Para as mulheres mais rápidas de São Paulo

Juliana Manzato
Juliana Manzato

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Cada vez mais um número maior de pessoas busca na corrida o alívio para os dias de agenda cheia, trabalho com alta carga horária ou até mesmo os problemas do dia a dia. Do alívio imediato à dedicação para performar até mesmo como atleta amador é um pulo. A corrida é mesmo apaixonante! 

A Nike, para celebrar a corrida e seus novos modelos, o Pegasus 35 e Pegasus Turbo, lançou um desafio que promete colocar mulheres da capital paulista para correr, literalmente. Durante os próximos dois meses, o Zoom Speed Series, sai em busca das mulheres mais rápidas de São Paulo

O Zoom Speed Series é um projeto com cinco etapas seletivas, quatro em eventos físicos, que vai selecionar as 60 melhores corredoras, uma delas por meio do NRC (Nike+Run Club) APP, e dessa amostra definirá as cinco mais rápidas. Essas finalistas passaram por mais uma etapa até chegarmos em três campeãs. 

A premiação desse projeto para as três campeãs é pra lá de especial: uma viagem com todos os custos pagos para a Meia Maratona de Fernando de Noronha, que acontece em novembro. 

Um projeto como esse não fomenta apenas o esporte, como empodera mulheres na superação de seus próprios limites

A primeira etapa aconteceu no último dia 17, em um estúdio de corrida indoor, mas as próximas etapas serão no Minhocão, Riacho Grande e Parque do Ibirapuera. 

Vale a pena ficar de olho nesse desafio que vem para empoderar ainda mais mulheres na corrida! 

Todas as informações do projeto você encontra clicando aqui.

OS PRÓXIMOS DESAFIOS: 

24.07: Minhocão: o pega mais rápido da rua

28.07: Riacho Grande: os 10km mais rápidos

31.07Parque do Ibirapuera: o km mais rápido

02.08: Desafio NRC App: 35k em 1 semana 

Fonte: Juliana Manzato

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As montanhas são muito mais do que um visual bonito

Juliana Manzato
Juliana Manzato

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Menos escritório e mais vida lá fora. 

Há pouco mais de três anos tenho me dedicado ao conteúdo esportivo, não o de performance, mas o de vivência. Busco personagens com grandes feitos, me arrisco em atividades que nunca fiz, ouço histórias, escrevo sobre gente comum que não está em busca de medalha, só está afim de qualidade de vida. Desde então o meu escritório passou a ser o mundo, por isso que aquela primeira frase se tornou praticamente o meu mantra. 

O esporte tem me levado por caminhos inesperados e inspiradores. A vida lá fora, de fato, ensina muito mais que a rotina cercada de paredes. “Lá fora”, o ambiente não é controlado. Pelo contrário; é dinâmico. Tudo muda o tempo todo e constância não é uma palavra muito usada. “Lá fora” não existe zona de conforto. Pelo contrário; é perrengue, é a verdadeira sobrevivência e conexão com o nosso lado mais selvagem. 

Não é a toa que a quantidade de pessoas buscando esportes outdoor tenha aumentado tanto. É a melhor maneira de se conectar com a essência, e porque não, aquilo que realmente vale a pena. “Lá fora” parece transformar “aqui dentro” em todos os sentidos. 

A nova linha de gestores vem com o módulo esportista. Quem pratica esporte gerencia melhor e encontra muito mais que performance ou um novo significado para limites próprios. É o alívio da insana rotina. 

Nessa busca por esportes e novidade, esbarrei na Patagônia, mais precisamente em San Martin de Los Andes, o trekking. Fui atrás de esportes de neve (papo para outro conteúdo), mas acabei esbarrando nele. Não fui nem um pouco resistente em aceitar o convite para conhecer o Mirador Bandurrias, entre um tombo e outro no snowboard.    

A Patagônia é famosa por seus visuais incríveis e eu sabia que percorrer esses quase 5km seria a mais pura contemplação e meditação. O trekking, apesar de não ser um esporte solitário, é meditativo. Olhar para o caminho não tem tanto significado quanto olhar para os próprios pés. Pisar em segurança é tão ou mais importante do que admirar o visual ao redor. Um belo treino de Mindfulness para a trilha e para a próxima decisão importante no escritório. 

Esse visual <3
Esse visual <3 Arquivo Pessoal

Bandurrias é especial. O mirante é um presente para aqueles que arriscam a subida. De um lado, a pequena San Martin de Los Andes, no meio as montanhas de Chapelco e do outro, o azul intenso do lago Lacar e a cordilheira dos Andes. Em linha reta, cerca de 20 km separam San Martin da fronteira entre Argentina e Chile. É de perder o fôlego. É um vento de cortar o rosto. É incrível. 

Dividi o visual e a trilha com duas mulheres, no maior estilo Girl Power. 

Nosso trekking no estilo Girl Power e eu, muito bem acompanhada
Nosso trekking no estilo Girl Power e eu, muito bem acompanhada Arquivo Pessoal

Gabriela é uma das minhas melhores amigas, viajou comigo e estreou no trekking nesse dia. “‘É cansativo, mas o visual é incrível”. Me orgulho da Gabi! Sair da zona de conforto e aceitar um convite para o desconhecido não é para qualquer uma. Um trekking de 5 km para mim não é muita coisa, já estou acostumada com distância maiores, mas para ela foi uma nova experiência. Um cansaço novo. 

Marcela é a nossa guia. Quando fechei o trekking não havia pedido uma guia mulher, justamente por ser muito difícil ter. De repente uma mulher, eu não poderia ser mais sortuda. Marcela é empreendedora, tem uma empresa voltada para esportes de aventura na região, mãe de três meninas, esportista nata, feminista, capoeirista, fala bem o português. Trocamos olhares e histórias. Identificação imediata. Falamos de politica, da polêmica legalização do aborto na Argentina, falamos do caso de Mariele, que aconteceu aqui, mas também repercutiu por lá. 

Não foi só um trekking. 

Não é preciso uma análise muito profunda para trazer uma vivência com o esporte para o dia a dia. O resultado do trekking pode até ser um visual bonito, mas o caminho até lá tem o que realmente importa. Tem a presença, a meditação, a contemplação, a conversa, a conexão, com o mundo e com quem está do seu lado. 

É muito mais do que um visual bonito, performance ou esporte. Vivenciar o “lá fora” pode ensinar muito mais sobre gestão e decisão do que muito MBA.  

Fonte: Juliana Manzato

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As montanhas são muito mais do que um visual bonito

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O empoderamento feminino no bodyboard

Juliana Manzato
Juliana Manzato
Oficina de bodyboard
Oficina de bodyboard Mário Nastri e Rafael Gomes

Quando a Patricia Wright e a Andrea Carvalho me convidaram para a Oficina de bodyboard com o Fabio Aquino, fiquei lisonjeada. Fabio é um dos maiores bodyboarders do Brasil e fomenta o esporte através de suas oficinas mundo afora. Estava curiosa para conhecê-lo pessoalmente e saber seus conselhos e dicas. 

Em tempo, aos 15 anos eu praticava bodyboard durante as férias de verão. Foi num dia de mar grande e vontade de se arriscar que tomei uma das maiores vacas da minha vida em Itamambuca, litoral norte de São Paulo. Além da sensação de quase morte, o trauma. Depois desse dia eu tinha decidido que nunca mais pegaria onda de bodyboard e assim foi, até conhecer a Andrea, minha maior incentivadora na volta ao esporte. 

Andrea mora em Cambury, litoral norte de São Paulo, e já foi personagem da minha coluna. Ela faz parte de um grupo de mulheres que são amigas há mais de vinte anos e pegam onda de bodyboard juntas desde então. Com a nossa aproximação, acabei conhecendo algumas meninas que me encorajaram a voltar para as ondas. 

A oficina com o Fabio apareceu no momento da retomada, quando finalmente decidi encarar o trauma e voltar para o mar. As participantes da oficina eram mulheres reais, que viam no bodyboard a válvula de escape para uma rotina insana. Algumas delas moravam no litoral, outras viviam em São Paulo, mas todas buscavam no mar a conexão para viver com mais qualidade, e melhor. 

Com perfis, idade e profissões diferentes, as mulheres que participaram da Oficina de bodyboard tiveram, além da conexão com a natureza, uma aproximação maior entre elas mesmas. Ninguém estava ali para competir, todas queriam diversão e leveza. Queriam sim aprimorar técnicas, superar limites, mas não era só isso. 

O mar, naquele final de semana estava grande, cerca de 1,5m. Não era só ter vontade de entrar, a coragem fazia toda diferença. As ondas de Cambury são conhecidas como “bombas”, ja que são ondas fortes, cavadas e para frente. 

Ali na beira mar Fábio me diz: “Essas mulheres são corajosas”. Concordo com ele. A maioria das participantes da oficina além de já terem experiência no bodyboard, também pegam onda em Cambury, só por isso arriscaram a entrada. 

No primeiro dia, decido ficar na areia e observar, algumas meninas tem dificuldade de passar a arrebentação e voltam para o nosso QG. Além do cansaço da remada, o medo. Um respiro, uma dica do Fabio, é hora de voltar para o mar. Uma nova tentativa. Conseguiram. Boas ondas! Algumas horas depois todas estão reunidas comentando sobre a “queda”, a troca de elogios acontece naturalmente, as dicas entre elas também. Ninguém quer competir, o esporte ali é empoderamento e diversão.  

Não era um final de semana de sol e calor, pelo contrário, era cinza, chovia e fazia frio. “‘É perregue? Então estamos juntas no perrengue”, me diz uma delas. Abro um sorriso e penso: “É isso”. Me dá um certo alívio encontrar mulheres que se apoiam no esporte e fora dele, afinal de contas, todo mundo está ali por um único motivo: a sensação incrível de liberdade que surge enquanto a prancha desliza no mar. 

Em muitas pautas esbarrei no ego feminino, mulheres que usam o empoderamento para benefício próprio. Empoderar está na moda, é uma palavra muito usada, mas pouco aplicada, principalmente no esporte. No caso das meninas do bodyboard o apoio era genuíno, o esporte ali não era o fim, mas o meio. 

No segundo dia da oficina, Fábio e as meninas queriam me ver no mar, relutei. Apesar do mar ter diminuído, para mim ainda era uma verdadeira montanha. Fábio percebe meu medo, as meninas também. “Vai Ju, tenta de novo”. Penso, respiro fundo. Lá vou eu. 

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Fábio entra comigo, Grazi e Paulinha ficam na areia. Não vamos para o outside, ficamos na arrebentação, me dá um medo danado, mas Fabio me tranquiliza. Me posiciona e quando eu me dou conta estou de volta ao bodyboard. Olho para areia, Grazi e Paulinha estão lá vibrando. Pronto. É disso que eu to falando. 

Durante a oficina, Fabio diz uma frase que me marca muito: “Ninguém ganha do mar. A gente vence o medo”. Quantos medos você tem? Quantos medos você enfrenta? Quantas vezes você se arrisca de verdade?

Enfrentar um trauma é sem dúvida alguma um grande passo, mas esse passo fica maior ainda quando temos ao arredor gente como a Andrea, a Grazi, a Paulinha, a Paty, o Fabio... 

No esporte e na vida a gente precisa se cercar de gente que acredita, que apoia, que incentiva. Por que de resto, bom, o resto é competição desnecessária e ego. 

Paty e Andrea, obrigada pelo convite e pela recepção! Grazi e Paulinha, obrigada pelo apoio! Fábio, obrigada por me mostrar que até mesmo os piores traumas podem ser enfrentados de maneira leve. 

Que venha a próxima oficina de bodyboard! Eu já estou ansiosa para cair na água com vocês!

Fonte: Juliana Manzato

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O empoderamento feminino no bodyboard

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Muito maior do que o Everest: a história da mais jovem brasileira a chegar ao topo da maior montanha do mundo

Juliana Manzato
Juliana Manzato
Com apenas 23 anos, Ayesha é a primeira brasileira a alcançar o topo da maior montanha do mundo
Com apenas 23 anos, Ayesha é a primeira brasileira a alcançar o topo da maior montanha do mundo Arquivo pessoal/Instagram.

Conheci a Ayesha pessoalmente no dia da entrevista, mas a minha sensação foi de conhecê-la há muito mais tempo, talvez pelos amigos em comum. O nome dela sempre acabava surgindo quando o assunto era montanha.

Ouvir sua experiência com montanha no auge dos seus 23 anos(!) foi um baita presente para os meus 30. Formada em dança pela Unicamp e filha única, realmente não foi difícil encontrar pontos comuns aos meus. Sou ex-bailarina e também filha única. 

Em maio desse ano, Ayesha se tornou a mais jovem brasileira a chegar ao cume do monte Everest, a maior montanha do mundo com 8.848 metros de altitude. 

O Everest chegou na vida de Ayesha antes, aos 15 anos, quando foi acompanhar os pais, Lyss e Renato, no famoso trekking até o campo base. Pode soar estranho, mas Ayesha demorou para entender tudo que aquela marcante viagem iria lhe proporcionar. Foi voltando dessa viagem para o Nepal que Ayesha decidiu abraçar o projeto dos 7 cumes. A vivência na montanha foi realmente marcante, o gatilho que faltava para despertar a montanhista que existia dentro dela. 

Kilimanjaro, Elbrus, Aconcaguá, Denali e outras montanhas estão no currículo da jovem montanhista. 

Foi num final de semana de piscina e troca de ideias com o pai, Renato, que o Everest deixou de ser um sonho e se tornou realidade. A batida de martelo aconteceu em novembro de 2017, a saída da expedição aconteceria em abril de 2018. 

Numa ligação para a amiga, a guatemalteca Andrea Cardona, primeira sul americana a subir o Everest, o choque de realidade: a preparação física para o grande desafio. Como o tempo era curto, o treinamento teria que ser pesado. E assim foi até o embarque para a expedição. 

 Uma expedição ao cume do Everest dura quase 2 meses! A expedição de Ayesha chegou ao Nepal no final de março e só atingiu o topo mais alto do mundo no dia 20 de maio. Mas antes do cume, ainda tem muita história.

Tudo começa na capital do Nepal, Kathmandu, onde as expedições fazem os últimos ajustes antes pegarem o voo até Lukla, o ponto de partida para o trekking. A expedição de Ayesha fez a caminhada até o campo base em 9 dias. Durante a caminhada Ayesha reviveu momentos e lembranças daquele primeiro trekking, quando tinha apenas 15 anos. 

Ayesha, Renato - o pai e Carlos - o guia.
Ayesha, Renato - o pai e Carlos - o guia. Arquivo Pessoal/Instagram @ayeshazangaro

Quando pergunto a ela a sensação de chegada ao campo base seus olhos brilham. “Foi como chegar em casa". De fato, o campo base seria a “casa” da família Zangaro pelos próximos meses. Tornar um lugar, lar, traz a tona sensações antes desconhecidas. Ayesha me conta que se surpreendeu com a emoção do pai ao chegar no campo base e que se emocionou com a Puja, cerimônia de permissão e proteção para a subida ao Everest. Estar na maior montanha do mundo é para poucos e ela sabia disso. 

Ayesha tem os pés no chão. Ela me diz algumas vezes durante a entrevista que ainda é difícil acreditar em tudo que ela viveu. Parece não acreditar que conquistou o topo do mundo. Humildade é uma característica admirável no ser humano. 

Até atingir o topo teve organização de equipamento, escalada e cascata de gelo, ciclos de aclimatação, barulhos constantes de avalanches, contagem regressiva, choro, hormônios desregulados, tempestade de raios, medo do escuro e outros tantos medos. 

Penso: ela só tem 23 anos! E me lembro que mulheres maravilhosas não usam capas, às vezes elas são bailarinas que sobem montanhas. 

Pergunto para Ayesha em qual momento ela sentiu mais medo: “Atravessar as gretas. O lugar parece estar vivo. Muita gente já morreu ali, é uma energia pesada". O agravante? “Precisa ser atravessado na madrugada, antes do sol nascer. Ali aparecia com mais intensidade o meu medo de escuro”. Ayesha teve que passar pelas gretas algumas vezes, justamente por conta dos ciclos de aclimatação. 

Ayesha tinha bons aliados na expedição, Renato, o pai, um guia experiente, Carlos Santalena, que até então, era o mais jovem brasileiro a subir o Everest, e a mãe, Lyss, que ficou no campo base durante toda a expedição. Provavelmente sem o apoio de cada um deles, a subida ao topo do mundo não seria a mesma. 

Convivência. Pergunto para Ayesha como foi conviver com os pais na montanha por tanto tempo. “A montanha nos une. Seja nos assuntos cotidianos ou em alguma expedição. Apesar de morar com os meus pais, no dia a dia nossos horários são bem diferentes, então não existe uma convivência tão intensa. Na montanha temos oportunidade de realmente ter rotina". A convivência intensa traz diferenças a tona, Ayesha me conta que ela e Renato tem posicionamentos muito diferentes e que sempre acaba gerando alguma discussão, mas a montanha aflora o entendimento, a paciência e o cuidado com o outro. 

Uma expedição como essa exige um preparo não só físico, mas mental e emocional. Aceitar um desafio como esse é ter plena consciência que zona de conforto é um termo inexistente no vocabulário. É ir sabendo que quando voltar, não será mais a mesma pessoa. 

Mas o Everest é realmente tudo isso que dizem? Pergunto eu. Ayesha suspira. “É uma sensação de quase morte na verdade. É uma luta para sobreviver, uma sensação de sufocamento. Você vai para o extremo, são dois meses longe de todas as referências que tem na vida. É muito tempo no perrengue e no desconforto. A intensidade aparece não só nas avalanches, mas em cada minuto do dia. É um desgaste absurdo”. Seus olhos brilham ainda mais, “Mas vale muito a pena!". É, Ayesha, eu imagino que valha mesmo. 

“Um dia de cada vez”, Carlos Santalena, o guia, reforçou isso durante a expedição toda, e parece que isso marcou muito Ayesha. Foi a frase que ela mais falou durante toda a entrevista. Ela me conta que tinham dias que eram 13, 14 horas para ir de um acampamento a outro. Foram 7 horas para passar pela cascata de gelo. O ataque ao cume levou aproximadamente 12h! É planejamento, mas também é ter inteligência emocional para lidar com as adversidades de um ambiente tão extremo e selvagem. 

Eu sempre imaginei que o dia anterior ao ataca ao cume fosse de muita ansiedade, bem, não existe ansiedade, existe desgaste, físico e Mental. Ayesha me conta que o ataque ao cume foi a pior noite da sua vida, já que teria que passar a noite toda escalando. “Quando eu soube que sairíamos as 19h, eu desabei. O medo do escuro e de morrer congelada vieram a tona". 

“Começou o ciclo de consciência e desistência. Eu queria muito estar ali, mas me perguntava o tempo todo o por que estava fazendo aquilo comigo. Pensei em desistir inúmeras vezes". E logo depois de contar sobre a quase desistência ela me conta sobre essa foto aqui. O Himalaia com a sombra do Everest projetada no nascer do sol. Ela abre um sorriso, eu também. “É uma mistura de sonho com anestesia, Ju”. Eu acredito, Ayesha. 


Mas a extrema natureza, além de ser bela, também traz a sensação de quase morte. Sensação essa compartilhada com o pai. Um detalhe da máscara de oxigênio de Ayesha havia caído antes do ataque ao cume, e o detalhe que parecia superficial, trouxe preocupação. O pedaço que faltava deixava uma parte da máscara exposta ao vento e fazia com que uma parte do oxigênio vazasse. Faltava cerca de meia hora para atingirem o cume. 

O pai, vendo o perrengue da filha, entrou em ação. “Ele foi me empurrando pela mochila". Super-Renato! 

Ayesha chegou ao cume do Everest com metade do oxigênio que deveria ter. 

O Super-Renato
O Super-Renato Arquivo Pessoal/Instagram @ayeshazangaro

“Eu cheguei e sentei. Estava acabada, tremendo, anestesiada, mal acreditava que estava lá. Dizem que dá para ver a curvatura da terra lá de cima, eu não vi nada. Eu estava no modo sobrevivência e ainda não tinha noção do meu feito. Era a minha cabeça brigando com o meu corpo.”

Já no acampamento e trazendo para a realidade o topo do mundo, tudo fez ainda mais sentido. “Um dia de cada vez, o flow, a perspectiva de problemas mundanos, ficar presa a um situação ruim. A sensação de quase morte, é na verdade, vida! Muda toda e qualquer perspectiva”, me conta Ayesha. 

“Atingir o cume foi expandir um limite. E os nossos limites são muito maiores do que a gente pensa. Criei consciência que me entreguei com muita facilidade para problemas e situações que eram tão pequenos, mas aos meus olhos se tornaram gigantes”.

A mudança de perspectativa trouxe para Ayesha um jeito diferente de lidar com as frustrações. Tudo se tornou mais leve, claro e muito mais verdadeiro. Isso inclui a vontade de voltar. “Eu mal tinha chego ao campo base e já estava querendo viver tudo de novo". 

Finalizo a entrevista querendo saber como foi atingir o topo do mundo com o pai, “Nós somos um. Não existe eu ou ele, somos nós. Nós chegamos ao cume. Nós fizemos a expedição. Nós expandimos nossos limites”. 

É Ayesha, com toda certeza do mundo - junto com essa, que você trouxe do topo, não tenho como discordar que juntos somos melhores e mais fortes. Juntos criamos raízes e construímos legados. 

Renato e Lyss, obrigada por deixarem no mundo uma filha que faz da montanha um verdadeiro espetáculo de dança e inspiração.

Por um mundo onde mais mulheres possam ser bailarinas aventureiras. Aliás, por um mundo onde mulheres possam ser tudo aquilo que elas quiserem ser. 

Fonte: Juliana Manzato

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A oportunidade de sair da zona de conforto aparece todos os dias, saia da sua!

Juliana Manzato
Juliana Manzato
Saia da sua zona de conforto já!
Saia da sua zona de conforto já! Mário Nastri


Talvez não seja um bom conteúdo para ler em uma sexta-feira chuvosa como essa. Falar sobre zona de conforto num dia como esse que pede pantufas, é fazer com que você desista aqui, no primeiro parágrafo.

 Calma, melhora! 

Mas é justamente quando queremos conforto e pantufas que refletimos sobre o que estamos fazendo da vida. Aliás, o que você anda fazendo da sua? Se está confortável demais é hora de ir lá para fora, tomar um pouco de chuva e descobrir algo novo - ou até pegar uma gripe! 

Sempre fui uma pessoa que demora para tomar qualquer tipo de decisão, mas tal demora não é pela dúvida, é pela análise. Quando eu decido, não há nada que me faça voltar atrás. Foi assim nos términos de namoro, mudança de carreira e na compra do meu último sapato. 

A oportunidade de sair da zona de conforto aparece todo santo dia. É aquela pontinha de curiosidade para algo novo que surgiu no caminho. Desde a minha significativa mudança de carreira, acabei aposentando a zona de conforto. Me dei a oportunidade de abraçar tudo aquilo que brilhava meus olhos e me fazia experimentar sensações antes desconhecidas. 

Quando entendi o fluxo das sensações e oportunidades, tudo ficou mais claro, inclusive o poder de tomar qualquer decisão. Durante o meu período de pantufas na zona de conforto, abracei meus traumas e usei meu medo para justificar coisas injustificáveis. 

Foi então que decidi trocar o conforto pela superação e é impressionante o quanto nos adaptamos até mesmo naquelas situações que parecem não ter adaptador algum. 

A corrida, que até então era deixada de lado por conta de uma lesão, voltou a ganhar espaço na minha rotina e anda sendo o alívio imediato para uma rotina insana. O bodyboard deixou de ser bicho-papão e aquela vaca, tomada há 15 anos, foi superada por novas, não piores ou melhores do que aquela, mas cheias de coragem. O medo de altura continua, mas eu já consigo escalar uma parede vertical inteira do Ginásio de escalada. O cansaço sentido duramente em trekkings relativamente curtos se tornaram motivação para um dos meus maiores projetos do ano que vem, o base camp do Everest. 

Não sei ao certo se eu era a pessoa mais cheia de desculpas do mundo, mas quando deixei de vestir pantufas, encontrei um novo significado para a tão falada zona de conforto. Mudei as palavras e a perspectiva, conforto e pantufas só para períodos de descanso, no restante dos dias, a insaciável sensação de bem estar que a endorfina traz. 

 

Fonte: Juliana Manzato

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A oportunidade de sair da zona de conforto aparece todos os dias, saia da sua!

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Tatiana Weston-Webb: na onda da “nova” brasileira

Juliana Manzato
Juliana Manzato
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Mesmo com o Oi Rio Pro tendo terminado na semana passada, alguns assuntos ainda são pauta por aqui. Principalmente quando falamos em Tatiana Weston-Webb, a brasileira naturalizada havaiana. 

O nome da surfista já é familiar para os fãs do esporte, mas acabou ganhando ainda mais peso depois da etapa de Saquarema. O motivo gerou polêmica. Foi à partir daquela etapa que Tatiana começou a correr o campeonato como brasileira. A mudança de “time” teve motivo: as Olimpíadas de Tóquio 2020. 

Um pouco antes da bateria de Jesse Mendes, seu namorado, no campeonato masculino, encontrei com a Tatiana ali no palanque da Barrinha. Nossa conversa foi breve, mas muito inspiradora. Tentei fugir ao máximo do assunto sobre a vaga olímpica, porque isso era o que todos gostariam de saber.  E a minha curiosidade era outra! Eu queria saber qual a sensação de “ser” brasileira, coisa que Tatiana nunca deixou de ser.

Como era vestir a camisa do time Brasil no surfe? Num país onde o surfe se tornou tão popular quanto o futebol, estar numa competição vestindo a camisa da nossa amada pátria deve ser incrivelmente mágico. Mas apesar de mágico, Tati sabe a responsabilidade de estar no time e me responde com sorriso no rosto que está feliz e animada, me conta que foi acolhida pelo público e que é bom sentir o carinho da torcida. 

Não demoro muito para perceber tamanha verdade, fomos descobertas por uma turma de meninas que queriam foto e autógrafo. Me afasto e observo. Tati é carinhosa com todas elas, que se realizam em ver de pertinho a surfista que acompanham pela televisão.

Aquela foto <3
Aquela foto <3 Instagram @jujumanzato

Retomamos o papo e pergunto se ela tem noção de quantas meninas e mulheres incentiva com a prática do surfe. Ela não consegue me responder, sabe que são muitas, mas parece não ter noção da proporção que o seu surfe tomou aqui no Brasil. Ela é admirada por meninas que encontram nas ondas e no lifestyle do surfe, uma inspiração para o dia a dia. 

Como o meu - curto - tempo estava acabando, minha última pergunta foi sobre inspirações femininas no surfe. Quem realmente a inspira? “Silvana”. A resposta é rápida. A outra brasileira, Silvana Lima, que também disputa o campeonato mundial, é a principal inspiração de Tati. Quando Tati fala sobre Silvana percebo um brilho de fã no olhar, um carinho e admiração de quem só vê competição dentro d’água, fora dali é a mais pura admiração.  

Um outro grupo de meninas se aproxima. A bateria do Jesse já vai começar, me despeço. Foi breve, mas muito especial. 

Escrevo esse texto ouvindo o papo que tive com a Tati no gravador do celular e relembro da nossa conversa. Depois de acompanhar bem de perto essa etapa de Saquarema, entendi por que o surfe é esse esporte tão “vibe”! Simplicidade, verdade e intensão. 

A lição que Tati, Silvana e as outras surfistas que eu tive oportunidade de contar um pouco das histórias por aqui me deixam, é sobre mulheres que empoderam outras mulheres através do esporte. 

O surfe me apresentou o verdeiro sentido de "Girl Power" e posso dizer? Foi lindo! 

A torcida pelas brasileiras continua! A próxima etapa, Corona Bali Protected, começa no domingo, 27, e você pode acompanhar pelos canais da ESPN. 

Existe um detalhe todo especial: 48 horas depois que essa etapa for finalizada, começará a etapa de Uluwatu, continuação de Margaret River, etapa do campeonato que foi cancelada por conta dos ataques de tubarões. 

Em Uluwatu, o campeonato continua de onde parou, sendo no masculino do round 3 e no feminino nas quartas de final, que Tatiana está na competindo! Portanto, #GoGirl! 

Vale lembrar que atualmente Tatiana ocupa a terceira colocação no ranking do mundial. 

Fonte: Juliana Manzato

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Tatiana Weston-Webb: na onda da “nova” brasileira

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Por que a rivalidade vende tanto?

Juliana Manzato
Juliana Manzato

Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima
Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima Getty Images

Na última quarta-feira, durante a etapa final do surfe feminino no Oi Rio Pro, tive a oportunidade de acompanhar a bateria disputada por Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima. Além das belas manobras da bateria, vi a torcida dividida entre as duas brasileiras. Uma torcida muito mais "vibrante”, digamos assim, era para Silvana. Polêmicas à parte, já que Tatiana começou a correr o campeonato mundial como brasileira à partir de Saquarema, mas estamos falando de duas mulheres que são a mais pura inspiração para o esporte como um todo, não só o surfe. 


Me peguei refletindo sobre o ocorrido: por que ainda insistimos em criar rivalidade entre mulheres? Por que precisamos escolher uma ou outra ao invés das duas? Levando em consideração que ambas estão disputando o campeonato pelo nosso país, deveríamos olhar para o resultado de uma maneira positiva, sem preferência. Mesmo que involuntariamente, queremos escolher a que mais nos identificamos (e não há nada de errado nisso) o questionamento aqui é sobre uma rivalidade que não deveria existir por parte da torcida.

Em uma época de empoderamento feminino, o apoio da torcida deveria ser pelo Brasil no surfe, não por uma atleta ou outra. Não só no esporte, mas no dia a dia, mulheres deviam encorajar outras mulheres. No caso do esporte, a competição é evidente, mas se tratando de duas atletas brasileiras, que vença o melhor surfe entre elas.

Entre Tatiana e Silvana, a rivalidade fica dentro d’água. Numa breve conversa que tive com a Tatiana durante o campeonato, perguntei sobre suas principais inspirações femininas no mundo do surfe a resposta foi rápida: a própria Silvana. 

É admirável ver o espaço que os brasileiros de maneira geral estão ganhando na elite mundial. Tatiana e Silvana são as mulheres que representam o nosso país mundo à fora e merecem toda a torcida e carinho do público brasileiro. 

Com histórias completamente diferentes, o caminho trilhado pelas duas até a elite do surfe merece muitos aplausos. E vale lembrar que o esporte é muito mais do que performance. Estamos falando de pessoas e suas historias. Tatiana e Silvana são diferentes em quase tudo, inclusive nas estratégias de competição, mas são igualmente mulheres. 

A próxima etapa é Bali, vale ficar de olho nas duas e torcer sempre para que o melhor surfe vença. O esporte é muito mais do que sua atleta favorita! 

Fonte: Juliana Manzato

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Por que a rivalidade vende tanto?

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O empoderamento feminino através do surf por Marina Werneck

Juliana Manzato
Juliana Manzato
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Marina foi mais um presente que o Oi Rio Pro me deu, assim, de bandeja. O nosso encontro foi marcado por uma troca de sorrisos e historias, e mais pareceu um encontro de amigas, talvez pelos nossos objetivos serem tão parecidos: empoderar mulheres através do esporte. 

Marina empodera mulheres através do surf, tanto que foi nomeada embaixadora do surf feminino pela WSL. Como embaixadora é a porta voz entre as atletas e a liga, além de encabeçar e promover eventos femininos por todo o país. Seu objetivo é fomentar o esporte nas categorias bases, que apresentam crescente a cada ano, para levar mais mulheres para a elite mundial. Atualmente o Brasil é muito bem representado pela Silvana Lima e a partir dessa estapa de Saquarema, por Tatiana Weston-Webb. A esmagadora maioria ainda é masculina. A elite mundial conta com 11 atletas homens brasileiros, ou seja, quase 1/3 da liga. Um desequilíbrio imenso! 

A ideia de trabalhar categorias base como Pro Junior, com idade até 18 anos, e eventos do WQS em territorio nacional é ajudar mais atletas no acumulo de pontuação e consequentemente subida no ranking. Marina me explicou que a maior dificuldade de muitas atletas é correr campeonato de 1500 pontos fora do país, já que muitas não possuem patrocínio suficiente para arcar com custos da viagem, que mesmo se tratando de America Latina são altos. O abraço da Marina para fomentar o esporte é fundamental para essa nova geração que está chegando. 

O surf, apesar de toda dificuldade, é um esporte inspirador pelos mais diversos motivos, para mim o principal, é a possibilidade de ver o mundo de um novo ângulo, deslizando sobre uma onda! É a verdadeira conexão entre natureza e ser humano, é a sensação mais profunda do “fazer parte do todo".  E com tal conexão, chegamos a evolução do esporte e na vida. No surf, como bem disse Marina, o ápice é inatingível, já que só o fato de mudar de prancha, é tambem uma maneira de começar de novo, aperfeiçoando movimentos, se adaptando a prancha, entre outros detalhes. 

Marina também é embaixadora do Hurley Surf Club, evento itinerante voltado para mulheres trocarem experiências e dicas de surf. Nesse evento Marina cai na água junto com as convidadas e faz o papel de coach, dentro e fora d’água, dando dicas e mostrando pontos a serem melhorados. Projetos como esse, onde mulheres empoderam outras mulheres precisam cada vez mais de holofote, afinal de contas, é a maior prova de que juntas somos mais fortes. 

Já faz alguns anos que Marina mudou os rumos da carreira e se tornou Free Surfer. Como começou a competir com 12 anos e aos 15 se profissionalizou, além de ganhar inúmeros títulos, viu o surf nacional entrar em crise. O circuito brasileiro perdeu força e muitas atletas, que usavam esse caminho para projeção internacional viram a carreira declinar. Marina transformou a crise em oportunidade e quando se perguntou o que ela poderia fazer se não fosse viver do surf, a resposta veio através do próprio surf: criar um legado! Um legado onde a competição feminina tivesse o mesmo espaço que a masculina. 

E não é difícil ver que no auge dos seus 30 anos, Marina, se tornou o próprio legado, inspirando meninas a viver o surf de maneira única, não só como esporte, mas por diversão. No nosso bate papo Marina me conta como tudo começou, nada foi por competição, tudo era diversão. E assim continua sendo. 

Termino o papo com ela mais aliviada, é sempre bom olhar para o lado e ter uma outra mulher para se identificar. É como dar as mãos e dizer: vamos? O swell feminino esta cada vez mais forte. 

Marina, tamo junto! ;) Obrigada por ser inspiração! 

Fonte: Juliana Manzato

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O empoderamento feminino através do surf por Marina Werneck

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Ela tem 12 anos e já correu 112 campeonatos. Conheça a história da surfista Pamella Mel

Juliana Manzato
Juliana Manzato


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Na busca por boas histórias para contar durante o Oi Rio Pro, esbarrei na Pamella, uma garota de 12 anos cheia de estilo. 

Pamella tem olhinhos puxados que brilham ainda mais forte quando o assunto é surfe

Aos 6 anos, por incentivo do pai, a brincadeira com o Bodyboard deu lugar ao surfe. A vontade de ficar em pé na prancha falou mais alto e desde o primeiro impulso e foi ali, em meio as ondas, que Pamella encontrou seu lugar e seu pai enxergou um talento. Juntos como pai e filha, treinador e atleta, começou a busca por um lugar ao sol. 

O lugar ao sol é sonho grande: ser campeã mundial. Pamella não exita em me dizer que essa é a sua maior vontade e treina duro para isso. O apoio da família é fundamental. Pai e mãe são mais do que presentes, são patrocinadores também. Mesmo com os 112 campeonatos e 125 títulos, o número de patrocinadores não é o suficiente para bancar a vida da atleta. Um problema vivido por boa parte dos atletas do país. Os maiores incentivadores e patrocinadores de Pamella são os pais. 

O sonho de ser campeã mundial não esbarra só no financeiro, Pamella já enfrentou o machismo dentro do esporte bem de perto. Deixou de participar de campeonatos por conta disso. Como competia em uma categoria que não havia outras meninas, a competição era com os meninos, que muitas vezes se recusavam a participar de baterias com ela com medo de “perderem para uma garota”. Mas não pense que são só os meninos. Mesmo com um aumento significativo de meninas no surfe, parece que nem todas são unidas pelo esporte. Pamella já sentiu a rejeição de outras meninas por sua boa performance.

Ela e sua prancha
Ela e sua prancha Instagram @pamella.mel

A naturalidade como me conta algumas historias me impressiona. Apesar da pouca idade, a jovem surfista aprendeu fazer de alguns limões bem azedos uma doce limonada. Ela confia em todo o processo que precisa passar para competir. É segura de si e usa como guia seus pais. 

Com os pés bem grudados no chão e uma alta dose de determinação, imagino esse mesmo papo que tive com ela daqui 10 anos. Ela vai chegar muito mais longe do que imagina. Pamella é uma daquelas garotas que tem mais do que talento; tem propósito. 

Falamos sobre rotina de treinos e ela me conta que a família mudou recentemente para a Guarda do Embau, justamente para que ela tenha boas ondas para treinar manobras. Quando fala desse assunto seus olhos voltam a brilhar ainda mais. Como uma criança que ganha um presente de natal, Pamella ganhou a “Guardinha” para se divertir. O surfe para ela é tão natural que se tornou muito mais do que um esporte: diversão levada a sério. 

Conto para Pamella meu inicio no surfe, falo das minhas tantas vacas e peço dicas, afinal de contas, o surfe na minha vida só está começando. Peço dicas, e logo vem a primeira. Eu que sempre fixei um ponto na areia e segui deslizando, aprendi que o olhar mais na lateral me dá além de equilíbrio, um aproveitamento muito melhor na parede da onda. (Na minha próxima aula eu faço o teste e te conto, Pamella). 

Terminamos o papo longe das cadeiras e mesa onde começamos. Pamella gosta da liberdade, quer encontrar o pai, cair na água, se divertir vendo os ídolos de perto. 

Ganho um abraço, desejo boas ondas. Ela ainda não sabe, mas tenho certeza que não vou precisar de muitos anos para aumentar o número de campeonatos e títulos nessa história.

Voa, garota! 

Fonte: Juliana Manzato

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Wings For Life World Run: os primeiros 5km por uma boa causa

Juliana Manzato
Juliana Manzato
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Carrego em meu corpo algumas lesões. Nenhuma delas impede o movimento, apesar das intensas dores que me causam. Participar de uma prova de corrida sempre foi a minha vontade, mas meu tornozelo e joelho esquerdo me lembravam insistentemente que essa vontade estava distante. Sou uma pessoa que gosta de desafios, portanto apesar dos sinais vindos do meu corpo, sabia que hora ou outra a corrida voltaria para a minha vida. E voltou!   

Foi de um convite despretensioso da Red Bull Brasil que surgiu o start para corrida. Foi em novembro de 2017 que começaram os simulados para a Wings For Life World Run, corrida anual que nesse ano chegou em sua 5ª edição no Brasil. Contei a minha experiencia aqui.

Se você não conhece a Wings for life World Run, deveria conhecer! A corrida, que acontece simultaneamente em várias capitais do mundo, tem como principal objetivo arrecadar fundos para pesquisas relacionadas à lesão na medula espinal. Cem por cento do valor das inscrições é doado! E a bandeira da prova não poderia ser outra: Correndo por aqueles que AINDA não podem correr. 

 

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Saí daquele simulado de novembro decidida em participar da prova que aconteceria em maio de 2018. A preparação não seria apenas física, mas psicológica, afinal de contas, além de cuidar das minhas lesões físicas, eu precisava lembrar o tempo todo que elas não poderiam me impedir de realizar um desejo. E aí começa o planejamento! O meu personal, Ricardo Mitsuo, foi fundamental em ambos os processos. O primeiro incentivo para participar foi dele. Depois veio a Luciana, minha terapeuta e coach, que realmente me convenceram que eu tinha todas as ferramentas para dar conta da minha primeira prova de corrida. 

A WFLWR é toda especial, não só pela causa que abraça, mas pelo conceito de corrida sem linha de chegada. O objetivo é fugir do Catcher Car, que depois dos primeiros 30 minutos da largada, vai se aproximando dos corredores e se torna a própria linha de chegada. Se ele te “pegar”, a sua prova termina ali. 

Os meses se passaram e a preparação foi tomando forma. Os primeiros treinos de fortalecimento e corrida foram doloridos e inúmeras vezes me perguntei por que eu queria abraçar aquele desafio. Fui persistente no fortalecimento e, com paciência, as dores foram diminuindo, mas o problema era atingir a minha meta: 5km. Chegava nos 4km, mas não conseguia os 5km! Isso foi realmente frustrante! Quando eu achava que tinha atingido a meta estava ali, no quase. 

Maio chegou e junto com o novo mês chegou também uma ansiedade absoluta! Será mesmo que eu iria dar conta? 

05 de maio de 2018

Cheguei no Rio de Janeiro um dia antes da prova com aquele mix de apreensão e ansiedade. Afinal de contas, o que seria a WFLWR para mim? Recebi dicas preciosas do Gustavo, da Dani e da Amanda, corredores natos e experts no assunto. Mas apesar das dicas valiosas, depois da largada, a história era comigo. 

No café de recepção do hotel conheci um grupo de mulheres vindas de Cuiabá. Elas participaram de todas as edições da WFLWR no Brasil, e corriam provas mundo a fora. O que levou elas até essa prova? A causa. Correr por quem AINDA não pode era o maior motivador, uma forma de agradecer o presente divino de poder praticar um esporte, se movimentar, etc. Foi um papo rápido, mas intenso. Me convenci mais ainda que precisava estar ali. 

Passei o dia pensando na prova, ouvindo histórias e vendo gente que não sabia se quer o nome trocar olhares, sorrisos, dicas e um “boa prova”. A corrida deixa as pessoas mais felizes. A endorfina faz a conexão entre elas. 

 

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06 de maio de 2018
(Foi nesse dia ai que descobri o quão forte eu sou) 

Acordei ansiosa, queria e não queria ir para a prova. Estava apreensiva por conta da distancia que pre-estabeleci, os 5km pareciam distantes demais. Estava animada, o clima da pre-prova contagia. No café da manhã sorrisos, abraços e desejos de "boa sorte" foram frequentes. Amigos reunidos, desconhecidos se unindo. 

A largada - mundial -  estava marcada para as 8h aqui no Brasil. 7:40h eu estava lá, de coração transbordando e olhos marejados. Eu pude presenciar o que todos dizem: a corrida é democrática. E ali, às 8h da manhã do dia 06 de maio de 2018 eu percebi que era mesmo. Cadeirantes, deficientes, pessoas de muletas, mães com carrinhos de bebê, senhores e senhoras de 60, 70 anos, crianças, grávidas, homens e mulheres, estavam juntos, pelo coletivo e pelo individual. 

Inacreditavelmente meu joelho sequer doeu durante o percurso. Senti um desconforto no quadril e sofri com o calor, que gerou 2 pequenas pausas. Todas as vezes que eu pensei em abandonar a prova eu decidia olhar para o lado e eu só pensava “continua!”. E continuando, eu cheguei nos 5km, e uma sensação inexplicável tomou conta de mim. Corredores, agora eu sei exatamente o que vocês sentem! Pouco tem a ver com a distância, é a superação de cada um. 

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Fui pega pelo Catcher Car nos 5.23km e com um sorriso no rosto me despedi da prova. 

Gratidão é uma ótima palavra para usar no final desse texto, mas acho que essa prova me ensinou muito mais do que gratidao. Aprendi sobre compaixão e superação. E sem olhar para o próprio umbigo, abracei o coletivo. 

Obrigada Wings For Life World Run pela experiência. Obrigada pela lição de vida. Os meus 5km podem ate ser considerados um feito grandioso para mim, mas nada supera a causa nobre abraçada por vocês. 

Nos vemos em 2019! Até lá.  


Fonte: Juliana Manzato

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Uma maratona de Boston na conta, por favor! A medalha que faltava para uma corredora de 52 anos

Juliana Manzato
Juliana Manzato

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Eu vou repetir o início de alguns conteúdos que já escrevi por aqui: as minhas musas inspiradoras são mulheres reais! Acho lindo olhar para uma mulher que faz parte do meu dia a dia e me inspirar nela. 

A Yara é exatamente assim! Nos conhecemos por conta de trabalho e não desgrudamos mais. As afinidades são inúmeras, e ainda somos vizinhas de aniversário. Vocês não imaginam o quão insuportável ficamos quando resolvemos falar do nosso signo, peixes. 

A Yaya (meu apelido para ela) é a mulher que eu quero ser quando chegar #Aos50. Ela é pura inspiração: de vida, histórias e experiências. Apesar de nos conhecermos há menos de um ano, acompanhei de perto o sonho dela de correr a maratona de Boston, a Maratona das Maratonas. 

Com uma história de 120 anos, Boston é uma maratona para privilegiados, já que seleciona os corredores por meio de índice e faixa etária.

Ya tem 52 anos e corre há 12. Tem, no currículo, uma transformação de vida e inúmeras maratonas. Faltava Boston entre as tantas medalhas. A vaga para Boston foi garantida em setembro de 2017 por causa do bom tempo que fez na Maratona de Porto Alegre - 42km em 3h40min! 

Pois bem, a Maratona de Boston, só neste ano, reuniu cerca de 30 mil corredores por meio de índice e faixa etária. Para a Yara se garantir na vaga na faixa etária dos 50 aos 54 anos, precisava de uma maratona com tempo abaixo de 4h. Por isso, a classificação veio com a prova de Porto Alegre. 

Boston tem um percurso intenso e exigente, com inúmeras subidas e descidas, Yara sabia que seria desafiador e decidiu fazer a  inscrição e se dedicar ao processo de preparação, buscando superação. Recorreu a treinos regulares de corrida em pelo menos três dias da semana. Musculação e pilates foram complementos para estar com mais preparo físico.  

Vale lembrar que a Yara é atleta amadora, ou seja, uma mulher normal, assim como eu e você, e que, no meio de tantos treinos e dedicação ao sonho, havia a rotina do dia a dia, trabalho, família, vida pessoal, social... 

Como uma determinação admirável e um mantra de vida que motiva qualquer um - 'Quanto mais forte eu sou, mais forte eu fico' -, no dia 12 de abril, Ya embarcou para Boston. 

A maratona só seria disputada no dia 16, mas é necessário organizar a estrategia de corrida e a mente. E logo de cara, o primeiro desafio: nos comunicados da organização, a previsão do tempo era completamente instável, apesar de garantirem que não teria neve nem calor. A chuva, em algum momento, apareceria; mas em qual seria? 

O dia 16 amanheceu com 3 graus e MUITA chuva! Ya nunca tinha corrido com tanta chuva. Adivinha? Nessa hora, a mente cria conflitos e Ya me confessa no nosso papo que pensou em desistir antes mesmo de entrar no ônibus que levava para a largada. Mesmo com os pensamentos em colapso, seguiu. 

Naqueles 5 min antes da largada, pânico de novo! A mente gosta mesmo de criar armadilhas e limitar o que podemos ou não fazer; o medo vem. E se acontecer alguma coisa comigo? Uma hipotermia? Desmaio? Torção? Qualquer coisa! 

Quando ela me conta o turbilhão de pensamento que passou por sua cabeça, vejo seus olhos brilharem. Era só a hora certa, o momento certo, e isso dá medo mesmo. Tudo correria bem, mesmo com a sensação térmica de -5º, rajadas de vento de 35km/h contra e um pouco de grazino em alguns trechos da prova. Uau! 

“No Km5, com o corpo começando a aquecer, eu só pensava que podiam muito bem cancelar a maratona para eu ir para o hotel tomar um banho quente”. E caímos na risada logo depois que a Ya me relata a tentativa de desistência. O psicológico e a concentração, nessas horas, contam muito, e mesmo com tantos motivos para desistir, persistir é o melhor caminho. 

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Como Ya me disse no inicio do nosso papo, a Maratona de Boston não é corrida para pensar na vida, exige demais do psicológico. E não é pela torcida que lota as ruas da cidade, é a exigência interna, aquela cobrança que, muitas vezes, fazemos com nós mesmos. 

Afinal, nem tudo sai como o planejado e, no Km 21, com 2h04min, 2 min a mais do que o esperado, a meia maratona estava completa. A vontade de desistir também insistiu em aparecer. E aí entra a sabedoria: que tal diminuir o ritmo? Foi isso que a Ya fez, já que duas grandes subidas estavam por vir, a do km 32 - a mais “punk” e falada do percurso.   

Com maestria e controle, Ya chegou ao Km 35, ponto de encontro com o treinador, Marcos Paulo Reis. Em meio a tanta gente, cadê o treinador? A vontade de desistir bateu de novo e quando o incentivo falta, Ya ouve um grito do Marcos Paulo. Algumas palavras de incentivo e mais 7 km. O que em uma hora faltou, agora não faltava mais; a motivação havia voltado e os tão sonhado 42km seriam completados.

A sensação térmica, o rosto quase congelado, a torcida, o sorriso de incentivo das pessoas; era tudo e nada. Podiam existir mil motivos para desistir, mas a linha de chegada estava logo ali. 

Com 4h16min49s, quase 10 min a mais do que o previsto, Ya cruzou a linha de chegada. Os nossos olhos no papo pós maratona se enchem de lágrimas. 

“Sabe Ju, não é só uma prova de corrida. É olhar para trás e ver a vida. É encontrar com a Yara do passado e agradecer. Sem ela, provavelmente eu não estaria aqui, te contando essa história”. 

E, novamente, Yara me ensina. Você não precisa ser extraordinário, mas você pode ter conquistas extraordinárias. 

Ya, parabéns pela sua!  


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Quer conhecer realmente um lugar? Vá de bike! Esporte e passeio juntos

Juliana Manzato
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A tão aclamada corrida é realmente democrática. Um tênis e boa vontade te levam a lugares incríveis. Quer conhecer realmente um lugar? Coloca o tênis e saia para correr. Ou alugue uma bike. Para adeptos ou não da corrida, pedalar aguça os sentidos, o momento presente e a experiência de sentir o vento no rosto através da energia gerada pelo corpo. 

Foi assim que conheci um pedacinho bem famoso de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. O Tiago Fiamenghi, parceiro de trabalho e um dos idealizadores do Bike & Wine, me emprestou a bike, o capacete, algumas dicas e, juntos, fomos dar uma volta no charmoso Caminhos de Pedra. 

A rota é bem conhecida por ciclistas, apesar de oferecer pouca estrutura para o esporte. Como não possui uma pista sinalizada e direcionada somente para ciclistas, bikes e carros dividem o espaço. Inicialmente, parece perigoso, mas com cuidado e atenção, o passeio se torna incrível! 

Obviamente que o que mais chateia durante o passeio é perceber a falta de educação e respeito dos motoristas com quem está ali do lado, de bicicleta. Muitos dos que passaram por nós não diminuíram a velocidade nem ficaram à distância recomendada (cerca de 1,5 m entre carro e bike). 

Pedalar em perímetros urbanos e até mesmo em estradas exige atenção redobrada. É impressionante como o corpo responde, aguçando sentidos como visão e audição. Digo isso porque, como a minha última experiência com bike foi em trilha, reconhecer barulho de carro ou caminhão foi novidade! E apesar de ser um roteiro turístico, a estrada do Caminhos de Pedra possui subidas e descidas constantes, fora as curvas. Aventura boa, pedal que exige, eu recomendo! 

O pedal é uma parte da aventura porque, no Caminhos de Pedra, você tem atrações para todos os gostos, desde apreciar um bom vinho até fazer compras nas lojinhas que ficam no percurso. O visual é incrível e não parece que estamos no Brasil! 

A bike pode não ser tão democrática quanto o tênis, mas permite conhecer lugares com intensidade. Apesar de o Brasil não fomentar a bike como transporte e até mesmo esporte, em alguns lugares, alugar uma bicicleta pode ser uma ótima opção para fazer um passeio turístico diferente. 

Para quem já pedala a um tempo, ali perto de Bento Gonçalves tem uma serrinha bem conhecida dos ciclistas que leva até a cidade de Nova Roma. Descida boa, subida idem. Como bem disse Tiago, no ciclismo ou na corrida, "depois da descida, vem a subida! Tem que treinar os dois".  Recomendo essa aventura também! Além da estrada ser linda, o treino é bem (!) puxado.

Sempre acho que unir turismo e esporte é uma baita proposta para conhecer os lugares nos detalhes. Quem estiver no Rio Grande do Sul ou for para lá, fica à dica do Roteiro "Bike", aliás, "Bike & Wine". Com consciência, claro.

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Ela ganhou curso de escalada aos 16 anos e virou atleta de trail run: Inspire-se em Lúcia Magalhães

Juliana Manzato
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Tenho o privilégio de ter, ao meu redor, mulheres incríveis, verdadeiras musas, que inspiram meu cotidiano e vida. A Lúcia certamente é uma delas. 

Nossa conexão começou por causa da Joana, outra mulher incrível da minha vida, minha antiga personal e melhor amiga, que, inclusive, já apareceu algumas vezes aqui na coluna. A ligação com as irmãs Magalhães é mesmo incrível; afinal, temos muitas coisas em comum; a paixão pelo esporte é uma delas. Apesar de termos trajetórias bem distintas, o esporte é pauta todas as vezes que nos encontramos. O direcionamento é um só: o empoderamento através do esporte.

Enquanto a Joana se dedica à atividade física voltada para mães no período de pós-parto, a Lúcia decidiu ganhar o mundo e abraçou uma paixão antiga: a montanha. 

Lucia é atleta amadora de trail run e apaixonada por todos os tipos de esporte outdoor. Paixão antiga que começou no presente de aniversário de 16 anos: um curso de escalada que ganhou do pai. Não demorou muito para que os treinos indoor fossem parar em grandes paredões de pedra pelo Brasil a fora. A coleção de feitos só cresceu desde então! 

Formada em educação física com especialização em fisiologia do treinamento, ela tem um trabalho consistente como personal trainer e concilia a rotina de educadora com a de atleta amadora. Isso inclui dedicar horas a mais do dia para os treinos e agenda para as inúmeras provas das quais participa. 

Apesar de ser atleta amadora, a dedicação da Lúcia é de atleta profissional, treinando durante a semana de quatro a cinco vezes corrida, alternando com dois treinos de musculação. Isso dá cerca de duas horas por dia. Algumas boas horas semanais de pura dedicação ao esporte. 

Mas até chegar à corrida de montanha, percorreu o caminho da democrática corrida de rua. A aproximação com a trail run veio por um amigo e trouxe de volta a vida outdoor para o seu cotidiano. A vida outdoor não é uma opção, é uma escolha, mas muitas vezes, não nos conectamos como gostaríamos com a vida que queremos. 

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Os motivos são inúmeros, a correria do dia a dia, uma especialização, família, etc. A Lucia também teve seus momentos de menor contato com a sua maior paixão, assim como acontece comigo e, provavelmente, com você, que está lendo.  

O retorno para a montanha fez com que a conexão ficasse ainda mais forte e trouxe para a carreira da Lúcia vitórias em provas exigentes. O último grande feito foram 80km nas montanhas de Minas Gerais. 

Apesar de ser educadora física, a Lúcia faz questão de ter um treinador, o Rafael Bonato, também educador físico e atleta de trail run experiente. E disciplinada como é, segue à risca os treinos do exigente treinador. 

Aliás, não é só o treinador que é exigente, a montanha também. O trail run exige muito mais do que preparo físico; é necessário técnica e treinos específicos para os percursos e provas. O ritmo, que dita a perfomance na corrida de rua, é importante na corrida de montanha, mas não essencial. 

Segundo ela, o bom atleta de trail run precisa ser estratégico no percurso como um todo - subidas, descidas, trechos planos, os mais diversos terrenos - e também na alimentação. Tanto que, nos treinos preparatórios para provas, existe treino para alimentação, justamente para avaliar qual é a melhor opção para alcançar a performance desejada. 

Apesar de ser um esporte bem complexo e exigente, o trail run é apaixonante. A Lúcia é uma das minhas grandes incentivadoras para uma vida mais outdoor, não só com trail run, mas no trekking e na escalada. Sem contar que vejo bem de perto o quanto o esporte pode empoderar a vida de uma mulher. 

Como a Lúcia mesmo diz, e eu concordo, a vida outdoor torna as pessoas mais humanas e conectadas - com elas mesmas, com os outros e com a natureza. 

Grandes feitos não são mérito exclusivo de grandes nomes do esporte; existe gente pertinho de você que pode ser fonte da mais pura inspiração. 

Lu, obrigada por ser essa inspiração que é! 

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Esporte outdoor tem crescido no Brasil; e não é à toa

Juliana Manzato
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Parece mesmo que essa busca por conexão está fazendo com que as pessoas procurem cada vez mais esportes que tenham um contato maior com a natureza. Não à toa, o esporte outdoor só cresce no Brasil. É como se estivéssemos redescobrindo a nossa habilidade de ir para o mundo para conhecê-lo novamente.

Dá para perceber esse movimento observando a quantidade de amigos da sua rede social que estão indo para trilhas e provas de esporte outdoor. Dentre os esportes, o trekking e o trail run, antes com uma procura tímida no exterior, agora ganham muitos seguidores em território nacional. Parques e novas rotas são descobertos com frequência nas redes sociais e ganham a simpatia de quem - de alguma maneira - quer ter mais contato com a natureza e com ele próprio. 

Tanto o trekking como o trail run criam esse contato através de caminhos cheios de desafios. Enquanto um exige concentração e esforço, o outro traz a adrenalina da corrida em trilhas repletas de obstáculos. Ambos permitem sensações que levam os praticantes ao extremo; afinal de contas, estamos falando de perrengue 'real oficial'. 

Se você não curte aventura com perrengue, sinto dizer, mas o esporte não é para você. Eu sou entusiasta de ambos os esportes, apesar de ter, no currículo, pouquíssima experiência. 

Muitos amigos fazem parte da turma da montanha. Então, vira e mexe o assunto é pauta. O Gui Moretti, educador físico e amigo de infância, treina atletas de trail run e pratica o esporte. A Lucia Magalhães, também amiga e educadora física, é atleta amadora de trail run. Mas vamos falar mais dela na sexta-feira, na próxima coluna. 

O Gui e a Lucia são só parte dos amigos que estão envolvidos nos esportes em montanha e sempre me levam para as aventuras ou compartilham experiências desse laboratório tão fantástico.. Nas poucas vezes que experienciei o trekking, voltei com histórias incríveis, que vão de uma trilha de baixo de uma chuva torrencial em São Bento do Sapucaí a me enroscar em teias de aranha por sacanagem do Guilherme. (Está tudo bem, gente! Era só a teia, zero aranhas, rs) 

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Assim como na corrida de rua, o trekking e o trail run proporcionam uma vivência fabulosa de conhecer o lugar. Enquanto na corrida de rua você vivencia a cidade, nos outros dois, a natureza dá as caras e te mostra o quão pequeno você é. 

Na minha última experiência no trekking, o Gui me levou para conhecer um percurso de 25km que ele desenhou na nossa cidade natal, Pedreira, no interior de São Paulo. Dos 25 km, fizemos um percurso de 10 km com direito a subidas, descidas, riacho, mata fechada e cachoeira. O mais interessante disso tudo? Eu não fazia ideia que a cidade que cresci no interior de SP tinha um visual tão bonito! 

Claro que ter preparo físico é essencial! Posso falar pela minha experiência no trekking: é exigido bastante do corpo e também do psicológico. Nas primeiras vezes, eu me sentia exausta, mesmo com preparo físico. Só depois de algumas experiências, fui perceber que o cansaço não era físico, mas mental. É preciso ter um bocado de concentração e persistência nas adversidades que aparecem no caminho.

A natureza sempre é uma caixinha de surpresas e nem sempre estamos preparados ou 100% presentes. Por isso, eu digo que o esporte é a mais pura meditação. Se você não estiver presente de corpo e mente, é provável que não encare o desafio da melhor maneira e até tenha uma experiência ruim. 

Eu ando me encontrando bastante nos esportes outdoor, porque nunca é a mesma experiência. Existem fatores externos que você simplesmente não controla, precisa saber lidar e isso é um baita exercício. Não é praticar o esporte pelo desafio, mas pelo aprendizado em si. 

No trekking eu aprendi muito sobre mim, e olha que eu tenho pouquíssima vivência ou referência. A cada nova trilha, um ensinamento novo, um visual de tirar o fôlego. Vivenciar o agora, sem pensar muito no depois. 

Estar presente, independentemente do esporte escolhido. Acho que esse é o meu aprendizado desses últimos tempos.

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Esporte outdoor tem crescido no Brasil; e não é à toa

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Já ouviu falar no desafio '21 dias de Yoga'?

Juliana Manzato
Juliana Manzato

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Já faz algum tempo que eu conto sobre os benefícios que a prática do Yoga trouxe para minha vida. Engana-se quem pensa que a prática só traz calmaria, pelo contrário, o mindset muda completa e isso inclui muito mais do que a lista de prioridades do dia a dia. Estamos falando em performance, inclusive na prática do esporte.

Depois da Yoga e da meditação, entendi que praticar esporte é, por incrível que pareça, a mais pura meditação. É necessário estar 100% presente para conseguir atingir a perfeição naqueles pequenos detalhes que fazem com que grandes objetivos sejam alcançados. 

Viver o 'aqui e agora', transforma, mas não é tão fácil assim. Como no esporte, é preciso disciplina, organização e determinação. 

Apesar de praticar Yoga bem menos do que gostaria, quis me desafiar e aceitei o convite do My Yoga para participar dos 21 dias de Yoga. Encarei os 21 dias de maneira transformadora, não só com a prática, mas em vivência e ensinamentos diários. Me arrisquei não só dentro da Hatha Yoga, mas também na Yoga Terapia, Vinyasa e Ashtanga. 


Trazer os 21 dias para uma rotina tão conturbada, com viagens, reuniões e inúmeros projetos foi interessante, porque não é só praticar nas aulas do My Yoga, é fazer a lição de casa, se conectar, respirar e sentir os benefícios de desligar da tomada por um tempinho no dia a dia. 

Para quem já é praticante, entrar no desafio dos 21 dias é se conectar ainda mais. Para quem quer começar, é uma ótima oportunidade de experimentar os movimentos e com quais práticas vai se identificar. 

Vamos juntos?! 

Para saber mais detalhes do pacote dos 21 dias de Yoga, é só entrar em contato com o My Yoga pelo telefone: (11) 3171-2019


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Deixe o esporte te ensinar a arte da superação

Juliana Manzato
Juliana Manzato

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Depois de amanhã será fevereiro, e fica cada vez evidente que 2018 realmente chegou. Começo de ano é sempre assim, eu demoro um tempinho para me adaptar e entender quais são as vontades do novo ano para mim. 

Sou uma pessoa intuitiva e gosto de seguir pelo caminho que, de alguma forma, me chama mais atenção. E se tem uma coisa que anda aparecendo de maneira intensa por aqui, é a tal da superação. Sabe aquela coisa de arriscar mais sem deixar o medo dominar? É isso. 

O esporte tem dessas coisas, não é o desafio de ir, é o superar. E a superação vem daqueles limites que a gente, inconscientemente, impõe. Será mesmo que eu vou conseguir? Se você não se comprometer em arriscar, sinto muito em te dizer, você não vai conseguir. 

Somos tão comprometidos com a nossa agenda diária que quase não sobra tempo de pensarmos qual vai ser a próxima superação. E para mim, faz sentido pensar que o novo ano vem trazendo o sabor de superação, com notas de riscos. Assumir riscos, responsabilidades e vontades. 

Está com vontade? Vai e faz. 

Calculamos tantas rotas e erros que nos esquecemos de simplesmente curtir nossas escolhas. Eu nunca consegui praticar o surfe porque me frustrava demais com as vacas na cabeça. Mas peraí... as vacas não fazem parte do aprendizado? Então, porque ao invés de se frustrar tanto, não focar em superar? Pode parecer um exemplo bobo e até óbvio, mas quantas coisas você deixou para lá por simplesmente cansar? 

O primeiro mês do ano me deu essa certeza: pegar todas aquelas vontades que empurrei para de baixo do tapete e encará-las de frente, seja no surfe ou nos esportes que mais me aproximam do meu maior medo, a altura. 

Acho que quanto mais o tempo passa, mais a gente entende que é melhor experimentar todas as possibilidades do que deixá-las de baixo do tapete. 

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Já ouviu falar no Gyrotonic? Método une movimento e empoderamento

Juliana Manzato
Juliana Manzato

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Conheci a Tati Malhado através de amigos em comum e não foi difícil me aproximar dela; temos muito em comum. Tati também é ex-bailarina e decidiu fazer do movimento do corpo um negócio. O Respirartes é seu estúdio bacanérrimo que fica na Vila Mariana, em São Paulo. Entre as tantas metodologias que usa por lá - já que além de ex-bailarina, tem formação no pilates -, Tati implementou o Gyrotonic®, método criado por Juliu Horvath, que une diversos movimentos que trabalham a energia corporal unida à expansão! 

O método é muito conhecido na dança, já que faz parte da grade curricular das principais escolas de dança do mundo. A expansão corporal potencializa a dança como um todo, já que dançar vai além da técnica, é a mais pura entrega. Quanto mais o bailarino está entregue, melhor é a sua performance. 

Juliu, criador do método, tem uma carreira meteórica. Tornou-se o principal bailarino do Romanian National Ballet Company e quando pediu asilo politico nos EUA, acabou trabalhando com várias companhias de dança americanas. No Houston Ballet, acabou sofrendo uma lesão no tendão de Aquiles, que definitivamente suspendeu sua carreira. O processo de cura (interna) e recuperação veio através de estudos e práticas da Yoga e meditação. O método nasceu junto com a sua reabilitação e, hoje, ajuda milhares de pessoas em condicionamento, preparação física e reabilitação do movimento. 

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Quando a Tati decidiu trabalhar o método no Brasil, acabou encontrando maior interesse no pessoal da arte, dançarinos, atores, atrizes e até mesmo coreógrafos, que decidiram aplicar a proposta do Gyrotonic® em preparação e apresentação de espetáculos.

O interesse pelo Gyrotonic® começou a dar sinais no Brasil e, para nossa sorte, vai além da área dos artistas. Com um trabalho consistente e muito particular, Tati é brilhante em suas aulas! Além de trabalhar a expansão do corpo, trabalha o empoderamento através do movimento. 

“Ir além, Ju”, essa provavelmente foi a frase que a Tati mais repetiu nas minhas aulas! Apesar de estar acostumada com o movimento circular da Yoga, o Gyrotonic® ativa outros pontos do corpo. Enquanto na Yoga a concentração e respiração ditam o ritmo, no Gyrotonic, o movimento é feito em repetições e máquinas que possibilitam colocar peso, trabalhando de maneira singular o fortalecimento da musculatura. 

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É natural que nos treinos diários o movimento que fazemos repetidas vezes seja linear, e isso faz com que o nosso alongamento e flexibilidade sejam comprometidos. O Gyrotonic® é uma atividade complementar, que ativa o nosso corpo para espiralar, expandir, alongar e, com a Tati, empoderar. Esse trabalho de crescimento pessoal foi incorporado por ela ao método, já que como ex-bailarina, a entrega ao movimento sempre fez com que se sentisse muito conectada e poderosa em relação ao corpo e a ela mesma. 

Para quem está buscando alternativas para complementar o treino diário e ajudar na performance, recomendo uma olhada mais cautelosa para o Gyrotonic®. Os resultados são surpreendentes, para atletas de alta performance ou pessoas comuns. 

Quer saber mais? Procure a Tati no instagram: @respirartes 

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Que tal participar de um treino gratuito de vôlei de praia ao lado de atletas campeões olímpicos?

Juliana Manzato
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Alisson e Bruno Schmidt conquistaram ouro nos Jogos do Rio-2016
Alisson e Bruno Schmidt conquistaram ouro nos Jogos do Rio-2016 Getty

Sexta-feira, dia oficial dos planos para o final de semana! 

Se você ainda está indeciso sobre o que fazer, eu tenho uma baita proposta para você. Amanhã, sábado, 13 de janeiro, a Oakley levará a segunda edição do Oakley Basecamp para Camburi, praia de São Sebastião, litoral norte de São Paulo. 

Além de fomentar esportes como stand up paddle, vôlei de praia, tênis de praia, slackline e canoa havaiana, o evento contará com uma pop up store da marca com toda a linha de óculos desenvolvidos especialmente para a prática de esportes. 

Sem contar a presença de atletas da marca, que participarão dos treinos com dicas e apoio moral para quem estiver por lá. Estarão lá ninguém menos que Alisson e Bruno Schmidt, campeões olímpicos no vôlei de praia nos Jogos do Rio de Janeiro-2016, e Ítalo Ferreira e Adriano de Souza (Mineirinho), do surfe.

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Essa é a segunda edição do Oakley Basecamp. A primeira foi realizada em São Paulo, no Parque Villa Lobos, em outubro do ano passado, e promoveu treinos em quatro modalidades: SUP skate, slackline, funcional e corrida. 

Os treinos de todas as modalidades são abertos ao público, que pode fazer a inscrição no local e viver a experiência Oakley. 

O evento começa às 10h e vai até as 18h na praia de Camburi. É só chegar! 

 Bora lá?!

Basecamp Oakley – Praia de Camburi

Local: Praia de Camburi – São Sebastião – SP 
Data: 13 de janeiro
Horário: 10h às 18h
Estacionamento no local (Milkinho)
Entrada: Livre (inscrições gratuitas, mediante lotação das aulas)

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Qual é o desgaste do seu corpo quando você corre?

Juliana Manzato
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Se você é um corredor, deve sentir a cada término de treino o prazer da endorfina no seu corpo. Já deve ter sentido, também, as dores do desgaste. A corrida, como qualquer outro esporte, também desgasta nossa "máquina". O desafio é sempre cuidar do corpo e da mente para ajustar a performance. O que precisamos fazer para diminuir ainda mais nosso tempo e atingir o ápice do prazer de concluir uma prova com um resultado melhor do que o da anterior? 

Nos minutos ou milésimos por trás do prazer de completar uma prova, existem sacrifícios. Não sou mais a corredora que já fui por conta de desgaste e lesões no joelho esquerdo e tornozelo, mas sei dos desafios que tive que enfrentar no meu auge. É dolorido demais a cabeça querer ir, mas o corpo ter o ritmo dele para querer ir também. É necessário um bocado de paciência e determinação, e outro tanto de equilíbrio.  

A Mizuno me convidou para acompanhar o ultramaratonista Carlos Dias no desafio de uma corrida com duração de 24 horas. A intenção desse desafio era, além de fomentar a corrida como um esporte crescente, mostrar os desgastes sofridos pelo corpo e como um bom tênis pode fazer toda a diferença - em todos os tipos de prova ou treinos.

Carlos Dias é pura inspiração! 44 anos e mais de 120 mil quilômetros percorridos, concluiu 106 maratonas oficiais e 40 ultramaratonas. Com essa quilometragem toda, dava para dar três voltas na Terra. Não à toa, ganhou o título de "Super-Humano" da The History Channel! 

Foram 24 horas de corrida na pista de atletismo do Centro Olímpico, em São Paulo (SP). Carlos Dias usou o Mizuno Wave Creation 19, que também foi testado durante as 24 horas, tudo monitorado por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) e da Universidade Cruzeiro do Sul. A cada três horas, as avaliações médicas eram realizadas sob o comando da Dra. Ana Paula Rennó Sierra. 

Os resultados você pode assistir aqui neste vídeo: 

Entre os trabalhos de pesquisas, foi aplicado o teste com a placa de salto para avaliar o tênis. O resultado foi 0% de desgaste do amortecimento do Mizuno Wave Creation 19, considerando a primeira e a última horas de corrida. 

Amortecimento para quem pratica corrida é fundamental. Durante o evento, tive a oportunidade não só de experimentar o Wave Creation 19 como de correr com o Carlos. Não preciso nem dizer que foi fácil virar fã dos dois!

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Que tal usar o esporte para aprender a viver um dia de cada vez em 2018?

Juliana Manzato
Juliana Manzato

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Iniciar 2018 sem dar uma olhadinha para trás me parece boçal. Me despedi de 2017 com o coração dolorido, foi um bom ano. De longe não foi o mais fácil, mas foi, com toda certeza, o mais desafiador e talvez por isso tenha sido tão bom. 

Para quem gosta de desafios como eu, o mar estava com boas ondas. E dá um prazer danado olhar para todos os desafios e ter certeza de que apesar dos machucados e cicatrizes, os obstáculos foram superados com maestria. 

Se 2017 foi um ano de busca, que 2018 seja de encontros. Um ponto de partida é tão ou mais importante do que o destino final. Ligar os pontos é também se libertar e entregar. Nem tudo sairá como você planejou e tudo bem ser assim. Você nunca vai ter controle sobre as reais felicidades e dificuldades no decorrer do caminho.

Planejar é importante, mas viver um dia por vez é ainda melhor. Contemplar o caminho com total presença e consciência é uma viagem e tanto. Atualmente, vivemos o "mood" daquela viagem de infância: 'pai, tá chegando?' E nos esquecemos de simplesmente relaxar. 

O esporte é um grande aliado para mudarmos hábitos que estão enraizados na nossa rotina. Nos proporciona viver pequenas superações cotidianas. O esporte empodera, palavra tão em alta. O esporte te motiva a viver um dia por vez. Afinal, as evoluções acontecem todo santo dia. E mais do que tudo isso, o esporte é também um continuo trabalho de paciência e dedicação. 

Um dia por vez e veja só, evoluímos. 

Que estejamos presentes em todos os nossos dias e, principalmente, nas práticas esportivas. Seja nos treinos diários, nas competições em que nos inscrevermos ou nas pausas que fizermos. A presença em cada ação cotidiana nos ensina muito sobre respeitar e ultrapassar nossos próprios limites. 

Vamos?

Um ano ano chegou e está louco para sair por aí de mãos dadas. 

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Castelo da Oric, onde o Surf é para todos

Juliana Manzato
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No último dia 16, em Porto Alegre (RS), a marca de pranchas de surf Oric inaugurou o Castelo da Oric, um dos maiores complexos de fabricação de pranchas do Brasil. Tudo localizado na Avenida Guaíba, em frente ao Rio de mesmo nome. A ideia é desenvolver o bairro e até mesmo a cidade com ações sociais, natureza, música e muito esporte. Tudo isso vai de encontro com o que a Oric acredita e usa como slogan, "O surf é para todos". 

A Oric fabrica 100% de suas pranchas cheias de conceito. A empresa foi criada e idealizada por Guilherme Paz e Ciro Buarque. Como o foco é o surf nacional, apesar de venderem para todo Brasil, Fernando de Noronha, um dos picos do surfe nacional, acabou ganhando bastante foco, e a Oric criou uma escolinha de surf por lá. Recife, ali pertinho, também abraçou a Oric, assim como Bali, na Indonésia. 

Se você esta indo para Porto Alegre neste verão, o Castelo da Oric precisa estar no seu roteiro. Promessa de agito, gente bonita e surf para todos. 

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