Na última segunda-feira, o Conselho Deliberativo do Atlético-MG aprovou a construção da Arena MRV, o novo estádio do clube, que deve ficar pronto até 2020 e terá capacidade para 41,8 mil pessoas, ao custo de R$ 410 milhões.

O assunto repercutiu de maneira absurda em Minas Gerais, e até mesmo no lado azul da cidade. 

Nesta quinta-feira, por exemplo, o senador Zezé Perrella, ex-presidente do Cruzeiro, usou suas redes sociais para fazer piada sobre a arena do maior rival, que já tem naming rights comercializados com a empreiteira MRV.

Em imagem postada no Twitter, o ex-cartola lembrou o rebaixamento do "Galo" para fazer piada com o estádio.

“Depois da Arena da Baixada, agora temos a Arena Rebaixada”, diz a legenda da foto. 

Durante sua gestão como presidente do Cruzeiro, aliás, Zezé se notabilizou pela construção da Toca da Raposa II, atual centro de treinamento celeste, que foi inaugurada em 2002. Ele também inaugurou a sede administrativa cruzeirense, no ano seguinte.

Perrella, aliás, também sonhou erguer um estádio próprio, mas o projeto ficou apenas no papel. Em 2002, por exemplo, uma parceria com a Brasil Arenas, um braço do Banco Espírito Santo, foi oferecida, mas acabou recusada pelo presidente. 

A proposta era que a empresa ergueria uma arena para a "Raposa", podendo em troca explorar camarotes, estacionamentos, publicidade, lojas, bares e restaurantes. Além disso, a companhia ainda ficaria com parte da renda dos jogos e da taxa de direito de transmissão dos jogos pela televisão por um período de 30 anos.

O Cruzeiro acabou recusando, e seguiu mandando seus jogos no Mineirão, como faz até hoje. 

Já o Atlético-MG já tem o plano de pagamento da Arena MRV esquematizado. Além de ter recebido o terreno como doação da empreiteira, o "Galo" conta com apoio do banco BGM e de recursos próprios, que virão com venda de parte do shopping Diamond Mall, em Belo Horizonte, que é de propriedade da equipe.