Maior número de gols e muita emoção nos últimos minutos: resumo da terceira rodada de LaLiga
Foram 25 gols nas dez partidas da terceira rodada de LaLiga, maior marca da temporada até aqui. Não há mais times com aproveitamento de 100%, após os empates de Sevilla e Atlético de Madrid, e seis "dividem" a liderança com sete pontos, cada.
Goleada do Rayo Vallecano, grande desempenho do Valencia de José Bordalás, Memphis Depay mais uma vez marcando, assistência de Karim Benzema e minutos finais emocionantes para Atlético e Osasuna. Confira análises de todos os jogos de LaLiga, que agora faz a pausa de 11 dias da Data FIFA - contra sua vontade.
Mallorca 1x0 Espanyol
Campeão e vice da segunda divisão na temporada passada, Espanyol e Mallorca se enfrentaram na sexta-feira nas Ilhas Baleares. Vitória por 1 a 0 dos mandantes, que mantém o Mallorca invicto e com ótimo início de temporada. Apesar do placar magro, o sistema ofensivo da equipe do técnico Luis García funcionou bastante.
Take Kubo foi titular aberto pela direita no 4-2-3-1 e fez ótimas parcerias com Dani Rodríguez, autor do gol, e Fer Niño. Já o Espanyol fez um jogo de pouquíssima criatividade dentro de seu 4-4-2, tanto é que ainda não marcou em LaLiga após os empates em 0 a 0 nas duas primeiras rodadas e pouco ameaçou os donos da casa, apesar da maior posse de bola (53%). Do que se viu dos dois times até aqui, a perspectiva do Mallorca é melhor do que do Espanyol.
Valencia 3x0 Alavés
O Valencia, de José Bordalás, vai cada vez mais ganhando forma. A solidez defensiva do seu tradicional 4-4-2 já era previsível, e o time sofreu apenas um gol em três rodadas. A novidade é a qualidade com a bola que os Ches demonstram, por mais que dentro da objetividade das ideias de jogo de Bordalás.
Carlos Soler como meia avançado, aberto pelo lado direito, foi uma ótima solução criativa; Denis Cheryshev começou bem a temporada pelo outro lado; Daniel Wass rende como meio-campista centralizado; e o time funciona bem - Marcos André estreou também. Diante do Alavés, partida super controlada defensivamente e somente nove finalizações, com 49% de posse de bola, mas três gols anotados - sendo que, destas nove, oito foram de dentro da área. O Valencia permanece invicto e mostra que será um adversário duro de ser batido em toda temporada.
Celta 0x1 Athletic
O Athletic venceu a primeira na temporada e manteve o Celta sem vitórias após três rodadas. Jogando no Balaídos, na Galícia, os bascos contaram com a péssima pontaria dos jogadores de Eduardo Coudet, que em 13 finalizações (sete a mais que os visitantes) não acertaram o gol. Enquanto Iñaki Williams, em uma das duas certas do Athletic, definiu o placar no primeiro tempo.
Taticamente as equipes mantiveram seus padrões: 4-1-3-2 do Celta e 4-4-2 do Athletic; Coudet ainda promoveu a estreia de Thiago Galhardo faltando dez minutos. Marcelino García Total manteve sua equipe com linhas baixas, esperando o adversário com maior posse de bola (61%). Na prática, foi um jogo de muitos erros cometidos pelos dois times - tanto é que o gol surge de uma bola perdida pelo zagueiro ganês Joseph Aidoo e recuperada na intermediária ofensiva por Sancet.
Real Sociedad 1x0 Levante
Partida de pouquíssimas chances de gol. A Real Sociedad é melhor do que o Levante e conseguiu mostrar isso em campo, apesar da absoluta falta de inspiração. Ao menos a criatividade apareceu na hora do gol, em jogada bem trabalhada por Ander Barrenetxea e David Silva, que terminou com a finalização do garoto de 19 anos - que mais uma vez foi titular e não sai mais do time de maneira justíssima. Vale destacar que o gol surge da recuperação de bola a partir da marcação alta de Imanol Alguacil no campo do adversário.
Na prática, o Levante de Paco López não criou qualquer jogada perigosa em ataques posicionais e encaixou um único contra-ataque um pouco mais ameaçador. A movimentação de Barrenetxea, Mikel Oyarzabal, David Silva e Alexander Isak pode não ter sido a melhor do quarteto, mas teve qualidade suficiente para controlar o jogo, ainda com Mikel Merino e Zubimendi no meio-campo. Nas estatísticas, somente 13 finalizações em toda partida (7x6 para os bascos) e nenhuma correta do Levante.
Elche 1x1 Sevilla
Desta vez, Erik Lamela não salvou o Sevilla. Após ser decisivo nas duas primeiras rodadas com três gols, diante do Elche o argentino mais uma vez saiu do banco, mas não conseguiu garantir a terceira vitória seguida para a equipe de Julen Lopetegui. O Elche, por sua vez, termina uma sequência inicial bem complicada de campeonato com dois pontos - empatou ainda com o Athletic e perdeu para o Atlético.
Em campo se viu o roteiro previsto para o jogo, com o Sevilla dominando as ações ofensivas no seu 4-3-3 e com maior posse de bola (71%), contra o 5-3-2 do Elche, com Iván Marcone na proteção da defesa e Darío Benedetto como titular pela primeira vez. Só que o início de jogo dos donos casa foi melhor, tanto é que abriram o placar em jogada do ótimo Fidel, que achou Enzo Roco na área. O empate saiu ainda no primeiro tempo, com En-Nesiry, em uma das 18 finalizações do Sevilla.
Betis 0x1 Real Madrid
Carlo Ancelotti mudou as duas laterais para enfrentar o Betis. Ricardo Carvajal recuperou a posição e o jovem Miguel Gutiérrez voltou a ser titular na esquerda, movendo David Alaba para a zaga ao lado de Éder Militão. Vinicius Júnior também ganhou a posição de Eden Hazard no ataque e mais uma vez jogou bem. Participou da jogada do gol madridista, marcado por Carvajal com assistência de Karim Benzema - terceira dele nesta temporada de LaLiga para o melhor ataque de LaLiga (8 gols).
Foi um jogo equilibrado, com boas oportunidades para as duas equipes. Depois que sofreu o gol, o Betis passou a pressionar mais os merengues, tanto é que viraram na posse de bola (51%), sempre com Nabil Fekir participando dos melhores lances. Segue sem vencer a equipe de Manuel Pellegrini, que empatou nas duas rodadas iniciais.
Barcelona 2x1 Getafe
Foi um Barcelona bastante modificado. Sem Gerard Piqué e Eric García, a dupla de zaga foi formada por Ronald Araujo e Clément Llenglet. Emerson ainda ganhou a lateral-direita de Sergiño Dest e Pedri descansou, dando lugar a Sergi Roberto, que abriu o placar logo aos dois minutos. Sandro Ramírez, fazendo valer a Lei do Ex, empatou aos 18 e já aos 30 Memphis Depay colocou o Barça na frente novamente. Depois de 30 minutos iniciais movimentados, os outros 60 foram bem diferentes.
Quase não houve mais chances de gol para os dois times. O Barcelona, mantendo o 4-3-3- padrão desta temporada, terminou o jogo com somente sete finalizações, sendo que estava com três até vinte minutos da segunda etapa. O "quase" no início do parágrafo está lá por causa de um gol perdido por Depay aos 40, após cruzamento de Dest, que entrara na segunda etapa. O Getafe, do técnico Míchel, ainda não sabe o que é somar ponto após três rodadas de LaLiga.
Rayo Vallecano 4x0 Granada
O Rayo Vallecano foi o responsável pela maior goleada de LaLiga até aqui. Pela primeira vez venceu em seu retorno à primeira divisão e ainda fez quatro gols no Granada, do técnico Robert Moreno. Domínio absoluto do Rayo desde o primeiro minuto, explorando muito bem os espaços deixados pela defesa do Granada - e foram muitos.
Grande atuação de Óscar Trejo, como meia avançado no 4-2-3-1, que marcou o segundo de pênalti e distribuiu duas assistências. Uma delas para o centroavante francês Randy Nteka, que também jogou muito bem. No Granada, nada funcionou; poderia ter voltado para casa com goleada ainda maior.
Cádiz 2x3 Osasuna
Cinco gols e grande virada do Osasuna para cima do Cádiz. Foi sem dúvida um dos jogos mais movimentados e agradáveis da rodada, com as duas equipes buscando o ataque o tempo todo. Taticamente atuaram espelhadas, na variação do 4-3-3 na fase ofensiva e o 4-1-4-1 na defensiva, montados por Álvaro Cervera e Jagoba Arrasate.
O Cádiz vencia por 2 a 1 até 46 minutos do segundo tempo, quando levou o empate com Roberto Torres de pênalti (terceiro do jogo); quatro minutos depois, Torres deu assistência na cobrança de escanteio para David García fazer o gol da vitória do Osasuna, que pressionou muito durante toda partida, com bem mais posse de bola inclusive (73%). Aliás, após três rodadas, o Osasuna é o time com a melhor média de PPDA (passes per defensive action) de LaLiga com 6,51 - número de passes que o adversário troca por posse.
Atlético de Madrid 2x2 Villarreal
No melhor jogo da rodada, o Atlético de Madrid arrancou o empate do Villarreal nos últimos segundos, com um gol contra incrível do zagueiro Mandi. Dando, inclusive, um mínimo de justiça à partida, totalmente dominada pelos colchoneros. Assim, Diego Simeone ampliou sua invencibilidade sobre Unai Emery, que jamais venceu o argentino, para 11 jogos.
As estatísticas oficiais ajudam bem a entender o que foi o confronto: 23 x 2 nas finalizações para o Atlético, ampla superioridade. O Submarino Amarillo marcou nas duas únicas chances que teve, sendo que a segunda surgiu de uma falha de Giménez e Savic. O Villarreal fugiu um pouco do padrão de 4-4-2, se armando no 5-3-2 na fase defensiva em vários momentos, já que Yeremi Pino - um dos destaques do jogo - fechava a primeira linha pela direita, mantendo Juan Foyth como zagueiro. No Atleti, Luis Suárez começou como titular, Yannick Carrasco voltou para a ala esquerda e Matheus Cunha estreou saindo do banco.
Maior número de gols e muita emoção nos últimos minutos: resumo da terceira rodada de LaLiga
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