluindo testes para depressão, antes e depois da quantidade necessária de treinamento.

E observou-se que aqueles participantes que realizam treinamentos de força algumas vezes por semana ou diariamente, reduziram significativamente os sintomas de depressão. Aqueles com “depressão leve a moderada” tiveram substanciais melhorias, de acordo com  Brett Gordon, pesquisador de pós-graduação e principal autor do estudo.

 É claro que os pesquisadores não podem dizer com certeza como ou por que o treinamento de força reduz os sintomas da depressão, mas apenas confirmar o fato. “Exercícios de resistência podem influenciar certas funções do cérebro, incluindo a liberação de substâncias neuroquímicas que estimulam o humor”, reforçou Gordon.

 Outro fator essencial do esporte como auxiliar no tratamento da depressão é o seu componente social. Participar de aulas pode ser benéfico ao paciente com depressão, justamente por ajudá-lo, também, a se socializar.

 Como decidir que tipos de exercícios devem ser feitos

 Antes de começar um programa de exercícios para reduzir os sintomas da depressão, aqui estão algumas perguntas que você deve considerar:

  • De que atividades físicas eu gosto?
  • Eu prefiro atividades em grupo ou individuais?
  • Quais programas se encaixam melhor na minha agenda?
  • Eu tenho condições físicas que limitam a minha escolha de exercício?
  • Que objetivos eu tenho em mente? (Por exemplo: perda de peso, fortalecimento muscular, melhora da flexibilidade ou melhora do humor)

 Após responder a estas perguntas, escolha uma atividade de que você goste. Afinal, a prática do exercício deve ser algo divertido. Depois de escolher, coloque a rotina de exercícios em sua programação diária e a trate como uma prioridade. Lembre-se de que a variedade é o tempero da vida, por isso, certifique-se de diversificar seus exercícios para não ficar entediado.

 Segundo os especialistas, o ideal é que a pessoa se exercite pelo menos 20 a 30 minutos, três vezes por semana. Estudos indicam que o exercício de quatro ou cinco vezes por semana é ainda melhor. Mas, se você está apenas começando, inicie com um programa de 20 minutos e vá aumentando, conforme o seu desenvolvimento.

 Atenção! Exercícios ajudam, mas não curam a depressão

 Tenho obrigação de salientar que, para a maioria dos médicos psiquiatras, os exercícios são essenciais para ajudar a amenizar os sintomas da depressão, mas não são responsáveis pela cura!

 A depressão se manifesta fisicamente, causando distúrbios do sono, redução de energia, alterações no apetite, dores no corpo e aumento da percepção da dor, o que pode resultar em menos motivação para o exercício. É um ciclo difícil de quebrar, por isso, introduzir os exercícios como um auxiliar no tratamento é tão importante!

Mas todos os especialistas são unânimes em afirmar que este é um tratamento de longo prazo e multidisciplinar. Associar os exercícios à psicoterapia e aos medicamentos, quando indicados pelos médicos, é fundamental.

 John Campbell, professor de clínica geral e cuidados primários no Peninsula College of Medicine and Dentistry (Universidade de Exeter) acredita que muitos pacientes que sofrem de depressão preferem tomar medicação antidepressiva tradicional e utilizar outras abordagens como auxiliares ao tratamento.

 “O exercício e a atividade pareceram promissores como um desses tratamentos, mas pesquisas cuidadosamente projetadas mostraram que o exercício sozinho não parece ser eficaz no tratamento da depressão.”

Por isso, é fundamental que, caso apresente sintomas de depressão, a pessoa busque ajuda médica especializada e considere utilizar os exercícios como um auxílio ao tratamento prescrito pelo profissional capacitado!

 Busque seu propósito. Deixe seu legado.

Rê Spallicci

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A minha dieta para entrar na avenida com o 'shape' perfeito

Rê Spallicci
Rê Spallicci
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Gente, falta pouco para chegar o grande dia do desfile da Barroca no Carnaval paulistano, e eu estou trabalhando duro para chegar com um shape perfeito, a fim de  fazer bonito na avenida.

 Há umas semanas, já falei um pouco sobre os meus treinos visando o carnaval e hoje, quero abordar o segundo pilar essencial para um corpo dos sonhos: a alimentação.

 Dieta para competição

 A verdade é que, para mim, a dieta para o carnaval não difere muito daquela de que eu lanço mão para as competições de fisiculturismo. Então, não há nada de muito diferente do que já fiz outras vezes, exceto a finalização, como explicarei mais à frente.

 A minha preparação para o Carnaval começou em outubro do ano passado, mas, no final do ano, eu viajei... E, por mais que eu não tivesse enfiado o pé na jaca, eu também não mantive minha dieta tão milimétrica como eu vinha fazendo até então.

 Com isso, perdi um pouco de massa e ganhei gordura. Então, assim que retornei de viagem, eu passei em meu nutricionista, o Gustavo Pasquallotto, e iniciamos um ciclo de carboidrato, o que significa um dia com consumo médio de carboidrato com arroz  integral e batata doce no almoço e no lanche da tarde; no outro dia, sem nenhum carboidrato, mas com o acréscimo de gordura: uma colher de azeite no almoço e outra no jantar e um pouquinho de abacate antes de dormir.

 Esta dieta deve ir até a semana que vem, quando voltarei ao Pasquallotto para ajustarmos o plano, de acordo com os resultados já obtidos. Aí faremos o trabalho de finalização.

 Hoje tenho feito sete refeições por dia, com vegetais 100% liberados e bastante proteína - 100 gramas de peixe, carne vermelha, frango ou quatro claras de ovo. E em duas dessas refeições, batata doce ou arroz integral.   

 A finalização: a principal diferença entre competição e carnaval

 A principal diferença entre uma dieta para competição e esta para o carnaval é que, para a Avenida, precisamos ter muito mais disposição do que para a competição. Afinal, aguentar uma hora sambando e dançando sem parar exige muito mais energia do corpo do que subir no palco em uma competição de fisiculturismo.

 Por isso, o plano de finalização deve ter algumas diferenças. Segundo Pasquallotto já me adiantou, devemos ter uma redução grande de carboidrato e dar uma desidratada, mas de uma forma menos agressiva do que para as competições. O que, para mim, acredito que será mais tranquilo!

 Bom, acredito que é isso! Agora é entrar na reta final e ter foco total para estar superbem no desfile e poder representar minha escola com muita disposição!

Busque seu propósito. Deixe o seu legado.

Rê Spallicci

 

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Minha preparação física para o Carnaval 2020

Rê Spallicci
Rê Spallicci
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Como vocês sabem, este ano serei a Rainha de Bateria da Barroca da Zona Sul, escola de samba de São Paulo, e eu estou me preparando pesado para fazer bonito na Avenida. E é sobre esta preparação física que quero falar hoje com vocês.

 Um corpo especial para a Avenida

 Como sou atleta de fisiculturismo e tenho o treino como uma rotina em minha vida, muita gente pode pensar que eu não preciso fazer uma preparação especial para o Carnaval. Mas isso é um grande engano.

 Afinal, o corpo pro Carnaval não tem as restrições que são impostas nas competições de fisiculturismo, então, posso trabalhar muito mais uma questão de gosto estético pessoal. Se, por um lado, é gostoso, pois não preciso cumprir algo predeterminado, por outro, é mais complicado, porque faz com que eu tenha que trabalhar distintamente do  que  estou acostumada e dar ênfase a outros músculos, diferentes das competições.

 Outro fator diferencial é que preciso também estar bem em dia com o cardio, já que aguentar horas nos ensaios e na avenida sambando, requer muito preparo físico (ainda mais com o saltão que eu uso...hahaha).

 Para conseguir alcançar esses objetivos, meu treino está acontecendo da seguinte maneira: x vezes por semana eu faço aula de samba com a minha coach Mayara Santos, e a aula já serve como uma super preparação cardio; e em todos os dias da semana, treino musculação com o meu personal, o mister Tiago Guirra.   

 Na verdade, nossa rotina de treino não difere muito da que eu já fazia para as minhas competições de fisiculturismo, visto que não mudamos a nossa distribuição de treinos -  com membros inferiores, segunda, quarta e sexta, e superiores, terça e quinta, mas  mudando um pouco a dinâmica.

 Nesta dinâmica temos membros superiores com carga baixa e muitas repetições, intensificando muito os exercícios de abdômen, e, nos membros inferiores, estamos focando em cargas menores na parte de quadríceps e glúteo. Em posterior de coxa, que dá mais volume atrás e levanta o bumbum, a gente intensificou bastante as cargas. Afinal, Carnaval e bumbum na lua têm tudo a ver, não é não?

 O objetivo é potencializar a densidade e trabalhar na definição da musculatura.

 E, para que todo esse esforço na academia tenha realmente um resultado que eu espero na Avenida, todo o treinamento é apoiado por uma dieta específica que tracei com o meu nutri, Gustavo Paschoalotto. Mas isso já será tema de um novo post, na semana que vem!

 E você, como está se preparando para a folia?

Busque seu propósito. Deixe seu legado.

Rê Spallicci

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Minha preparação física para o Carnaval 2020

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5 dicas para curtir o Carnaval em forma

Rê Spallicci
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O carnaval está chegando e muita gente já está se preparando fisicamente para encarar a folia. Eu estou numa correria só, já que serei Rainha de Bateria da Barroca da Zona Sul, no carnaval de São Paulo, e quero fazer bonito na avenida.

E se você também está a fim de curtir o carnaval com o físico em dia, é bom não perder mais tempo e começar agora mesmo a se preparar. Afinal, para curtir com saúde é importante que você esteja bem fisicamente. Isso porque, mesmo que você não perceba, desfilar na avenida ou dançar atrás do trio elétrico são atividades físicas Intensas e ajudam até a queimar calorias. Por exemplo, 40 minutos na avenida, tempo de duração de um desfile, pode queimar de 300 a 500 calorias, enquanto que pular ao som do trio elétrico pode fazer você queimar até mil calorias!

Como estamos a 15 dias do “grande dia”, agora é a hora de intensificar o treinamento cardiovascular e o fortalecimento de membros inferiores que serão bem exigidos na folia. Confira algumas dicas:

1 – Para se preparar bem, realize treinos intervalados com corrida, corda ou kettlebell;

2 – Antes do desfile ou de pular o Carnaval, realize alongamentos, principalmente para as pernas e tornozelo;

3 – Beba muita água;

4 – Quanto mais leve você estiver, menos impacto será gerado na coluna, joelhos e tornozelos;

5 – Teste o calçado que você vai usar pelo menos uma semana antes. Garanta o seu conforto para o seu desempenho ser ainda melhor!

Busque seu propósito. Deixe seu legado. 

 Rê Spallicci

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Como ganhar massa e definir o seu corpo

Rê Spallicci
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Entenda quais os principais princípios para construir músculos, dos exercícios à alimentação

Se há uma pergunta que eu escuto muito (só perdendo para a clássica “o que fazer para emagrecer?” rs) é: qual o segredo para ganhar massa?! Afinal, quem me acompanha, sabe o quanto eu transformei meu corpo nos últimos dois anos e, é claro que, por isso, todos querem saber o meu segredo! Mas a grande verdade é que não existe um único segredo. Há, sim, muita disciplina, uma dieta específica e rigorosa para essa finalidade e saber quais os exercícios certos a fazer e como executá-los.

Mas, é lógico que para chegar a essa conclusão, eu dei muita cabeçada! Pois é, o que a gente mais vê por aí é uma quantidade insana de conselhos contraditórios, enganosos e que nos deixam cada vez mais confusos sobre o tema.

Por isso, hoje, depois de muito estudo, treino e de trabalhar com renomados profissionais, eu sei exatamente o que fiz certo e o que fazia errado no passado. Atualmente, eu posso dizer que entendo o que funciona e o que não dá certo, quais os melhores exercícios, que dieta é a mais adequada e que suplementos são os mais indicados. 

Sem modéstia, eu sei exatamente como construir músculos com sucesso e é essa experiência pessoal que quero dividir com vocês, a fim de evitar que cometam os mesmos erros que eu,  e que atinjam os melhores resultados em menos tempo do que eu consegui.

Sobrecarga progressiva: a chave para o sucesso do seu treino 

Se você passar algum tempo procurando por rotinas de treino, notará que há, literalmente, milhares que são compostos por diferentes exercícios, horários, conjuntos, repetições e métodos que todos afirmam serem mais efetivos do que os outros.

A verdade é que a maioria dos exercícios funcionará até certo ponto para construir músculos, desde que você se assegure de que um conceito simples esteja sendo aplicado. É o fator de treino que importa mais do que todos os outros, e é o único que verdadeiramente dita seu sucesso.

E isso é a sobrecarga progressiva que é o requisito principal de construção muscular. 

 O que é sobrecarga progressiva?    

Para construir músculo, nosso corpo precisa ser submetido a um esforço maior do que aquele ao qual está acostumado, pois, só assim, as fibras musculares vão fadigar e serem novamente reconstruídas. E é por isso que a sobrecarga é essencial para a construção de músculos. Se, durante seus exercícios, você não fizer alguma forma de progresso e aumentar gradualmente as demandas que estão sendo propostas para o seu corpo, ele não terá razões para construir músculos. 

Ou seja, se você continuar pegando os mesmos pesos em exercícios semelhantes, seu corpo permanecerá exatamente da mesma forma. Por isso, para que os resultados positivos ocorram é essencial aumentar gradualmente o estímulo do treinamento.

Se você apenas continuar fazendo o que o seu corpo já é capaz de fazer, ele pensa: “Tudo bem, eu vejo que já temos a massa muscular necessária para atender a essas demandas, então, nenhum músculo adicional será necessário”.

Porém, se você AUMENTA essas demandas, ainda que seja de forma gradual, ou se você levanta o mesmo peso, mas com repetições adicionais, ele vai “entender” que precisa construir mais músculos para atender àquele desafio. 

Isso significa que você poderia estar usando o melhor treino de musculação e exercícios do mundo e fazendo tudo da forma mais correta possível, mas, se você não estiver trabalhando com sobrecarga progressiva, NÃO construirá músculo.

Simplificando, a sobrecarga progressiva é o que faz com que o progresso da construção muscular ocorra; e em comparação a isso, todos os outros aspectos do seu treino são secundários.

Como utilizar a sobrecarga progressiva

Bom, se a sobrecarga progressiva é, pois, o motivo número um para o aumento de músculos, certamente você deve estar querendo saber como fazê-la. Na verdade, há muitas maneiras, mas o método mais simples e mais comum é o seguinte:

Para cada exercício em seu treino, você está levantando certa quantidade de peso para um número específico de repetições, correto?

Agora, vamos imaginar que, para um exercício qualquer, você pegue 30 quilos em três séries de dez repetições. Digamos, também, que você conseguiu fazer isso com sucesso. Show!

Então, na próxima vez que fizer o mesmo exercício, você vai aumentar o peso para 35 quilos e fazer de novo as três séries de dez repetições.

Não conseguiu? Mas, pelo menos, fez uma série de dez repetições, uma de nove e uma de oito? Beleza! Isso já é uma sobrecarga progressiva! 

Seu novo objetivo, na próxima vez, será obter repetições adicionais nessas duas últimas séries até chegar ao objetivo final.

Chegou às três séries de 10 com os 35 quilos? Boa, mas adivinha o que precisa acontecer da próxima vez? Exatamente! Você deve aumentar o peso para 40 quilos e repetir todo o processo novamente.

Este é o exemplo mais comum de sobrecarga progressiva, e não é apenas o maior requisito do seu treino de musculação, é o maior requisito da construção muscular.

Excedente calórico: A chave para o sucesso da sua dieta.

Pronto, agora que você está treinando com a sobrecarga progressiva, seu corpo estará pronto para começar a construir músculos, e você, a ganhar mais massa. Aí, a primeira coisa que seu organismo vai fazer, é certificar-se de que ele tem todos os suprimentos necessários para a construção do novo músculo. Se isso acontecer, ótimo! O músculo será construído com sucesso. Mas, se os suprimentos necessários não estiverem disponíveis, o processo terminará antes mesmo de começar. 

Para evitar que isso aconteça, você precisa se submeter a uma dieta para fornecer ao seu corpo todos os suprimentos de que ele precisa. E, para isso, é necessário que você tenha um excedente calórico.

 O que é um excedente calórico? 

Um excesso calórico é simplesmente o que acontece quando você come mais calorias do que o seu corpo precisa. 

Como você sabe, todas as atividades que fazemos queimam calorias; por outro lado, tudo o que comemos contém calorias. Se consumirmos exatamente a mesma quantidade de calorias que queimarmos, tudo será mantido. No entanto, se comermos mais ou menos do que essa quantidade, coisas diferentes acontecerão…

Se consumirmos menos calorias do que a nossa necessidade, um déficit calórico será criado, e isso levará o corpo a queimar gordura corporal armazenada – perfeito para quem quer queimar gordura e emagrecer.

Entretanto, se você consumir mais calorias do que o seu corpo precisa, você terá o tal excedente calórico. Isso significa que seu corpo usou todas as calorias de que precisava, e as que sobraram, ele vai  armazená-las em seu corpo de alguma forma. E aí é você quem escolhe:  se em forma de gordura ou músculo!

Caso a pessoa não treine, tais calorias extras serão armazenadas no corpo como gordura. Mas para pessoas como nós, que estamos trabalhando corretamente e usando sobrecarga progressiva, aquelas calorias que sobraram serão usadas para construir a tão sonhada nova massa muscular.

Mais uma vez:  por isso é que a sobrecarga progressiva é a chave para o seu treino. 

 Como criar um superávit calórico

Bom, se queremos construir músculos e ganhar massa, então, o objetivo será comermos mais calorias do que é necessário para manter nosso peso atual. Mas é aí que se dá o pulo do gato! Comer mais, sim, mas não exceder a quantidade necessária para suportar o crescimento muscular. Senão, você acabará engordando… e não é isso que queremos, certo?

E saber qual o ponto correto é o grande desafio. 

Para isso, você precisa calcular o seu metabolismo basal, que é o quanto o seu organismo precisa de calorias para manter suas funções vitais funcionando.

Agora, pegue o seu nível estimado de manutenção de calorias diárias que você acabou de descobrir e adicione 250-500 calorias a ele. Este é o excedente calórico diário ideal. Qualquer diminuição retardaria o processo de construção muscular em níveis inexistentes, e qualquer aumento a mais resultaria em excesso de ganho de gordura.

Comece a comer essa quantidade de calorias a cada dia e se pese pelo menos uma vez por semana, sempre pela manhã, antes de comer ou beber.

Se você está ganhando peso a uma taxa de 250 gramas a meio quilo por semana, então seu excedente calórico é perfeito! Se você está ganhando menos do que isso ou nada, adicione mais 250 calorias e veja o que acontece.  Se você está ganhando mais do que isso, subtraia 250 calorias.

Quando você encontrar a quantidade de calorias que lhe permite ganhar peso a essa taxa ideal (250 g a 500 g por semana), então, você achou o número ideal. Aí é só continuar comendo essa quantidade todos os dias para construir o músculo e ganhar massa de forma eficaz.

É assim que você fornece ao seu corpo as calorias necessárias para que o processo de construção muscular ocorra. Claro que você deve se preocupar com a qualidade desse alimento que está consumindo e, para isso, uma orientação nutricional é indispensável, mas tendo sempre em mente que, acima de tudo, o excedente calórico é a chave para sua dieta de construção muscular.

Alimentação no ganho da massa

Um excesso calórico é definitivamente a parte mais importante da sua dieta de construção muscular. No entanto, depois disso, ainda existem alguns outros fatores de dieta que desempenham um papel fundamental na melhoria dos resultados obtidos. Então, vamos, agora, dar uma rápida olhada em cada um deles e configurá-los de acordo…

Proteínas no ganho da massa 

Depois das calorias, a proteína é definitivamente a próxima parte mais importante de uma dieta de construção muscular. Recomendações comuns para a ingestão diária ideal de proteína geralmente caem entre 0,8-1,5 gramas de proteína por quilo de peso corporal.

No entanto, em geral, mesmo um grama de proteína por quilo é um ponto de partida perfeito para a maioria das pessoas que tentam construir músculos.

As fontes ideais comuns incluem frango, peru, peixe, carne, ovos / clara de ovo e suplementos proteicos.  

Gorduras

As recomendações para a ingestão diária ideal de gordura, geralmente se situam entre 20 a 30% da ingestão total de calorias, sendo 25% corretos. Outra recomendação comum é de 0,4 a 0,5 gramas de gordura por quilo de peso corporal, o que normalmente acaba sendo bastante próximo do primeiro método.

As fontes ideais incluem peixes, suplementos de óleo de peixe, nozes, sementes e azeite. 

Carboidratos 

O último dos macronutrientes são os carboidratos, e as recomendações para o consumo diário ideal deles são bastante simples. Os carboidratos devem compensar as calorias remanescentes restantes para atingir a ingestão total de calorias, após a incorporação de proteínas e gorduras.

As fontes ideais comuns incluem frutas, vegetais, aveia, arroz integral, batata-doce, batatas brancas, feijão e a maioria dos grãos integrais.

 Refeição pós-treino

A refeição pós-exercício é essencial para a construção de músculos.

Em geral, ela deve conter uma quantidade significativa de proteínas e carboidratos, geralmente de fontes rápidas e facilmente digeríveis.

 O descanso

Por fim, tão essenciais quanto a alimentação e o treino são o descanso e o sono, porque é o momento em que o músculo se regenera.

É durante o período do sono que o corpo se nutre de forma a repor as células perdidas, construindo tecidos e células. Os músculos se constroem, principalmente após a liberação de hormônios que estimulam a construção celular. Estudos já mostraram que, na infância, 90% do hormônio do crescimento (GH) é produzido durante a primeira fase do sono profundo. Para adultos, a maioria dos lançamentos diários de testosterona nos homens ocorre também durante o sono.

Agora você sabe tudo o que precisa saber sobre como construir músculos com sucesso. Cobrimos os principais requisitos de construção muscular, bem como o melhor treino, a melhor dieta e tudo o mais. Mas nunca é demais lembrar que a supervisão de um educador físico, um nutricionista e um médico é sempre fundamental!

Espero ter ajudado com a minha experiência e com o que aprendi nesses muitos anos em que me dedico às atividades físicas. E que você alcance os resultados que deseja e, acima de tudo, uma vida e um corpo mais saudáveis!

Busque seu propósito. Deixe seu legado.

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Planeje seu treino, sua dieta e termine 2020 com o corpo que sempre sonhou!

Rê Spallicci
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Final de janeiro, eu sei que muita gente ainda está voltando às atividades, terminando as férias e tudo mais! Então ainda é tempo de planejar 2020 para conseguir o corpo que sempre sonhou.

E para ajudar vocês neste objetivo vou trazer dicas para dois públicos. Primeiro para quem vai aproveitar 2020 para começar a praticar uma atividade física. Se esse é seu caso, leia a primeira parte da matéria e se credencie para a segunda parte do artigo. Agora, se você já é dos veteranos, pule direto para a casa 4… e bom treino!!!

Fase 1 – Para os iniciantes!

Uma das suas promessas de ano novo é finalmente se matricular na academia e começar a levar uma vida mais saudável??? Wow! Que bom!! Tenho certeza de que, ao final do ano, você vai se orgulhar por ter tomado essa decisão. Mas, só prometer não adianta, certo? É necessário realmente agir! Porém, não pense que é só comprar aquela roupinha bacana de academia, se matricular e começar a milhão. Para um treino com saúde, você precisa seguir alguns passos.

1 – Procure um médico!

Fazer uma avaliação física completa, incluindo anamnese, eletrocardiograma e outros exames. Essencial antes de começar a treinar! De posse do atestado médico que comprove que você está apto, aí você pode ir para a segunda etapa: a avaliação física.

2 – Faça uma avaliação física!

Algumas academias já oferecem este serviço, mas, mesmo que a que escolheu não ofereça, é essencial que você busque um profissional de educação física para realizá-la. O exame deve incluir uma avaliação de movimento, com o objetivo de identificar se há algum desequilíbrio corpóreo que possa prejudicar a realização de determinado movimento.

3 – Monte seu treino

Escolha um profissional capacitado para montar um treino direcionado para trabalhar a sua estabilidade e mobilidade, além de ajudá-lo a tornar todos os movimentos corretos, lembrando que deve sempre respeitar a sua individualidade e os limites do seu corpo.

Agora que você está em segurança e conhecendo bem o seu corpo, pule para a fase seguinte e vamos planejar seus objetivos!

Fase 2 – Para todos

4 – Defina seus objetivos

Não importa se você já treina há anos ou se está começando, definir objetivos é fundamental para alcançar bons resultados. Afinal, se não sabemos para onde estamos indo, qualquer caminho serve!

5 – Trace metas palpáveis

Perder x quilos, diminuir em X % a porcentagem de gordura corporal, ganhar X de massa, perder X centímetros de cintura, ganhar X de braço, enfim, trace metas numéricas e palpáveis.

6 – Divida as metas por partes

Ao estabelecer suas metas, divida-as ao longo do ano. Por exemplo, se seu objetivo é perder seis quilos, estabeleça uma meta para os primeiros dois meses, outra para quatro, e assim por diante.

7– Melhore sua alimentação

Junto às suas metas físicas, trace também objetivos alimentares. Não vive sem chocolate? Planeje diminuindo o consumo aos poucos. Come poucas frutas e verduras? Trace um objetivo de incluí-las na sua alimentação, também aos poucos.

8 – Diminua a ingestão de álcool

Um dos maiores inimigos de um corpo saudável são as bebidas alcoólicas. Eu não bebo mais nenhuma gota, mas sei que isso é bem difícil para a maioria das pessoas. Então, que tal traçar planos com a finalidade de  diminuir o consumo?

9 – Faça avaliações físicas regulares

Para saber como andam suas metas, é necessário que você avalie seu corpo periodicamente. Trace pontos ao longo do ano para checar se está no caminho certo e, se houver qualquer desvio, refaça a sua rota! 

10 – Escolha os melhores horários para o seu treino

Tenha uma rotina fixa de treinamento. Estudos comprovam que é muito mais fácil você se comprometer com o treino, se o realizar sempre nos mesmos dias e horários. Priorize a saúde em sua vida! 

E é claro! Sue muito a camisa! Não existe resultado sem esforço, nem mágica para alcançar bons resultados! Treine, treine e treine! Não desista na primeira dificuldade e seja persistente! Tenho a certeza de que você vai chegar lá e vou ficar muito feliz, se você compartilhar seus resultados comigo!

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Rê Spallicci

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Minhas metas para este ano no esporte

Rê Spallicci
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Gente, o ano está começando, e eu tenho falado tanto aqui sobre a importância de ter metas, de cumprir promessas e resoluções de ano novo e tudo o mais, que faço questão de compartilhar as minhas metas no esporte para 2020. Assim, ao chegarmos ao final de 2020, vocês podem me cobrar, hein?!­­

Um shape perfeito para o Carnaval

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Bom, meu primeiro e maior desafio para 2020 já vem logo no comecinho do ano. Coloquei como minha meta número 1 estar com um corpo perfeito para desfilar como Rainha da minha querida Barroca. Quero estar com o melhor shape da minha vida, melhor até do que os que consegui para as competições.

E o gostoso desse desafio que me impus é que estou competindo unicamente contra mim mesma e os meus limites. Ninguém me obriga a estar perfeita, mas eu coloquei como meta... E quando eu encasqueto com uma coisa!! Só por Deus... haha

Outra coisa bacana é que o estar melhor do que nas competições não significa que será com um corpo parecido, porque nos campeonatos há limites esportivos muito rígidos, e agora, no Carnaval, há mais uma questão de gosto estético pessoal. Então, posso dizer que o resultado é bastante prazeroso.

É um perfil diferente de corpo, já sequei bastante, perdi três quilos em um mês, mantendo a massa, e perdi 2% de gordura!

Competições? Ainda não sei...

Todos têm me perguntado quando voltarei às competições, e, de verdade, eu ainda não tenho esta resposta. Estou cheia de saudades de subir no palco, de ter aquele friozinho na barriga gostoso da ansiedade pré-competiçao, do clima delicioso do backstage, das risadas, amizades e companheirismo entre os atletas.

Mas eu sei o quanto a preparação para uma competição requer dedicação (até porque quem me conhece sabe: se não for para lutar pela vitória, eu não jogo nem “par ou impar”...  rs).

E tenho muitos outros projetos em 2020 que não sei se me permitirão competir.

Trabalhando forte no esporte!

Mas, independente de competir ou não, tenho certeza de que continuarei trabalhando forte meu corpo, porque isso é algo que já faz parte de mim, não tem jeito! E além disso, o esporte certamente continuará a fazer parte de minha vida! Porque acredito que ele é transformador, e tenho isso como uma missão de vida.

Por essa razão, vou intensificar ainda mais meus esforços para ajudar mais e mais pessoas por meio do Finalmente Magro, meu método de emagrecimento. Sei o quanto ele é capaz de ajudar as pessoas a recuperarem a autoestima e a alcançarem importantes objetivos.

Com o primeiro Reality Finalmente Magro, vi ainda mais de perto todo o processo de transformação que o programa proporciona e acredito que disseminar, divulgar e encorajar as pessoas a realmente resolverem de uma vez por todas suas relações com os próprios corpos é algo que preciso fazer!

Outro projeto ligado ao esporte que tenho para este ano é o de uma consultoria esportiva multidisciplinar que estou estruturando com o Tiago Guirra, educador físico,  e o Rodrigo, nutricionista.

E é claro, continuar acompanhando de perto tudo o que acontece no fisiculturismo, para poder continuar mantendo meus leitores aqui do meu blog e da minha coluna na ESPN W.

Que venham os próximos desafios de 2020! Por enquanto, espero vocês na Avenida, no Desfile das Escolas de Samba de São Paulo!

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Minhas metas para este ano no esporte

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Emsculpt: tratamento garante ganho de massa e queima de gordura

Rê Spallicci
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Gente! Estou fazendo sessões de um novo tratamento que acaba de chegar ao Brasil, e que é  realmente fantástico. Trata-se do Emsculpt, um procedimento não invasivo que aumenta a massa muscular e ainda queima gordura!

O Emsculpt começou a fazer sucesso lá fora com famosas como Kin Kardashian e Drew Barrymore;  logo, brasileiras como Bruna Marquezine, Isabelli Fontana, Mica Rocha e Yasmin Brunet também passaram a utilizá- lo.

 Como adoro uma novidade e tudo aquilo que possa melhorar meu corpo ou minha performance como atleta de fisiculturismo, interessei-me pelo tratamento e, assim que ele chegou à clínica do Dr. Alexandre Ferreira, meu médico endocrinologista e que foi um dos pioneiros ao trazer a tecnologia para o Brasil, eu resolvi testar!

 E agora vou contar mais para vocês sobre esta maravilhosa tecnologia.

 Como age o Emsculpt

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Lançada há um ano e meio, nos EUA, e sete meses no Brasil, o Emsculpt é o primeiro e único aparelho no mercado com a proposta de tratar de forma não invasiva a estética por meio do músculo e, de quebra, ainda reduz a gordura subcutânea na área tratada.

O aparelho é uma espécie de torre onde estão acoplados os dois aplicadores (como duas placas) que são colocados em contato com a pele. Ele emite um campo eletromagnético que provoca contrações musculares turbo. Não é choque, nem laser, nem calor, mas uma tecnologia que induz contrações musculares supramáximas (a atividade física convencional efetiva faz contrações máximas), mediante  um campo eletromagnético de alta intensidade (HIFEM).

São 20 mil contrações locais durante 30 minutos de sessão, com resultados aparentes em até quatro sessões, feitas duas vezes por semana.

 Segundo o Dr. Alexandre, o músculo é forçado a se adaptar às contrações musculares supramáximas, o que resulta em um remodelamento muscular altamente efetivo, através da hipertrofia e hiperplasia das fibras musculares, gerando volume e tonificação da área tratada. “Estas alterações musculares geradas pelo campo eletromagnético HIFEM necessitam de uma elevada demanda de energia, causando alterações de porosidade na membrana celular das células adiposas e uma grande liberação de ácidos graxos livres (AGL)”, explica.

Desse modo,  as células adiposas não conseguem processar essa quantidade de AGL liberadas durante as contrações e, assim, induzem um sistema de morte programada (apoptose) das células gordurosas perimuscular, por meio de uma reação química chamada estresse do Retículo Endoplasmático. 

Em resumo e explicando de forma beeeemmm simples: é como se você estivesse fazendo exercícios de musculação, mas sem fazer nenhum esforço e de forma muiiiito mais intensa. Isso porque, por causa do tipo de estímulo que o aparelho proporciona, seu cérebro não percebe os estímulos e, consequentemente, não cansa e não “desliga” o músculo, fazendo com que o estímulo seja potencializado em muitas vezes. Outra vantagem é que ele é totalmente indolor, tanto no momento do procedimento como depois.

“As contrações supramaximas são profundas e atingem o neurônio motor, causando encurtamento de todo o grupo muscular atingido pelo campo eletromagnético, sem atingir o neurônio sensitivo, superficial, o que deixa o procedimento totalmente ausente de dor.”

 Outro fato fantástico sobre o Emscult é que ele age de forma diferente em cada tipo de fibra muscular, o que permite, por exemplo, que, no abdômen, ele  fortaleça o músculo, queimando gordura, e, no glúteo, só fortaleça o músculo sem queimar gordura! Ou seja, é um bumbum durinho, mas sem perder volume!

Para quem é indicado

 A verdade é que o Emsculpt, praticamente, não tem contraindicação. Somente grávidas, pacientes oncológicos e pessoas com pinos de metal não podem fazer o tratamento, e, no último caso, só na parte onde houver o pino.

“Ele é indicado para pessoas com deficiência muscular por causa de cirurgias ou fraturas, por exemplo, para melhorar a estética, emagrecer, ou ganhar massa muscular. Em competidores como você, eles proporcionam que tenha um ganho acima daquele que já consegue na academia, pois realiza uma proposta de contração do músculo jamais vista”, me explicou o Dr. Alexandre.

Para vocês terem uma ideia, o dispositivo proporciona 16% de hipertrofia e hiperplasia, sendo excelente complemento das atividades físicas, pois potencializa os resultados dos exercícios e ajudam na manutenção, além de fortalecer o corpo para os treinos, já que trabalha o Core, os 29 pares de músculos que suportam e estabilizam a bacia, a pélvis, o abdômen e o coração.

E aí, curtiu a novidade? Eu posso dizer que estou fazendo e curtindo muito a experiência e tenho certeza de que os resultados serão fantásticos!

Bom, acho que, com a ajuda valiosa do Dr. Alexandre, consegui explicar para vocês tudo sobre o procedimento! É isso!

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Emsculpt: tratamento garante ganho de massa e queima de gordura

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Ceia Fit – um Natal sem culpa!

Rê Spallicci
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Curta as festas de final de ano sem ganhar uns quilinhos a mais, seguindo as minhas dicas.

 Falta superpouco pro Natal!! Daqui a alguns dias, vamos todos estar reunidos com familiares e amigos comemorando a data. E é claro que a festa sempre vem recheada de comidas pra lá de gostosas, mas também  megacalóricas, né?

 Se fosse só o Natal estaria bom… Mas já rolou a festa da firrrrma, o amigo secreto “dazamiga”, enfim, dezembro é uma verdadeira perdição gastronômica!

E a gente acaba ficando com um medo daqueles de ganhar uns quilinhos… Mas, calma, você também não precisa entrar na neura e não aproveitar as festividades! Dá para fazer tudo com equilíbrio. Isso que vou mostrar para vocês!

Hábitos da vida

Em primeiro lugar, não será uma semana de comemoração que vai fazer você ganhar alguns centímetros da cintura, né? Como eu sempre falo, alimentação saudável e a prática de exercícios físicos com regularidade devem ser hábitos da vida! E, se você já os tem, não será uma semaninha que vai levar tudo água abaixo! Mas também não tô falando pra você enfiar o pé na jaca totalmente, hein?

 Mas a grande verdade é que o que você faz em termos de nutrição durante o ano que antecede o mês de dezembro terá um impacto muito maior sobre sua saúde em comparação com as poucas semanas que antecedem o Natal.

Como sempre, equilíbrio e moderação são fundamentais, por isso não há necessidade de se sentir culpado por desfrutar de uma fatia de panetone, um par de taças de champanhe ou uma colher de mousse, desde que você consiga atingir um equilíbrio, seguindo estas dicas:

 Planeje-se com antecedência

Se você sabe que vai a uma festa à noite, e que haverá  comidas não muito saudáveis, opte por se alimentar com opções de baixa caloria durante o dia, para compensar  com o que  vai  comer no jantar.

Na véspera do Natal, no dia 25, na ceia de Reveillon e em todas as demais datas festivas do mês, mantenha os horários regulares das demais refeições. Se você pular alguma refeição, chegará à próxima com mais fome, ficando muito mais difícil resistir às tentações.

Antes da ceia faça um lanche com baixo valor calórico e rico em fibras. Dessa forma, você conseguirá ter maior controle com relação às quantidades ingeridas.

Durante todo o dia, beba bastante água, assim  estará se hidratando e ajudando seu organismo a manter-se livre de quaisquer toxinas.

Na hora da ceia, coma de entrada um farto prato de salada. As fibras das hortaliças trazem saciedade. Por fim, para  ajudá-lo ainda mais a escolher de forma inteligente o que comer, dê uma espiada na quantidade de calorias dos principais alimentos servidos na ceia de Natal!

Outra dica é praticar exercícios no dia da festa para equilibrar as calorias consumidas e queimadas.

Faça substituições

Muitos ingredientes usados nas receitas dos pratos típicos dessas ocasiões podem ser substituídos por outros mais saudáveis. Sempre vale a pena procurar por versões  da receita que você quer fazer e prepará-la com ingredientes saudáveis.

Para o prato principal, prefira as carnes brancas, como peixes, frango, chester e peru. Opte pelos assados ou grelhados e retire qualquer pele e gordura.

O Tender e o Pernil são carnes que contêm mais gordura e colesterol. Cuidado com preparações como farofa, que, geralmente, são ricas em gordura. Uma porção de 100g de farofa possui, em média, 471 kcal!

Substitua o arroz branco pelo arroz integral ou por outros alimentos como lentilha ou grão de bico. Ao contrário do arroz branco, o arroz integral não passa pelo processo de refinamento, o que faz com que todos os ingredientes originais sejam mantidos em sua composição. Os cereais integrais também são uma boa fonte de fibras insolúveis que auxiliam no processo de digestão e acabam com a prisão de ventre.

Além disso, esses nutrientes diminuem a absorção de gordura pelas células, regulando os níveis de açúcar e insulina no sangue – tudo o que você precisa depois dessa comilança toda!

Controle dos tamanhos das porções

Comer de forma moderada é a principal ferramenta para não correr o risco de ganhar uns quilinhos, e uma maneira fácil de controlar  é consumir porções menores dos alimentos.

Isso vai encorajá-lo a comer mais conscientemente, porque você vai ser mais propenso a saborear cada pedaço, ao invés de comer colherada após colherada sem pensar no que está consumindo.

Como há grande variedade de guloseimas de Natal, é melhor comer um pouquinho de tudo do que se acabar em um único prato.

Decida-se sobre a sobremesa

É difícil passar longe dos doces durante as festas de final de ano, não é mesmo? Mas, ao invés de não comer nada, a dica é escolher uma sobremesa da qual você gosta mais e ingerir uma porção moderada.

Ou então, opte pelas frutas frescas, que sempre fazem parte da decoração da mesa de natal. Você também pode consumir as frutas secas, como ameixas e passas, apenas levando em conta a quantidade, pois esses alimentos possuem alta concentração de açúcar!

Uma boa dica é uma deliciosa salada de frutas com um toque de iogurte.

Exercite-se

E, por último, é importante não se esquecer da rotina de exercícios, durante o período de festas, pois eles vão ajudá-lo a manter o corpo em forma, mesmo em uma época com opções de alimentos mais pesados. Agindo assim, você terá uma ceia de Natal saborosa, sem culpa e, em janeiro, poderá desfilar tranquila no verão sem os indesejados quilinhos a mais!

 Busque seu propósito. Deixe seu legado.

Rê Spallicci


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Ceia Fit – um Natal sem culpa!

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Árbitra é agredida em campo e perde a memória

Renata Ruel
Renata Ruel

As agressões aos árbitros são mais constantes do que se pode imaginar, principalmente em campeonatos amadores, onde não há segurança como em jogos profissionais e os regulamentos das competições raramente punem os agressores de forma severa.

No último final de semana, Leidiane Nunes de Albuquerque, conhecida como Ane, foi bandeirar um jogo do campeonato amador de Salvador/BA e foi agredida.  Segundo o relato da árbitra da partida, Yasmim Sousa (pertencente ao quadro da Federação Baiana de Futebol), após a marcação de uma falta, um jogador da mesma equipe que sofreu a infração queria obrigá-la a aplicar cartão amarelo ao infrator.

A árbitra explicou que a falta não era para amarelo, mesmo assim a reclamação seguiu e então quem tomou o cartão amarelo foi este jogador. A partir daí a confusão começou, o jogador amarelado chamou Yasmin de “palhaça”, disse que ela queria “aparecer” e acabou expulso.

Mais dois jogadores, então, se aproximaram, e a árbitra sofreu duas agressões. Foi quando a árbitra assistente Ane entrou em campo para tentar ajudar. Ane levou um soco no rosto de um dos jogadores. O nome do agressor não foi revelado. Ela não teve tempo de sequer tentar se defender, caiu no chão, conseguiu se levantar e dar uns cinco passos, mas em seguida caiu desmaiada em campo.

Yasmim disse que teve que fugir do local para não ser mais agredida e, então, foi encontrar Ane na emergência de um hospital, na UPA, a tirou de lá. A levou para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde a assistente passou pelo neurologista, fez exames na cabeça que não constataram nada.

Yasmim ainda relata que, ao chegar em casa, por volta das 20h, Ane ficou agressiva, não reconhecia ninguém, nem mesmo o seu filho. A levaram novamente ao HGE onde novos exames foram realizados, mas novamente nada constataram. Porém, a árbitra assistente perdeu totalmente a memória, pelo menos até o momento. Pergunta o tempo todo o que aconteceu, quem é quem.

Desde então nada mais foi feito, ou seja, Ane foi agredida com um soco, perdeu a memória, os exames nada constataram, os responsáveis pela organização do torneio e o sindicato dos árbitros local não assessoraram em momento algum.

Um profissional sai de casa para exercer o seu trabalho, é agredido, perde a memória e nenhuma providência foi tomada até agora. Não é questão de gênero, de ser campeonato profissional ou amador, mas sim de respeito ao ser humano que está ali trabalhando.

A agressão constante e a falta de punição no futebol faz com que o esporte se torne uma “zona de guerra”. O árbitro vai para o jogo trabalhar em um local de certa forma com risco de periculosidade, não sabendo o que pode lhe passar ao tomar decisões em campo.

Que as providências sejam tomadas prontamente para a melhora da saúde de Ane e que os responsáveis pelas agressões sejam severamente punidos. A segurança é um dos princípios do futebol e que ela prevaleça inclusive para os árbitros.

Já em Chapecó, um árbitro teve fratura no antebraço após agressões sofridas durante um jogo, no qual a assistente Daiane Bellaver também foi vítima. Neste caso, o sindicato local publicou uma carta de repúdio, diz que irá acompanhar o caso, mas não esclarece se dará o suporte necessário às vítimas.  Veja carta a seguir:

Respeito aos árbitros, respeito ao jogo, Fair Play, respeito ao ser humano, só assim para o espetáculo em campo ser completo.

 

Fonte: Renata Ruel, blogueira do ESPN.com.br

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Árbitra é agredida em campo e perde a memória

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Da anorexia ao estrelato, a história da fisiculturista multicampeã Isa Picini

Rê Spallicci
Rê Spallicci

Isa Picini
Isa Picini []

Aos 13 anos, Isa Picini se deparou com um problema que, infelizmente, acomete muitas adolescentes: a anorexia. Dos 13 aos 15 anos, ela lutou contra o distúrbio,  chegando ao extremo de pesar apenas 37 kg, tendo 1,66m de altura. “Fiquei internada por mais de um mês para me recuperar. Após sair da internação, quis começar a praticar atividade física apenas para estar feliz com meu corpo de uma maneira saudável. Depois de oito meses, conheci o esporte”, ela conta.

Conhecendo o fisiculturismo  e treinando muito,  se tornou uma multicampeã! E é sobre esta trajetória que conversei com a atleta campeã do Mr. Olympia, Isa Picini!

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Acompanhe: 

 Renata Spallicci – Conte-nos um pouco de sua história. Você teve anorexia e após esse episódio passou a se relacionar com seu corpo de outra maneira e ter uma vida mais saudável? Como foi a transição até se tornar uma atleta fitness?

 Isa Picini – Pós-anorexia, eu comecei a entender que, para ter um corpo com que eu me sentisse bem e de maneira saudável, sem colocar minha saúde em risco, eu precisava me alimentar melhor, comer de verdade e não ter medo da comida, pois ela estava me dando energia, nutrientes para poder viver e fazer as coisas do dia a dia. A transição não foi da noite para o dia. Fui entendo aos poucos, pesquisando e, como já havia tido um acompanhamento sobre alimentação,  durante o tratamento,   comecei a tentar adequar os alimentos à minha rotina, montando meus horários.

Depois comecei a treinar, organizar o que comer antes e após o treino. Naquela época, não havia tantas informações como há hoje e não existiam   tantas pessoas fitness no Instagram, mostrando o dia a dia, o que comer ou não. Porém,  já havia algumas, e eu tentava aprender o máximo que podia, até procurar  um nutricionista e ter algo mais adequado e específico.

 RS – Como foi a percepção das pessoas que estavam ao seu redor sobre essa mudança em sua vida? Houve preconceito?

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IP - No início, ainda estava na escola, com 17 anos e estudava à noite. Quando as pessoas me viam comendo um monte de ovos, falavam que eu estava ficando doida, que aquilo era besteira e ia ficar parecendo um homem. Na minha família, era algo novo, mas eles nunca me disseram “não” ou colocaram alguma barreira, pois sabiam que o esporte estava me fazendo comer, estar mais feliz e motivada com a vida. Então, eles sempre me apoiaram. Mas, se eu tivesse ligado para o preconceito das pessoas, não estaria tão feliz hoje em dia com o que eu faço.

 RS – Você é uma multicampeã na categoria Bikini Divas e acabou de conquistar o maior título de sua carreira. Quais suas principais conquistas?

 IP - Quando eu era atleta amadora (aos 18 anos) meus títulos mais importantes foram: campeã brasileira, Sul-americana e do Arnold Classic Ohio. Com 19 anos, me profissionalizei e, aos 20, estreei nos palcos profissionais. Todos os títulos no profissional foram importantes. Fui sete vezes campeã e vice-campeã do Arnold Classic PRO OHIO, e o maior título que um atleta pode ter eu conquistei este ano: me tornei campeã mundial do Mr. Olympia, em Las Vegas! Esse é o maior título que se pode ter no esporte, então é o mais importante para mim até o resto da  vida.

RS – Como é  sua rotina de treinos?

 IP - Eu treino e faço cardio de segunda a sábado. No domingo, eu descanso. Em preparação para competir, eu treino e faço cardio duas vezes por dia, dividindo em dois turnos.

RS – E a sua dieta?

 IP - Minha dieta é bem variada: como carne, peixe, frango, arroz, salada, castanhas, legumes, ovos e, dependendo da fase, frutas. Como seis vezes ao dia a cada três horas e tomo um shake de proteína após o treino.

 RS - Quais seus planos futuros para o esporte?

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IP -  Como eu disse, o maior sonho de qualquer atleta profissional é ganhar o Olympia, e esse era meu sonho no esporte, nem que eu ficasse dez anos trabalhando por isso. Hoje tenho 22 anos e pretendo competir muito ainda, e a meta agora é defender o título.

 RS – Que  dica  dá para as meninas que querem começar no esporte?

IP - Se informar! Hoje em dia, tem muita informação disponível para quem quer começar. Claro que o correto é procurar um profissional da área. Porém, nem todas estão com condição no momento, como foi o meu caso. Então, eu pesquisei e fiz o máximo que eu podia com o que eu tinha, até conseguir me estruturar melhor. E sempre acreditar nos seus sonhos e objetivos. Todos vão criticar qualquer coisa que você faça, porém você tem que ter certeza do que quer e o porquê de estar fazendo isso!

Bom, é isso! Gratidão pelo bate-papo com esta supercampeã e por poder compartilhar com vocês esta história de superação e conquistas!

 Busque seu propósito. Deixe seu legado.

Rê Spallicci

 

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Dos tribunais para os palcos do fisiculturismo

Rê Spallicci
Rê Spallicci

Patrícia Richter
Patrícia Richter []

Patrícia Richter foi a grande vencedora do Mr. Olympia Brasil, que aconteceu em outubro, juntamente com a feira BTFF. Gaúcha, residente em São Paulo há quase dez anos, ela é formada em Direito pela PUCRS, mas abandonou a advocacia para viver sua paixão pelo esporte e sua “missão de vida” de ajudar as pessoas a terem o corpo que desejam.

Patrícia já atuou como atriz, inclusive no programa “Pânico” na Band, até se tornar uma atleta fitness e coach de emagrecimento. Conheça mais sobre a atleta campeã do Mr. Olympia nesta entrevista exclusiva que ela concedeu para o meu blog aqui na ESPN W.  

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Renata Spallicci - Conte pra gente um pouco de sua trajetória no esporte. Desde quando você treina?

Patrícia Richter - Treino há 15 anos. Sempre admirei a categoria wellness e sempre amei o mundo fitness. Lá hà feiras fitness, mesmo antes de realizar o sonho de competir como wellness. Eu era muito magrinha,  por isso, jamais achei que conseguiria modelar meu corpo para a categoria. Então, ficava admirando as atletas no palco e pensando como eram maravilhosas, determinadas e lindas. Fui incentivada por muitos amigos a participar do concurso Garota Fitness São Paulo 2017. Venci, e depois dessa conquista, acreditei que tinha potencial para o fisiculturismo. Ganhei o Garota Fitness Brasil 2018 e, a partir daí, comecei a trabalhar meus pontos fracos para conseguir realizar meu sonho de competir na categoria wellness.

 No meu primeiro campeonato Paulista, já consegui o primeiro lugar na categoria “estreantes” e terceiro lugar na sênior. 

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Subi no Mr. Olympia Brasil em 2018 e foi uma superexperiência, competindo com atletas de vários países. Não ganhei troféu, mas adquiri uma maturidade única!

Disputei novamente o estadual e ganhei o Ouro pela segunda vez. Isso me deu mais determinação para o Mr. Olympia 2019. Fiz uma preparação árdua com 24 horas de dedicação todos os dias, tanto por parte da dieta quanto nos treinos. Tive o acompanhamento de excelentes profissionais, e foram eles que ajustaram cada detalhe, pois são os pequenos ajustes que fazem a diferença no final.

Consegui o tão sonhado Ouro nesse campeonato, que é o maior do mundo, e até hoje parece que ainda não “caiu a ficha”! Um sonho, uma realização ! Uma certeza de que, quando acreditamos, quando temos amor e  fazemos com toda nossa dedicação, os sonhos podem se tornar realidade.

RS - Estas foram as principais conquistas de sua carreira?

PR - Minha principal conquista foi muito além dos títulos e troféus. Além da evolução visível do meu shape, a transformação principal foi de dentro pra fora. Aprendi que nossa principal força está na mente. É ela quem determina tudo. É somente ela que pode  torná-lo um campeão ou um perdedor .

RS - Qual sua rotina de treinamento?

PR - Treino de 6 a 7 vezes por semana.

RS - E sua dieta?

PR - Minha dieta é hipercalórica limpa.

RS - Você está cursando Nutrição e atua como coach de emagrecimento. Fale-nos um pouco desta sua atuação?

PR - Sou formada em direto pela PUC-RS, porém achei meu chamado e minha missão, meu modo de ajudar o próximo, que é por meio da  nutrição.  Eu me apaixonei por essa profissão  incrível que muda e salva vidas. Fiz curso de coach especializada em emagrecimento, além de especialização em nutrição esportiva. Estou atendendo em conjunto com o personal trainer Thomaz Eloi, no programa “O corpo que eu quero”. Nosso programa consiste em dez semanas de acompanhamento, nas quais o cliente determina seu objetivo final. Nós indicamos o caminho certo para ele trilhar e  o ajudamos a não se perder no caminho.

RS - Quais seus próximos objetivos como atleta?

PR - Penso em competir no exterior. Ainda estou comemorando o Olympia 2019, rs... Em breve, estarei planejando os passos pro ano que vem.

RS - Que conselhos daria para as meninas que querem começar no esporte? Quais os principais atributos necessários?

PR - Acreditem em  seus sonhos. Se vocês têm amor pelo esporte e sonham em ser atletas, tenho certeza de que vão alcançar. Por amor, modelei meu corpo e minha mente. Sem minha mente equilibrada, não adiantaria eu estar com o shape modelado. Podem ter certeza disso! Procurem profissionais que o ajudem e que se dediquem, que sejam acessíveis e deem as dicas certas. Cuidado em quem vocês confiam. Apresentação no palco é importantíssimo. Treinem poses. E lembre-se: esse esporte requer 24 horas de dedicação e foco!

Busque seu propósito. Deixe seu legado.

Rê Spallicci

 

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Como você enxerga a sua adversária? Um pouco do meu papo com a Julia Boscher

Mayara Munhos
Mayara Munhos

Final do SP Open de 2018 contra a Ludmila Fiori
Final do SP Open de 2018 contra a Ludmila Fiori BJJ Forum

Na última segunda-feira, eu bati um papo com a Julia Boscher para o #OpenMat lá no meu canal do YouTube. Vai ao ar só na próxima semana, mas entramos num assunto muito doido que eu queria compartilhar aqui antes de tudo.

Como você enxerga sua adversária?

Eu não quero dar spoiler de fato sobre o que a Ju falou, mas nesse papo, ela me disse que em um momento da vida, quando ela começou a se aprofundar mais e entender coisas sobre feminismo, empatia e sororidade, ela sentiu que 'afetou' a performance dela nos campeonatos. Não a performance em si, mas a forma com que ela via as adversárias.

Então ela saia de um campeonato depois de ter perdido, e na cabeça dela as coisas estavam: "ah, ok, ela merece muito também". E isso aconteceu algumas outras vezes sucessivamente, até que ela percebeu que precisaria mudar o mindset para sair na porrada. Ela também relembrou que, mais tarde, isso aconteceu com uma aluna. E ela tendo dividido isso comigo, me fez lembrar que também já passei por essa situação e esse é um dos motivos que, hoje em dia, eu evito 'ouvir histórias' sobre minha adversária antes da luta.

Já aconteceu de eu saber uma puta história triste de uma adversária que acabou virando minha amiga um pouco antes da luta. Entrei, perdi e sai falando que tava tudo bem, porque ela merecia muito e tinha se esforçado demais para estar ali. Eu inclusive minimizei o meu esforço. 

Perder faz parte, de fato. Mas desde quando precisamos achar que uma derrota está 'tudo bem'? Achei até que era uma desculpa, mas tendo ouvido pessoas como a Julia que é uma puta referência no jiu-jitsu ter dito isso, eu vi que é normal. E então precisamos saber lidar com esse lance de sororidade vs competição.

Julia Boscher
Julia Boscher Reprodução/Instagram

Competição é algo que abrange muitas coisas. Quem compete sabe. É muito mais do que corpo, preparação física e técnicas afiadas. A mente manda em praticamente tudo. É claro que devemos ter respeito pelas nossas adversárias. Claro que não devemos entrar no tatame na maldade e na intenção de machucar. Mas queremos entrar para vencer e vencer implica em focar em você, na sua performance e na sua preparação para estar ali. 

Algo importante que tenho para mim mesma é que eu treino e faço muito esforço para estar ali, fazendo algo que amo e que escolhi. Mas a minha adversária também. Então independentemente de qualquer coisa, a vitória é meritória e a derrota é consequência. Todas treinam para estar ali, afinal. Mas não existe duas campeãs de uma mesma categoria, certo?

Uma competição não envolve só o seu treino. Claro que você precisa se preparar, não adianta ficar comendo fast food, esquecer preparação física, treinar jiu-jitsu uma vez na semana e sair reclamando que perdeu a luta. Mas aquele dia... É aquele dia. Você pode acordar de TPM, você pode ter tido um problema com a família, você pode acordar desanimada... Como também pode acordar no seu dia. Então perder uma competição não te faz pior - mas se você curte a parada e quer seguir com isso, não deve se dar como satisfeita.

Tá, mas falei tudo isso para dizer que existem coisas que você controla e coisas que você não controla. E você precisa sempre se preocupar com aquilo que está sob seu controle. Isso é: seus treinos, sua alimentação, sua preparação, sua mente, sua vontade. E o que não está ao seu alcance, você descarta, porque não é sua responsabilidade.

É nossa responsabilidade como mulheres acolhermos novas mulheres, isso na competição, na academia ou na vida pessoal. É importante, sim, termos empatia, nos darmos forças... E creio que seja pela força que cada uma se dá e pela representatividade de cada uma na vida das outras, que hoje somos muitas e estamos nos multiplicando. Treinos femininos, eventos exclusivos para mulheres, professoras e líderes de equipe... Tudo isso faz parte da nossa união, ninguém fez por nós.

Mas dentro do tatame, durante aqueles 5, 6, 7, 8 ou 10 minutos que você vai lutar, é você contra você. Não é você contra a sua adversária, não é você contra o ego. É você contra você. E não falo que devemos odiar nossas adversárias, longe disso. Mas precisamos saber dosar, ter uma rivalidade saudável e ir pra cima.


Então empatia e sororidade são coisas que precisam ser entendidas. É fácil confundir e é muito fácil se perder. E é uma linha realmente tênue dar tudo de si porque você quer muito ganhar, ou não dar 100% por achar que sua adversária merece tanto quanto - ou mais - do que você. Todas merecem. Todas treinam. Todas querem. Mas só uma pode levar.

Também faz parte de uma desconstrução e de um mindset competitivo e isto é algo que cada uma só vai aprender com o tempo - e cada uma tem o seu tempo, aliás.

Do mais, é muito importante que a gente se fortaleça. Que a gente dê show nos campeonatos para cada vez mais atrairmos público para as nossas lutas, que a gente cada vez chame mais mulher para treinar, que a gente receba bem uma visitante ou uma nova aluna. E claro, que respeitemos as nossas adversárias nos nossos limites. Fora das quatro linhas, todo mundo é um ser humano comum. Mas lá dentro... É PORRADA! :) 

Minha entrevista com a Julia vai estar disponível a partir da próxima semana no Jiu-Jitsu in Frames. Ficou animal! 

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Os óleos essenciais no esporte

Rê Spallicci
Rê Spallicci

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Não é de hoje que se fala em óleos essenciais e seus benefícios para o bem-estar. Mas confesso que sempre tive um pouco de resistência e não acreditava que eles fossem tão eficientes quanto algumas pessoas alardeavam.

 Até que, em um evento, conheci o Alessandro Fromer, fisiologista especializado em esportes de alto rendimento, e que me apresentou os resultados que vem obtendo com atletas de diferentes modalidades.

 Aí resolvi experimentar e... Gente! Não é que funciona mesmo?!

 Uso no esporte

 Destilados diretamente a partir de suas fontes vegetais, os óleos essenciais são agentes com múltiplas funções e possuem usos quase inesgotáveis para o nosso bem-estar emocional e físico.

 Fisiologista, Alessandro Fromer trabalhou em renomados clubes brasileiros de futebol e também em clubes europeus e nunca havia se interessado pelos óleos essenciais. Até que, um dia, ele estava com uma dor forte nas costas e a  esposa dele, que é psicóloga e usa os óleos em seu trabalho, passou um dos óleos no local que estava dolorido. No dia seguinte, ele não sentia absolutamente mais nada. “Aí, aquilo feriu o meu ego científico, e eu fui estudar e conhecer mais sobre os óleos e, realmente, me fascinei por seus benefícios”, relata.

 Ao conhecer os efeitos que os óleos poderiam causar em atletas, não somente para cuidar de dores, mas para aumentar resistência, foco, acelerar a recuperação, Alessandro passou a apresentar o produto para colegas que atuam em times de futebol, e todos ficaram  espantados com os resultados.

 “Muitos dos meus colegas disseram que só toparam testar porque  era eu que estava indicando. E,  se fosse outra pessoa,  eles nem receberiam. Mas depois que conheceram os resultados, passaram a adotar protocolos em seus clubes.”

 Hoje, seis times da série A do Campeonato Brasileiro usam os óleos essenciais para diversos objetivos, além de atletas de crosffit, futsal, tênis, entre outros.

Para se ter uma ideia da força dos óleos, foi feito um estudo em uma das principais equipes de futsal do Brasil,  no qual se constatou que o uso de uma gota do óleo de hortelã-pimenta aumentou o potencial de força, a velocidade de reação, o impulso vertical e a precisão do chute. Isso apenas cinco minutos após a ingestão.

 E as possibilidades dos óleos no esporte são muitas, desde o uso de óleos essenciais que favorecem um sono mais tranquilo, até aqueles que aumentam a concentração e o foco emocional.

“Há times que usam os óleos que favorecem o sono, no vaporizador do quarto dos atletas durante a concentração”, conta Alessandro.  

Eu tenho utilizado o óleo para me dar mais energia para treinar, e os resultados estão sendo absurdos! De uma cética aos seus efeitos, hoje sou uma usuária e defensora dos óleos e posso atestar que eles realmente funcionam. 

Os óleos essenciais podem ser utilizados de forma aromática, tópica ou como flavorizantes, sozinhos ou em misturas complexas de óleos essenciais, dependendo da experiência do usuário e do benefício desejado.

 Busque seu propósito. Deixe seu legado.

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A polêmica do machismo no jiu-jitsu voltou a assombrar e vem ganhando vozes fortes

Mayara Munhos
Mayara Munhos

Mikey e Tammi Musumeci
Mikey e Tammi Musumeci Reprodução

Entre tantas mensagens sobre o machismo no meio do jiu-jitsu, fica até difícil ‘escolher’ uma ou até dar a opinião sobre o caso.

Eu não vou contextualizar de novo o que vem acontecendo desde a semana passada no ambiente do jiu-jitsu porque acho que a maioria que acompanha já sabe, então o que eu quero é apenas destacar uma grande mensagem.

Michael Musumeci.

Ele praticamente dispensa apresentações, mas nunca é demais lembrar que ele é o 4º norte-americano a conquistar um título mundial da IBJJF e mais que isso, o primeiro a conquistar duas vezes – e com a conquista de 2019, atualmente ele é tricampeão.

Neste ano, sua irmã Tammi Musumeci também se tornou campeã mundial da IBJJF pela primeira vez na carreira. Além da vida do jiu-jitsu, eles não são o que chamamos de ‘full time athlete’.

Tammi é estudante integral de Direito. Mikey é formado em Administração de Empresas e ainda pensa em estudar Direito também. Para ele, é importante se distrair com alguma outra coisa além do jiu-jitsu para não cansar a mente.

A questão é que Mikey não escondeu a emoção quando a irmã venceu o primeiro título mundial na faixa preta, dizendo que ficou muito mais feliz com o dela do que com o dele, já que treinaram muitos anos para que ela realizasse esse sonho.

Nesta terça-feira, Mikey fez uma publicação em seu Instagram falando sobre o jiu-jitsu feminino e o quanto para ele é enriquecedor treinar com a irmã.

No post, ele escreveu que desde pequeno, sua principal parceira de treino e que mais o batia era a irmã e que, embora o tempo tenha passado, ela ainda é um dos melhores e mais difíceis treinos que ele tem. “Eu sempre digo as pessoas às pessoas, o que é verdade: ela é muito mais dura e técnica do que a maioria dos caras que já lutei ou treinei até hoje”.



Ele ainda ressaltou sentir que muitas vezes, os caras ficam irritados com as mulheres e, por medo de perder, acabam colocando muita força durante os treinos, o que pode machucar. E por outro lado, também relembrou que muitos deles acabam treinando leve por medo de machucar.

Uma linha tênue, diga-se de passagem.

Sou e sempre serei eterna defensora da igualdade no esporte. Meu primeiro post aqui no blog foi justamente sobre machismo no jiu-jitsu e o assunto parece ainda continuar. Tenho certeza de que, aos poucos, estamos alcançando o nosso espaço, mas se ganhamos é porque falamos e levamos para frente.

Eu demorei muito para escrever algo aqui sobre minha opinião. E na verdade, nem quero me estender. Por isso, gravei uma série de vídeos com Luanna Alzuguir e Ana Carolina “Baby” um bate-papo e publiquei no meu canal, Jiu-Jitsu in Frames.

#OpenMat é um quadro semanal (que estreou domingo, por sinal haha) e eu sempre vou convidar um atleta ou alguém do meio do jiu-jitsu para papear. No final de tudo, vai ter uma entrevista na íntegra disponível no Spotify! Espero sempre trazer assuntos legais e achei que não haveria melhor forma de começar.

Estamos juntas!

Post do Musumeci na íntegra:

Há algo que eu gostaria de falar e muita gente não fala é sobre mulheres no jiu-jitsu. Desde quando eu era criança, minha principal parceira de treina que sempre me bateu e me puxou para cima todos os dias foi minha irmã Tammi, que é atualmente campeã mundial na faixa preta. Ela continua sendo um dos meus melhores e mais difíceis treinos hoje em dia e eu sempre falo para as pessoas, o que é verdade, ela é um treino mais duro para mim do que muitos dos caras que já competi. Eu sinto que muitos caras se sentem incomodados treinando com garotas ou não as respeitam muito como outros garotos no tatame, e eu acho que isso tá completamente errado. Atualmente, as garotas são uma das melhores oportunidades de treino. Por quê? Porque ao contrário dos caras que na maioria das vezes, sem que eles saibam, confiam na força, as garotas não podem depender da força e então elas precisam depender mais da técnica. É assim que treino com garotas! Eu já vi duas diferentes abordagens de caras treinando com meninas: 1) eles vão super forte, usam muita força com medo de perder para a menina, algo que não somente pode machucá-la, mas faz com que não seja um bom treino nem para ele e nem para ela ou 2) eles vão super leve, com medo de machucar a menina ou então porque eles estão com medo de perder para ela, devido ao ego, eles literalmente não tentam e se fingem de mortos, o que novamente faz com que o garoto e a garota tenham um treinamento horrível. A maneira de treinar com as meninas é como você deve treinar com todos, e é ir forte tecnicamente, não tentando dominar, mas seguindo técnica por técnica. Você ficará surpreso com o excelente treinamento recebido e com o quanto pode melhorar tecnicamente. Como eu disse antes, minha irmã é o treino mais difícil para mim, mais do que a maioria dos caras com quem luto e treino, e eu realmente tenho muito respeito pelo jiu jitsu feminino!

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