Brasileiras Edina Alves e Neuza Back fazem história no Mundial de Clubes: as mulheres podem mais do que apenas sonhar
E a utopia está se tornando realidade. A Fifa e as confederações de futebol passam a enxergar a arbitragem feminina por sua excelência, qualificação e competência sem distinguir gênero para atuar em suas competições masculinas e femininas.
A Fifa divulgou hoje o seu quadro de arbitragem selecionado para o Mundial de Clubes no Catar e com uma grande novidade, um trio feminino que será comandado pela árbitra brasileira Edina Alves.
Após a francesa
Stéphanie Frappart ser a primeira mulher a apitar uma Champions
League, a Fifa surpreende novamente com um trio feminino no Mundial. Um ganho histórico para a arbitragem feminina e também
para o Brasil.
Edina, que atualmente é a única mulher a apitar a Série A do Campeonato Brasileiro, terá como assistentes a também brasileira Neuza Back e a argentina Mariana de Almeida.
A luta da arbitragem feminina é antiga, iniciada pela brasileira Léa Campos, reconhecida pela Fifa como a primeira árbitra do mundo.
As mulheres no Brasil começaram a ganhar espaço nas partidas masculinas em meados dos anos 2000, quando o chamado "Trio de Ferro", liderado por Silvia Regina, atuava em grandes jogos pelo país. Demorou quase 14 anos para ter Edina Alves apitando a Série A (em 2019) após Silvia se aposentar dos gramados.
Hoje, ela está fazendo história, assim como Neuza Back, que se aproxima dos cem jogos na Série A como assistente e é a mulher com mais jogos em competições nacionais do mundo.
Para atuarem em jogos masculinos, as mulheres precisam alcançar os índices masculinos nas provas físicas, que são distintos dos índices femininos. A exigência física se torna maior e de alguns anos para cá a maioria das mulheres têm obtido êxito nos testes, tornando assim a distinção de avaliação nesse quesito igualitário aumentando, de certa forma, a pressão para escalas em grandes competições.
A nomeação do trio feminino que terá o comando de Edina faz parte da trajetória iniciada na Copa do Mundo sub-17 de 2017, na Índia, onde a árbitra suíça Esther Staubli apitou um jogo, seguida pela uruguaia Claudia Umpierrez, esta com dois jogos na Copa do Mundo sub-17 de 2019, no Brasil.
Quem sabe não seja mais um passo dado pela Fifa para incluir a arbitragem feminina na próxima Copa do Mundo masculina, que será no Catar (como o Mundial agora), em 2022.
O torneio entre clubes acontece entre 1º e 11 de fevereiro. A final será disputada no Education City Stadium, em Doha.
É como eu sempre digo, o profissional deve ser analisado por suas competências, qualificações, capacidades profissionais que cumprem as exigências daquela função e assim ter as oportunidades. Não se pode avaliar um profissional por gênero, raça, altura, cor dos olhos, idade, entre outros. Quando a competência prevalece é possível ver os melhores profissionais atuando, a distinção por ser mulher diminui e as chances aumentam.
As atuais designações de arbitragem feminina pela Fifa é só o início de uma nova era para as mulheres no mundo do futebol, pois lugar de mulher é onde ela quiser e temos muitas com competência suficiente para atuar nesse universo futebolístico.
Veja os árbitros selecionados para o Mundial de Clubes:
Árbitros e árbitras
Edina Alves (Brasil)
Mario Escobar (Guatemala)
Leodan González (Uruguai)
Mohammed Abdulla (Emirados Árabes)
Danny Makkelie (Holanda)
Maguette N'Diaye (Senegal)
Abdelkader Zitouni (Tunísia)
Assistentes
Mohamed Alhammadi (Emirados Árabes)
Hasan Almahri (Emirados Árabes)
Nicholas Anderson (Jamaica)
Neuza Back (Brasil)
Mariana de Almeida (Argentina)
Mario Dinks (Holanda)
Humberto Panjoj (Guatemala)
El Hadji Malick Samba (Senegal)
Hessel Steegastra (Holanda)
Nicolas Taran (Uruguai)
Richard Trinidad (Uruguai)
Árbitros/Assistentes VAR
Khamis Al Marri (Catar)
Julio Bascunan (Chile)
Kevin Blom (Holanda)
Drew Fischer (Canadá)
Nicolas Gallo (Colômbia)
Redouane Jiyed (Marrocos)
Jochem Kamphuis (Holanda)
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Fonte: Renata Ruel
Brasileiras Edina Alves e Neuza Back fazem história no Mundial de Clubes: as mulheres podem mais do que apenas sonhar
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