Brasileirão 2017 já tem um recorde, e muito se deve à nova Libertadores
É verdade que Flamengo, Palmeiras e Corinthians, três dos times que hoje mais levam torcedores aos estádios, jogaram em casa e, não à toa, tiveram respectivamente os três maiores públicos da primeira rodada do Campeonato Brasileiro.
Não deixa de ser significante, contudo, que a rodada inaugural deste Brasileirão tenha tido a melhor média da história da competição desde a adoção dos pontos corridos no Brasil, em 2003, como mostram os dados abaixo compilados pela Footstats.
Como se vê, em relação ao ano passado, houve neste ano um acréscimo de 34% na média de público da primeira rodada do torneio.
É difícil ignorar, nesta comparação com anos anteriores, o peso que a mudança da Libertadores tem nessa melhora. Afinal, com a competição continental mais espaçada e num momento menos decisivo em relação ao início de outros Brasileirões, os principais times jogaram com suas equipes mais fortes na estreia deste campeonato nacional.
Porém, mais do que as escalações, as torcidas parecem ter começado o Brasileirão mais interessadas no torneio — ainda que até mais times estejam jogando outras competições em relação a outros anos.
No ano passado, a primeira rodada do Brasileirão ocorreu nos dias 14 e 15 de maio, e os dois clássicos entre Atlético-MG e São Paulo pelas quartas de final da Libertadores, por exemplo, ocorreram nos dias 11 e 18 do mesmo mês. Como torcedores, técnicos e jogadores não priorizariam totalmente o torneio continental neste contexto?
Vale lembrar que, nesta altura do certame sul-americano em 2016, Corinthians, Palmeiras e Grêmio já haviam sido eliminados, e este cenário com tão poucos brasileiros nesta fase da Libertadores certamente não se repetiu em vários outros anos, quando o Brasileirão foi, portanto, ainda mais prejudicado.
É evidente que, neste ano, quando a Libertadores entrar em suas fases decisivas, possivelmente (e provavelmente, até), grandes times do país escalarão equipes mistas ou reservas no Brasileiro.
Mas há aí uma diferença.
Porque uma coisa é fazer com que as equipes tomem suas decisões e façam suas escolhas de priorização ao longo da temporada, de forma eventual e espaçada, e de acordo com os contextos e evoluções nos torneios.
Outra, bem mais absurda, era fazer com que os principais times do Brasil começassem a melhor e mais importante competição do país encarando-a, de cara, como um enorme estorvo. Isso não ocorre mais ou, no pior dos casos, ocorrerá bem menos.
Mérito, ainda que involuntário, da nova Libertadores.
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