Por que é fácil admirar Crespo no São Paulo e implicar com Renato no Flamengo e Abel no Palmeiras
Três dos quatro times mais populares do Brasil estão nas quartas de final da Libertadores. Não é fácil torcedores de rivais terem admiração por jogadores ou treinadores dos times desse porte. É muito mais comum implicar com quem brilha nessas equipes.
Mas existe uma diferença clara na forma como são vistos os treinadores de Flamengo, Palmeiras e São Paulo.
Renato Gaúcho e Abel Ferreira são muito bons. Ambos já ganharam a Libertadores. Mas vai ser muito difícil encontrar um torcedor de time rival com simpatia e admiração plena por eles.
Hernán Crespo é argentino: povo, quase sempre injustamente, com fama de arrogante. Mas tenho convicção que ele já tem uma legião de admiradores além dos torcedores são-paulinos (é o meu caso).
São muitos os motivos que facilitam a admiração por Crespo e a antipatia por Renato e Abel.
Podemos começar pelas entrevistas coletivas pós-jogo. Renato quase sempre dá um show de arrogância e soberba. Abel começou bem nesse quesito, mas se afundou nas tolices nos últimos meses, como pedir "parabéns" para os repórteres após a classificação para as quartas de final da Libertadores.
Crespo ouve e responde as perguntas com atenção, raramente procura desculpas como arbitragem para justificar as derrotas.
Claro que o argentino pediu reforços para a diretoria são-paulina (e segue os querendo). Mas não faz disso um choro público. Estrangeiro, parece ter muito mais conhecimento das dificuldades financeiras dos clubes brasileiros.
Para superar dificuldades, Crespo vai buscar soluções em Cotia, dando sinais que conhece muito bem o clube em que trabalha.
Abel passou a maior parte de 2021 pedindo novos jogadores no Palmeiras, que já tem o elenco mais completo do país. Renato fez o mesmo durante anos no Grêmio. E aposto que vai fazer o mesmo na primeira derrota no Flamengo.
O palmeirense tem um comportamento péssimo durante os jogos, xingando a arbitragem e reclamando de tudo Renato não é mal educado como o português, mas é outro que reclama muito. Crespo esbanja elegância na beira do gramado.
Os três foram jogadores. Abel de forma modesta. Renato foi um craque, mas nem de perto teve a mesma carreira de sucesso internacional que Crespo, com imenso sucesso principalmente na Itália.
Mas, como treinadores, o argentino, pelo menos até agora, é o único que parece saber que os jogadores são mais importantes que os técnicos.
Crespo não quer ser a estrela maior do São Paulo. Bem diferente de Renato e Abel.
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