Em 1994, a seleção brasileira capitaneada por Dunga tinha de lidar com a pressão de um jejum de 24 anos sem títulos mundiais. Agora, a equipe de Neymar e cia. volta a jogar em casa após o famoso "Maracanazo" de 64 anos atrás. Qual pressão era maior? Para o capitão do tetra, não há sequer como comparar.

"Similaridade não tem. A pressão que a minha geração teve em 94 não vai ter nunca. Até na final da Copa tinha gente nos pênaltis já escrevendo que o Brasil ia perder. Todo dia era pau o tempo todo, era um grupo de jogadores com muita personalidade", afirmou, durante evento com o argentino Canigghia no Rio de Janeiro.

Para Dunga, o mal que acomete a atual geração não é exatamente a pressão, e sim a ansiedade de demonstrar o mesmo futebol da Copa das Confederações-2013. Presente ao Mineirão no jogo do último sábado contra o Chile, pelas oitavas de final, o ex-jogador ainda defendeu o comportamento da torcida.

"Acredito que essa seleção não tem pressão, tem ansiedade de jogar no Brasil e mostrar para o torcedor do que é capaz. Na Copa das Confederações era outra competição. O Brasil fazia gol no início e controlava o adversário. Os jogadores estão ansiosos para repetir essas atuações. Mas agora é mais difícil. Aí começa a querer acelerar o jogo, a torcida dá uma resmungada. Mas eu estive em um jogo em Belo Horizonte, que é um lugar difícil da seleção jogar, como é Porto Alegre, Rio, São Paulo, e o torcedor estava apoiando o tempo todo. Mas tem que controlar a ansiedade porque o time quer mostrar valor, quer repetir as atuações que não está conseguindo", concluiu.

Após superar os chilenos nos pênaltis, a seleção brasileira agora encara a Colômbia, pelas quartas de final. A partida acontece às 17h (de Brasília) desta sexta-feira, no Castelão, em Fortaleza, com transmissão dos canais ESPN e do WatchESPN e acompanhamento em tempo real do ESPN.com.br.

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Para Dunga, pressão sobre geração de 94 foi maior do que a sobre o time de 2014