Polícia do Rio pede novamente a prisão do executivo acusado de venda ilegal de ingressos

Gabriela Moreira, do Rio de Janeiro (RJ), para o ESPN.com.br
Getty Images
Raymond Whelan pode ser preso novamente após habeas corpus
Raymond Whelan pode ser preso novamente após habeas corpus

A polícia do Rio de Janeiro pediu novamente a prisão do executivo da Match Services, o inglês Ray Whelan. O pedido está sendo feito pela justiça do Rio de Janeiro e há a possibilidade do diretor ser preso ainda hoje.

Whelan é acusado de comandar, junto com o franco-argelino Mohamadou Lamine Fafana, um esquema de venda ilegal de ingressos que funcionaria há, pelo menos, quatro Copas do Mundo.

O inglês foi solto na madrugada de terça-feira, dia 8 de julho, horas depois de ser preso no Rio de Janeiro. Os advogados do britânico entraram com um pedido de habeas corpus no fim da noite de segunda, e ele deixou a 18ª Delegacia da PC por volta das 4h30.

Em princípio, Whelan ficaria detido por ao menos cinco dias por ser um dos acusados de envolvimento na máfia de comércio ilegal de entradas para o Mundial. O diretor da Match Services AG, empresa que exclusivamente é responsável pela venda de pacotes de ingressos da Fifa, foi preso na tarde de segunda.

Policiais civis já estão de prontidão para cumprir o mandado. O delegado Fábio Barucke, que conduz as investigações da operação Jules Rimet, pediu o indiciamento de 12 pessoas por venda ilegal de ingressos, desvio de bilhetes para cambistas e associação criminosa.

Policia do Rio pede a prisão do executivo da Match Services; Gabriela Moreira traz informações

Esquema ilegal

A Polícia chegou ao nome do suspeito graças à gravação de 900 registros telefônicos autorizada pela Justiça na 'Operação Jules Rimet', que, na semana passada, já havia levado 11 pessoas à cadeia.

As ligações e mensagens eram originárias ou tinham como destino o número de um celular oficial da Fifa. Nas chamadas rastreadas, foi feita a associação de Whelan com o franco-argelino Lamine Fofana, que até então era tido como o principal líder do esquema.

A operação Jules Rimet é resultado de pelo menos um mês de investigações da polícia e do Ministério Público e apreendeu mais de cem ingressos, além de dinheiro e máquinas para pagamento com cartão de créditos.
As entradas eram destinadas a patrocinadores da Fifa, membros de comissões técnicas das seleções e clientes de camarotes.

Segundo a Polícia Civil, o lucro da quadrilha chegava até a R$ 1 milhão por jogo, podendo totalizar R$ 200 mi ao final do Mundial. Todos os envolvidos e presos no caso vão responder por crimes de lavagem de dinheiros, associação criminosa e cambismo.

A Match tem ligação com o sobrinho do presidente da Fifa. Phillipe Blatter é CEO da Infront Sports & Media AG, empresa que detém 5% de participação na Match. Os dois filhos de Ray Whelan são sócios da Match, mas não foram presos.

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