Gostem ou não, a Bola de Ouro é relevante. E muda, de novo, para melhor
Você pode até não gostar, mas precisa admitir que as premiações individuais de jogadores de futebol parecem ter cada vez mais relevância no contexto da modalidade. Os principais jogadores do planeta almejam sempre mais essas premiações, e há até mesmo quem troque de clube vislumbrando protagonismo e um aumento na chance de conquistar troféus como a Bola de Ouro, da France Football, e o The Best, da Fifa.
Essa realidade torna relevante o anúncio feito hoje pelo diretor de redação da revista France Football, Pascal Ferré, a respeito dos critérios de escolha do prêmio Bola de Ouro, o mais antigo e, ao menos na Europa, ainda o mais prestigioso dos prêmios.
Ele informou que serão duas as principais novidades na escolha anual dos vencedores da Bola de Ouro:
1) A partir de agora o prêmio passa a considerar o desempenho dos jogadores na temporada europeia, que costuma acontecer de agosto até maio/junho, e não mais no ano solar. Dessa forma, a premiação passará a ser concedida em setembro ou outubro, e não mais em dezembro.
2) Haverá também uma significativa redução no colégio eleitoral que definirá os vencedores do prêmio: seguirão votando apenas jornalistas, mas, a partir de agora, apenas aqueles que pertencerem aos 100 países mais bem colocados no ranking da Fifa – até hoje votavam jornalistas de 170 países para o futebol masculino. Já para o futebol feminino votarão jornalistas dos 50 primeiros países no ranking.
“Essa é a oportunidade para dar uma nova guinada no prêmio. Até ontem julgávamos os jogadores baseados em duas metades de temporada. Com o novo formato a escolha ficará mais compreensível”, afirmou Ferré.
A confusão na compreensão das escolhas em várias temporadas recentes, nesta última inclusive, corrobora a justificativa de Ferré. Assim como as tabelas de votos específicos dos representantes de cada país justifica a escolha de reduzir o colégio eleitoral a países com “grande cultura futebolística e legitimidade histórica”, como escreve a própria France Football.
Outras mudanças anunciadas, mas que devem ter menor ou nenhum impacto no resultado final do prêmio, dizem respeito aos critérios que devem nortear os votos de cada um e à forma como será definida a lista prévia de candidatos.
Criada em 1956, esta não é a primeira vez que a Bola de Ouro muda seus critérios. Em 1995, por exemplo, o prêmio, que até então era restrito a cidadãos europeus, passou a permitir vencedores de qualquer nacionalidade; em 2007, jogadores que atuavam fora da Europa também puderam entrar na disputa, algo que até então não era permitido (não que isso tenha mudado muito na prática); em 2018, houve a criação da Bola de Ouro feminina.
Mesmo quem não se importa com premiações individuais precisa admitir que, hoje, elas têm considerável relevância do futebol. Diante disso, o ideal é que esses prêmios se aprimorem para refletir da forma mais justa possível o que aconteceu na temporada. Foi o que fez a France Football.
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