Presidente da Fifa espera que CBF resolva logo seus problemas pelo futuro do futebol

Antônio Strini, de Assunção (PAR), do ESPN.com.br
Getty
Alejandro Domínguez e Gianni Infantini em frente à sede da Conmebol
Alejandro Domínguez e Gianni Infantino em frente à sede da Conmebol

Nesta terça-feira, o novo presidente da Fifa, Gianni Infantino, iniciou a visita de uma semana por países da América do Sul, tendo como ponto de partida o Paraguai, sede da Conmebol. Ele encontrou o também recém-eleito mandatário da confederação sul-americana, Alejandro Domínguez, e no final da tarde deu uma entrevista coletiva no centro de convenções em Luque.

Como já esperado, o principal assunto foi a corrupção que assolou o futebol mundial desde maio de 2015, com pagamentos de propinas a membros do comitê executivo da Fifa, prisões de altos cartolas e investigações ainda em andamento. "Essas não teriam que ser as perguntas", admitiu o ítalo-suíço. "Queríamos falar de competições, jogadores..."

O presidente licenciado da CBF, Marco Polo del Nero, é um dos nomes acusados de fazer parte do esquema Fifagate, e Infantino foi perguntado sobre sua situação - durante a visita do presidente da Fifa, o acompanhou Fernando Sarney, vice-presidente da confederação brasileira e membro do comitê-executivo da entidade máxima do futebol.

"Ele se retirou de seus cargos na Fifa e na Conmebol, estivemos hoje com Fernando (Sarney), ele é membro do comitê executivo. Também é claro que no Brasil CBF é uma instituição muito grande, e que também teve problemas, que está solucionando. Queremos que todas as grandes federações tenham papel de importância no desenvolvimento do futebol", disse Infantino.

"Vamos enviar os experts da Fifa para que vejam como as coisas podem melhorar, tanto do ponto de vista financeiro quanto legal. As complicações que tivemos aqui na América do Sul são uma oportunidade de melhorar. Aqui, de verdade, há essa paixão pelo futebol", continuou.

"Nós não podemos mudar o passado, mas podemos influenciar o futuro. Existem casos judiciais, no comitê de Ética da Fifa, o que posso garantir é que a partir de minha eleição vamos tomar todas as medidas necessárias para que assuntos do passado não aconteçam no futuro".

Alejandro Domínguez também falou sobre a situação do futebol sul-americano.

Antônio Strini/ESPN
Domínguez e Infanbtino durante coletiva de imprensa em Assunção
Domínguez e Infantino na coletiva em Assunção

"Há poucos meses, quando assumimos o compromisso de ser presidentes de nossas instituições, sabíamos os problemas que tínhamos pela frente. É a história que temos que mudar, de coisas que não compartimos. Esse passado tem que ensinar, não atrapalhar o presente. Temos vontade de enfrentar essa situação de cara para o futuro. Não vejo a Conmebol como a mais afetada", disse o paraguaio.

O presidente da Fifa admitiu que os recursos de confederações como Conmebol e Concacaf estão bloqueados, mas acredita que logo tudo estará esclarecido para que as contas sejam abertas.

"É uma situação que não gosto, porque na Fifa temos que estar a serviço do futebol e temos que ajudar confederações e federações nacionais que estão resolvendo seus problemas. Vamos fazer agora de maneira concreta é sentar e buscar soluções para o mais rapido possível desbloquar essas contas. Temos que melhorar a gestão. A confiança está 100%, com o presidente Alejandro Domínguez podemos ver o que está acontecendo de auditoria".

Gianni Infantino também usou do bom humor para explicar por que não passará pelo Brasil em sua gira sul-americana. "Brasil já tem cinco mundiais, então tenho que ir aos outros países (risos). Para mim, Brasil é um dos países importantes e tem que jogar esse papel. Não posso ir a todos os países. Estarei em quatro países daqui nos próximos dias, e no Brasil terá os Jogos Olímpicos, então iremos lá no verão (europeu), talvez até antes".

 

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