Xerifão do Corinthians fez faculdade de contabilidade, trabalhou em escritório e ainda cuida das próprias contas: 'Sou bom com números'

|gor Resende, Thiago Cara e Vladimir Bianchini, do ESPN.com.br

Aos 26 anos, Balbuena é um dos pilares da defesa do Corinthians
Aos 26 anos, Balbuena é um dos pilares da defesa do Corinthians Getty

Antes de assumir a posição de titular e brilhar na zaga do Corinthians, Fabián Balbuena já havia convivido com a responsabilidade e a cobrança para não cometer erros. Ele foi estudante de contabilidade em uma universidade pública no Paraguai e trabalhou por quatro meses no escritório Avalos & Asociados, em Ciudad Del Este.

"Eu era auxiliar contábil e ajudava a contadora a fazer os balanços, inventários, faturas e carregar o livro diário. Todo dia estava no escritório e foi algo bem diferente porque tinha 18 anos", disse o defensor paraguaio ao ESPN.com.br.

A cobrança para não cometer erros era permanente. Isso porque Balbuena lidava com as finanças de outras empresas. Uma distração poderia custar caro...

"Nessa época eu fazia a contabilidade de uma empresa petrolífera e de gás muito grande por aqui. Tinha um movimento financeiro muito grande e eram valores altíssimos que nós cuidávamos. Aprendi demais nesse período", relatou.

O defensor já havia feito o ensino médio voltado para as ciências contábeis e permaneceu por dois anos no curso superior, mas não chegou a se formar.

"A faculdade me ajudou muito a ter noção de administrar as minhas próprias coisas e a ter facilidade com números. Eu faço contas com bastante rapidez. Eu fico a cargo da questão financeira da minha família", garantiu.

A responsabilidade naquele momento não era uma novidade para o paraguaio. Balbuena já dividia uma rotina como jogador da base do Cerro Porteño de Presidente Franco desde os 13 anos ao mesmo tempo em que ajudava os pais e os três irmãos a vender frutas e pastéis feitos pela avó.

Durante o período no qual trabalhou no escritório, o jovem inclusive jogou a Segunda Divisão do Paraguai. Foi o momento em que teve de decidir apenas um caminho.

 Fabián Balbuena em treino do Cerro Porteño de Presidente Franco
Fabián Balbuena em treino do Cerro Porteño de Presidente Franco paraguay.com

“Fiquei nessa vida até metade de 2011, quando eu estava no segundo ano de faculdade e nosso o time era líder da Série B. Como estávamos bem na competição, precisei deixar faculdade e o trabalho para me dedicar somente ao futebol”, recordou.

Apesar de ter contrariado a vontade de seu pai, que desejava que ele permanecesse com os estudos, o zagueiro trocou a roupa social pelas chuteiras.

A escolha foi recompensada: Balbuena ajudou seu time a ser campeão e subir para a Série A do Paraguai. Depois disso, rodou por Rubio Ñú-PAR, Nacional-PAR e Libertad-PAR até chegar ao Corinthians, em 2016.

Após uma primeira temporada de altos e baixos, se firmou neste ano e virou um dos destaques da defesa alvinegra. Aos 26 anos, vive o melhor momento da carreira.

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  • Amigo e fã do CPM 22

Nascido e criado em Ciudad del Este, cidade que fica na fronteira com o Brasil, Babuena fala português fluentemente. Roqueiro assumido, o zagueiro curte bandas brasileiras como Charlie Brown Jr e CPM 22.

“Consegui fazer amizade com o pessoal do CPM, pois o [baterista] Japinha e o [vocalista] Badauí são corintianos. Fizemos matérias juntos, assistimos jogos e curtirmos sair com as famílias”, contou.

Durante a entrega do prêmio ESPN Bola de Prata Sportingbet, o defensor mostrou um chaveiro da banda em sua mochila.

“Eles são meus ídolos desde pequeno, escutava desde os 13 anos, e ser amigo deles é muito bom. Sou muito fã e agora consegui ter mais afinidade por causa do Corinthians”, afirmou.

Além disso, o zagueiro alvinegro conseguiu realizar um de seus sonhos, ao ver os músicos no palco.

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“Fui a um show deles em Guarulhos. Fiquei depois com eles no camarim e foi muito bacana. Queria ir em mais algumas apresentações deles, mas a minha agenda não deixa”, finalizou. 

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