Chiefs e Bucs já se enfrentaram em 2020: cinco pontos que o jogo da semana 12 ensinou para o Super Bowl
Kansas City Chiefs e Tampa Bay Buccaneers fazem o Super Bowl neste domingo! E as duas equipes se conhecem bem, afinal, se enfrentaram há pouco mais de dois meses pela semana 12 da NFL. O triunfo ficou com o time de Patrick Mahomes: 27 a 24 no Raymond James Stadium, que também será palco da grande decisão.
A ESPN e ESPN App transmitem AO VIVO e EXCLUSIVO o Super Bowl LV no domingo (7/2), com Abre o Jogo a partir das 19h (Brasília) e a bola oval subindo às 20h30. O ESPN.com.br terá acompanhamento em tempo real da final da NFL com o que de melhor acontece direto de Tampa Bay.
Mas o que o duelo de temporada regular pode ter ensinado aos finalistas? Aqui estão cinco pontos de atenção para o Super Bowl:
1 - Plano A contra Tyreek Hill será diferente
A defesa dos Bucs, uma das melhores da liga, chegou na semana 12 com um plano ousado de deixar seu melhor cornerback em marcação individual contra Tyreek Hill. Carlton Davis, inclusive, saía de seu lado preferido e alinhava no meio do campo quando necessário para espelhar os movimentos do camisa 10 dos Chiefs.
Foi um desastre.
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Nas coberturas em “mano a mano”, Hill terminou o jogo com 5 recepções em 5 alvos, 102 jardas e 2 touchdowns. Só no primeiro quarto, considerando qualquer tipo de cobertura, foram 7 recepções em 7 alvos para 203 jardas.
Tampa Bay se adaptou rapidamente e já no primeiro tempo largou mão das marcações individuais, mas o estrago estava feito. Para o Super Bowl, a estratégia terá que ser diferente. Uma opção, quem sabe, pode ser dobrar a cobertura em cima de Hill, como foi feito com sucesso sobre Davante Adams na final da Conferência Nacional.
2 - Plano B um tanto previsível
Quando Tampa Bay abandonou as marcações individuais, passou a jogar quase a partida inteira em marcações tradicionais por zona, pouco agressivas, sem mandar blitz. Isso limitou as jogadas explosivas de Kansas City, é verdade, mas não dá para dizer que a estratégia funcionou.
Considerando somente passes contra defesas em zona, Mahomes acertou 28 de 35 lançamentos para 325 jardas e 1 touchdown naquele jogo, ou seja, não encontrou dificuldade alguma para marchar o campo com jogadas mais curtas, identificando os espaços entre os marcadores.
Os Buccaneers cederam apenas 7 pontos naquele segundo tempo, mas contaram com a sorte. O quarterback de Kansas City desperdiçou um touchdown totalmente livre de 90 jardas ainda no início do terceiro quarto, muitas faltas mataram outra campanha e Andy Reid chegou a apostar em uma corrida com LeVeon Bell numa terceira descida, fatos isolados que ajudaram Tampa Bay e que podem não se repetir no Super Bowl.
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Variar as coberturas, não ser previsível e confundir Mahomes é um desafio e tanto, mas que será necessário para a defesa de Todd Bowles levar alguma vantagem.
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3 – JPP e ‘Sack’ Barrett precisam aparecer
Um dos confrontos mais falados para o Super Bowl é o da linha defensiva dos Buccaneers, que aterrorizou Aaron Rodgers, contra a linha ofensiva dos Chiefs, que viu Eric Fisher se lesionar contra os Bills. Na semana 12, contudo, o duelo não foi um problema para os atuais campeões.
De acordo com o Next Gen Stats da NFL, Mahomes foi pressionado em 6 de seus 53 recuos para passar a bola naquela rodada, sofrendo apenas 2 sacks. Esses números estão longe de serem o suficiente para atrapalhá-lo, pois Patrick é muito produtivo mesmo quando pressionado.
E é bom que Jason Pierre-Paul e Shaq Barrett vençam seus duelos sem ajuda de outros companheiros, uma vez que o atual MVP do Super Bowl teve a melhor nota “QBR” da temporada enfrentando a blitz, com 96,8 (o máximo dessa “nota matemática” calculada pela ESPN com base em estatísticas seria 100).
4 - Brady terá que jogar melhor
O plano de jogo dos Chiefs para enfrentar Brady naquela partida foi algo que raras vezes deu certo contra o histórico quarterback: mandar a blitz. Isso aconteceu em 20 dos 42 recuos do camisa 12 na partida, quase 50%. Kansas City não se importou em deixar sua secundária desprotegida e no “mano a mano” contra os bons alvos de Tampa Bay.
Se Brady costumava queimar blitzes em New England, isso não aconteceu contra a defesa de Steve Spagnuolo – que também era o coordenador defensivo dos Giants naquele Super Bowl de 2008. O QBR de Brady contra a blitz na partida foi de apenas 40,4 (lembrando que o máximo é 100). Ele terá que jogar melhor nessas situações de pressão e aproveitar cada uma das oportunidades de marcação individual sem ajuda de safeties no Super Bowl, completando passes em jogadas explosivas.
A defesa de Kansas City gosta de se impor, sabe que tem Mahomes para salvá-la caso tome um touchdown longo e provavelmente será agressiva novamente em “soltar os cachorros” contra Brady. Cabe a ele fazê-la pagar por isso.
5 – Foco no jogo terrestre
No duelo da semana 12, os Chiefs entraram com 1 ou menos linebackers em campo em 35 das 55 jogadas – isso é uma tendência da equipe, que foi a segunda que mais apostou nessas escalações velozes em toda a temporada. Se Kansas City prioriza defensores leves, a resposta dos Bucs precisa ser o pesado e duro jogo terrestre! Não à toa, os Chiefs ficaram na metade de baixo da tabela nas estatísticas de defesa contra corridas.
Tampa Bay tentou apenas 13 corridas no duelo da temporada regular, mas teve sucesso quando nelas apostou. Ronald Jones teve média de mais de 7 jardas por carregada! A estratégia pode dar o controle do relógio aos Bucs, deixar Mahomes no banco e ainda abrir espaço para play-actions que tirem a pressão de Brady e permitam bolas longas. Mesmo se sair atrás no placar, será importante que Bruce Arians tenha foco no jogo terrestre.
*Todos os dados são do ESPN TruMedia.
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